Título: Dores do Passado (título provisório, aberto a sugestões)
Autora: Haine (haineii), contando com a ajuda do Rikku (tachibana).
Beta: Ninguém (alguém gostaria de ser? :3 Ficarei realmente grata!)
Gênero: romance (com drama, comédia e outros subgêneros).
Censura: M. 18+. Contém yaoi e, posteriormente, lemon.
Disclaimer: Saint Seiya não me pertence. Eu não sou jornalista ou estudante disso. Por isso, essa fic pode parecer absurda em alguns aspectos. Apenas usei o que eu sabia sobre o assunto para criar o ambiente. /o/ Qualquer coisa (falta de créditos, idéias confusas, notas que faltaram, ...), podem me mandar um sinal de vida. XDv
Introdução (não precisa ler, pode passar direto para o capítulo 1):
Olá! É um prazer saber que você está lendo minha fic! Caso não tenha percebido, ela é A.U. (Alternative Universe, sabe?) e contém o casal (principalmente, há vários e eu ainda estou aberta a sugestões!) Milo e Camus. Se não lhe agrada, prefiro que não venha xingar a minha mãe ou algo assim, tá? Espero que goste e continue acompanhando! :3


Dores do Passado

Capítulo 1 – O Reencontro

"Prezado Sr. Verssau". Torceu o nariz ao ver seu sobrenome escrito errado. Não era tão difícil assim escrever "Verseau" (1), ou era? "Foi marcada uma reunião para amanhã às oito horas. Como o tema tratado diz respeito a você sua presença é imprescindível". Nunca fora uma pessoa diurna, portanto bufou irritado. Excelente! Eram quatro e meia da manhã. E ainda estava no trabalho! Não poderia dormir e, por um momento, pensou em nem ir para casa. Desistiu da idéia, lembrando que em sua casa, ao menos, tinha um chuveiro para tomar um banho gelado, com o propósito de espantar o sono.
Colocou algumas folhas soltas dentro de sua pasta, junto com anotações. Vestiu o casaco, espreguiçando-se. Ao notar sua movimentação, um colega de trabalho exclamou surpreso:

- Já vai, Camus? Tão cedo! – E riu.
- Compromissos, Aldebaran. Se não, até ficaria mais uma meia hora...
- Você sempre fala em "meia hora", mas acaba saindo daqui quando começa amanhecer. – Sacudiu a cabeça. – Você não tem nada melhor para fazer?
- Bom final de noite. – E saiu da sala, sem responder aquela pergunta.

Simplesmente não gostava de ficar sozinho em casa. Ficava pensando bobagens e desperdiçando tempo com coisas inúteis. Melhor trabalhar: pelo menos era algo produtivo. Mesmo que sua carga horária fosse de cinco horas, ficava quase doze dentro do prédio do jornal. Havia muito que fazer, já que trabalhava no site na internet do jornal. Noticias não paravam de ocorrer, portanto era necessário atualizar sempre. Ao contrário da publicação em papel, em que as notícias precisam ser modificadas a cada novidade para deixar o jornal pronto até seu fechamento e, caso ocorra algo sobre o assunto depois disso, deve-se esperar até a edição do dia seguinte, a internet é um veículo de comunicação quase que instantâneo, em que mensagens podem ser transmitidas rapidamente.
Portanto, possuía uma obsessão em manter a página atualizada: as novidades não iam esperar que ele relaxasse e dormisse. Continuariam vindo à tona. Dormia pouco, trabalhava muito. Seu saldo de horas extras era lendário entre os colegas, seu empenho chamara a atenção da diretoria, o que lhe rendera duas promoções – a primeira para subchefe e a segunda para chefe – em menos de três meses e suas férias atrasadas estavam estocadas. Contava a lenda que todas as férias que Camus se negara a tirar somadas dariam quase que um ano. "Exagerados!" – pensava – "Somam apenas cinco meses".
As revisoras morriam de amores por ele. Raramente encontravam um ou dois erros em seus artigos. E, quando estes ocorriam, era porque o jornalista estava trabalhando por mais de doze horas. Nesses momentos, seus colegas o expulsavam da redação: "Vá dormir, workaholic!". Porém, apesar do público feminino o ter como ídolo, jamais demonstrara interesse em qualquer uma das moças. "Acho que ele trabalha para esquecer de um amor! E por isso evita ter um amor aqui, perdendo seu único refugio, entendem?", era o que Aiolia, que trabalhava na diagramação do jornal impresso, tinha como teoria. Apesar de falar de brincadeira, arrancando gargalhadas dos colegas enquanto tomavam café, mal sabia que estava realmente próximo da verdade.
Camus deu a partida em seu carro e aproveitou o vento noturno que batia contra seu rosto, fazendo seus longos cabelos ruivos, de um tom marcante, mas, ao mesmo tempo, escuro, esvoaçarem. Ligou o rádio, ouvindo as vozes de alguns colegas comentando acontecimentos e anunciando músicas.
Chegou, finalmente em sua casa. Estacionou o carro na garagem, em seguida trancando o portão. Tateou o bolso em busca de suas chaves, depois de um tempo, finalmente, conseguiu abrir a porta. Acendeu a luz e foi recepcionado por seu cachorro de estimação, um São Bernardo. Aliás, não era seu. Pertencia a seus avós, assim como aquela casa. Acariciou a orelha dele.

- Está com fome, Louis? – E caminhou até a cozinha, pegando o pacote de ração no armário. Observou o enorme cão empurrar sua tigela com o focinho. Serviu uma porção de alimento para o cão e tornou a guardar a comida. – Você deve se entediar de passar o dia sozinho, não é?

E caminhou até a sala, ligando a secretária eletrônica, para ver seus recados. Eram os de sempre: parentes chatos perguntando como estava a vida, alguns ex-colegas da faculdade convidando-o para relembrar os velhos tempos ("velhos tempos que fazem poucos anos desde que se passaram! Gente exagerada" – resmungou), a veterinária perguntando se o cachorro havia melhorado do problema no ouvido... Sempre a mesma coisa.
Preparou uma xícara de café e começou a fazer um sanduíche. Pegou seu lanche e jogou-se no sofá. Ligou a televisão e começou a assistir o filme que passava. "A Pantera Cor de Rosa". Não gostava muito de comédias, mas precisava matar tempo até ser a hora de voltar para o trabalho, já que, se dormisse, não conseguiria acordar. Desse modo, sentou-se no tapete macio branco, recostando-se no sofá. Louis, o São Bernardo, deitou-se ao lado de Camus, apoiando sua cabeça no colo deste, que estava concentrado no inspetor Jacques Clouseau.
Não tardou a ver no relógio seis e quarenta. Esfregou os olhos e foi tomar um banho. Tomara cinco xícaras de café para se manter acordado. Após terminar de se banhar, escovou os dentes, arrumou os cabelos em um rabo de cavalo baixo, vestiu uma camisa branca e uma calça bege. Não colocou gravata, o ramo jornalístico não era realmente formal, se tratando da redação. Serviu mais comida para o cachorro, tomou mais uma xícara de café e saiu de casa carregando sua pasta. Deu a partida no carro e em pouquíssimo tempo já estava no jornal, visto que não morava muito longe.
Eram sete e cinqüenta, por isso já se dirigiu a sala de reunião. Pelo que pode ver, estavam com outra reunião lá dentro, pois a porta estava fechada e ouvia vozes, apesar de não poder entendê-las. Geralmente, durante a tarde que ocorriam as decisões da diretoria, logo era estranho ser chamado pela manhã. Por um momento se preocupou com uma possível demissão, apesar de seu serviço ser impecável. O relógio marcou oito horas e a porta foi aberta.

- Bom dia, senhor Verssau! – Disse a sorridente secretária, June.
- Igualmente, senhorita Kamereonte. – Respondeu, levemente irritado.
- É "Kameleontti" (2).
- Assim como é "Verseau", e não "Verssau", né?

June abriu a boca duas ou três vezes para replicar, mas optou por ficar calada. Ia dizer "Seu nome é muito difícil, pois é um nome francês!", mas pensou em seu sobrenome de origem finlandesa, que também deveria ser difícil de pronunciar, e decidiu não reclamar. "Errar é humano, depois de tudo", se convenceu, não percebendo que Camus errara a pronuncia para provocá-la.
Deixou o ruivo entrar e voltou a sua sala, que ficava ao lado da sala de reuniões em que estavam. Ele, por sua vez, aproximou-se da mesa.

- Senhorita Kido?
- Boa tarde, Camus! – Exclamou a moça oriental, remexendo em uma pilha de documentos. – Você sempre chega na hora, não é? Fico feliz!
- Até antes, senhorita. – Fez uma pausa. – Devo...? – E indicou uma cadeira.
- Sim, é claro. – E sorriu. – Bem, eu estava conversando com outra pessoa e pedi para que ela fosse à sala da June por uns momentos, já que precisava conversar com você sobre o assunto antes.
- Sobre o que seria? – Tentou não demonstrar sua ansiedade.
- Um novo funcionário. – E Camus teve que se segurar para não suspirar aliviado, após Saori proferir essas palavras. – Só que ele veio dos Estados Unidos. Pode ser que ele não esteja acostumado com o modo que nosso jornal, Elláda (3), é produzido. Então, gostaria que explicasse a ele como funcionam as coisas por aqui, porque ele foi bem recomendado pela faculdade em que estudou, e é muito conceituada.
- Vai ser interessante ter mais um estrangeiro na redação. – E carregou o sotaque francês, fazendo sua chefe rir.
- Na verdade, ele é grego, mas havia pegado uma bolsa de estudos para a faculdade. Porém, ele se destacou tanto que fez um curso de pós-graduação também.
- Oh, realmente interessante. – Sorriu. Um mal pressentimento o fez gelar até a alma.- Vou pedir para que June o chame para cá de volta. – E apertou um botão no telefone.

Logo, um homem chegou a sala, sorridente. Loiro, os cabelos longos lhe caiam em cachos pelas costas. Possuía a pele bronzeada, evidentemente castigada pelo sol grego. O rosto bonito, o porte alto e o corpo forte o faziam parecer o tipo de homem que é chamado de "deus grego" pelas mulheres.

- Sim? – Perguntou. Era uma voz agradável.
- Milo. – Disse Saori, sorrindo para ele. – Vou lhe apresentar ao seu chefe.

Camus levantou-se de sua cadeira e virou-se para o grego, que parou de sorrir para apresentar uma expressão de total surpresa. Se encararam por alguns minutos, até que conseguiram se cumprimentar com sorrisos forçados:

- Sou Camus d'Verseau. Prazer em conhecê-lo, tenho certeza que trabalharemos bem juntos.
- Sou Milo Archiakos (4). E tenho certeza do mesmo, Camus.
- Bem! – Exclamou a oriental, com uma leve malícia, ao perceber as expressões surpresas que os dois apresentaram. – Agora que já se conhecem, será ótimo que vão a seu lugar de trabalho! Camus, depois que ele já estiver enturmado, pode ir para casa. Sei que deve ter ficado até tarde arrumando aquela matéria sobre o tráfico de entorpecentes na América do Sul. Ficou ótima, aliás. Bom trabalho!
- Obrigado, senhorita Saori. – Disseram em uníssono, quando, na verdade, queriam mandá-la para um lugar não muito agradável.

Caminharam lentamente até o elevador. Enquanto esperavam que ele parasse no andar que estavam, o sexto andar, Milo resolveu puxar assunto.

- E então? Como está sua vida?
- A mesma coisa.
- Nossa, que frieza.
- Milo, você sumiu sem me falar nada. Não esperava que eu o recebesse com um sorriso de orelha a orelha. Ou esperava?
- Não. – Ele começou a rir. – Se isso ocorresse, eu apontaria para você e exclamaria: "você não é o Camus! O que fez com ele?!".
- Quantos anos se passaram desde que...?
- Seis anos.
- É bastante tempo. – Entrou no elevador, que acabara de abrir a porta. E apertou o botão do terceiro andar.
- Sentiu saudades?
- Só nos primeiros meses.
- Sério? – Exclamou surpreso.
- É, você não deve ter sentido falta de mim depois da primeira semana. – Rolou os olhos.
- Ei, não me trate assim, Cam.
- Não me chame de "Cam". – Bufou.
- Você não pode apagar o que houve!
- Eu devia dizer isso a você. Por isso não se surpreenda de eu estar bravo! – Exclamou, saindo do elevador que chegara ao andar que queriam. – Pois bem, senhor Archiakos, esse é nosso andar: o terceiro andar, redação do jornal impresso e do jornal na internet. O térreo é a recepção, o arquivo e é ligado a rotativa. O primeiro andar é a diagramação, digitação, revisão e classificados do jornal impresso. O segundo andar é a rádio e a cafeteria. O terceiro andar, como eu disse, é a redação de ambos os jornais. Aqui tem uma revisão também e a nossa diagramação. No quarto andar, encontra-se o estúdio, em que são gravados os jornais televisivos. Já no quinto é a diretoria e no sexto é a sala de reuniões e auditório. Para fumar, caso ainda o faça, vá as sacadas que existem no final dos corredores, pois nos lugares com ar condicionado é proibido. Todos andares tem banheiro e máquina de bebidas. Ah, no primeiro andar também fica o refeitório. Alguma pergunta?
- Alguém já te disse que você ficou ainda mais bonito?
- Já. Agora, essa é nossa sala. – E abriu a porta de vidro de uma sala enorme repleta de computadores, impressoras, scanners e outros equipamentos eletrônicos que o loiro não soube precisar de imediato o que eram.

Algumas exclamações de surpresa vieram de diversos pontos da sala. Os jornalistas não sabiam precisar o que era mais estranho: o chefe estar de manhã no jornal ou Milo estar ali.

- Miluxo? – Exclamou um rapaz loiro, de cabelos cacheados, e muito bonito. Ao ver o outro confirmar com a cabeça, deu um gritinho de felicidade e o abraçou. – Ahhh! Seu bobo! Passou todo esse tempo sem dar notícias para o seu Dite! Não somos mais amigos, heim?
- Claro que somos, Aphrodite! Não viaja! – E riu.
- Oh, que bom ter você de volta a Grécia, Milo! – Disse um rapaz também loiro, só que, ao contrário dos outros dois, com cabelos lisos, dando uns tapinhas no ombro dele. – Achei que tinha nos abandonado de vez.
- Eu sei que vocês não agüentam ficar sem mim, Shaka! Mas não precisam mais chorar, seu Milo querido já está aqui!
- Ah, quando me disseram que tinham te visto aqui não acreditei. – Exclamou um rapaz de cabelos curtos castanhos. – Seu filho da mãe, vá pro inferno. – E deu um soquinho no ombro de Milo. – Achamos que tinha casado com uma loira de farmácia turbinada e se mudado pra Los Angeles! Só que com esse ego não há mulher que te agüente! – Riu, acompanhado por todos da sala, exceto Camus. – Pena que o Deba foi embora! Ele ia adorar te ver.
- Olia! – Deu um abraço apertado no amigo. – Que bom que está todo mundo reunido aqui!
- É, no máximo estamos separados por setores ou jornadas de trabalho. – Comentou um rapaz de aparência extremamente exótica, se aproximando. Possuía cabelos loiros e lisos, presos em um rabo de cavalo.
- Mumumumumu! – Brincou o grego, abraçando o amigo e depois soltando-o com uma careta cômica. – Argh! Você ainda tem cheiro de incenso. Isso que dá conviver com o falso indiano ali.
- Guarde suas gracinhas para você! – Shaka torceu o nariz, fazendo de conta que estava ofendido.
- Mu, melhor voltarmos para a diagramação, ou nossa chefe come nossos fígados. Bem... Miiiilo! Depois temos que sair para comemorar a sua volta! A gente marca algo para sábado! – E Aiolia saiu da sala, acenando, seguido por Mu.

Camus suspirou aliviado. Quando Aiolia e Milo estavam em um lugar, pareciam furacões: bagunçavam tudo e agitavam a todos. Ligou seu computador e resolveu terminar um artigo antes de ir embora. Logo percebeu Milo atrás de si.

- O que você quer?
- Trabalhar! O que eu faço? – Disse, com uma empolgação infantil.
- Humn... – Alcançou uma pasta para Milo. – Divirta-se.
- Obrigado... Chefe. – Respondeu irritado.

O ruivo até tentou escrever mais, mas entrou no estado que Aphrodite chamava de "fase em que o Teco entrou em coma e o Tico morreu", quando simplesmente sofria um bloqueio e não conseguia mais fazer nada. Precisava dormir, apenas isso. Chamou Hyoga, um funcionário que, apesar de recém-formado, fora recomendado por uma faculdade russa bastante famosa, e lhe informou que talvez se atrasasse um pouco, pedindo para ajudar o novo funcionário.
Já o garoto russo sabia que sempre seu chefe lhe falava sobre "possivelmente atrasar". Isso nunca acontecia. Camus chegava sempre no horário, ou antes. Arrumou suas coisas e desligou o computador. Despediu-se de todos e disse um "comportem-se", em um leve tom de brincadeira, recebendo "Sim, mamãe" e "Não falaremos com estranhos!" como resposta.
Vendo o chefe deixar a sala, Milo voltou sua atenção ao monitor. Enquanto tentava redigir a matéria que lhe fora encaminhada, se perdia por entre memórias, de um passado não tão distante assim, mas realmente marcante.

Continua...!


(1) Camus d'Verseau (aliás, seria Camus du Verseau, né? Lembro que era Camus Le Chevalier d'Or du Verseau. Se estiver errado, me avisem! XD) é Camus de Aquário em francês. X"D Não sou nada criativa.
(2) "HAINE ESTÚPIDA! A JUNE NASCEU NA ETIÓPIA!". Orly? Pois é. Mas eu não sei nenhuma língua africana. Oo Aí me arranhei no finlandês pra inventar um sobrenome pra moça.
(3) Elláda é só outro jeito de se dizer "Grécia". X"D
(4) Archi chefe; Akos quem nasceu na península Mani. É a terceira fic que eu ponho esse sobrenome no Miluxo! oo

Então, espero que gostem! 8D Ela veio num surto de inspiração enquanto eu assistia House. "Rikku, você acha que uma fic de CDZ assimassadoblablabla fica legal?". Ele gostou. Eu escrevi. Ainda estou trabalhando no capítulo dois, mas vamos ver se semana que vem eu atualizo. /o/ Se tiver review, eu atualizo. Se não, eu vou ir acumulando capítulos até uma alma caridosa deixar um "oi". X"D
Ahhh! Esse título é PROVISÓRIO. Eu não gostei dele (clichê!), então quero sugestões! :3 E de casais também! 8D
E... Eu ainda tenho que terminar de revisar o capítulo 4 de Passarela. Semana de provas me atrasou. X"D

Espero ver (ler? ahn...) vocês em breve. 8D

Essa fic começou a ser escrita em 12 de maio de 2008.