Os personagens desta fanfic não me pertencem. A música também não. Mas eu não pretendo comercializá-los ou ganhar qualquer coisa por ter escrito esta fic além de comentários preciosos.
Desafio: IX Chall Relâmpago do fórum 6v mestrado pela
Ship: Lucius/Draco – não incest
Capa: por DarkAngel – link no meu perfil, junto com o prêmio de segundo lugar.
Sinopse: Todos os meus medos.
Spoiller: 7
Beta: minha querida twin
Finalização: 15 de dezembro de 2008 – na rodoviária XD
Quantidade de capítulos: 1
Música: Hurt, Nine Inch Nails (mas lindamente cantada pelo Jonny Cash)
Hurt
Há quem diga que a pior dor é a de perder um filho.
Eu vivi a dor do medo. O medo de ver meu filho morrer.
Por minha culpa.
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Há quem diga que a pior escolha é ter que escolher entre a vida de dois filhos.
Eu não tive essa escolha.
Meu filho era único. Minha escolha também deveria ser.
Há escolhas complexas demais para serem feitas.
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Há quem diga que um homem deve ter suas crenças, e mantê-las, para ter honra.
Há quem diga que um Malfoy não tem honra.
Eu achei que tinha crenças, e as defendi enquanto achei que devia honrá-las.
Crenças não têm honra. E podem ser cruéis.
No fim, minha escolha não foi nem por acreditar, nem por honrar. Foi por sentir.
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I hurt myself today
Há quem diga que seguir ordens é mais fácil do que tomar decisões.
Seguir ordens é uma decisão.
E daquele tipo que possivelmente não se pode voltar atrás.
Antes de seguir alguém, deveria-se saber disso.
E saber suas conseqüências.
Mas seguir ordens é mais fácil que tomar decisões.
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To see if I still feel
Há quem diga que a dor amortece os sentidos.
Eu sabia. Eu via. Eu ouvia. Eu sentia.
E não fiz nada até ter o frio na alma e um único pensamento na mente: voltar para o meu lugar, que não era aquele.
Não há prisão para uma mente lúcida. Não há lucidez em uma prisão de almas. Não há alma que suporte a dor da responsabilidade da destruição que eu causei.
Eu destruí o meu mundo. A minha casa. A minha família. A minha alma.
Eu me destruí. Pelo quê?
Pelo frio que me engolfa?
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I will let you down
Há quem diga que um criador não pode destruir sua criatura.
É como queimar parte de seu próprio ser.
É como se ver sumir em chamas.
É como quebrar sua alma.
Meu filho era mais que minha criação, que meu espelho, que minha projeção, que minha aposta.
Era meu filho. Eu nunca desejei que ele sujasse suas mãos como eu sujei.
Eu fiz minhas escolhas, até o ponto em que elas ainda eram minhas. Meu único desejo depois disso era garantir que meu filho pudesse fazer as dele.
Sem medo.
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I will make you hurt
Há quem diga que o maior medo do homem é sentir medo.
Eu não me lembro do medo. Lembro-me da dor.
A agonia no peito que parecia me fazer sufocar conforme o loiro sumia em meio a multidão, levando consigo o olhar desesperado e ao mesmo tempo determinado de alguém que acredita que pode fazer algo certo, independente do que dê errado.
Ele acreditava que podia me salvar. E, no fim, era isso que estava errado.
Meu peito doía tanto que eu achava que não poderia mais respirar, e queria gritar. Somente um grito de frustração. Nem seu nome, nem um pedido, nem socorro.
Mas meu mestre estava ao meu lado, e meu filho estava perdido.
E a dor não existia, era somente a consciência de todos os meus erros.
Eu errei com você.
Não morra pelos meus erros.
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A morte, no fundo, é somente a destruição de todas as suas crenças.
E eu tive que acreditar com todas as forças que você continuava vivo.
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Draco!
FIM
NA: Ai, adoro eles. (suspira)
Espero que tenham gostado da fic!
Beijos
