Esta fanfiction é em memória a senpai...

Ela está sumida, mas por motivos maiores. Modele é um presente que está mais que atrasado, escrevi com muito carinho e dedico a ela, Mir-chan!

Espero que quando você ler isso você goste senpai!

Agradecimentos especiais a minha beta Anjo Setsuna, que tem muita paciência comigo e corrige todas as minhas cagadas.

Disclaimer: Naruto e seus personagens não me pertencem, são todos do Kishimoto.

Fanfiction SaiNaru com menção de alguns casais.

Aviso: Sexo, linguagens impróprias, prostituição, sexo, pedofilia, nudez, sexo, lemon...

Prólogo

Enquanto tentava entender o que eu sentia e lia vários livros a procura de ajuda, eu me deparei com uma mensagem em um livro que mudou completamente minha vida.

"Quando olhares para o céu e vires nuvens negras empanando o sol, não fixes o olhar em seu centro. Olha para as bordas, vê que seu contorno estará com uma luminosidade dourada, que tens ficado com os olhos presos a situações de momento, te esquecendo de olhar para o horizonte, que sempre te mostra um futuro glorioso ou um passado de fracassos; depende apenas para onde olhas."

Não sei se fiz certo ao seguir o que dizia no livro de Hashy'hayan-sama*, pois um dia eu resolvi olhar para o horizonte a procura do raio de sol que me mostraria o futuro. Não devo reclamar, consegui a glória, mas para isso sacrifiquei meu coração.

O artista se apaixonou por sua criação se tornando preso a ela. Sucumbi à dor de que meu raio de sol estava preso em um quadro com seu plano liso, delicado ao toque e preso em uma galeria onde eu era obrigado a dividir seu esplendor com os visitantes que também pareciam procurar a luminosidade dourada nas bordas das nuvens em um distante horizonte.

Na maioria das vezes que venho até aqui é para pensar e colocar minha mente no lugar ou, às vezes, para divagar sobre onde andaste o raio de sol que imortalizei com tinta óleo. Mas hoje não vim para nenhuma das duas, a academia para qual trabalho mandou que eu viesse para encontrar um colecionador que estava interessado em comprar a minha obra "Raio de sol".

Recebo muitas ofertas para esta obra, mas nunca tive o interesse de vendê-la, sempre eu respondo com um simplório "não" sem mesmo saber a quantia que está em jogo. Porém, o diretor da academia falou que se tratava de um colecionador importante das minhas obras, me convencendo que não seria educado dispensar a oferta pelo telefone e que eu deveria fazer isto pessoalmente. Além disso, ele alegou que estava na hora de eu deixá-lo ir, que ser tão apegado a algo de papel e tinta por tanto tempo poderia prejudicar minha sanidade. Então hoje irei dar uma chance de deixar meu raio de sol se apagar.

Quando você é ou se torna uma pessoa só, por vezes você pode acabar se tornando uma pessoa vazia, esquecendo o significado dos sentimentos quando você não tem alguém para quem senti-los e assim você deixará de ser humano.

Foi o que aconteceu comigo, antes do raio de sol iluminar a minha vida, esqueci tudo que um dia tinha sentido, me tornei oco, vivendo apenas para a arte na esperança que ela me ensinasse a ter sentimentos e a sorrir todos os dias, mas não o sorriso cheio de sacarmos que costumo utilizar para lidar com as pessoas.

A única coisa a qual era apegado é um pequeno livro que tinha começado a desenhar, um livro que contava as histórias de aventuras de dois jovens irmãos. Eu desenhei para dar a única pessoa que realmente me importava meu irmão, infelizmente não consegui terminar a tempo, pois ele morreu por causa de uma doença, e a medida que o tempo foi se passando, eu fui esquecendo de seu rosto, já não sabia o motivo que tanto queria mostrar o livro a ele, principalmente as páginas que ficaram em branco... O livro era a minha âncora com a realidade e não sei o que farei quando deixar de me importar.

Veja, nós dois não tínhamos conhecido o amor ou qualquer outro sentimento até nos conhecermos, e sim, não éramos irmãos de sangue, pode-se colocar que um escolheu ao outro. O dia que eu o perdi, foi o dia que eu deixei de acreditar, eu não soube que tipo de emoção expressar...

Mas um dia, olhei para o horizonte e deixei o raio de sol entrar em minha vida para mudar tudo. E então os sentimentos que um dia eu havia esquecidos voltaram, mas eu já não sabia o que sentir. Passei a pesquisar arduamente sobre o que eu sentia, tentando reaprender a me importar e a me expressar quando necessário.

Quanto mais tempo passava com ele, mais eu me lembrava de meu irmão, mesmo sabendo que o que eu sentia por ele era diferente, pois logo descobri que eu estava me apaixonando.

Então chegou o dia que nos separamos, acredito que o raio de sol tinha que brilhar para outras pessoas também, mesmo que isso signifique perder minha alma.

- Sai. – ouvi meu nome ser chamado pelas minhas costas, àquela voz...

~~.~~

(*) Trecho do livro "OMago da Ordem de Cohen", do autor Vicente Campos
(pseudônimo Rabah Hashy'Hayan).

O prólogo é curto, pois é apenas uma introdução ao tempo presente que se passa a fic.

O próximo capítulo é bem mais grandinho, acho que vocês vão curtir! Tem uma pitada de humor negro hehehe

Obrigada pela leitura, e vocês sabem, quanto mais reviews, mais rápido o próximo capítulo (que está pronto) chega!