"O amor toma reféns, e dá-lhes dor
Dá a alguém o poder para machucá-lo novamente e
novamente
Ah, mas eles não se importam."
Ronald Weasley era um jovem comum. Tinha cabelos ruivos e olhos azuis como todos seus outros seis irmãos. Gostava de quadribol como a maioria dos bruxos, nunca fora muito inteligente como muitos outros e tinha um melhor-amigo-para-sempre. Ronald era leal e companheiro e podia ser considerado, de certa forma, corajoso. Afinal, ele enfrentava seus medos para defender quem amava. Sua vontade de proteger sempre fora maior que a vontade de fugir. No entanto, com o tempo Ronald percebeu que nem sempre queremos fugir somente dos nossos medos. Quando descobriu o que sentia, o jovem desejou fugir dos seus próprios sentimentos, fugir de si mesmo se fosse possível, mas fugir não tinha sentido. Então, aos poucos veio a aceitação e a seu próprio modo ele amava uma garota.
Hermione Granger podia ser considerada como tudo, menos como uma garota comum. Não, ela não tinha um olho bem no meio da testa e também não era de outro planeta, no entanto, a sua inteligência era extremamente incomum. Muitos sempre diziam que era a bruxa mais inteligente para a idade que tinha. Não importava o quanto o tempo passasse, sempre diziam isso. Como se a inteligência não bastasse, Hermione era naturalmente encantadora. Seus olhos castanhos e os cabelos de mesmo tom contrastavam com o sorriso aberto, mas várias vezes tímido... Juntando toda a obra, bom, talvez ela fosse mesmo de outro planeta. Mas pensando bem, Hermione não era tão incomum assim, afinal, ela amava um garoto. E nada pode ser tão divino e ao mesmo tempo tão comum como tal sentimento.
Esse tal sentimento, vulgo amor, mostrou todos os seus lados, vantagens e desvantagens para esses seres. Nunca foi como esperavam, nunca saiu de acordo com os planos, nunca foi demonstrado do modo certo e muitas vezes, não foi dado o devido merecimento. Sim, o amor é difícil. Se não fosse, onde estaria a virtude? Pois não há nada mais virtuoso do que perdoar e tentar novamente, nada pode ser mais virtuoso do que a vontade de permanecer junto mesmo com o abismo das diferenças. A verdade é que o amor simplesmente é. Sem explicação, de uma complexidade indubitável. O amor é tão irreal, que mesmo com suas imperfeições é perfeito.
