Heero Yui era um jovem bem bonito. Alto, musculoso, mas sem exagero, pele bronzeada,
cabelos castanhos e rebeldes e seus olhos azuis não demonstravam quaisquer emoções.
Por onde andava era sempre o principal alvo das atenções, as pessoas o respeitavam e o admiravam. Ele
tinha várias pretendentes, mas nunca se interessou por nenhuma é conhecer Relena Peacecraft.A
família de Relena perdera toda a fortuna com a quebra da bolsa de valores, e suafamília estava falida, muito
bonita e esperta, ela foi à caça de um marido, de preferênciarico, da alta sociedade.
Foi quando conheceu Heero, rico e bonito, esses eram os critérios para o bom marido, ela
aos poucos foi se aproximando dele, primeiro ficando amiga e aos poucos se mostrou
cada vez mais intima.
Heero, na verdade não gostava de Relena, ele apenas sentiu-se atraído pelo corpo dela,
pois seu corpo era perfeito, nas medidas certas, nunca havia visto mulher mais linda
como aquela.
Os dois foram ficando cada dia mais íntimos, até que ele finalmente a pediu em
casamento, ela aceitou prontamente.
O casamento foi visto por mais de 200 pessoas, repórteres, parentes, amigos, etc....
Depois do casamento, foram passar a lua de mel na Europa. No começo o casamento foi
repleto de alegria, Relena voltava a ter o luxo e a vida que sempre esteve acostumada
enquanto que Heero tinha a mulher mais linda e fantástica de toda França.
Mas, com o tempo o casamento passou a ser um fardo, Relena não se importava mais
com o marido, e se encontrava com amantes todas as noites, ela não o procurava mais
para o sexo, e, como todo homem tem necessidades, Heero passou a se encontrar com
amantes também, não se importando se fossem homens ou mulheres, tudo que ele queria
era se satisfazer. Até que ele tomou uma grande decisão....
Heero estava sentado em sua poltrona vermelha lendo o jornal, enquanto que Relena
estava sentada no sofá assistindo TV.
-Eu tomei uma decisão - disse ele de supetão.
Relena desligou a TV e olhou para ele contrariada:
-O que foi?
Ele baixou o jornal, tirou os óculos de leitura e disse:
-Vou comprar um escravo.
Silencio. Relena ainda estava assimilando o que havia acabado de ouvir, quando a ficha
caiu ela se jogou no sofá e desatou a rir histericamente:
-O que?Perdeu o juízo?Um escravo?Pra que?-ela disse entre risadas.
-Bem, primeiro que ele pode ajudar a arrumar a casa, segundo e o mais importante, ele
será meu escravo sexual.
Relena olhou para ele séria:
-Bem, primeiramente, "querido", nós já temos cinco faxineiras e três mordomos, não
acho que um reles escravo iria conseguir arrumar essa mansão enorme, mas com a
segunda opção eu até concordo, ele poderia me satisfazer também. -disse ela maliciosa.
Heero se levantou e se aproximou dela, ela foi um pouco para trás temerosa, no fundo ela
tinha medo dele, mas é claro que nunca admitiria.
-Eu disse que ele será o meu escravo sexual, e outra coisa "querida", você não manda em
mim! - disse indo em direção a porta de saída.
-Ce... Certo, fa....Faça como quiser, eu não ligo mesmo-ela gaguejou.
Ele saiu pela porta e chamou um dos mordomos:
-Roger!Roger!Arrume minha carruagem, irei até a cidade!
-Sim senhor - disse fazendo uma reverencia.
Quando a carruagem estava pronta, Heero entrou e ficou a admirar a paisagem enquanto
a carruagem se locomovia velozmente até a cidade.
Quando finalmente chegou, ficou a olhar para as casas pequenas e pobres na entrada da
cidade, até que a carruagem fez uma curva e ele pode distinguir agora casas enormes e
luxuosas, quando o transporte parou ele desceu e admirou o bairro nobre da cidade, foi
caminhando por uma rua larga e movimentada, até que virou a direita e entrou em um
beco, foi andando até chegar do outro lado e avistar mais a frente uma casa enorme de
altos e baixos, havia uma grande placa na casa e nesta dizia "Vende-se escravos".
Aproximei-me da casa, abri a porta e o som de um sino a cima de minha cabeça tocou,
anunciando minha chegada, olhei para dentro e a primeira coisa que notei, foi a fila
imensa de homens e mulheres que me encaravam atravessado,mais a frente pude ver uma
mesa, nela estava sentado um velho barbudo e gordo, ele usava uma blusa branca que
deveria ser dois tamanhos menor que ele,sempre quando mexia o braço, a impressão era
que a camisa iria se rasgar,e usava um shorts verde que ia até o meio do joelho.
Aproximei-me da mesa, furando a fila, enquanto fazia isso pude ouvir varias exclamações
de indignação. O homem estava de óculos e lia um pequeno relatório em sua mesa.
-Que ver agora mesmo um escravo para mim. -disse sem cerimônias.
O homem falou sem me olhar:
-Vá para a fila cara, e espere sua vez.
Apoiei-me na mesa e disse num tom de irritação:
-Como foi que disse?
O homem tirou os óculos e me olhou impaciente:
-Eu disse...... -ele perdeu a fala e se levantou quase deixando a cadeira cair.
-Senhor Yui!Mil perdões senhor. Não sabia que era o senhor.
Ele pegou minha mão e começou a beijá-la enquanto pedia perdão. Tirei minha mão de
perto dele com nojo e disse:
-Então?
-Ah....Sim, por favor, queira me acompanhar.-disse para logo depois se aproximar de
uma porta, abri-la e curvar-se em respeito, passei pela porta, ele logo a fechou entrando
atrás de mim.
Ele acendeu a luz, uma luz fraca que quase não dava para se distinguir nada, senti
também um cheiro azedo e enjoativo que me fez quase vomitar.
Tapando o nariz, pude ver um corredor pequeno, e do lado esquerdo uma fileira de jaulas
escuras. Parecia mais uma cadeia, ou até pior....
-Então, senhor, gostaria de um homem ou uma mulher?
-Hum, tanto faz-disse dando de ombros.
-Ah...Certo-ele levou a mão ao queixo e olhou para cima, parecendo pensar, até que
estalou os dedos e disse contente:
-Ah, senhor eu tenho o escravo perfeito para o senhor, ele chegou faz dois dias, foi
vendido pela família por três sacos de arroz, ele é um dos escravos mais bonitos que
tenho, e também um dos mais caros. -ele disse malicioso.
-Hum, dinheiro para mim não é problema. -disse tirando um pesado saco de moedas de
ouro de dentro de meu casaco e lhe mostrando.
Os olhos do gordo brilharam e ele foi logo querendo pegar o saco, mas fui mais ágil e o
levantei acima de minha cabeça, como era mais alto, o homem não conseguiria pega-lo:
-Nada disso, primeiro gostaria de ver esse escravo.
Ele abaixou os braços e disse:
-Sim senhor, por aqui - disse enquanto começava a seguir pelo corredor - Mas, senhor
antes disso eu gostaria de lhe dizer que ele é um pouco rebelde e......
-Hum, melhor, não quero ter um boneco em minha cama. -disse dando um meio sorriso.
Enquanto passávamos pelas jaulas, pude ver vários escravos, homens e mulheres, em
estados lastimáveis, roupas rasgadas, marcas de chicote, cortes inflamados, e alguns
estavam caídos no chão, com um liquido vermelho saindo de suas bocas, que pude ver
que era sangue, e várias moscas em cima deles. Então era daí que vinha esse cheiro
horrível.
Finalmente ele parou de andar e apontou para uma jaula, um pouco maior que as outras, a
luz fraca quase não iluminava o local, pude ver uma cama feita de madeira com um
colchão sujo e rasgado, mais do lado, pude ver uma privada, mas não vi ninguém naquele
local e achei que o homem estava me fazendo de idiota, quando vi uma movimentação no
canto da jaula, estreitei os olhos, mas ainda não conseguia enxergar nada naquele canto
escuro.O homem vendo que não enxergava, pegou um lampião que estava preso na
parede, o acendeu e abriu a jaula iluminando o local.
Finalmente o vi, a criatura mais linda que já havia visto, um garoto nos seus 17 anos
encolhido na parede, olhava para mim com um olhar de puro medo, ele usava uma
camisola amarelada e rasgada, que ia até a metade de suas coxas, seu cabelo estava preso
em uma trança mal feita, ele nunca havia visto um cabelo tão comprido como aquele, seu
corpo era pequeno e frágil, e Heero pôde ver quando o garoto o encarou que seus olhos
eram....violetas?Heero ficou admirado com tanta beleza que suas pernas petrificaram, até
que a voz do homem cortou seus pensamentos:
-Então?
Aproximei-me do garoto encolhido, segurei seu rosto e o obriguei a me encarar:
-Qual seu nome?
O garoto me olhou com ódio e cuspiu em meu rosto:
-Vá pro inferno!-disse ele com raiva.
Limpei o cuspi e o encarei, para logo em seguida lhe dar um soco, ele bateu a cabeça na
parede e desmaiou:
-Irei levá-lo.-disse enquanto jogava o saco de moedas para o homem.
-Mas, tem certeza, como o senhor mesmo viu ele é um pouco rebelde.
Dei um sorriso de escárnio que chegou a assustar o homem:
-É, adorarei domestica-lo. -disse olhando para o corpo menor.
