Disclaimer: Saint Seya e seus personagens relacionados pertencem ao mestre Masami Kurumada e às editoras licenciadas.
Gente, que final de ano mais movimentado! Além de ser natal, tivemos também diversas pessoinhas ultra especiais aniversariando... E como Sheilinha anda meio esturricada de tanto trabalho, resolvi juntar o muito útil ao super agradável e escrever um único e mega presente... Sendo assim...
Parabéns Nyx (eu juro que ainda publico a outra fic, ela ainda está na betagem...), Angel Pink (atrasadérrimo), Metal Ikarus (sei que já passou, mas não sei a data...) e Pure Petit-Cat (essa no ponto!)... E também considerem um presente de natal e ano novo!
Vamos à fic, que não tem um tema específico e sim vários, que irei colocando conforme a fic for passando... Tenho pelo menos quatro capítulos prontos e acredito que não vá ser muito longa... Ah, ela foi baseada no filme "Linha do Tempo", com o Paul Walker e no livro "Máquina do Tempo"... Aventura básica e romance também, porque ninguém é de ferro...
Chega da escrevinhação e vamos à fic!
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Capítulo I
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Tema sugerido para leitura: "Back in black", AC/DC (porque dois personagens desta fic amam AC/DC e metal...)
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Região da Bretanha, por volta do ano 1.100
Tinha um cheio de podridão no ar, além de uma certa umidade que faziam seus olhos e nariz coçarem. Mas tinha que admitir que ali era o único local onde ninguém ousaria entrar para procurá-los: a cripta de pedra, onde, diziam, bruxas e magos realizavam seus rituais de magia.
Apesar do frio, estava suando, os cachos dourados de seus cabelos grudavam-se ao suor de sua testa, os olhos verdes estavam um tanto vermelhos por conta do ar que respirava, uma mistura de enxofre e outros odores que não sabia quais eram. Em suas mãos, um archote queimava, iluminando a mesa de pedra onde estava repousava uma caixa.
Um velho homem, de estatura pequena, pele muito enrugada e olhos escuros e miúdos, tinha as mãos sobre a caixa, feita de ferro entalhado. Despejava em sue interior um líquido viscoso e estranhamente brilhante, enquanto dizia algumas palavras em gaélico, a língua dos nativos das terras altas.
Então, de uma só vez, o velho fechou a tampa da caixa, assustando o outro homem. Aproximando-se, ele tirou de suas vestes uma adaga de lâmina afiadíssima e puxou uma das mãos do outro, expondo o pulso à luz do archote.
-Está pronto, Majestade?
-Sim... – o outro disse, para logo em seguida sentir a dor de um corte sendo feito em sua pele.
O sangue começou a pingar sobre a tampa da caixa, ativando pequenos ramos de ferro que a lacraram por fora. Então o velho soltou o braço do homem, que observou o lacre. Estava perfeito.
-Tens certeza de que dará certo, mestre Ancião?
-Por certo que sim, Majestade... Lembre-se de que esta caixa somente poderá ser aberta pelo sangue de quem daria a vida para protegê-lo... A ajuda virá...
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Norte da Inglaterra, região de Lake District, dias atuais, por volta das onze horas da manhã
A pacata região rural era um daqueles raros locais onde se podia ouvir a batida do próprio coração pulsando, de tão silenciosa e tranqüila... Mas, por aqueles dias, não eram bem essas batidas que se podia ouvir ao longe. Pareciam mais o som de picaretas e martelos.
Uma tenda branca erguia-se próxima a uma estrada de terra e cascalho, embaixo dela alguns homens trabalhavam escavando um buraco, de onde podia se ver algumas pedras e muretas surgindo. De pé dentro do buraco, segurando uma espécie de detector de metais, uma jovem de longos cabelos castanhos e olhos da mesma cor, mas com um brilho esverdeado, mapeava o terreno que estava sendo escavado.
-Mais para a direita, Júlia... Parece que tem alguma coisa por ali... – disse-lhe uma outra jovem, que estava do lado de fora do buraco, apoiada em uma mesa e mexendo em um notebook.
Os olhos castanhos e puxados prestavam atenção às imagens recebidas do sensor do detector de metais, os óculos de armação vermelha vez ou outra escorregavam por seu nariz. Os cabelos castanhos, presos em um rabo de cavalo, soltavam-se com a leve brisa.
-Aqui, Mitie? – gritou Júlia, posicionando o detector.
-Isso... Um pouco mais para a direita... – ela dava as instruções, verificando as imagens – Isso, aí mesmo! Vamos ver o que temos aqui...
Aos poucos, uma imagem foi se formando e se tornando nítida na tela do notebook. Parecia uma caixa feita de ferro, com alguns entalhes. Mitie apertou os olhos, ampliando a imagem até que...
-NYAAHHHH! A chefa tem que ver isso! – ela gritou, quase derrubando a mesa e assustando Júlia e os demais que trabalhavam na escavação. Correndo, a jovem japonesa foi em direção a uma outra tenda, mais afastada.
Nela, não se ouvia o barulho das picaretas, muito menos os gritos histéricos de Mitie. Apenas o som ligado no último volume, uma música que, segundo um dos ocupantes da tenda, não era música, era barulho. Pior que agüentar aquilo no ouvido era ver a "chefa" e seus assistente pararem todo o trabalho somente para imitarem um air guitar mal ajambrado, durante o solo do tal Angus You sei lá das quantas.
-Wow, isso foi animal... Onde estávamos mesmo, Fernando? – perguntou a jovem mulher, fitando o assistente com seus olhos castanhos e rasgados, prendendo novamente os cabelos negros, com reflexos violetas, em um coque despontado.
-Angus é o melhor, cara... – disse o assistente, um rapaz alto, de cabelos negros penteados para trás e olhos castanhos, que apertava tentando se lembrar onde haviam parado o trabalho antes do solo de guitarra começar.
-Nós estávamos realizando uma verificação preliminar destes mapas que a equipe de escavação encontrou hoje pela manhã, ao redor da cripta... – respondeu o terceiro ocupante da tenda, um rapaz de cabelos ruivos e compridos e olhos da mesma cor. Parecia muito sério.
-Isso, Camus... Então, o que acha? Acredita que foram feitos para o exército do rei Aiolos, o justo?
-Sinceramente, é difícil dizer, Sheila... Não há indicação alguma que tenha sido feito para ele ou por sua encomenda, não há qualquer vestígio de um selo real ou assinatura... Nada que possa nos provar com toda clareza que a existência de Aiolos e seu exército realmente não passam de uma lenda.
-Precisamos de algo mais concreto... Talvez algo de cunho pessoal ou que contenha ao menos um sinete com seu brasão.
-Vocês dois tem razão, mas não vou desistir tão fácil! É a minha tese de doutorado que está em jogo e eu vou provar para aquele reitor almofadinha e esquisito que eu estou certa! Que Aiolos, o justo, realmente existiu!
-CHEFA! – Mitie entrou correndo e gritando na tenda, na pressa havia calculado mal a distância entre a entrada e a mesa principal e... Uma trombada certeira, que a fez voltar para trás e cair no chão.
-Você está bem, Mitie? – perguntou Fernando, preocupado, mas segurando como podia o riso.
-Estou, ai... – ela se levantou, para olhar para Sheila e gritar de novo – Chefa! Corre, você tem que ver o que descobrimos!
Indo na frente com Mitie, Sheila foi a primeira a chegar ao local da escavação, onde Júlia posicionava melhor o detector de metais. Pedindo licença, ela viu as imagens que se formavam na tela e um brilho crescente se formou em seus olhos, ela agarrou o pescoço de Fernando que chegava naquele instante, quase o enforcando.
-Acho que conseguimos alguma coisa concreta, Nando!
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Mesmo dia, por volta das dez horas da noite
Era uma caixa de ferro, toda entalhada e cheia de ramificações também de ferro, que lacravam o tampo. Camus, muito compenetrado, tentava encontrar uma fechadura ou mecanismo para abrir a caixa, mas sem sucesso. Júlia, de posse de um formão e martelo, entregou-o à Sheila, que evitava ter que usar aquelas ferramentas, para evitar danificar o artefato. Era sem dúvida uma peça de valor histórico incalculável.
-O que acham? – ela perguntou aos demais, encarando um por um de sua equipe.
-Camus já tentou de todo jeito abrir esta caixa e nada... Não custa tentar, é só ir com jeito.
-Então, tente você, Nando... Do jeito que sou meio destrambelhada, é bem capaz que eu quebre o tampo, ao invés de abrí-lo.
Fernando pegou as ferramentas, Júlia e Mitie seguraram a caixa em sua base para evitar que ela ficasse se mexendo sobre a mesa, Sheila e Camus seguravam as laterais. Com cuidado, o rapaz começou a bater o formão com o martelo, sobre um dos ramos que julgava ser o que lacrava o tampo, porém, com uma batida mais forte, o formão escorregou, acertando uma das mãos de Sheila.
-Ai!... Nossa, essa doeu mesmo... – ela disse, puxando a mão direita, de onde começava a pingar sangue de um corte mais ou menos profundo.
O sangue escorreu por entre seus dedos e caiu sobre o tampo, escorregando por entre os ramos entalhados na caixa. Com certa destreza e força, eles foram se recolhendo pelas laterais, ao passo que o tampo se destrancava e abria sozinho, o grupo aproximou-se para observar melhor o que estava acontecendo...
-O que é iss... Aaaaahhhhh!
Uma luz muito intensa brilhou, cegando a todos por alguns instantes, até explodir. E quando cessou, a tenda estava vazia. Não havia sinal algum dos membros da equipe. E a tampa da caixa, se fechava novamente, os ramos entalhados cobrindo toda sua extensão...
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Fim do primeiro capítulo, assim curtinho para não quebrar toda a ação da fic... Gostaram? Vai ter muita ação e aventura, pensem nesse bando de doidos viajando no tempo... Angel Pink, você aparece no próximo capítulo, eu imaginei umas coisas bem loucas para a sua personagem...
Espero que tenham gostado e, se antes do dia 25 eu não voltar... FELIZ NATAL!
Beijos e até o próximo capítulo!
