Aconteceu no Natal

N/A: Bem, essa fic surgiu da minha vontade em escrever uma coisa mais... ousada... rsrsrs!!! E, como eu quase não vi nenhuma sobre a primeira vez do Harry e da Gina, quis ver no que dava.

É a primeira NC-17 que escrevo, então estou com um pouco de medo do que vocês irão achar, por isso, please, reviews, ok? Sugestões, caçoadas, elogios, broncas, qualquer coisa vale... rsrs!!

Capítulo Um:                                    Send Me An Angel

         Neve caia em flocos silenciosos, formando uma pequena barreira branca no parapeito da janela da Sala Comunal de Grifinória. Não havia vento, só a neve e a noite do lado de fora do castelo.

         O rapaz escolheu e acompanhou um dos pontos brancos descendo suavemente até a palma estendida, vindo juntar-se aos outros 97 que já começavam a liquefazer no calor da mão dele.

         "O que ela está aprontando?", pensou, conferindo mais uma vez o relógio de pulso. "Entendi claramente ela dizer meia-noite."

         - Acho que está frio aqui. – alguém sussurrou em seu ouvido, fazendo uma onda quente arrepiar-lhe o corpo.

         Ele sorriu, jogando a neve fora e fechando a janela, os olhos verdes virando-se para encontrar os castanhos dela bem próximos.

         - A senhorita está quase 20 minutos atrasada, Srta. Weasley. – informou, a boca roçando a orelha de Gina. Enlaçou-a pela cintura enquanto tocava a pele branca do pescoço da garota suavemente com os lábios, devolvendo os arrepios. – Eu precisava me refrescar de alguma maneira.

         Ela riu baixinho da carícia, deixando suas mãos dirigirem-se para a nuca dele.

         - Você está impossível esta semana, Harry. Será que tem a ver com o fato de Mione e Rony não estarem aqui? – perguntou, afastando-se para olhá-lo.

         Um sorriso de assentimento surgiu no rosto do rapaz. Ele levou uma mão para acariciar a curva do rosto da namorada, trazendo-a para perto. Harry acreditava que jamais se cansaria de admirar os cabelos com vários tons de vermelho e os olhos brilhantes dela, sua pele alva e macia. Gina fechou os olhos ao sentir os lábios dele pressionarem os seus.

         O garoto afundou os dedos nos cabelos ruivos, forçando sua boca contra a dela. A outra mão passeava pelas costas de Gina, sentindo que ela relaxava em seus braços. Os lábios da garota tão macios e doces, saborosos. Era um beijo profundo, como os que ele gostava de dar para tirar-lhe o ar. A língua de Harry massageava a dela demoradamente.

         Ela enlaçou o pescoço do namorado, colando seu corpo ao dele. Podia sentir os músculos rijos e jovens de um adolescente saudável de 17 anos quando ele a apertava, as mãos passeando preguiçosamente pelo seu corpo. Agora ela não sentia frio; ao contrário até, parecia que uma fogueira fora acesa dentro dela.

         Harry buscava de todas as formas senti-la, queria que Gina soubesse como ela o deixava quente, como era bom estar com ela. suas mãos percorriam o corpo da ruiva e, num impulso, tocaram um seio dela.

         O moreno sentiu-a parar o beijo e recuar.

         "Essa foi mal.", recriminou-se antes de abrir os olhos e encontrar os dela.

         - Desculpe, Gina. – pediu, a voz rouca. Temia que algo assim acontecesse. Não queria assustá-la de forma alguma. Seus colegas de quarto já tinham ido muito mais longe com as namoradas, mas Harry não queria avançar nenhum sinal, mesmo que desejasse em várias ocasiões.

         Gina e ele estavam namorando desde o final do verão, quando Harry passou a última semana de férias n'A Toca. E foi o carinho e a atenção dela que o mantiveram vivo e são até agora. Era seu último ano em Hogwarts e ele estava simplesmente esperando um duelo de morte contra Lord Voldemort a qualquer momento.

         "Como eu fui idiota", ele não cansava de se dizer porque tinha demorado sete anos para notá-la. Gina não era a garota mais bonita da escola, nem a mais popular ou a mais inteligente, embora tivesse uma vitalidade e uma determinação que o encantaram. Ele simplesmente não conseguiu resistir ao charme discreto e tranqüilo da ruiva.

Em certos momentos, só a força dela o fizera seguir em frente. Mione dizia que eles formavam um casal 'fofo'. Rony ficou quase duas semanas sem falar com Harry, mas depois aceitou.

Para Gina era a realização de um sonho.

"A realidade é bem melhor!" ela dizia para si mesma, ao perceber que sua admiração infantil pelo 'menino que sobreviveu' deu lugar a um sentimento maduro, forte e coerente. O seu Harry era infinitamente melhor que o grande herói que ela idealizava em criança. Tinha certeza que o amava; e essa certeza era tudo que Harry precisava, e ela também.

Sabia que ele estava amargurado e preocupado por causa da iminência de uma batalha cruel, ensaiada nas dezenas de ataques de Comensais. Doía ver o garoto de testa franzida, às vezes disfarçando a angústia com um sorriso forçado. Por isso, queria que os momentos deles fossem especiais. E tinha tomado uma decisão.

O fato da Torre da Grifinória estar praticamente vazia devido ao feriado de Natal deixou-os mais à vontade. Passavam horas entre beijos e risos, felizes por estarem junto. Às vezes, o desejo fazia Harry avançar o limite permitido e Gina retraía-se, como agora.

Entretanto, a ruiva apenas encarou-o fundo, segurando a mão dele.

- Tenho um presente para você. – murmurou, beijando-o ardentemente e colocando a mão de volta sobre o seio.

O garoto surpreendeu-se com a ousadia. Acariciou um pouco inseguro o tecido fino da camisola, esperando ela mudar de idéia, o que não aconteceu. Ela o estava provocando e ele resolveu entrar no jogo, desgrudando os lábios dos dela e indo para a orelha e o pescoço enquanto apertava o seio de Gina, fazendo-a ronronar e acomodar-se mais junto a ele, como uma gata manhosa.

A respiração de Gina tornou-se rápida e ruidosa. Suas pernas tremiam e ela agarrou-se ao bruxo para não cair. Os lábios quentes e úmidos de Harry a extasiavam, as mãos grandes tocando-a por cima da camisola de flanela.

O coração de Harry certamente estava quebrando duas ou três costelas, batendo descontrolado. Aliás, tudo que ele não queria naquele momento era controle. Estava totalmente embevecido pela pele macia e fresca da garota, tonto com o perfume dos cabelos longos dela, enfeitiçado pelos gemidos baixos que ela emitia. Nunca haviam ido tão longe. Uma mão subiu pelo braço de Gina, começando a descer-lhe a alça da camisola.

- Não, Harry... aqui não... – protestou debilmente.

- Gina, você... está me deixando maluco... – ofegou o garoto.

Ela conseguiu racionar com clareza e afastou-o com dificuldade, olhando-o magoada.

- É só para isso que eu sirvo, Potter? Para dar uns amassos com você?

Harry olhou-a confuso.

- Não foi o que eu quis dizer, Gina. Eu... eu... – gaguejou, com medo do que poderia sair a seguir. – Você sabe que não... Eu nunca forçaria você a nada... Foi você quem começou... Ah, droga! O que é agora?

Ela estava rindo.

- Você fica uma gracinha assim, envergonhado, sabia? – ele fechou a cara. – Sei que fui uma menina má, mas isso faz parte do plano.

- Que plano? – agora ela estava ficando tão vermelha quanto seus cabelos. Desviou o olhar antes de responder.

- Estive preparando-o a semana toda...

- Preparando? – ele ergueu uma sobrancelha, sorrindo.

- Sim. – ela estava séria. – Mas se você quiser rir da minha cara, deixo para lá!

- Ei, ei, - ele segurou os braços dela. - quem disse que eu estou rindo de você? Me conta que plano é esse.