Disclaimer: Saint Seiya/Cavaleiros do Zodíaco não me pertence, e sim a Masami Kuromada; posto esta fic apenas por diversão, sem visar qualquer tipo de lucro.
N/T: Esta fic também não me pertence, ela é uma tradução da fic de mesmo nome (a versão traduzida é a versão em espanhol, a fic está escrita em inglês e em espanhol, e eu me dou melhor com o espanhol), de Goddess Rhiannon. A autora me deu autorização para traduzi-la.
FORBIDDEN LOVE
Capítulo 01
"Aqui estou eu, sozinha e sem o seu sorriso para iluminar o meu dia, sem os seus braços fortes para que me sustentem junto ao enorme peso que eu carrego desde que nasci. Ter você aqui novamente é a única coisa que eu peço aos deuses..."
- Princesa Hilda, não deveria estar acordada até tão tarde, o seu pai ficaria bastante aborrecido se soubesse - disse uma velha criada à jovem e bela mulher que estava sentada em sua escrivaninha, aparentemente escrevendo algo em seu diário.
- Não se preocupe, eu já estava prestes a me deitar - disse Hilda, enquanto se levantava e caminhava até sua enorme cama, a empregada sorriu-lhe amavelmente e deu-lhe boa-noite; Hilda deu um esboço de um sorriso e fechou os olhos.
- Por que você me deixou... Siegfried - ela suspirou, sobre o travesseiro, deixando que uma lágrima cristalina rolasse pelo seu rosto.
A manhã chegou lentamente, os pássaros cantavam a sua suave melodia, as flores também estavam deslumbrantes. Mas, para uma pessoa, aquelas pequenas coisas já não poderiam existir. Hilda levantou-se da cama. Ela estava se arrumando quando ouviu passos rápidos e uma voz familiar, que aproximavam-se de seu quarto.
- Bom dia, irmã, como você está ? - cumprimentou-a Freya, sua irmã mais nova; na verdade, parecia que a irmã não havia ficado muito afetada pela morte de seu guardião.
- Como sempre. Nosso pai já está na sala ? - perguntou ela, Freya negou com a cabeça.
- Estamos te esperando, vejo você lá ! - disse Freya, e correu até a citada sala. Hilda balançou a cabeça e terminou de colocar o vestido, virou-se para a sua única e enorme janela, a qual tinha também uma varanda, de onde ela acostumara-se a ver Siegfried e Hagen treinarem. Ela saiu e sentiu o vento frio acariciar o seu pálido rosto, ela tinha de ir ao altar para rezar, talvez o seu desejo fosse ouvido daquela vez.
Hilda desceu os degraus da escadaria e encontrou-se com o seu pai e a sua irmã. Freya tomava o seu chá enquanto seu pai lia o jornal.
- Bom dia, querida - cumprimentou-a o rei Royce, sorrindo para a sua filha mais velha, como única resposta, ela inclinou a cabeça e sentou-se no lado direito da mesa. Bebeu um pouco de chá, mas não tocou na comida. Seu pai observava-a com um olhar entristecido, ela não era a mesma desde o incidente com o Anel de Nibelungo e os Cavaleiros de Atena.
- Hilda, papai me contou que nós iremos ter uma festa dentro de três dias ! Precisamos encontrar alguns lindos vestidos, mas eu não sei o que usar - disse Freya, bastante contente. Hilda foi surpreendida pela notícia, ela não se sentia suficientemente feliz para participar de uma festa no palácio, mas se sua irmã estava feliz...
- Hilda, eu quero que você fique um pouco mais alegre, você é tão jovem e bela, você também merece ser feliz, eu tenho uma surpresa para você, mas não contarei até à noite da festa - disse o rei, bastante orgulhoso. Hilda assentiu e tentou mostrar o seu melhor sorriso, era o que Siegfried teria gostado de ver.
- Então está decidido, dentro de três dias, nós termos uma grande festa ! - disse o rei Royce, e retomou a sua leitura.
Hilda pegou um biscoito e saiu em direção ao altar, que havia sido reconstruído, mas ainda era um pouco perigoso caso não se soubesse aonde parar, mas isso não era problema para ela, que o conhecia muito bem.
- Odin, deus de Asgard, por favor, ouça a minha oração, e permita que a paz sempre reine neste mundo, não deixe que mais sangue seja derramado e proteja o seu povo, nós estamos contentes por aceitar este cruel destino, se outras pessoas forem salvas com o nosso sacrifício...
- Por favor, honra aqueles guerreiros que morreram a batalha protegendo a nossa terra e dê-lhes uma segunda oportunidade para viver, eu lhe rogo... - orou Hilda, enquanto o vento frio do Ártico secava as suas lágrimas, lágrimas de dor e de desesperança. Haveria algo naquele mundo que pudesse fazer com que a princesa sorrisse novamente ?
Os dias se passaram, e chegou o dia do baile, o lugar estava em uma total desordem, havia empregados por todos os lados, correndo de um lado para o outro, tudo tinha de estar perfeito para aquela noite, tudo o que ela queria era escapar, mas Freya não a deixou em paz.
- Hilda ! Você está me ouvindo ?! Este é o terceiro vestido que eu provo, e você não diz nada - protestou Freya. Hilda suspirou, aquela não iria ser uma boa noite para ela.
- Está muito bem em você, Freya, como todos os outros - disse ela à sua irmã mais nova. Freya revirou os olhos, e decidiu usar o vermelho.
- Certo, eu estou pronta, mas você ainda não escolheu nenhum. Acho que este vestido em branco e dourado cairia muito bem em você - disse Freya, segurando o vestido e pressionando a irmã para que o provasse, ela não gostou e deixou-o estirado sobre a cama novamente.
- Hilda ! - Freya queixou-se, fazendo um beicinho.
- Não quero algo tão claro, Freya, quero outra cor - respondeu ela. A irmã mostrou-lhe vários vestidos de cores brilhantes que ela recusou. Quando a pobre Freya estava já desistindo, Hilda segurou um vestido bastante estranho que estava escondido lá no fundo do baú. Ela tirou-o de lá e segurou-o em frente ao espelho... era perfeito.
- Mas, Hilda,, ele não é muito... ahn, velho e um pouco melancólico ? - perguntou-lhe a irmã, decepcionada. Ela sorriu-lhe.
- Eu o usarei esta noite - Freya suspirou, derrotada. O vestido era de um tom escuro de violeta, muito simples e com pequenas flores de prata, aparentemente lilases, não tinha mangas, apenas uma tira em cada braço, não era necessário dizer que ele tinha um "pequeno" decote.
- Bem, se você gosta... - disse Freya à irmã, e saiu do quarto para ir trocar de roupa. Hilda olhou para o seu pálido reflexo, ela nunca havia se considerado bela como Freya, ela sempre havia sido respeitada pelo que ela era, havia apenas uma pessoa que a fazia sentir-se como mulher, e não como representante de Odin, mas ele também havia abandonado-a. Ela balançou a cabeça e obrigou-se a segurar as lágrimas, estava cansada de chorar, a partir daquela noite ela iria esquecer o passado, e seguiria com a sua vida. Tendo tomado esta decisão, ela foi tomar um banho.
Freya desceu pela escadaria, seu pai lhe sorriu, ela estava realmente linda naquela noite. Mas onde estava a sua outra filha ?
- Freya... onde está Hilda ? - perguntou Royce.
- Ela disse que iria descer dentro de alguns instantes... mas, me diga, pai, qual é a surpresa ? - implorou Freya, com olhos enormes.
- Não posso lhe falar muito, mas acho que encontrei o companheiro perfeito para sua irmã. Ele é um bom homem, de família distinta, recentemente ele me pediu a mão de Hilda, e eu aceitei, quero ter um herdeiro antes de morrer, e espero que Hilda goste dele - disse Royce. Freya ficou paralisada onde estava. Hilda... comprometida !
E ela, sem saber, olhava para o seu reflexo, enquanto a criada penteava o seu cabelo, pegava as mechas que lhe emolduravam o rosto e prendia-as com um broche que tinha lilases frescas do jardim real.
- Oh, senhorita, está parecendo um anjo ! - disse a velha criada. Hilda assentiu e sorriu.
- Obrigada, Brigitte, eu realmente agradeço - disse ela. Brigitte sorriu, e Hilda abraçou-a firmemente.
- Oh, minha menina, você está tão triste, sente muitas saudades dele, não é ? - ela perguntou, e Hilda assentiu, tentando não cair no choro novamente - Eu sei, eu sei, eu também sinto falta de Siegfried, mas ele sempre estará lhe vigiando lá dos céus... você o amava, não é verdade ? - perguntou Brigitte. Hilda afastou-se e deu um profundo suspiro.
- Eu já não sei o que sinto; o que você sente quando está apaixonada, Brigitte ? - perguntou ela. A criada sorriu e pensou a respeito por um segundo.
- Bem, suponho que você sente que quer estar com esta pessoa o tempo todo, sente que vai desmaiar a cada vez que o vê, e vê-lo completa o seu dia, não importa se ele sente o mesmo ou não, no fundo do seu coração, você sabe que ele sempre terá o seu amor incondicional, e não há alegria maior no mundo, se ele também te amar - ela concluiu, examinando a expressão de Hilda, que estava surpresa.
- Eu... eu acho... - hesitou ela.
- O quê ? - incentivou-a a criada. Hilda suspirou profundamente.
- Acho que eu não estou segura sobre o que eu sinto por ele... - ela suspirou, tentado desfazer o nó que havia se formado em sua garganta. A criada acariciou a sua mão, tentando animá-la.
- Você encontrará mais alguém, vai ver só, senhorita - disse Brigitte; Hilda assentiu.
- Bem, eu tenho de ir, vejo você depois - disse ela, e desceu para encontrar o seu pai.
Havia muita gente no salão, Hilda cumprimentou-os e segurou o braço de seu pai, que a guiou até um jovem. Ela franziu o cenho, seu pai estava agindo de forma estranha, ela não gostava disso, e Freya parecia ter evaporado no ar.
- Hilda, eu gostaria de lhe apresentar a Lorde William Gallagher, ele deseja conhecê-la.
- É um grande prazer finalmente conhecê-la, princesa Hilda, os rumores sobre a sua beleza são muitos, mas nenhum lhe faz justiça - disse ele, e beijou a mão dela. Hilda inclinou a cabeça e lhe sorriu.
- É um prazer conhecê-lo, Lorde William, espero que divirta-se na festa - disse ela, retirando a mão, não gostava que os homens lhe beijassem a mão em sinal de respeito, exceto por... não ! Não outra vez !
Ela balançou a cabeça, tentando pensar com clareza.
- Eu lhe peço, me desculpe, senhor, acho que preciso respirar um pouco de ar fresco. Me desculpe - disse ela, antes de caminhar até o quintal. William seguiu-a, e encontrou-a sentada na fonte, ela parecia estar muito longe dali, o seu olhar estava perdido no céu escuro.
- Princesa, está se sentindo bem ? - ele perguntou. Hilda saltou, um pouco surpresa.
- Sim, eu estou bem, apenas um pouco cansada, eu tive um longo dia - explicou ela. William sentou-se ao lado dela e segurou a sua mão.
- Princesa, eu... eu queria perguntar-lhe algo - disse ele. Hilda olhou para ele e assentiu; ele suspirou.
- Você me daria a honra de ser a minha esposa ? - perguntou ele. Hilda ficou como se fosse uma estátua de gelo, as palavras chegaram a ela lentamente. William arriscou-se, ao ver o quão surpreendida ela estava.
- Agora há pouco, seu pai me deu permissão para me casar com você. Seria uma boa aliança entre as nossas famílias, pense nisso, nós planejamos fazer o anúncio esta noite, se você concordar - disse ele, antes de levantar-se e entrar novamente. Estava surpresa... ele queria se casar com ela ! Era isso o que seu pai estava planejando ! Ela parou e olhou para as estrelas, sobre ela estava Polaris, mais brilhante do que nunca, com suas sete estrelas, as estrelas dos Guerreiros Deuses.
"Diga-me o que fazer, eu sei que prometi a mim mesma continuar com a minha vida, mas... agradar meu pai e William é a escolha correta ?", perguntou Hilda, a sua estrela brilhou com mais força, e ela interpretou isso como um "Sim, aceite. O que mais você tem a perder ?"
Ela suspirou e virou o olhar até o salão; estavam esperando-a. Suspirou e olhou novamente para as estrelas.
"Adeus... Siegfried".
N/A: Vejo vocês no próximo capítulo !
Rhiannon
N/T 2: Bem, ao contrário das fics que eu normalmente traduzo, esta aqui tem mais de um ou dois capítulos (no total, serão nove capítulos; e, como a fic original já está finalizada, não vai ser diferente com esta tradução). Continua dentro de alguns dias, com o segundo capítulo.
Espero que tenham gostado do início dela.
