Guilty
ola este é o 1º capitulo da 1ª fic que eu posto aqui! Espero que gostem...alguma dúvida em relaçao a algo perguntem ) queria mandar beijinhos para todos mas principalmente para a Natasha que tanto esperou e ansiou que eu posta-se! Beijinhos miga! Até
' " Não te deixes dominar! Não te deixes dominar!"
"Mas eu não consigo!"
"Sê forte! Concentra-te!"
"Ela está aqui…ela está aqui!"
"Não a deixes entrar!"
"Mas eu…AHHH!"
"NÃOOOOOO!"
"É inútil…eu domino-a sempre que quero…"
"Maldita! Deixa a minha filha em paz!" – uma espada apareceu nas suas mãos.
"É o teu fim…Nadeshiko…" – esta tentou fugir mas não havia hipótese. Encostou-se à cerejeira.
"Um dia…um dia haverás de pagar…ah!" – arregalou os olhos devido a dor que trespassava o seu peito. O seu sangue quente começou a escorrer pela espada até a mão…'
Sak: Ahhh! Outra vez… – suava por todos os lados. Deitou-se novamente para trás olhando o tecto com os olhos repletos de lágrimas. Aquele tecto…já conhecia todos os seus cantos, formas, texturas de tantas as vezes que fizera aquele ritual. Aquele tecto que pertencia ao quarto…quarto? Não… cubículo, isso sim! Cubículo maldito onde estava instalada há três anos. Ou melhor…obrigada a estar…internada há três anos. Também há três anos que era atormentada por aquele mesmo sonho…maldito sonho! Maldito quarto! Maldita vida!
# De manhã #
Tom: Touya? – Abriu lentamente a porta do escritório do primo – chamastes-me?
Touya: Sim… – a resposta foi curta e seca. A menina entrou fechando a porta atrás de si.
Tom: …e o que é de tão urgente? – Tomoyo dirigia-se a ele sempre com muito rancor e frieza. Ela tinha vontade de lhe bater…se pudesse. O que fez com a sua prima foi imperdoável! Não há desculpas para tal! Ela sabia… tinha a certeza que a prima estava inocente. A voz do primo a fez voltar á realidade.
Touya: bom…já passaram três anos desde o que aconteceu... – Olhou para Tomoyo mas logo se arrependeu. O ódio que ela sentia por ele estava bem expresso nos seus olhos violetas – e ontem recebi uma carta do hospital…falou que ela estava absolutamente normal…
Tom (com tom cínico na voz): qual a carta que disse o contrario em três anos? – Ele voltou a encara-la e continuou a falar como se não tivesse ouvido o comentário da prima.
Touya: …e então pensei seriamente no assunto e…
Tom: …e?
Touya: …- suspirou – prepara a recepção. – Fechou a cara, encostando-se ao cadeirão e rodando-o para trás. Tomoyo ficou imóvel por segundos. Quando o seu coração saltou, ela sorriu e saiu a correr do escritório.
Touya: … tenho agora de ter a certeza de que a tal psiquiatra vem…estarei eu a tomar a decisão correcta? – Fechou os olhos, relaxando a cabeça no encosto.
# No Hospital #
Enf.: ora…bom dia Sakura! – Disse entrando no quarto de Sakura. A menina estava sentada à beira na janela. Moveu apenas os olhos pois já sabia de quem se tratava. Era a única pessoa "normal" que via todos os dia, desde que ali estava.
Sak: só se for para ti… – sentiu a jovem enfermeira de aproximar de si.
Enf.: não voltaste a pregar olho…tiveste outra vez o mesmo sonho?
Sak: que te parece…
Enf.: queres comer alguma coisa?
Sak: não tenho fome…
Enf.: então queres ir dar uma volta?
Sak: está frio…
A enfermeira suspirou profundamente. Tal como acontece todos os dias, Sakura não quer fazer nada. Definitivamente não havia nada a fazer. Colocou-se à frente dela segurando-lhe as mãos.
Enf.: sabes? – Sakura desviou o olhar da janela para ela. – Tenho uma boa notícia!
Sak: o que é isso? Não me lembro… – falou cinicamente olhando novamente para a janela. A enfermeira ficou embuchada e abriu o armário onde se encontravam as coisas da Sakura.
Enf.: sempre mal disposta, sempre mal disposta! E eu que te ature, não é senhorita? Três anos e é assim que me agradeces, tudo bem… – pegou num saco e começou a colocar lá dentro as roupas e objectos pessoais da sua paciente.
Sak: blá, blá, blá, blá … – voltou a fechar o armário, abrindo outro.
Sak: Hã? – Admirou-se do que a enfermeira fazia e levantou a cabeça – que estas a fazer? – Não recebeu resposta – Maki? Maki! – Levantou-se da cadeira e foi atrás da enfermeira – Maki! Não me ouves? Que estás a fazer!
Enf.: arrumar a tua tralha não vês?
Sak: Tenho a impressão que ver ainda sou capaz…mas porque?
Enf.: oh rabugenta, vais voltar para casa… – desfez a curiosidade da rapariga e não conteve um sorriso de gozo na cara.
Sak: mas…como…hã…repete?
Enf.: Sakura! – Levantou-se segurando-a pelos braços – finalmente vais voltar a casa!
Sak: Não…não…não gozes comigo, Maki! Eu não sou nenhuma ignorante…sei muito bem que o Touya não me quer ver nem pintada pela frente! Estás mas é louca!
Enf. (em tom brincalhão): não sou eu que estou internada…
Sak: AH! AH! AH! AH! Que piada Maki…tens um excelente sentido de oportunidade de facto…teve muita graça…
Enf.: vá! – Empurrou-a pelas costas para a casa de banho – vamo-nos arranjar! Tens de estar linda!
Tom: finalmente ela volta!
Hu: é…parece que o menino Touya finalmente abriu os olhos para a verdade…
Tom: não sei…ele ainda a acha culpada…mas pronto! Esqueçamos as tristezas e vamos por tudo perfeito para quando ela voltar!
Pela primeira vez em anos, saía daquela ala. A terra, finalmente a sentia por baixo dos seus sapatos, o vento soprar-lhe os cabelos e o sol aquecer-lhe a pele branca.
Enf.: é bom não é?
Sak: nunca pensei…voltar ao exterior…
: Hei!
Sakura virou-se e viu duas raparigas correrem em sua direcção, sendo seguidas por dois enfermeiros que gritavam para que elas parassem.
: Sakura! - A menina mais pequena abraçou-a. Os enfermeiros pegaram nas duas para as levar de volta.
Sak. Não! Maki!
Maki: esperem! – Os enfermeiros entreolharam-se mas acabaram por largar as duas meninas.
Luna: Sakura…é verdade que vais embora?
Lady: já não gostas mais de nós? – Perguntou a pequena que há momentos abraçava Sakura.
Sak: Não! Claro que gosto de vocês…vocês foram as minhas únicas amigas aqui…gosto muito de vocês…está é na altura de eu ir…
Lady: então isso quer dizer que tu já não és louca e nos ainda somos? – O coração de Sakura despedaçou-se naquele exacto momento. As suas amigas de facto não eram muito sãs mentalmente mas ela as amava, fosse como fosse. Sempre a ajudaram e a animaram em três anos.
Sak: claro que não…não sejas tola Lady, um dia vamo-nos encontrar num lindo parque em plena tarde de Verão com sempre imaginámos sim?
Lady/Luna: claro…
Sak: esperem mais um pouco e logo sairão daqui e estaremos juntas novamente, sim? – Tirou algo do bolso e pegou na mão da Lady – toma…agora guardem-na porque quando nos encontrarmos eu quero ver-vos com ela…é para não se esquecerem de mim…combinado?
Lady: s-sim… – ambas já choravam e acabaram por fazer com que Sakura também chorasse.
Luna: Podemos escrever-te Sakura?
Sak: claro que sim…estarei ansiosa pelas cartas…adeus amigas. - Fizeram um abraço em conjunto.
Sak: até! – Acenou á distância com Maki do seu lado.
Lady/Luna: até!
Olhou para trás novamente mas as suas amigas já haviam sido levadas para dentro.
Maki: sentes-te bem Sakura?
Sak: sim… – Respondeu cabisbaixa. Entraram no carro e seguiram a longa viagem sempre em silêncio.
# 15.00 #
Touya: mas como assim que ela não pode vir? – O tom de voz de Touya mostrava claramente o seu nervosismo.
: perdoe-nos mas a Dra. Meiling teve uns problemas pessoais e não poderá ir…
Touya: 'ta bom, 'ta bom homem! Ate aí eu já entendi…o que quero saber é o que faço eu agora que NÃO TENHO NENHUM PSIQUIATRA?
: já pensamos no assunto e já temos um substituto…
Touya: oh santo homem! Já não o podia ter dito? Quem é?
: é primo da Dra. Meiling, também é psiquiatra e por sinal muito bom!
Touya: ai não…bom…quando é que ele pode vir?
: amanhã mesmo ele estará aí!
Touya: óptimo então, até amanhã!
: até amanhã senhor! – Bateu com o auscultador do telefone com força e endireitou-se no cadeirão.
Touya: um homem! Só faltava mais esta…um homem a tratar da minha irmã!
Toc-toc-toc
Touya: Sim! – Perguntou alto com a mão a massajar a testa.
Tom: Não vais receber a Sakura?
Touya: eu…eu…eu depois falo com ela…estou muito ocupado agora! Perdoa-me.
Tomoyo fechou os olhos, balançando a cabeça indignada e batendo com força a porta. Talvez assim o seu primo se apercebesse do quão estúpido estava a ser.
Com as mãos e cara colada ao vidro do carro, Sakura olhava aquela rua, aquelas casas, aquelas pessoas…conhecia tudo…que saudades tinha…um sorriso brotou no seu rosto mas logo desapareceu quando os seus olhos encontraram uma enorme mansão no fundo da rua. O carro parou lá mas Sakura não queria sair. Estava muito receosa…
Maki: vamos lá Sakura! – Puxou-a, animadíssima, pelo braço e deu-lhe as suas malas para as mãos. Caminharam em direcção ao enorme portão.
Maki: Uou! Grande casa! Lar doce lar…não Sakura?
Sak: doce…?
Tom: SAKURAAA!
(continua)
Bea-Li
