Eis aqui um importante projeto da série Pokémon Alternative *-*
Esta fanfic é, na verdade, uma coleção de one-shots de uma das minhas criações prediletas, a Agente Ranger Kristen Lane. Agora eu não vou falar muito sobre ela, afinal todas as explicações necessárias serão incluídas nestas histórias, mas posso dizer que suas aventuras vão ocorrer paralelamente às aventuras da série Pokémon Alternative normal. Como episódios estilo Pokémon Alternative Chronicles (querem saber mais? O link pro meu perfil está logo acima!), mas preferi fazer separado, já que é uma narrativa em um estilo um pouco diferente do que estou acostumada a escrever.
Os fatos deste primeiro one-shot ocorrem mais ou menos entre os episódios 03 e 04 ("Prazer, Galera!" e "Torneio Cherrygrove") e também fazem referência a coisas que aconteceram no Ep.01 ("Um Novo Começo"). Mas mesmo que ainda não tenha lido nenhum episódio de minhas fanfics, não precisam clicar no "X" ali em cima; leiam para ter uma ideia do que planejo em minha própria continuação para Pokémon e deixem reviews (adoro ler bons comentários! *-*).
Observação para quem já leu esta fic: apliquei uma pequena mudança em um pequeno detalhe... Que fará diferença mais para frente da série.
Boa leitura!
Da ficwriter afogada em ideias,
MaryBrangwin
P.S.: Pokémon não me pertence. Mas eu bem que queria ter os direitos autorais e tornar todas as minhas ideias oficiais!
O Diário de Kristen Lane
1ª Entrada: Depois da tempestade, há um arco-íris
Algumas vezes, coisas positivas acontecem na minha vida.
Eu sou Kristen Lane. Meu objetivo, fazer justiça por minhas próprias mãos; minha maldição, impor a eu mesma que meus sonhos devem estar sempre em segundo plano.
Sou uma Agente Ranger. Da elite Ranger. As pessoas sabem o que a maioria de nós faz: proteger o meio ambiente e os pokémons que nele vivem, basicamente. Mas eu não faço parte desta maioria, na verdade pouquíssimas pessoas sabem o que realmente faço.
Faço parte da Divisão Ranger Anti-Criminal, ou seja, combato as facções criminosas espalhadas pelo mundo, por dentro e por fora delas, em minhas missões; para isso, por minha própria segurança e dos outros, preciso viver em sociedade com nome e identidade falsos. Mas eu quase não me importo; dever é dever, e no meu caso também é pessoal.
O que estou fazendo agora? Estou sentada à uma mesa de lanchonete, tomando um café, ouvindo um grupo de garotas patricinhas fofocarem na mesa de trás e pensando em minha missão mais recente; foi uma das poucas em que senti o verdadeiro gosto da derrota, e logo depois o da vitória.
Ouço passos em direção ao balcão. Uma voz me chama a atenção.
-Com licença, balconista, será que poderia trazer dois bananas-split pra mim e pra minha amiga naquela mesa ali?
A garota aponta para a mesa em que estou e vira seu rosto para mim. Hunf! Seria impossível não reconhecer a voz de espertalhona, a expressão presunçosa e os cabelos loiros e curtos de Sharon Danton, a caloura que, em seis meses, conquistou prestígio em missões de várias categorias. Ela é uma agente híbrida, atua para várias divisões. Mas para mim, não passa de uma caloura. Pelo menos, por enquanto.
Ela senta-se na cadeira à minha frente e começa a falar algo sem sentido.
-Lena, há quanto tempo! A gente não se vê desde a festa da Solana! Como tem ido?
A voz de falsete é óbvia demais, ela está fazendo de propósito. Pelo menos, está me tratando por minha identidade falsa. Deve ter sido enviada pelos meus superiores. Decido acabar com o disfarce.
-Chega de rodeios, Sharon. Você não veio matar saudade de mim. Quem te enviou para cá?
O rosto dela começa a ficar sério.
-Se quer abrir o jogo, eu falo: foi o coronel. Ele quer saber o porquê do seu sumiço.
Como sempre, ele quer satisfações; eu não preciso dá-las. Apenas apoio o meu queixo em minhas mãos unidas. Sharon fica irritada, mas…
-LENA, COMO PODE? VOCÊ SABE COMO EU GOSTO DELE, ENTÃO POR QUE NÃO CONTA O QUE HÁ DE ERRADO COM ELE? QUE TIPO DE AMIGA É VOCÊ, QUE NÃO AJUDA UMA AMIGA EM APUROS?
Ah, que ótimo, eu não esperava uma reação destas! Agora todos na lanchonete estão olhando para nós, intrigados com a cena dramática de Sharon. Sinto meus olhos ficarem retos, um tique na sobrancelha esquerda e uma veia saltada na testa, enquanto a garota me encara com seu olhar presunçoso. Ela me responde em voz baixa:
-Eu comecei teatro aos doze. Posso continuar essa cena, se não me contar o que houve em detalhes.- Ela se volta para as pessoas curiosas. -Podem continuar seus afazeres, pessoal, está tudo sob controle aqui!
Ela é irritante e está na cara que não gosta de mim. Grande coisa, muita gente não gosta de mim! Mas já que ela está aqui a ordens, é melhor responder logo.
-Eu só vim aqui para tratar de um assunto. Uma missão que não terminou.
-E…
Ela continua me encarando, esperando os detalhes. Eu simplesmente a ignoro, e isso a contraria. Ela tenta fazer o mesmo comigo.
-Não é á toa que ninguém vai com a sua cara e nem te rela na organização. Você é arrogante. Acha que está acima dos outros. Por isso se recusa a dar satisfações!- A voz dela começa a ficar mais baixa e áspera, como um sussurro irritado. -Se não gosta de colaborar com uma equipe, por que não puxa o carro e sai dos Rangers, hein?
Meu rosto se contorce ligeiramente de raiva, mas, no fundo, sei que ela está certa. Não me tornei Ranger apenas por seguir os passos de meus pais ou por uma licença para prender calhordas criminosos; eu sou Ranger porque acredito nos propósitos desta organização. Não tenho resposta melhor para dar a Sharon do que contar o que houve. Relutante, começo a falar alguns detalhes.
-Base do Penhasco Negro. A Fábrica do Terror.
-O quê?
Eu respiro fundo. Falar disso é difícil, mesmo para mim.
-A Base do Penhasco Negro ficava no sul da Praia de Tesouros, na Ilha Um do Arquipélago Sevii. Era um local de operações Rockets, usava tecnologia roubada de criminosos que atuaram na região há um ano.
Sharon parece ficar preocupada.
-E o que era feito lá?
-Treinamento ultra-intensivo de pokémons- ao dizer isso, sinto minha alma tremer por dentro. Mas não quero que Sharon perceba isso. -Lá, eles colocavam pokémons para treinar por mais de catorze horas diárias, sem pausas e em condições extremas. Como treinamentos de sobrevivência desumanos.
Sharon parece estremecida. Ela precisa aprender com essas coisas.
-Então… Você foi enviada para invadir essa base?- ela tenta disfarçar, mas dá para perceber a apreensão em sua voz.
Meu silêncio equivale a um "sim". Prefiro falar apenas os detalhes.
-O objetivo da missão era desativar internamente as defesas da base e permitir uma invasão externa da Divisão Anti-Criminal de Orre. Isso culminaria na prisão de cento e cinquenta Rockets e o resgate de cento e setenta pokémons.
-E a missão teve sucesso?
Eu esperava que ela não fizesse essa pergunta.
-Não. Descobriram-me lá dentro e retiraram todos os pokémons. Exceto um.
Mais uma vez meu rosto se contorce de raiva; basta-me lembrar da maldita Rocket que me levou à derrota.
-Então você é a Agente Kristen Lane? Não é tão boa quanto eu esperava!
-Qual pokémon?- pergunta Sharon, fazendo-me voltar à realidade.
-Uma Eevee. Totalmente traumatizada, fora deixada de lado em uma jaula, largada em um estoque.
Antes de continuar a falar, eu respiro fundo.
-Eu fora cercada pelos Rockets. Só havia uma chance de escapar e para isso eu precisava passar em frente à sala de estoque. Foi quando ouvi os gritos da Eevee. Sabia que não tinha escolha, então arrombei a jaula com meu Leafeon e a tirei dali.
-E conseguiu escapar…?
Consinto com a cabeça. E termino minha história.
-Quando voltei á nossa base após a missão fracassada, Eevee foi deixada sob custódia especial. Só mais tarde fiquei sabendo que ela foi transferida para o laboratório de New Bark, e é por isso que vim aqui para Johto. Queria saber se ela estava bem.
-E ela ficou bem mesmo?
Novamente confirmo com a cabeça. E me lembro da conversa que tive com o professor Elm algumas horas depois da forte tempestade que houve na cidade.
-Lena, oi! Por onde esteve, todos estavam perguntando a seu respeito!
-Olá, professor. Me desculpe, eu tive um imprevisto. Os garotos já partiram?
-Já, faz algumas horas. Você queria falar com eles?
-Sim, mas não tem problema. E Sally e Eevee, como elas foram encontradas?
-Muito bem, graças a Deus, Lena! E além do mais, Sally ajudou muito Eevee a superar seu trauma, acabei até deixando Sally levá-la! Tenho certeza que vão progredir muito juntas.
Volto ao presente, mas a impressão dessa lembrança me traz uma constante sensação de leveza em meu espírito. Coisas positivas realmente acontecem em minha vida: Eevee está bem… E talvez uma boa treinadora seja o que ela mais precisa agora.
Hum… Eu não devia me apegar tanto a um pokémon salvo. Eu sei que cada vida salva é uma grande vitória, mas eu não posso perder tempo…
-Alôooo… Acorda, Lena!
Acho que me perdi em meus pensamentos! Sharon passa a mão em frente a meus olhos como uma louca e vejo que os banana-splits chegaram.
-Legal, já acordou. Dá só uma olhada nestas sobremesas! Vamos, coma o seu!
-Obrigada, Sharon, mas eu não vou comer. Pode ficar, se quiser.
-Legaaaal!- ela parece uma garotinha animada.
Ela tem sorte. Provavelmente teve uma vida mais ou menos normal, a ponto de não ter visto segredos obscuros e… Outras coisas… Pensar nisso me faz lembrar da espada embainhada que está escondida debaixo de minha longa capa.
-Sabe, Lena…- Sharon fala entre colheradas de banana-split -Ouvindo você agora… Acabei descobrindo que… Você não é esquisita como os outros falam… Pelo menos, não tanto… Mas você até que é legal… Esquentar a cabeça com um pokémon… Quando tem tanta coisa pra fazer… Isso é uma coisa boa, altruísta… Afinal, de que adianta salvar pokémons se não fazemos alguma coisa por suas almas?
De certa forma, Sharon tem razão. Quem diria… Essa caloura me pôs a refletir! Mas não tenho mais tempo com ela.
-Bem, Sharon, eu já vou indo.
Ela me olha surpresa, a princípio, mas logo compreende.
-Tudo bem… Depois que eu terminar com essas delícias, também tenho compromissos. Preciso encontrar bases da Equipe Ocean nas proximidades de Azalea e meu irmão, que veio pra Johto e esqueceu o Pokenav em Rustboro… É um cabeça-oca!
Eu me afasto e saio da lanchonete. A brisa do lado de fora me traz aquela sensação de mistério em que mergulhei minha vida…
É hora de voltar à ativa.
Hum… Acho que ficou bom. Mas também acho que podia ter escrito mais… Sei lá! É aí que vocês entram: basta clicar no botãozinho bonitinho de "Review this Episode/Chapter" e dizer o que pensam!
Quem leu de novo este one-shot depois da minha edição deve ter notado a "pequena mudança em um pequeno detalhe": O local de origem da Eevee. Pra quem não sabe, Sevii Islands, One Island e treasure Beach são de Pokémon FireRed/LeafGreen (GBA).
Pode parecer uma mudança boba, mas pretendo fazer dela uma mudança importante. Já que, depois de um ENOOOOOORME hiato, eu andei desenvolvendo umas novas ideias... Aguardem, onegai!
Ainda não sei exatamente quando vou escrever o próximo one-shot de Kristen Lane… Mas espero que tenham gostado desse. Aguardem e, enquanto aguardam, leiam Pokémon Alternative. Sei que vou/estou agradar/agradando vocês!
