Feel for you
(Sinto por você)
Será que Tom Riddle foi realmente destruído? É o que tudo indica até ele resolver fazer uma "visitinha" cheia de segundas intenções a uma certa ruiva. Nc-17.
N/A: A letra pertence à banda Nightwish. Eu embaralhei um pouco a letra, a tradução na ordem certa esta no fim da fic, assim como a versão em inglês.
Os (T) E (G) antes da letra das musicas se refere a quem diria em si a canção, quem escreveria o verso.
(T) – Tom Riddle (G) – Gina Weasley
Dedico essa fic aos meus grandes amigos Angel DeLynx, Bruna Pendragon, Zulmira Blade, Akasha, Rodrigo e a Carol, grande fã das nossas historias (principalmente as desse gênero), e claro a todos que apóiem o casal e gostem de fan fics.Cap-1 Explicações.
(T) Algum dia, Eu irei alimentar uma cobra
Beber seu veneno, ficar acordado
Com o tempo toda a dor passar
Por sua memória eu irei me arrastar
Se me perguntassem como tudo começou, eu diria que foi no dia em que ela ficou sem pergaminho.
Claro que pra falar a verdade começara no dia em que minha triste e sombria existência começara. Como também poderia ter começado há mil anos, quando dois grandes bruxos brigaram por terem opiniões diferentes.
Mas o certo é que essa historia começou justamente no dia que o velho Flitwick resolveu dar uma aula puramente teórica e minha pequena "dona" ficou sem pergaminho.
Como ela me contaria mais tarde – pedindo milhões de desculpas por ter-me "machucado". (Patético!) Mas afinal o que é que ela fazia que não fosse patético naquela época?! – que não tivera coragem de pedir uma folha emprestada a algum dos colegas, e por isso arrancara uma das paginas do diário.
Deixe-me agora abrir um pequeno parêntese para falar sobre o meu tempo em que era um mero "brinquedo" da pequena, tola e doce Virginia. Talvez vocês achem besteira, mas a verdade é que não ficarei satisfeito se não externar todos os pensamentos e lembranças que abarrotam minha mente, e quem sabe num futuro não seja de alguma utilidade?
Durante quase um ano, fui O correspondente, O ouvinte, O amigo, O pau pra toda obra como alguns diriam, da pequena Weasley. Colocado furtivamente por um dos meus fieis seguidores – o qual só vim a ter conhecimento muito mais tarde. – Lúcio, em seu caldeirão, não demorou muito para a caçula dos Weasley me descobrir e nos tornarmos "grandes amigos".
Ela costumava me levar para cima e pra baixo em sua mochila, me contar tudo que acontecia em seu dia (o que sinceramente era terrivelmente desinteressante) seus medos, suas desconfianças, sonhos, segredos, paixões em outras palavras toda aquela basbaquice irritante que as meninas adoram escrever em seus diários. Juro que por muitas vezes desejei poder ter dentes para mastigar aquela maldita pena e acabar com o matraqueado sem fim, ou então ter cabelos para puxá-los e aliviar meu desespero, acreditem é muito frustrante ser um diário!
Infelismente eu não os tinha e também não demonstrar esses desgostos em palavras, se existe uma coisa de que posso me orgulhar foi (e é) de minha paciência e de minha capacidade de esconder meus sentimentos, sendo sempre educado e bem humorado, o bom ouvinte, o melhor conselheiro, o amigo de todas as horas. Em compensação, nem tudo que ela dizia era realmente inútil, obvio que era preciso peneirar bastante as informações, livrar-se do sentimentalismo barato e induzi-la sutilmente a contar certos fatos, mas no fim conseguia-se o que era desejado. Pode se imaginar que tipo de informações desejava, não?
Bem vamos encurtar essa historia que já esta ficando muito longa. Todos que chegaram até aqui sabem muito bem o que aconteceu certo? O grande menino que sobreviveu mais uma vez em combate com o terrível Lord Voldemort, e mais uma vez o odioso vilão é derrotado. Mas só pra variar ele sobrevive.
Sinceramente não sei por que o chamam de garoto que sobreviveu, afinal quem vem sobrevivendo até agora sou EU! Quando ele tinha 1 ano, aos 11, aos 12... Levando tudo em conta esse titulo deveria ser tão meu quanto dele!
Voltando. Todos acreditaram, quase corretamente, que o ardiloso mestre das trevas de 17 anos fora totalmente destruído, estariam certos se não fosse por uma folha, uma misera folha.
Mas como isso é possível?
Simples, a minha existência estava ligada ao diário, eu era, ou melhor, eu ainda sou apenas um eco, uma imagem, do garoto de 17 anos que eu um dia fui. Minha, por assim dizer, "vida" só existia no diário, a menos que eu conseguisse energia suficiente para tornar esse eco real, vivo verdadeiramente.
Então vocês pensam, "legal, mas o diário não foi destruído?"
Eu lhe respondo: Sim, mas não totalmente. Não se esqueçam da pequena e insignificante folha arrancada.
"E o que isso tem haver?"
Como eu lhes disse eu sobrevivo graças ao diário, ele é como se fosse meu corpo. Isso significa que uma folha, uma única folha, é suficiente para me proteger, para eu "viver"!
Quando aquele garotinho irritante cravou a presa de meu basilisco, em meu diário foi como ser torturado, na verdade eu pensei que morrera. Fiquei muito tempo inconsciente, e quando tive forças para despertar me encontrei já dentro da folha, mais uma vez aprisionado.
Não sei exatamente como vim parar aqui, acredito que tenha acontecido o mesmo de quando ficava muito tempo no corpo de Virginia, perdia as forças e era sugado de volta ao diário, mas como o diário fora destruído fui sugado para a única coisa inteira dele, aquela folha com anotações de feitiços esquecida em algum canto da mala.
E o que me aconteceu depois? Fiquei perdido por muito tempo sem saber o que se passava lá fora, muito esgotado para fazer algo. Foi quando me veio à salvação. Um novo diário.
Em algum momento de seu segundo ano, ela voltou a escrever em um diário, se foi um presente, o fruto de um deboche ou até mesmo se ela comprou, eu não sei, ela nunca falou.
Ela o largou na mala, que sempre fora terrivelmente bagunçada (o que dou graças, caso contrario ela poderia ter me achado e destruído), e por algum milagre eu consegui me transferir para o novo diário, algo que eu nunca conseguira fazer. Isso acabou com todas as minhas energias, fazendo me entrar em um tipo de hibernação que durou pouco tempo graças ao maior espaço que eu possuía e a energia da jovem bruxa que fluía para mim através das folhas.
Em pouco tempo lá estava eu novamente sabendo dos detalhes do dia-a-dia e dos segredos da jovem grifinoria. Não ousei aparecer, obvio (nem um aborto acéfalo faria isso), mas prestei atenção ao que ela escrevia. Apesar de ser o mesmo lengalenga de antes ela havia mudado, suas palavras não eram mais tão infantis, existia um modo mais maduro de descrever as coisas de como lidava com seus sentimentos, alem de uma maior ousadia, podia-se dizer até que uma certa rebeldia que não via-se em seu primeiro ano.
Ri diante da idéia de que o causador dessas mudanças, de certa forma, fora eu, então afinal, nem tudo que eu fizera naquele ano fora nefasto. Imaginem o quão sem graça e boba teria sido Virginia sem a minha presença, sem a minha interferência em sua vida. Terrível não?
Um ano se passou, coisas estranhas começaram a acontecer no mundo mágico e eu ficava cada vez mais forte. Fora esperto e só pegara de pouco em pouco sua energia, não como há dois anos, quando fora apressado e sugara muitas quantidades de energia a deixando fraca e desconfiada. Estava quase pronto para fazer uma nova tentativa, com um plano perfeito, quando ele destruiu tudo.
Não, não pensem que estou falando do maldito Potter, apesar de ele também ser culpado, estou falando de Você – Sabe – Quem. È isso mesmo, EU! Eu acabei com meus planos quando resolvi ressurgir.
Logo para que eu também retornaria? Para ser destruído por completo? Pois é obvio que o meu eu futuro não permitiria que alguém tentasse tomar seu lugar, como eu com certeza faria, e me conhecendo bem como conheço não aceitaria um acordo comigo, afinal sei o quanto perigos sou.
Resolvo então continuar a me esconder dentro do diário, aguardando a hora exata para agir. A queda do então Lord voldemort, e torço para que ele e Potter se explodam, me livrando de dois problemas.
Com certeza o destino não gosta de mim. Passam-se quatro anos e finalmente o garoto de ouro de Dumbledore destrói de uma vez por todas seu arquiinimigo Voldemort, tendo como conseqüência apenas uma cicatriz.
(Alguém ai já não conhece essa historia?)
O palco esta montado, as luzes posicionadas, tudo em perfeita ordem pronta para a minha reentrada, mas justamente na hora H eu fraquejo, e adivinhem por quê?
Duas palavras: Virginia Weasley.
Talvez tenha sido o fato de eu ser a única pessoa além da própria que conheça todos os seus segredos e desejos, por conhecer tão bem seu coração e alma. Talvez tenha amolecido pelo tempo em que tive que ouvir todas as confissões da rebelde Gina, ou simplesmente tenha sido pelas ultimas revelações de minha já-não-tao-inocente Virginia.
O fato é que não consigo tirá-la da cabeça. Não conseguia parar de imaginar se seus cabelos continuavam tão vermelhos e brilhantes quando a vi pela primeira vez, se continuava a ter aquelas adoráveis sardas que tanto me encantavam e de que ela tanto reclamava, se sua boca seria tão doce e macia quanto parecia.
Sentia me frustrado por não saber como ela seria agora, a imagem que tinha dela era o de uma criança, queria saber como ela estaria agora com dezessete anos, como seria seu corpo, já que ela parara a muito de reclamar das formas que possuía o que significava que ela conseguira o que queria ou que se conformara com suas curvas.
Irritava se por não conseguir pensar em nada a não ser o brilho de seus cabelos, a profundidade de seu olhar ou o cheiro de seu corpo, muitas vezes brigo comigo mesmo, em outras coloco a culpa nela, pelo que escreve no diário, que a essa altura já virara um caderno onde ela escreve desde sua vida até anotações de poções. E claro o que eu mais gosto, o novo hobbie dela, as historias, pequenos contos, ou trechos de historias picantes.
É exatamente o que você ouviu. A pequena e inocente Virginia adora esses contos proibidos, ela e duas amigas de quarto contrabandeavam essas revistas e livros de contos sórdidos e as lia de noite em voz baixa como se alguém pudesse estar ouvindo atrás da porta tendo o quarto um feitiço silenciador.
Tudo começara com uma desses romances bobos água-com-açúcar e foram evoluindo para historias mais ousadas e intensas. E essa nova brincadeira é, talvez, um dos motivos pelo qual não tenho mais paz.
E agora cá estou com energia suficiente para sair das paginas e ir para a realidade, claro que não permanentemente, isso só será possível se retirar toda a energia de um bruxo, em outras palavras apenas se eu matar alguém.
Infelizmente para mim não há ninguém presente para que torne minha presença mais uma vez real nesse mundo, a não ser é claro a minha linda e delicada vitima, mas eu não desejo isso tenho planos mais interessantes para ela.
N/A: Desculpem pela introdução gigantesca. Mas não se desesperem as coisas vão começar a melhorar agora (sorriso malicioso).
