Colorful Flowers
And everything that they mean to us.
O cabelo curtinho estilo Chanel combinava com ela. As roupas impecáveis e o nariz empinado faziam Pansy ser exatamente o que ela nasceu para ser.
Mimada e egoísta. Slytherin e simplesmente Pansy.
Com sete anos, ela ia todos os dias, acompanhada de um dos empregados da família Parkinson, até uma praça que tinha ali perto. Sua mãe só a deixava ir porque era uma praça que apenas bruxos freqüentavam.
E, todos os dias, ela via o mesmo garoto, de pele escura e sorriso contagiante, sentado no balanço da praça. Sozinho.
Pansy poderia passar o dia inteiro apenas olhando para ele, delineando cada linha de seu rosto infantil sem ser notada.
Mas foi no início da primavera que ela resolveu fazer-se notar.
Pansy chegou à praça como todos os dias e, rapidamente, passou a colher pequenas flores que tinham no chão. Quando juntou uma quantidade razoável, se aproximou do menino solitário do balanço, que a olhou curioso.
"Oi," ela disse, sem se preocupar em apresentar-se ou algo do tipo.
"Oi," e ele deu-se conta de que não conseguia tirar os olhos dela.
"Toma." Pansy abriu as duas mãos, entregando-lhe um punhado de flores coloridas. Algumas amassadas, despetaladas ou quebradas.
O menino estendeu as duas mãos e pegou as pequenas flores, sem nunca desviar o olhar do rosto dela.
"Meu nome é Blaise," ele sorriu, mesmo que Pansy não sorrisse.
"Pansy." Ela disse, com aquele ar típico de enfrentamento. "Guarde-as para sempre."
O garoto assentiu e Pansy deu-lhe as costas, saindo de perto.
E as estações mudaram e ela enjoou de ir ao parque, preferia ficar em casa brincando com qualquer outra coisa.
Mas Pansy nunca se esqueceu do garoto do parque e de seu sorriso contagiante.
xXx
Pansy chorava como se ainda fosse criança. O mesmo corte Chanel permitia que alguns fios caíssem em seu rosto e escondessem algumas lágrimas. Mas ela não conseguia esconder nada de Zabini.
"O que o Draco fez dessa vez?" Ele apoiou a mão sob o ombro dela, afagando-o de leve.
"Ele é um idiota." Ela disse entre soluços.
"Eu sei."
Eles ficaram em silêncio por mais algum tempo, antes que Zabini deixasse o lado de Pansy e subisse para o dormitório masculino.
"Zabini?" Ela chamou, sem se importar se estava sendo patética. Quem ligava para aparências naquela hora, afinal?
"Pansy." Ele disse, enquanto aproximava-se lentamente. "Olha pra mim."
"Não." Teimosa como sempre. Zabini suspirou e puxou o rosto dela para cima, forçando-a a olhá-lo.
Pansy o encarou com os olhos vermelhos e ele simplesmente sorriu daquele jeito contagioso que ela tanto gosta – mas que não se lembrava de gostar – e estendeu para ela um punhado de flores que já perdiam a cor, estavam despetaladas, murchas e quebradas, mas estavam lá. Todas as flores que Pansy deu a ele quando eram crianças.
"Eu guardei para sempre, Pansy."
E ela sorriu, e as outras coisas já não tinham mais importância.
Só Blaise e Pansy.
N/A: Fic escrita para o projeto Cotton Candy da seção Blaise/Pansy. Obrigada a Nath linda que betou pra mim e a seção fofa que me deu essa inspiração mega fluffy! (L)
=* e deixem Reviews i-i
