Disclaimer CCS não me pertence, ninguém está me pagando para escrever isso.
Classificação: Humor, romance (bom, pelo menos essa é a minta intenção de início)
Capítulo dedicado: VerinhaSenseiiiii, ItachiSaru, Iza-mana e Jaí-roro, que é apaixonada por CCS, pra um amigo que foi embora a pouco tempo pra Rússia (saudades)
Boa leitura… comentários e explicações no final.
Obs.: Primeira fic de CCS, espero que gostem.
[Música recomendada pra esse capítulo: S/M.
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Ela olhou no relógio sentindo o coração pulsar mais rápido, dentro de alguns instantes o táxi chegaria e ela teria de ir para o aeroporto.
Com cautela, recolheu a ultima coisa que faltava de dentro do armário, uma caixa antiga e com aspecto de que não havia sido aberta há muito tempo.
Ficou um pouco curiosa e queria ver o que nela continha, mas deixou aquilo pra depois, enfiou-a na mochila e partiu em um salto para a sala. Corria de forma desesperada, juntando coisas aqui e tentando equilibrar tudo em seus braços.
As malas já haviam sido levadas por seu irmão, ao menos pra isso ele servia, pensava enquanto descia de forma frenética as escadas.
Quando já estava na rua, olhou de volta para o prédio atrás de si, sorriu e como se estivesse se despedindo desse, deixou que rolasse uma lágrima, limpando-a em seguida.
Sakura havia tido ótimas recordações daquele lugar. Muitas brincadeiras com as amigas e até mesmo com seu irmão. Quando chegou à porta do carro amarelo, arremessou a mochila pesada no banco de trás e segurando a porta com as pontas dos dedos cruzou-os e fechou os olhos, parecia fazer um pedido silencioso de 'boa sorte'.
Entrou neste com um largo sorriso.
-Finalmente vou me livrar de você monstrenga… - Touya olhou para a irmã de rabo de olho, sorriu com ar divertido e voltou a olhar para a janela.
-Sei que no fundo você vai sentir minha falta – Sakura deu um leve soco no ombro do irmão.
-Espero que não se esqueça de me ligar quase todos os dias, ouviu bem? – Sakura pareceu um pouco desentendida – Você está indo para uma universidade que é famosa pelas garotas bonitas… sabe que há tempos não arranjo uma namorada que me agrade, então…
-TOUYA!!!! – Sakura apertou as mãos em uma raiva contida misturada com diversão – Alguma vez você arranjou uma namorada que te agradasse? – ela cruzou os braços se sentindo por cima.
-… bem… - ele ficou silencioso e pensativo por certo tempo – isso não vem ao caso agora – ele esfregou a mão na cabeça da garota ao seu lado despenteando o cabelo dela – Tenho um presente pra você monstrenga… - ele tirou um pequeno pacote do casaco marrom e entregou para a garota – pra você distrair a mente quando as coisas ficarem extremamente confusas e também para o caso de você se perder, ouvi dizer que cresceu bastante desde meu último ano lá.
-Touya? – ela o olhou com os olhos brilhando.
-Que foi agora? – ele encostou a mão na testa dela.
-Obrigada… - ela abraçou o irmão apertado, derrubando algumas lágrimas.
Apesar de toda a raiva que ele já a fizera passar, ela o amava demais para não chorar, como ele havia pedido. Sakura sempre teve um lado chorão admitido. Sempre fora sensível com despedidas, reencontros, filmes, coisas hilárias, momentos tristes, momentos tensos… traduzindo, uma chorona de carterinha. Mas de uma forma divertida e não melosa.
Touya sabia que aquilo ia acabar acontecendo, passou a mão pelos ombros da pequena mulher e sorriu, depois a abraçou e desejou boa sorte silencioso.
-Maninha, vê se não cai na lábia daqueles marmanjos e nem me invente de fazer muita bobagem por lá. Ainda posso aparecer pra te colocar no eixo se perceber algo de diferente.
-Você… - Sakura colocou o polegar na boca e mordeu de leve a ponta deste – não faria isso, certo? – ela olhou-o desconfiada e depois sorriu.
-Não duvide… - ele correspondeu ao sorriso e vendo que haviam chegado, apontou para que a menina olhasse pela janela os aviões que saiam – Boa sorte! – sussurrou começando a sair do carro.
Sakura não ouviu o desejo do irmão, mas sabia que era isso que ele há desejaria em pensamento.
Eram unidos, mas nem sempre foram assim. Tornaram-se mais irmãos, quando ela foi fazer colegial na cidade em que o irmão morava. O pai quase nunca estava parando em casa, por que depois que sua mãe havia morrido, ele apenas havia esperado que seus filhos crescessem para que ele voltasse a se dedicar ao trabalho tentando esquecer o vazio que a falta de sua mulher havia lhe feito e a ida de seus filhos em rumo a seus futuros o trariam.
Sakura colocou a mochila novamente nas costas e, de modo supersticioso pisou primeiro o pé direito, caminhou em passos velozes atrás de seu irmão, tentando acompanhar seu ritmo.
Depois de tudo pronto, no portão de embarque, Sakura abraçou novamente o irmão e correu para embarcar em seu, já atrasado, vôo.
Entrou no avião com um frio na barriga, sorriu para os comissários e apertou o presente do irmão bem perto do peito. Toda sua animação se transformava agora em ansiedade.
Olhou em sua passagem o numero de sua poltrona. De forma distraída ia passando pelos bancos, muitas pessoas sentadas, outra grande porção em pé tentando enfiar suas bolsas e pastas no local apropriado, crianças chorando e conversas misturadas com risadas. Sakura tentava se desviar de um senhor gordo ao mesmo tempo em que se sentia ser empurrada pela enorme traseira de uma mulher que tentava sair de sua poltrona.
Internamente ela sorria de tudo aquilo.
Finalmente chegou a sua poltrona, guardou sua mochila e pareceu desabar sobre o assento. Olhou pela janela e viu uma longa fileira de pessoas que ainda entrariam no avião. Pensou aliviada que 'não estava tão atrasada assim, então'.
Massageou os ombros doloridos pelo peso da bolsa. Tirou as luvas e enfiou-as no bolso de seu casaco. Esfregou a mão nas bochechas, sabia que elas estavam vermelhas, igualmente seu nariz.
Sentindo alguém a olhar, ergueu os olhos pro banco da frente. Uma criança que parecia ter entrado em transe com o dedo no nariz a observava.
Ela sorriu, sem reação por parte da criança.
Ela tirou uma balinha da bolsa e colocou na boca passando vontade no menininho que a olhava, novamente sem reação.
Finalmente ela pareceu se sentir desafiada, olhou séria pra criança e começou a se aproximar, devagar e devagar… até que.
-OLHA LÁ O BICHO PAPÃOOO! – fez cara de horror como se realmente estivesse vendo-o e gargalhou ao ver o pirralho desaparecer afundando no banco da frente entre choramingos.
-É feio fazer isso com criancinhas indefesas – ela olhou pro lado mais assustada que a criança e logo depois sorriu de forma malvada.
-Alguém deveria ter lhe dito isso quando eu era uma pirralha como ele – ela deu língua pro irmão – Mas… afinal, o que faz aqui?
-Essa caixa caiu da sua bolsa logo que você passou pelo embarque, sua mochila deveria estar meio aberta – ele entregou a caixinha velha e embrulhada pra irmã e depois saiu sem maiores comentários, além do típico 'Vê se presta mais atenção nas coisas monstrengaaaaa', ele praticamente cantarolou o apelido carinhoso que havia posto na irmã.
Uma lembrança súbita de que havia recolhido a caixa hoje de manhã e pretendia abri-la durante o vôo a tomou por um certo instante e a curiosidade voltou a bater à sua porta.
Com cautela, ela desfez o laço que mantinha a caixa lacrada e tirou a tampa.
Olhou as fotografias, as lembranças dos festivais de sua cidade, a mecha de cabelo que havia amarrado com todas as suas amigas com a promessa de permanecerem juntas mesmo quando estivessem distantes e uma flor já murcha com um lencinho com as iniciais LS. Por um instante, pareceu não lembrar direito de onde havia arranjado aquilo.
Uma vaga recordação veio ao encontro de Sakura.
Ela conseguia visualizar partes daquele momento. Do garoto de cabelos castanhos que parecia muito chateado por ter de ficar de castigo junto com ela em uma festa beneficente há muitos anos atrás.
Sakura sorriu lembrando-se dele ter ficado chocado quando ela começou a chorar por ele ter chamado-a de lerda. Era bem verdade que ele havia se metido naquela por ela ter inventado de correr com a jovem Daidouji pelo local para ver se distraia a nova amiga. Por uma tremenda falta de sorte, ele inventou de aparecer no caminho delas e Sakura juntamente com Tomoyo acabaram esbarrando nele.
Ela conseguiu livrar a pele da amiga, mas acabou tendo de ficar de castigo na salinha sem TV junto com o garoto. Além de arranjar uma baita dor no joelho que foi de encontro com o chão.
-Como era mesmo o nome dele? – Sakura sussurrou tentando lembrar… mas ele não havia lhe dito.
O avião finalmente começou a se movimentar. A mãe do garoto da frente apareceu e sentou-se ao lado deste e em seguida, deu-se a tradicional chamada para atar cintos e avisos.
Sakura encostou o cotovelo no braço de sua poltrona, olhou para a senhora que vinha se sentar ao seu lado e com um sorriso amigável a cumprimentou. Voltou o olhar para a janela novamente e se perdeu depois de um tempo entre as nuvens que o avião cortava flutuando no ar.
Logo estaria começando uma nova etapa de sua vida e tudo que ela queria era que as coisas dessem certo. Tinha planejado tanta coisa, imaginado tantas outras e esperava com todo o coração, que tudo aquilo se realizasse.
Ela mordeu os lábios e abriu o presente do irmão. Observou o livro e em seguida o CD que ele havia gravado e feito questão de desenhar um monstro com o cabelo igual o dela na capa.
-Que original, Touya – ela sorriu e começou a ouvir as músicas, se distanciando cada vez mais da casa de seu irmão e de seu pai, mais distante ainda, e indo em direção a universidade, onde tudo começaria. Sentia uma roleta começando a girar e a sorte parecia querer-lhe entrar sem avisos prévios e Sakura a permitiria entrar.
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Eu não corrigi os erros, por que estava terrivelmente apressada e se não conseguisse postar essa fic logo, estaria em graves apuros com as minhas próprias idéias.
Espero que gostem, é algo que já vinha tentando fazer a tempo, por que também sou apaixonada por CCS.
Espero que tenham gostado e, por favor, comentem.
Desculpem por não ter colocado música.
O nome da fic é de um trecho de uma música do DAÍ (viciada em DAÍ 'estrelinhas')
Kokoro no oku ni aru kimochi - Os sentimentos que tem no seu coração...
Basicamente é isso.
Obrigada!
Aceito reviews. '
