O vôo do pensar

Prólogo

-Não -eu dizia - não, pare por favor!

Mas ele continuava a me fitar. Eu ficava nervosa ao sentir os olhos dourados me observando. Pedia insistentemente para que ele parasse, mas parecia que ele apenas aumentava a intensidade do olhar.

- Se você continuar me olhando assim eu vou embora.

- Kagome, pare de ameaças, você sabe muito bem que se quisesse mesmo ir embora já o teria feito...

Ele tinha razão... Mas eu não podia me entregar. Não para ele. Por mais que o amasse, tinha algo que me empedia. Será que eram nossos namorados? Ou será que era culpa de todos aqueles anos em que ele me fez sofrer?


Eu a olhava o mais firmemente possível, não podia deixá-la fugir, não de novo... Ela implorava para que eu parasse. Mas não! Não iria perder tudo novamente. Foram tantas indas e vindas. Agora ela teria de me escutar!

- Se você continuar me olhando assim eu vou embora.

- Kagome, pare de ameaças, você sabe muito bem que se quisesse mesmo ir embora já o teria feito...

Por que eu disse isso? Era verdade, mas isso poderia fazer ela correr... Ela não iria embora agora. Não com a porta fechada. Eu não deveria provoca-la agora, mas o fiz. Ah, Kagome, o que eu falo agora? Como te farei acreditar em mim? Eu te prometo ser fiel, mas só consigo o dizer com meu olhar.