Quando eu era criança, gostava de assistir aos filmes da Disney e, depois, fazer minha própria mão de microfone enquanto bailava com um ser invisível e cantava 'Beauty and the beast'. Mamãe sempre filmava esses momentos – principalmente um, em que enrolei minhas pernas em fita de papel crepom verde e decidi ser Ariel – e, nas reuniões de família, colocava-os para que eu fosse a risada geral de avós e tios e primos.

Mas eu passei dessa fase – e até que com bastante dignidade, apesar de todos os apertões de bochechas que eu me lembrava de ter recebido – e dei lugar à Lily adolescente. Não que eu tenha mudado muito; embora as cantorias na sala de estar tenham desaparecido e as do chuveiro escasseado, eu ia praticamente toda noite para o telhado de casa escutar música no iPod. De vez em quando – e mesmo eu não sendo uma daquelas meninas excessivamente românticas – eu até ligava uma delas a algum momento da minha vida, e chegava até a me imaginar em uma cena hollywoodiana com a melodia crescente ao fundo.

É, eu não deixava de ter meu quê sonhador. E a música estava sempre nele.


Eu me lembro de muitas coisas de quando era criança, desde a pipoca amanteigada que papai comprava nos estádios de futebol até o falatório interminável da mamãe quando me pegava desobedecendo-a. Mas o que estava melhor na memória – junto com, claro, as brigas dos pais e as minhas vergonhas de infância, como dizer que uma prima minha estava com defeito só porque não tinha o que eu tinha entre as pernas – eram as brincadeiras; o futebol no clube, as guerras de neve, os jogos de videogame do Mario. Era, para mim, o melhor de todos, com todas as musiquinhas que eu gravava na mente e reproduzia sempre que conseguia uma estrela.

O que não era raro, porque eu era realmente bom.

E, obviamente, fui ficando bom em outras coisas também. Substituí as fases dos jogos eletrônicos pelos hinos do campo de futebol da escola, e de vez em quando até me pegava cantando trechos das músicas das líderes de torcida no início do jogo com o resto do time para nos tranqüilizarmos um pouco. Isso sempre nos fazia rir um pouco e fazer piadas sobre como alguns membros da equipe ficariam vestidos com aquelas sainhas e usando aqueles pompons enquanto dançavam ao som das Spice Girls.

A música sempre fez todos rirem.


A primeira coisa a ser dita na nota é que, bom, essa não é exatamente uma songfic. Eu não pretendo, de verdade, colocar trechos de músicas e escrever cenas entre eles, mas apenas... sei lá, me basear na idéia das letras para escrever. Tipo... – hmm, uma música que todos conhecem? – Umbrella, da Rihanna; escrevo um capítulo mais focado na amizade e por aí vai.

Eeeee, como sempre, vou precisar da ajuda e participação de vocês. Por review ou PM, queria que me dissessem um cantor – e a música só se for muuuuuito especial. Porque, sinceramente, acho mais fácil me pedirem Lady Gaga e eu colocar 'Nothing on but the radio' do que me pedirem direto 'Alejandro' XD – que cantasse, preferencialmente, em inglês, porque são os que eu conheço mais. Mas eu também não me importo de pesquisar *-*

Beeeeeeeeijos, gente. Feliz Natal, e maravilhoso ano novo *-*

PS: reviews como presente de Natal?

PPS: não se esqueçam de me pedirem os cantores ou bandas, ok?