ATENÇÃO!

Vampire Knight não me pertence, mas a história sim!

Dedico essa fic à Lica! Uma das melhores pessoas desse mundo *-*


Capítulo I

Eu estou cansada disto! Não agüento mais essa escola. Todo mundo fica em cima de mim só porque eu tenho dinheiro. Bando de gente interesseira! Façam-me o favor...!

Ok, ok... Admito que minha família seja uma das maiores colaboradoras da escola, mas isso não significa que só porque eu tenho mais tenho dinheiro do que a grande maioria das pessoas desta escola, as pessoas que supostamente querem ser minhas 'amigas' vão ganhar no natal uma sacola do tamanho da do Papai Noel cheia de dinheiro. Nem pra minha melhor – e única – amiga Yori eu dou isso. Como se ela precisasse também!

A família da Yori, assim como a minha, é uma doadora de fundos para a escola. E meio que tipo assim, as pessoas têm inveja da gente. Só porque somos bonitas, inteligentes e ricas. Affs... Gostar de gente assim já está tão fora de moda.

E é por isso que eu estou encalhada! Todos os meninos que se aproximam de mim se afastam na mesma velocidade – a de um milésimo de segundo. Por quê? Ora, por duas das mais lógicas razões: minha esperteza e meu irmão. É lógico que eu não sou burra, sei exatamente o porquê de eles ficarem em cima de mim se fingindo de apaixonados: minha conta bancária. E é lógico que, como de praxe, eu tenho um irmão mais velho super, hiper, mega ciumento que não deixa nenhuma coisa que use o artigo masculino chegar perto de mim. Sendo assim, acho que estou destinada a ser freira. (Coitado do convento...)

- Yuuki, temos que ir. – disse Yori para mim quando já estávamos saindo do condomínio. – Se você não quer ir, então mate aula sozinha. Eu é que não vou me meter em encrenca no meu último ano naquele inferno! – ela também odiava a escola.

O que é lógico venhamos e convenhamos... Onde foi que você recebeu a maior parte dos traumas que você tem hoje? Onde foi que você aprendeu que chiclete e cabelo comprido não combinam? Onde foi que você aprendeu a colar? Exatamente! Na escola. E por isso nada mais justo do que nós duas querermos sair dela o mais rápido possível.

- Calma Yori! Não pretendo matar aula... Eu só queria chegar um pouquinho atrasada, mas eu sei que de nada adianta. – falei um tanto deprimida. – Nunca que íamos conseguir chegar atrasadas com você no volante.

- Ai Yuuki! Que grosseria. – ela riu. – Só porque eu dirijo relativamente rápido não significa que eu seja uma barbeira. Olha o lado positivo da coisa. Só falta um semestre para as aulas acabarem, aí vamos ter a festa de formatura e depois... Férias!

- Do que adianta? Logo depois vem a faculdade para acabar com tudo...

- Ah, Yuuki! Fala sério... Na faculdade você vai estudar para se tornar aquilo que você sempre quis ser! Então qual é o problema? Deixa de ser preguiçosa e se concentre no seu futuro. – ela falou já estacionando o carro no estacionamento da escola.

Na minha escola existe algo mais importante do que status social. É a marca ou algumas vezes o estilo do seu carro. A Yori tem um New Beattle preto. Já eu tenho um Kia Soul preto. Algumas vezes alternamos em quem trás quem para a escola. E devo dizer, o pessoal aqui da escola capricha nos carros. Acho que o mais mixuruca que eu já vi no estacionamento foi um Smart. Olha, nada contra ele, acho aquele carro espetacular, mas comparado com os que estou acostumada a ver, ele é bem simples.

- Às vezes, quando converso com você, escuto o Kaname falando. E isso me dá nos nervos! – a última coisa que eu precisava era que minha melhor amiga virasse meu irmão de vestido. Credo!

- Ah... Mas seu irmão é uma graça. – eu não ouvi isso. Por favor, digam que eu não ouvi isso!

- Yori, por favor, cale a boca. – falei levantando o dedo indicador para ela pedindo que ela se calasse. E sabe o que a engraçadinha vez? Riu!

Fomos para o prédio do 3º ano da escola. Cada ano tinha seu prédio correspondente. O nosso – como Deus me odeia - era o último e mais distante. Tivemos que andar até lá passando pelos pátios dos outros anos e ainda tivemos que levar olhadas tortas e cantadas chulas. Quando finalmente chegamos o professor nem tinha chegado ainda então pudemos conversar um pouco mais.

- Srta. Kuran! Quanto tempo nós não nos vemos. Como foram suas férias em Paris? – perguntou uma menina muito interesseira que assim que coloquei minha mochila na carteira, veio puxar assunto.

- Foram ótimas, obrigada. – falei me sentando e dando a conversa por terminada. O que de nada adiantou porque o restante da turma veio logo atrás querer saber das novidades em Paris.

- Nos conte mais um pouco vai... Para a Srta. Wakaba você sempre conta tudo o que acontece nas viagens! – ela mostrou um sorriso no final.

- A Yuuki me conta as coisas que acontecem com ela por que eu sou amiga dela. Ela não tem a menor obrigação de falar da vida dela para pessoas que ela nem ao menos conhece. Agora, se nos dão licença vamos sair um pouco. Vamos Yuuki!

Admito. Não sei se fico embasbacada com essa atitude da Yori ou se eu fico orgulhosa dela. De qualquer forma, devo agradecê-la por me 'salvar' daqueles abutres. Eles conseguem ser realmente inconvenientes quando querem. E acho que até quando não querem também. Acho que depois disso vamos voltar para sala só quando o professor chegar. Falando no diabo...

- Bom dia classe. Hoje vamos começar com uma revisão do que demos no semestre passado. Então, alguém aqui se lembra do que foi dado? – perguntou nosso professor de matemática. Um senhorzinho careca, baixinho, beirando os seus cinqüenta e alguma coisa. Simpático ele.

Já disse o quanto odeio matemática? Quero dizer, além dos engenheiros, dos físicos, dos químicos, e outras dessas profissões complicadas, qual é a função que Baskara vai ter na minha vida? Vou ser historiadora da arte, não uma engenheira de sei-lá-o-que! Que outra coisa na matemática eu terei que usar além das quatro operações?

- No semestre passado revisamos todo o conteúdo dado no 2º ano, professor. – falei respondendo mais ou menos a pergunta. Acha que me lembro do que foi dado no semestre passado? Nem lembro o que comi ontem! – Se não me engano terminamos de aprender a misturar conjunto com matriz. – Não me perguntem como isso é possível porque eu não sei!

- Muito bom Srta. Kuran. Foi isso mesmo. Agora vamos começar nosso programa deste semestre. Peguem seus cadernos e suas canetas e vamos começar... – odeio isso. Até parece que o professor estava com um sorriso diabólico no rosto.

No final do dia eu já estava necessitando de uma aspirina. Ainda bem que por hoje acabou. Não sei se consigo absorver mais alguma coisa envolvendo matemática, química e física. Maldita segunda-feira...

Voltamos para o condomínio. Moramos em um dos poucos condomínios de casas existentes nessa região de Tóquio. É ótimo para se morar e para quem gosta de um pouco de tranqüilidade. No caso meu e da Yori, moramos aqui desde pequenas. Conheço esse condomínio como a palma da minha mão. Ele fica perto de praticamente tudo (mas se necessita de um veículo): da escola, do trabalho dos nossos pais, do shopping (e isso é muito importante!) e perto da faculdade que eu e Yori queremos estudar. Ah! Eu e Yori somos vizinhas e para completar, somos amigas desde que nos conhecemos e isso foi aos 3 anos de idade. Nossos pais são amigos também, mas não atuam no mesmo ramo de negócio. Os meus são donos de uma editora e os dela são donos de um estúdio.

- Valeu pela carona amiga. Amanhã eu levo a gente. – falei me despedindo.

- Relaxa. Então amanhã eu passo aqui e vamos juntas. Combinado?

- Claro que sim! Nos vemos amanhã. Tchau. – me despedi e entrei em casa.

Meus pais não estão em casa. O que faz sentido por que são somente cinco da tarde e a essa hora eles ainda devem estar na editora. Acho que quem está em casa é o Kaname. Ele já deve ter chegado da faculdade. Fui até o quarto dele para perturbá-lo um pouquinho.

- Boa noite Kaname! Como foi seu dia na faculdade? – disse pulando na cama dele. Sei que ele odeia isso.

- Yuuki! Acabei de arrumar a cama. Sai daí vamos... – ele falou me puxando pelo braço e me colocando no colo dele. – O que você quer? Mal chegou e já veio me chatear é? – ele perguntou com um sorriso e me dando um beijo de boas vindas.

- Não fale assim. Aquele inferno que chamam de escola está cada dia pior e não vejo a hora de picar minha mulinha de lá.

- Ai, ai... Sinto muito Yuuki, mas nada tenho a dizer com relação a isso. Agora anda... Rapa daqui que eu tenho que estudar. – ele disse abrindo as pernas, me fazendo cair de bunda no chão e ainda por cima riu de mim! Aquele idiota... Ele ainda me paga.

- Seu estrupício! Grosso! Não volto mais aqui. Tchau! – e saí batendo o pé até o meu quarto.

Meu quarto é relativamente simples. Tenho uma cama de casal, um closet, um banheiro com um box, uma cômoda para estudar com um computador em cima... Nada muito extravagante. Apesar de termos dinheiro, não gostamos de jogar isso na cara de ninguém. Isso se chama educação e eu também não sou esnobe.

Fiquei no meu quarto até a hora do jantar. Tomei um bom banho, coloquei um short e uma blusa e desci para comer. Na mesa do jantar estava toma a família reunida. O jantar correu normalmente, com meus pais perguntando como foi o primeiro dia de aula na faculdade pro Kaname e como foi o primeiro dia de aula para mim. Fui bem sincera e disse que já não agüentava mais aquela escola. E eles falaram a mesma coisa que o Kaname e a Yori: falta pouco, tenha paciência. Troquem o disco pelo amor de Deus! Por fim, voltei para o meu quarto e fui me preparar para ir ao inferno mais uma vez no dia seguinte.

Continua...


E aí? Como está? Quero reviews! rs

Prometo postar toda segunda-feira. Sem falta! Mas isso não significa que eu vou continuar postando sem reviews, hein!

É isso aí. Beijos e fui =*