O Tigre e o Caranguejo
Capítulo 1 – Tigre em apuros
Levantei-me com o som quase inaudível do meu despertador. Ainda estava escuro e meu amado se escondia debaixo dos cobertores. O aquecimento central daquela casa ajudava, mas não impedia que o frio do rigoroso inverno europeu pudesse passar desapercebido. Dohko dormia como um anjo e eu não queria acordá-lo. Portanto, joguei um beijo com a mão, me arrumei, peguei a mala que já havia preparado no dia anterior e saí do 13º templo.
Athena havia me destinado uma missão de paz num local próximo ao Tibet. Fatos estranhos andavam acontecendo naquela região e eu, Shion de Áries, era o mais qualificado para fazer as investigações. Não gostava de me separar do meu amado, não queria sair do Santuário, mas sabia que não tinha escolha. A paz mundial dependia do nosso trabalho e eu estava totalmente comprometido com os meus ideais e a minha promessa de lealdade àquela deusa. Me aproximei da saída, olhei mais um vez para trás e entrei no táxi que me aguardava.
– Me espera, meu amor! Eu volto logo. – comentei comigo mesmo antes de adentrar o veículo.
# ---------------------------------------------------------- #
Estava tão quente... Quase como se eu estivesse nos braços dele. Estava realmente bom. Quase tão bom quanto um beijo do meu amado. Um sorriso me escapou dos lábios enquanto meus olhos ainda cerrados mostravam-me imagens dos momentos que passamos juntos. De como eu sentia meu coração se acelerar a cada vez que eu o via. Ah, Shion... Tateei procurando-o do lado esquerdo do leito. Mas ele não estava... Estava frio e vazio no local onde ele devia estar e onde sempre estava todas as manhãs. Um pouco contrariado, abri meus olhos. Ah, eu detestava quando ele não acordava ali comigo!
De toda forma, eu me lembrava de quando ele tinha me dito que teria de sair pra uma missão ou algo do tipo... Mas ele não podia ter ao menos se despedido?
Abri meus olhos e fitei o ambiente. Já estava acostumado a levantar por ali. Já não me era tão estranho fitar aquele teto e, muito menos, passar os dias... ou melhor, as noites por ali. Era o lugar onde podia fugir um pouco de minhas obrigações e ser mais humano. O local onde eu era amado e conseguia amar com toda a intensidade da minha alma. Contudo, as obrigações esperavam lá fora... Esperavam e me chamavam.
Ainda um pouco chateado, afastei as cobertas. Sentia os olhos meio inchados, mas que já se acostumavam com a luz do ambiente. E sem mais preâmbulos, segui rumo ao banheiro.
Talvez tenha dormido de mau jeito, visto que o meu pescoço doía levemente. Não chegava a ser um torcicolo, mas incomodava. Como eu desejava que Shion estivesse ao meu lado agora! Ele certamente faria uma de suas massagens milagrosas.
Ainda com esses pensamentos, fiz minhas necessidades e peguei minha escova que ficava no suporte sobre a pia, exatamente para este fim. Coloquei um pouco de pasta nas cerdas macias e comecei a escová-los. Enquanto o fazia, fitei meu próprio rosto.
Olhei meus cabelos. Estavam em estado de completo caos e eu me perguntava se uma simples escova poderia fazer algum milagre. Se bem que, no momento, não via motivos para me preocupar com isso, visto que a única pessoa para a qual eu me arrumava não estava ali. Meus olhos tinham leves marcas negras pela noite, hun... Bem vivida e compartilhada. Fui baixando mais a visão quando fitei aquilo! Não podia crer... Não mesmo!
Ele não podia ter feito aquilo comigo! Não podia ter deixado ali! O que dera em Shion? Olhei para a tira de couro negra ao redor de meu pescoço. Óbvio que estava doendo... Óbvio que eu sentia algo estranho ali. Estava até bem apertada. Sobre minhas costas havia algo pesado que eu sequer havia percebido... Correntes, se em me lembro.
Fiquei tão surpreso que sequer me lembrei que ainda tinha espuma na boca e acabei me engasgando. Cuspi o que pude na hora, sujando todo o espelho do recinto "Ótimo! Era tudo o que precisava... Como poderia sair naquelas condições?", pensei comigo mesmo, deixando o desespero se apossar de minha mente sempre tão sábia e coerente. Respirei fundo.
"Bem, apesar de tudo, o problema é solucionável." Raciocinei, me acalmando. Limpei minha boca e olhei o espelho com uma boa parte suja de branco. Não me preocupei em limpar, mas em tirar aquilo. Pra onde iria a minha moral perante os outros se me vissem com aquela coisa?
De imediato, tentei abrir o fecho que se assemelhava ao mecanismo de um cinto, ou coisas do tipo. Ora, não era difícil de se retirar... Na verdade, era uma missão relativamente fácil.
Tentei desafivelar, mas por algum motivo, tudo o que conseguia era deixar minha mão doendo. Uma vez, duas vezes... sete vezes! Que droga de fivela era aquela que não abria? Não era possível! Ela sequer se movia um milímetro! Que diabos era aquilo? Por que não estava saindo?
"-Ah, Shiiion! Você me paga!" -Murmurei a cada nova tentativa frustrada. Esse era uns dos momentos nos quais Shion devia se considerar um homem de sorte. Se estivesse por perto teria grandes problemas! Se bem que, se ele tivesse por perto, eu não estaria mais assim. Já que ele havia colocado aquilo, sabia como retirar. Será que continha algum segredo?
# ---------------------------------------------------------- #
Aquela era mais uma manhã de treinos na arena. Máscara da Morte havia sido incumbido de organizar as disputas. Talvez por isso tivesse despertado mais cedo que o normal.
Estava se sentindo tão à vontade na cama que começou a desejar permanecer ali o resto do dia. Não era só o calor das cobertas, mas sim a presença de Afrodite ao seu lado. Desvencilhou-se calma e cuidadosamente dos braços do sueco, que chiou alguma coisa em sua língua materna e criou coragem.
A alteração de um cosmo chamou-lhe a atenção. Vinha do 13º templo. Parecia alguém em apuros, mas a morbidade de seus pensamentos sonolentos impediu o defensor da Casa de Câncer de identificar o dono daquele cosmo.
Com a rapidez digna de um verdadeiro cavaleiro de ouro, Máscara da Morte se trocou, vestiu sua armadura e subiu correndo as escadarias. Aos poucos, o frio parecia trazer sua consciência de volta ao normal. Mal havia chegado ao seu destino percebera que era Dohko quem precisava de ajuda e adentrou o recinto à procura de um possível perigo.
– Dohko. Dohko?... Você está aí? – perguntou, permanecendo em alerta.
O chinês estava, naquele momento, com uma latinha de margarina em sua mão esquerda. Se as primeiras medidas racionais que tomara foram: deixar ser tomado pelo desespero, xingar Shion e atirar alguma coisa no espelho, então agora era hora de tentar alguma coisa que realmente solucionasse esse problema e não apenas curasse seu ego atingido. Pensando nisso, o cavaleiro de Libra apelara para produtos escorregadios.
A primeira coisa da qual Dohko se lembrou foi o seu gel de cabelo... Mas o fato de ter atirado justamente este objeto contra o espelho, dificultava as coisas. Andou em círculos pelo quarto em busca de outra idéia. Sentou-se na cama, respirou fundo, levou o tronco à frente, baixou a cabeça um pouco – o máximo que seu atual estado lhe permitia – e cerrou os olhos. Quando os orbes esmeraldas foram novamente revelados, depararam-se com o pote de margarina que havia sido esquecido no chão, ao lado da cama, durante a noite passada. Estava meio mole e meio ruim de se pegar, mas era mais importante conseguir tirar aquele troço de seu pescoço. Enfiou a mão no pote achando o conteúdo nojento e mesmo assim prosseguiu com a certeza de que qualquer sacrifício seria válido se isso implicasse no sucesso de sua atual missão.
"Ah, Drooga!", Dohko reclamou mentalmente. Era tudo o que ele não precisava!
Máscara da Morte estava ali, a chamá-lo! Logo quem não podia... O cavaleiro de Câncer era famoso por ser o tipo de pessoal que perdia o amigo, mas não a piada. Em geral, ao invés de transmitir (ou pelo menos sentir) condolências, ria-se por dentro e fazia questão de externar sua opinião a respeito do fato. Ou seja, seu bom senso era levemente deturpado. Por isso mesmo, seria perigoso confiar...
O chinês passou manteiga em seu pescoço com o intuito de retirar aquela maldita e vergonhosa tira em seu pescoço. Agarrou a ponta, puxou algumas vezes, mas a implacável Lei de Murphy parecia querer mostrar todo o seu poder a um dos cavaleiros mais experientes. Provando que, nada é tão ruim que não possa ser piorado, o pequeno pedaço de couro negro sempre escapulia da mão de Dohko sem avançar um único milímetro sequer. O que não era de se admirar, visto que sua mão estava, obviamente, suja de manteiga.
Foi então que ouviu Máscara. Talvez se ignorasse, ele fosse embora.
– Dohko... Estou entrando! – avisou o italiano, cada vez mais perto. Seu cosmo provava que, como sempre, ele estava pronto para matar qualquer possível intruso que pudesse estar causando a alteração no cosmo de seu aliado.
"Mas será que devo realmente ignorar? E se ele souber um modo seguro e sem erros de tirar aquilo? Com toda a certeza, Máscara da Morte já havia brincado de algo parecido com Afrodite. Aquela cara de sádico o denuncia!", o homem em apuros começou a pensar consigo.
E agora, contar ou não contar? Eis a questão! Será que queria mesmo ouvir as piadas dele? Ou será que, se tivesse paciência o suficiente para ouvir as piadas e posteriormente aguardasse o outro perceber a gravidade da situação para só então voltar a ficar sério, ele iria ajudar? Podia arriscar...
Um forte estrondo chamou a atenção de qualquer um que estivesse a pelo menos 500 metros de distância. O cavaleiro de Libra deixou o pote de manteiga cair no chão e esborrachar-se contra o estimado tapete que seu namorado havia acabado de comprar em um leilão de produtos antigos na França. Antes que pudesse gritar, xingar-se mentalmente ou pensar na reação de Shion ao analisar o estrago, estagnou diante do vulto que invadiu seu dormitório.
– Eu senti a alteração em seu cosmo e... por isso, resolvi verificar o que estava acontecendo... – declarava o visitante, aparentemente sério, mas um pouco confuso com a cena que presenciava. – Sabe, Dohko... Acho que hoje é meu dia de sorte! Pelo que vejo, acabo de encontrar um pequeno tigre domesticado e devidamente encoleirado. Será que o dono dele já deu todas as vacinas necessárias? – perguntou, aproximando-se – Ou ainda, será que Shion tem autorização para criar animais selvagens e exóticos? – o italiano ainda conseguiu perguntar, mas não conseguiu conter o riso que facilmente se transformou em gargalhada.
– NÃO TEM GRAÇA! SE TEM ALGUM ANIMAL AQUI, SÓ PODE SER VOCÊ. – gritou, enfurecido e tossiu em seguida. Além de estar numa situação ridícula, a coleira que Shion havia colocado em Dohko dificultava a respiração do outro sempre que este forçava a garganta e o que era pior, agora aquela coisa agora parecia querer realmente sufocá-lo a qualquer momento. Suas bochechas queimavam, embora não soubesse se pela raiva ou pela vergonha. De toda forma, sentia uma mescla dos dois e agora sentia-se como uma criança pega em um ato traquina e, ao mesmo tempo, um homem que acabara de ter a mãe insultada.
– Er... Dohko, está tudo bem? – perguntou o morador da 3º casa, agora realmente preocupado. – Você está um pouco pálido, mas ao mesmo tempo parece que todo o seu sangue foi parar na sua cabeça. Não diga que o Shion o acorrentou à cama e que você está sem comer desde ontem. Você sabe que não tem mais idade...
– EU NÃO SOU VELHO! – Dohko gritou completamente irritado, esquecendo-se do transtorno que isso lhe causaria e logo estava tentando massagear a pele do pescoço. Era só o que faltava! O maldito homem aparecer por ali para insultá-lo. Respirou fundo, tentando controlar a seu ritmo cardíaco e esperou restabelecer-se – E O QUE EU FAÇO NA MINHA INTIMIDADE NÃO LHE DIZ RESPEITO!
– Bem, já que não é nada grave, acho que posso voltar às minhas obrigações... – comentou, dando de ombro e virando-se rumo à saída – Eu sei que você não aceitaria a minha ajuda, mesmo sabendo que sou o único que pode tirar essa coleira do seu pescoço.
As palavras do italiano fizeram com que o mestre ancião arregalasse os olhos.
"Será que... Ele dizia a verdade? Eu não estava em condições de desperdiçar uma ajuda. Mas... E se ele estivesse brincando? Não! Mesmo ele devia entender que minha situação não era para joguinhos.", o chinês refletiu rapidamente, segurou o braço do amigo e impediu que a sua única esperança se fosse.
"Minha intuição me alerta a respeito do fato de que irei me arrepender de pedir ajuda a ele. Ele acabará contando ao Dite e o pisciano espalhará a minha desgraça ao Santuário inteiro... Contudo, não tenho opção. Ficar daquele jeito durante os longos 20 dias que Shion pretendia se ausentar seria muito pior, visto que isso implicava que, a menos que provasse estar doente, eu acabaria sendo visto por todos!", foi pensando dessa forma que Dohko baixou seus olhos, engolindo o orgulho de cavaleiro e pediu, constrangido:
– Eu... Eu quero sua ajuda! – Usou um tom baixo.
– Você disse alguma coisa? – perguntou Máscara da Morte, levando a mão um pouco acima da orelha como se quisesse ouvir um segredo – Eu não ouvi muito bem... Sabe como é, acho que suas cordas vocais devem estar muito apertadas dentro do seu pescoço.
– Querosuaajuda! – Repetiu em um tom audível, porém, rápido demais. Como era difícil dizer aquilo... Era como se o mestre ancião sentisse que o seu orgulho estivesse indo pra forca. E a sensação piorava com aquele negócio ao redor do meu pescoço. "Ai... Ele vai espalhar pra todo mundooo!"
Máscara da Morte respirou fundo. Não iria mais brincar com esse assunto, pois imaginava o quão constrangido o libriano estava. Era hora de agir!
- OK. Para ajudá-lo, preciso saber tudo o que você fez ou tentou fazer.
– Ahn... Tudo mesmo? – Perguntou, constrangido. Ainda de cabeça baixa, começou a depor. Sim, o defensor da Sétima casa sentia como a vítima de um ato de violência que agora é obrigado a expor cada segundo de sua tragédia. – Bem, primeiro o Shion disse que tinha um presente especial pra mim e... – interrompeu-se ao ter consciência de que agora estava tão corado quanto um pimentão vermelho extremamente maduro.
– Pode falar sem medo. – incentivou.
– E... Que queria me proporcionar uma noite mágica por ser o aniversário da nossa primeira vez. Então tentamos algo...hum... diferente. – Olhava o chão com suas roupas ainda atiradas por ali, refletindo a respeito da noite passada. Algumas manchas chantilly, morangos e chocolates podiam ser vistos espalhados pelo chão. – Então resolvemos... hum... brincar com os sabores. Ele me vendou, me acorrentou e bem... você sabe. Depois pedi que ele me soltasse. Ao menos a corrente das mãos ele tirou... E eu o... – Parou repentinamente. As lembranças que vinham com suas próprias palavras estavam deixando o chinês sentir um desconfortável formigamento na parte mais sensível de seu corpo, a região localizada abaixo do ventre, no centro do corpo e entre as pernas. – Escuta, isso é realmente necessário?
– Decididamente não! Aliás... achei que você houvesse comentado que, o que faz na sua intimidade, não me diz respeito. Eu pedi pra você só narrar o que tinha tentado fazer para tirar a coleira e não a sua noite de amor com o Shion. – o canceriano comentou com uma sobrancelha erguida. Ele poderia ter ficado ouvindo, deixar que o outro se expusesse, mas sabia que não teria graça se só ele estivesse ali. Além disso, sua mente ágil começou a bolar várias idéias de diversão com o namorado e, se escutasse mais uma vírgula daquele depoimento teria que voltar correndo à Casa de Peixes para colocar tudo em prática. Tentou ser o mais racional que a situação lhe permitia e prosseguiu num timbre neutro. – Percebi que há um pote de manteiga esborrachado aos seus pés e que suas mãos estão engorduradas. Se você passou na coleira, vai ficar mais difícil fazer a análise real da situação e retirar o objeto sem machucá-lo.
– Ah, desculpe! – Respondeu em outro tom baixo, sentindo seu interior preencher-se por um sentimento de culpa. "Ótimo! Expus minha intimidade desnecessariamente!" – Sim! Eu tentei a margarina... estava ao meu alcance e o meu pote de gel de cabelo havia sido arremessado contra o espelho... por mim mesmo, um pouco antes. Depois disso, essa foi a primeira coisa na qual pensei. Mas, como é perceptível, não me adiantou em nada!
– Acho melhor eu analisar então... – declarou, se sentando ao lado do cavaleiro em apuros e colocou as suas mãos no objeto – Credo, Dohko! Isso está nojento... Ainda bem que estamos no inverno, senão a lambança seria completa. – suspirou, resignado.
– Coisas escorregadias não funcionam? – Perguntou um tanto inseguro. E se tivesse piorado as coisas? E se aquilo não sair mais? Sentiu seu coração apertar perante o medo de ser humilhado. Não queria perder o respeito de ninguém! – Bem, digamos que eu tenha apelado... Não sabia o que fazer! – Tentou se desculpar por instinto pela "bagunça" com a coleira.
– Entendo... – conseguiu movimentar a tira de couro, rodando-a no pescoço alheio. Ficava fácil agora que a pele de Dohko também estava lambuzada. – Bom, tenho uma boa e uma má notícia. A má notícia é que esse tipo de coleira não se pode retirar desafivelando o fecho...
– Essa foi a má notícia, né? – Perguntou rezando para que sua dedução estivesse certa. Não agüentaria a frustração de saber que a sua atitude tresloucada causara sua condenação definitiva. Não poderia ficar com aquele objeto para o resto de sua vida ou então teria que abandonar o cargo de cavaleiro de ouro, o Santuário de Athena, seu amado e... sua vida! Viveria à mercê da sociedade como um verdadeiro cachorro sem dono, mas que desta vez estava devidamente encoleirado. – Bem, então suponho que possamos tentar cortá-la com uma faca.
– Duvido! Podemos tentar, mas ela parece ter sido feita com fios de aço. É o mesmo material que é usado para forrar as nossas armaduras e, o que é pior, certamente foi colocada aí através das técnicas do Shion. Mas como eu prometi, tenho uma boa notícia! Podemos tentar fazer uso do poder de outros cavaleiros como o Camus ou o Shura.
– O quê? – Olhou incrédulo para o rapaz à sua frente – EU NÃO ACREDITO QUE SHION FEZ ISSO! O que ele ia ganhar me prendendo com uma coleira dessas? Maldito, Shion... Ele vai se ver comigo!
– Talvez não tenha sido proposital... ele pode ter esquecido de retirar quando acordou. E então, o que acha de fazer uma visita à casa de Aq... – Máscara da Morte iria falar Aquário, mas de repente observou que isso seria impossível – Não, o Camus poderia matá-lo congelado sem querer. Acho que teremos que apelar pro Shura mesmo e... – bateu na própria testa ao se lembrar do óbvio – Como fui me esquecer deste detalhe? O Shura está de férias.
– Como? – Perguntou receoso – Você está dizendo... Descer os templos? É brincadeira, não é?
– Na verdade, essa era a minha esperança, mas acabo de perceber que ela esvaiu-se entre meus dedos. – soltou o ar resignado pela frustração de que seu plano inicial havia falhado antes mesmo de começar a ser executado, mas não demorou a ter outra idéia – E se você usasse a armadura de Libra? Tem várias armas e a espada deve ser capaz de cortar essa coisa
– Podemos tentar, não é? – Respondeu levemente animado ao perceber que aquela situação constrangedora poderia acabar sem denegrir sua imagem.
– Só que, para não levantar suspeita, teremos que descer até a casa de Libra.
– Aiii! – Dohko choramingou, enquanto se levantava e procurava por alguma roupa para vestir.
Não havia contestação! Máscara da Morte estava certo. Se o chinês chamasse a armadura ali, todos os demais cavaleiros de ouro iriam correndo ao 13° templo saber o que estava acontecendo, o que era inadmissível! O antigo morador dos Cinco Picos de Rozan vestiu as calças largas de moleton que largara naquele cômodo na noite anterior e tentou achar uma blusa que o ajudasse a esconder aquela maldita corrente.
– Se me permite uma colocação... coloque um cachecol grosso e escuro em volta do pescoço. Vai ajudar...
– Eu não costumo usar isso... – Respondeu vagamente – Deixe-me ver se Shion não tem algum pra me emprestar. – Abriu o armário e o revirou um pouco. Já não se importava se suas mãos estavam engorduradas pela manteiga ou não. Shion merecia ter suas roupas sujas pela situação constrangedoramente ridícula que ele fazia seu amado passar.
Dohko achou um cachecol branco e bonito. Colocou-o cuidadosamente, após vestir uma blusa larga de meu amante. Vestiu um sobre-tudo negro por cima. Afinal, estavam em pleno inverno europeu e o clima da Grécia não era menos rigoroso que o do restante dos países vizinhos. Agora sim, o chinês tinha certeza que estava pronto para sair!
– Vamos! – convidou firmemente, tomando a dianteira rua à Casa de Libra e ao final de seu sofrimento.
# ---------------------------------------------------------- #
Continua...
# ---------------------------------------------------------- #
Nota das autoras
Nana: Hello, people. How are you? Oh... sorry! – Nana bate em sua testa – Eu esqueci que não estou mais na aula de inglês! Me desculpem... Bem, voltando, ou melhor, indo logo ao que interessa. Essa fanfic nasceu de uma proposta indecente da minha grande amiga Fairy, também conhecida como Rovena que... Ahn? – É obrigada a parar de falar ao ser atingida por um OVNI – Ai! Isso dói...
Rovs: cryiiiing Non me lembra de proposta indecente... Aí eu lembro daquela que eu recusei semana passada do gatinho do vestibular que... Ops! Falei demais! O que o povo vai pensar de mim? Esquece as propostas indecentes! animando-se O importante é que o Dohko está sofreeeendo! – chuta o traseiro do Dohko – Tem coisa melhor que isso? Pena, que um pombo não cagou na cabeça dele... Ainda! – risada maligna.
Nana: Rovs, por favor! Respeite nossos leitores e não esqueça que sua parceira é uma mulher pura, inocente e tímida. – Comenta, colocando as mãos na cintura – Esqueçam o que ela disse! O efeito do Gardenal já passou... O importante mesmo é que nós andamos escrevendo cada capítulo por msn, com muito afinco, amizade e alegria durante o meu pouco tempo disponível, já que agora a minha parceira é que é vagal, não é mesmo?
Rovs: Pura e inocente? Será que você termina a fic assim? Você vai veeeeer, eu vou te transformar você em peeeerva! Afinal, não ganhei o título de sensei perva à toa! XDDD É... O gardenal acabou! Acho que vou tomar um prozac pra ficar calminha! XDDDD Exato! Capítulos pelo msn, com direito a comentários pessoais, zoando personagens! huahuahua Estamos nos dedicando um bocado! Principalmente eu que sou uma vagal (ok, eu admitooooo! É verdade! XD) e passo o dia todo dormindo! Ser vagal é booom! Nana, você bem que podia experimentar a vida de um bom cidadão vagal! O problema é depois se viciar.
Nana: Voltando ao que interessa... está sendo um prazer inenarrável continuar essa parceria que ainda promete muitas surpresas, dramas e, por que não, comédias? Espero que tenham gostado do estilo Wire Nervous de escrever e prossigam em nossa companhia, comentando e interagindo conosco. A opinião de vocês é muito importante para que possamos evoluir a cada dia!
Rovs: Ahhh! Nana já falou todas as coisas legais... – faz beicinho – Mas isso eu tenho que dizer! Escrever com a Nana está sendo um barato mesmo! XD Não tem pessoa mais querida e genial que ela! É por isso que faço parte com fan-clube oficial da Nana! usando bottons e camiseta da Nana E é isso aí, gente! Digam o que estão achando! Se não... – pensando em uma ameaça – Eu jogo o Seiya pelado na cama de vocês!!!! ECAAAAA!
Nana: Obrigada, amiga – a abraça – mas agora é melhor a gente ir. Já falamos demais por hoje. Deixemos para o próximo capítulo, ok?
Rovs: De nada! Eu só disse a verdade! – sorrisão – É, Naninha... É melhor irmos mesmo... Tá na hora, né? Daqui a pouco a gente sai dizendo o que não deve! Principalmente eu, com minha enoooorme boca! Até mais, poooooovooooo! – acena enquanto pula a janela brincando de Tarzan com as cortinas – Ehhh! Viva la Revolucioooon!
Nana: Tchau - acena discretamente e fica encarando Rovs com uma gota na testa.
