Sinopse:
O pior desejo é realizado e causa a alteração de certos eventos, que consequentemente, modifica inúmeras vidas pelo universo afora, despertando novos perigos e antigos pesadelos. O universo como conhecemos, já não existe mais e somente resta aos mais fracos, a sobrevivência em um universo hostil. E tudo isso por causa de um mísero desejo egoísta e igualmente irresponsável pedido por um ser ignóbil.
Notas da Autora
Em um campina, é realizado o pior desejo do universo...
Um desejo, que irá repercutir em todo o universo.
Capítulo 1 - O pior desejo
AGE 794
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Em um campina distante da civilização, Mai, Shuu e Pilaf, já idosos, comemoram o fato de terem conseguido reunir as Dragon Balls, após tantos perigos e dissabores.
- Pilaf-sama! Conseguimos! - Mai exclama a beira das lágrimas pela emoção em junta-las.
- Enfim, o mundo será meu! – a espécie de duende gargalha alto para depois começar a tossir por causa da idade igualmente avançada.
- Que emoção! - o que parece uma raposinha com muitos pelos brancos fala com a voz embargada, assoando o focinho com um lenço.
Nisso, os três se afastam dali, posicionando as Dragon ball´s e se preparando para chamar o dragão, no caso, Pilaf que parecia sorrir como um bobo ao imaginar o mundo aos seus pés.
Então, quando é cutucado levemente pela mulher que parecia uma anciã, ele sacode a cabeça, sentindo o pescoço doer pela idade.
Respirando profundamente, fala as palavras:
- Shenron! Apareça e realize o nosso desejo!
Nisso, eles observam que o céu escurece e nuvens de tempestade surgem revibrando pelo céu, enquanto as esferas brilhavam, passando a pulsarem em um único ritmo, até que surgem feixes de cada uma delas que se unem no ar, fazendo surgir um corpo que resplandecia em um tom dourado intenso, tomando a forma de um dragão imenso.
O fulgor desaparece e revela um dragão verde escamoso chinês com patas e garras, assim como um focinho imenso, além de ter bigodes escamosos compridos, chifres na testa e olhos rubros como sangue e a voz do mesmo reverbera como um trovão no céu:
- Então, quais são os seus desejos? Realizarei apenas três.
- Três desejos? – Pilaf fica estarrecido, assim como os outros – Mas, não era somente um? Não que eu esteja reclamando.
- Pilaf-sama! Isso é incrível! – Mai fala animada.
- Quando Kami-sama morreu, as Dragon balls seguiram o mesmo destino. Porém, ganhei uma nova vida nas mãos do novo Kami-sama e os desejos foram ampliados para três.
- Nossa... Não sabia que Kami-sama podia morrer. - Shu, a raposinha, comenta para si mesmo.
- Então, há algo que deseje? Senão desejar, irei partir...
- Não! Eu tenho! - Pilaf fala rapidamente, tossindo novamente.
- Fale os seus desejos ou não tem nenhum?
- Pilaf-sama, vamos logo. Se o senhor demorar muito, Shenron irá embora. – Shuu fala desesperado, segurando em uma das mangas de seu senhor.
- Cale-se! – nisso, dá um tapa na mão da espécie de raposa, que encolhe o seu braço – Eu já sei qual desejo irei pedir primeiro e é óbvio, claro.
- Não me diga quê... – Mai fica animada, pois, se era o que estava pensando, seria a realização de um sonho pessoal dela.
- Shenron! Desejo que nós três sejamos jovens novamente. Pode realizar? – Pilaf pergunta ansioso, pois, não sabia se o dragão era capaz de tal desejo.
- É muito simples. – nisso, os olhos vermelhos dele brilham e uma luz envolve os três.
Quando a mesma dissipa, eles ficam agoniados ao verem que se tornaram meras crianças.
- Pilaf-sama! Nós... nós...
- Seu desejo foi realizado. – o dragão fala.
- Isso nos percebemos, seu dragão estúpido! Quando quis dizer jovem, quis dizer que era para temos a idade que começamos a buscar pela primeira vez as Dragon Balls!
- Tem que ser mais específico. Jovem, significa muitas coisas... Se de fato deseja algo, seja conciso no pedido do mesmo. – Shenron fala, sem se alterar com a ofensa. – Se lembrem do fato de que precisam tomar cuidado com o que desejam.
- Tá! Tá! – e depois, ele murmura – Só me fala isso agora... Que droga!
Pilaf fica aborrecido, enquanto pensa que o motivo de só ter conseguido juntar as esferas quando ficou idoso, era por causa do Goku, seu arqui-inimigo e motivo de sua ira, pois, por causa dele, seu sonho foi adiado por décadas.
- Não tem mais nenhum desejo?
- Já vai, ô apressadinho! Mai!
- Sim, Pilaf-sama – ela se aproxima, prostrando-se.
- Você conseguiu descobrir algo sobre o passado do infeliz do Goku?
- Sim. Consegui pesquisar e descobri que ele sempre morou em uma pequena cabana no Monte Paouz, um local há milhares de quilômetros de Miyako. Ele só saiu dali, quando conheceu Bulma Briefs, filha do Senhor Briefs, o presidente e criador da Corporação Cápsula. E ao se encontrar com ela, começou uma jornada com a mesma e conheceu a história das Dragon Balls.
- Então quer dizer, que se ele não a tivesse conhecido, não teria saído da montanha e consequentemente não teria atrapalhado os meus planos? – Pilaf sorri ao saber disso.
- Provavelmente, sim. Uma vez que vivia isolado da civilização, não haveria motivos para viajar até alguma cidade.
- É isso! Já sei qual é o meu desejo!
- Então, o senhor vai...? – Shuu pergunta.
- Claro que sim. Se fizer isso, irei realizar o meu tão almejado sonho, quando comecei a busca pelas Dragon Balls. – ele olha seriamente para o dragão - Shenron! Desejo que Son Goku nunca tenha conhecido Bulma Briefs!
- Tem certeza de teu desejo? Lembre-se das minhas palavras, ditas anteriormente. Cuidado com o que deseja, pois, nem sempre será como almeja.
- Vai me dizer que esse miserável irá me atrapalhar para reunir as Dragon balls, mesmo não a conhecendo? – pergunta indignado.
- Não. Ele não irá atrapalha-lo na busca. Porém, seu desejo tem sérias e irrevogáveis amargas repercussões, não só para a Terra, assim como para o Universo. Mesmo assim, deseja que eu o cumpra? Eu recomendo mudar tal desejo.
Shenron parecia hesitante, algo que alarmou Mai e Shuu, pois, não se lembraram de ter visto o dragão tão relutante com um desejo e inclusive, dando conselhos.
- Pilaf-sama... Acho melhor seguimos o que Shenron disse. – Shuu se aproxima de seu senhor, receoso.
- Cale-se, Shuu! Não há motivos para termos medo. O que importa, é o meu tão almejado sonho! Realize logo o meu desejo, seu dragão estúpido! Eu desejo que Son Goku nunca tenha conhecido Bulma Briefs!
- Que assim seja... – Shenron fala desanimado e seus olhos brilham.
Então, Pilaf nota que o sol some e somente resta a completa escuridão, para depois se sentir estranho, assim como os outros, que estão desesperados.
- Pilaf-sama! Estou me sentindo estranho!
- Eu também! – Mai exclama, agoniada.
- O que aconteceu, Shenron?! – Pilaf exclama em um misto de indignação e desespero.
- É a consequência de vosso desejo. O mundo... Não. O universo que você conhece, já não existe mais. Quando disse para mudar o desejo, é por que sabia das consequências. E o pior, que mesmo sabendo disso, não posso negar nenhum desejo, se o mesmo puder ser realizado. Deveria ter seguido o meu conselho...
Então, eles são engolfados pela escuridão, assim como a Terra e inclusive milhares de planetas, através de uma espécie de buraco negro que possuía pequenos brilhos e por último, Shenron desaparece, sem deixar de olhar com certa tristeza a finalização do desejo.
Em seguida, a espécie de buraco negro que tragava tudo, desaparece e então, todos os sistemas solares, ressurgem, do nada, cada um com as suas histórias alteradas, sendo que poucos se safaram, enquanto que dezenas de outros planetas, já não existem mais.
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AGE 749
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Quarenta e cinco anos atrás, o dia nasce no Monte Paouz e não muito longe da entrada para a montanha, uma jovem vinha de carro e avista logo à frente o último posto de combustível, antes do início do monte e em um primeiro instante, se preparou para parar no mesmo e abastecer, até que se recordou que havia várias cápsulas e todos os veículos estavam com o tanque cheio.
Estava tão animada e eufórica por ter achado a Dragon Ball de cinco estrelas rapidamente, que desejava, ardentemente e com certa impaciência, encontrar a outra o mais rapidamente possível, sendo que a mesma se encontrava no Monte Paouz, segundo o seu radar.
Frente a isso, ela torna a correr pelo último trecho de pista, sem saber a alteração que isso ocorreria no destino de centenas de milhares de seres, enquanto sentira algo estranho, que se dissipou após alguns segundos.
Algumas horas depois, a dezenas de quilômetros dali, um jovem de cabelos espetados com cauda, trajando uma espécie de blusa e calça azul, este preso na cintura com uma espécie de tira alva, arrastava um enorme peixe, enquanto comemorava a pescaria, sendo que utilizou a cauda para atrair um peixe enorme para comer.
Distante dali, perto da pequena cabana pertencente ao garoto, à mesma jovem de antes chegara de moto e descia do mesmo, usando uma espécie de radar.
A garota tinha cabelos azuis e olhos da mesma cor e trajava uma blusa e saia rosada, enquanto se dirigia a singela cabana, comentando consigo mesma:
- Ainda bem que não parei naquele posto de combustível. Fui esperta em usar outro veículo, quando o combustível do anterior acabou. Com isso, poderei sair o quanto antes dessas montanhas. Afinal, sou uma garota da cidade! Mas, acho um tanto estranho, eu ter tido essa ideia maravilhosa, segundos antes de parar no posto... – ela comenta pensativa – Bem, vai ver que faz parte da minha genialidade.
Ela desconhece o fato de que tal ideia fora incutida em sua mente por um dragão, através de um desejo feito em um futuro que não existirá mais e que o fato dela não ter parado no posto, repercutirá em amargas consequências para a Terra e para o universo.
Ao se aproximar, percebe que parecia bem cuidada e nisso, sorri de orelha a orelha:
- Pelo visto, há um morador, mas, ele não está! Que sorte! Afinal, vai que ele não dá a esfera, gratuitamente.
Nisso, ela entra, animadamente e um tanto eufórica.
Após olhar atentamente o local, encontra a esfera em cima de uma almofada e a pega rapidamente, para depois colocar em uma espécie de pochete presa na sua cintura, saindo em seguida dali e ligando a motor rapidamente, antes que o dono voltasse e descobrisse o roubo.
Conforme se afastava dali, ela se sentia mal em relação ao crime que praticou, mas, precisava da Dragon Ball para uma causa nobre, para ela mesma a seu ver e que era arranjar um namorado perfeito.
Portanto, varia tudo, inclusive roubo.
Pisando fundo no pedal, a moto sai do local velozmente, rumo à próxima esfera.
Meia hora depois, o jovem chega à cabana e deixa o peixe ali fora, entrando em seguida para cumprimentar seu avô e ao perceber que a esfera sumiu, ele passa a procura-la, desesperadamente pela cabana, gritando:
- Jii-chan! Jii-chan! Cadê o senhor?
Então, após alguns minutos, o olfato dele capta um cheiro estranho, sendo que o mesmo odor desconhecido estava impregnado em sua cabana e frente a isso, exibe um olhar de raiva e saí da mesma, procurando rastrear o malfeitor.
- Vou acha-lo, ladrão e conhecerá a força dos meus punhos! Eu, Goku, não permitirei que leve o meu jii-chan!
Nisso, ele corre rapidamente, procurando seguir o odor, impregnado com outro mais forte e continua seguindo a pista por quilômetros, até que em um trecho da mata, vários cervos a cruzam, levantando pó e dissipando o rastro.
- Droga!
O garoto salta nas árvores para passar por cima da manada e quando faz isso, do alto do caminho, em uma espécie de platô, o grito dele chama a atenção de Bulma que parara a moto para poder usar o radar.
- Vou pegá-lo ladrão! - ele exclama, enquanto saltava as árvores, indignado, sem olhar para cima.
- Meu Deus! Deve ser um garoto selvagem que vive nas montanhas! Então, a Dragon ball é dele? - ela olha para a esfera de quatro estrelas e para o seu perseguidor, sabendo que em breve a encontraria e temia pelas consequências.
Em seguida, olha para os lados, notando que não podia continuar pelo solo e rapidamente, guarda o radar e tira um estojo da cintura.
- Sou uma dama. Não posso lutar contra um selvagem!
Passa os dedos pelas cápsulas, até que suspira de alívio ao achar o item que procurava e tem uma ideia.
Então, transforma a cápsula em uma espécie de moto voadora e feito isso, liga o motor da moto terrestre que usara no Monte Paouz, enquanto a direcionava para um vale logo abaixo do platô, para que a mesma caísse e provocasse uma explosão, enquanto partia dali pelos céus, esperando que a explosão chamasse a atenção do garoto, permitindo a ela fugir sem deixar rastros.
- Bulma! Você é tão esperta! – elogia a si mesmo, se sentindo eufórica com o plano que teve.
Goku ouve a explosão e corre até o local, não percebendo a espécie de moto voadora nos céus, que desaparecia dentre as nuvens para encobrir a sua presença.
Quando chega ao local, o fogo ainda persistia e mesmo assim, Goku prosseguiu na busca, cuidadosamente, desesperado atrás de seu jii-chan.
Sua roupa acaba pegando fogo e no desespero para apaga-la, ele corre até um rio que ficava abaixo do local e salta no mesmo.
Porém, é alto demais e como não conhecia o local, acaba batendo violentamente a cabeça, para em seguida ser levado, inconsciente, pela correnteza do rio, até uma espécie de vale, próximo a sua cabana.
Mesmo com a queda, não largara, nem por um minuto, sua Nyoiboi, já que era um presente de seu amado avô.
O saiyajin fica desacordado por horas a fio, até que desperta, desorientado e igualmente confuso, não conseguindo lembrar-se aonde estava e quem ele era.
Ao se levantar, observa o bastão ao seu lado e não sabe o motivo de surgir um forte desejo nele de pegar o objeto e levá-lo consigo. Mesmo assim, por mais estranho que fosse, pega o objeto e passa a caminhar dentre as árvores.
Então, nu, caminha pela mata, até que avista um ponto brilhante e caminha para o local, vendo que era algo duro e nisso, começa a cavar e após horas, identifica apenas como sendo algo redondo e conforme tateava o objeto, uma espécie de porta abre, revelando uma poltrona em um estranho compartimento circular.
Quando ia explorar o interior, vê algo reluzindo próximo do objeto e põe-se a cavar, revelando uma espécie de baú, fechado com um cadeado grosso e ao destruir facilmente o fecho metálico, observa que era uma espécie de roupa e algo que não identificava, sendo estranhamente familiar a ele.
Nisso, veste a roupa colante e a espécie de armadura, estranhando o fato de ser capaz de coloca-las, como se sempre as tivesse usado, assim como sentia certa nostalgia, que não conseguia explicar.
Após se trocar, retorna a sua atenção para o objeto oval e resolve entrar no mesmo, passando a olhar vários botões coloridos no seu lado direito, assim como outros de cor cinza e lá dentro, ele tem flashes de pessoas usando roupas semelhantes a ele, com cauda e que falavam algo para o mesmo, enquanto sorriam tristemente. Ele não se lembrava do que foi dito a ele, mas, era uma cena que o fazia chorar, enquanto era tomado por uma intensa saudade.
Então, o jovem saiyajin vê algo branco, como um papel ou algo assim, com alguns dizeres estranhos a primeira vista. Porém, ao olhar atentamente os símbolos, começa a ler, como se conhecesse a escrita, embora não entendesse como.
Na espécie de bilhete rasgado, continha uma instrução para ele digitar no painel e que consistia de uma sequência de números. Goku tenta entender o que é digitar, até que lê, de novo, percebendo que citava um painel cinza e frente a isso, movido pela curiosidade, começa a digitar os números, sendo que procurava guiar-se no desenho dos mesmos, fazendo associação.
Nisso, as luzes piscam e a porta da nave fecha, fazendo-o ficar desesperado, enquanto lutava para se libertar, sendo que a mesma parte dali, rumo às coordenadas digitadas.
No meio da batalha para sair do objeto, o mesmo acaba apertando um botão com o seu cotovelo e uma espécie de gás preenche a nave, fazendo-o ficar inconsciente, enquanto a mesma se afastava velozmente da Terra.
No dia seguinte, na Terra, Bulma entra em uma vila deserta, após pousar a moto voadora nos arredores da mesma.
Então, tira o radar do bolso e passa a apertar o botão do Dragon Radar para rastrear a esfera, enquanto que segurava em uma mão seu revólver, após guardar a moto em cápsula, novamente.
Ela se aproxima de uma casa e bate na porta, pois o radar indicara que havia uma Dragon Ball ali e como ninguém atendeu a porto, deduziu que a casa estava vazia e trancada.
Frente a essa hipótese e precisando muito entrar na casa, atira na batente da porta, abrindo-a e ao entrar, precisa desvia de uma vassoura e assustada, pois, pensava que não havia ninguém, acaba apertando o gatilho da arma, acabando por acertar a pessoa que estava lá dentro, escondida.
Nisso, todos os demais moradores que ouviram o tiro, saíram de suas casas, como um primeiro impulso, para em seguida retornarem para dentro de suas moradas, apavorados, temendo ser o monstro que os atormentava há vários dias.
Bulma fica chocada ao ver que atingira uma velha e que a matou, pois, havia uma poça de sangue embaixo do corpo da mesma e uma Dragon ball havia rolado do bolso do avental dela, parando no lado da senhora, sendo que a esfera se encontrava coberta de sangue.
A jovem fica em choque, sem saber o que fazer por meia hora, até que escuta o som de pisadas fortes e em pânico, fecha a porta e observa um monstro vermelho enorme de terno, se aproximando do centro da vila e falando, com a voz trovejante:
- Vim buscar a minha noiva!
A filha do Líder da vila julgou que o tiro era do monstro, que estava irado e ao olhar para o seu genitor, sentiu seu coração se restringir, pois, o mesmo estava em choque no chão, com um machado ao seu lado e frente a isso, uma lágrima solitária brota de um se seus orbes.
Ao ver isso, o Líder da vila se refaz e se levanta, pois, temia que a sua amada filha se sacrificasse pelo bem da vila.
- Adeus, tou-chan... Não suportaria vê-lo morto. Prefiro aplacar o monstro, para que ele não mate mais ninguém.
- Filha!
- Adeus e cuide-se. - ela fala com um sorriso fraco e sai da casa, antes que pudesse detê-la.
Desanimada e controlando o choro, assim como o intenso medo que se apoderava dela, ela se aproxima do monstro e fala, humildemente:
- Estou aqui, Oolong-sama.
- Ótimo! Não fique assim, pois, irei trata-la muito bem e quem sabe, em um futuro próximo, possa rever seus familiares.
- Obrigada, Oolong-sama. - ela fala, procurando ser forte, pois, não queria que seu pai a visse em lágrimas, chorando como uma condenada.
Então, ele a pega com a mão e a leva dali, com a mesma acenando para o seu pai, tristemente, enquanto sentia uma intensa tristeza toma-la.
- Filha! Não! - nisso, o homem cai no chão de joelhos, chorando desconsoladamente.
A cena toda, desperta Bulma que olha a Dragon ball coberta de sangue e em seguida as suas mãos, com o revólver, enquanto pensava no que estava se tornando, por causa das esferas.
Por causa de sua busca frenética, havia agido como uma ladra e roubara um jovem humilde, para em seguida, entrar armada em uma vila aterrorizada, acabando por atirar em uma senhora apavorada, tornando-se igual ao monstro cruel e desalmado que separava pai e filha, sem qualquer remorso. Entre ela e o monstro, não conseguia ver nenhuma diferença e frente a isso, começa a chorar em um pranto mudo, sentindo-se o ser mais miserável de todos.
Se ela não tivesse começado a busca pelas esferas, não teria se tornado uma ladra e nem uma assassina. A visão da esfera coberta de sangue a despertou de sua busca desesperada e levou-a a questionar a si mesmo, no que estava se tornando.
Então, sai da casa, temendo a reação de uma população aterrorizada e pelo visto, a beira do stress.
Cautelosamente, ela consegue sair com segurança da vila e quando consegue uma boa distância, aperta a capsula e a transforma na moto voadora e parte dali o mais rápido possível, enquanto desejava esquecer todo o sofrimento que causou pela busca das Dragon Balls, jurando que iria destruir o radar, assim que chegasse à sua casa, na cidade de Miyako, pois, a busca só lhe trouxe dor e a fez se tornar um verdadeiro monstro.
Após meses, com o corpo em um estado de coma induzido pelo gás, a nave libera uma espécie de antídoto para a droga e então, Goku abre lentamente os olhos, sentindo-se desorientado e confuso, enquanto a nave pousava no estranho planeta.
Quando a mesma pousa e abre a porta, ele sai cambaleante e começa a se afastar do local, caminhando sem rumo, acabando por embrenha-se em uma mata densa formada por árvores torcidas, cujo tronco era amarelo e as copas eram brancas.
Caminha até um riacho, pois, ouvira o som de uma espécie de córrego e frente a isso, se inclina para beber água, pois, estava sedento e imediatamente, estranha o gosto da mesma.
Em seguida, senta no chão, encostando as suas costas em uma árvore próximo dali, enquanto sentia ainda certa desorientação, assim como uma fome imensa que drenava sistematicamente as suas forças.
Então, um alienígena verde com um par de antenas se aproxima dele.
Ao ver a cauda do jovem e apalpar o pescoço do mesmo, sorri e o pega, levando-o dali o mais rápido possível, pondo uma espécie de colar incrustado de pedras estranhas.
Após afasta-lo do local o deixa embaixo de um tronco caído, fazendo-o ficar coberto, após colocar um pano com algum líquido no nariz dele para mantê-lo inconsciente.
Em seguida, se afasta daí rapidamente e retorna trazendo uma ossada em um saco e coloca o mesmo na nave de Goku, após descobrir o local e passa a estudar o painel, até que digita algumas coordenadas, para em seguida posicionar em cima da ossada, um objeto circular, falando consigo mesmo em sua língua:
- Vou ter que usar esse item, meu amigo. Justo o item que se sacrificou para conseguir afanar. Sei que deveria ser usado para que eu pudesse me salvasse, mas, preciso usa-lo, agora. Por favor, me perdoe.
Ao fazer isso, a nave começa a dar sinais de ignição e ele se afasta, escondendo-se entre os arbustos, abaixo de um tronco, enquanto segurava o colar semelhante ao que dera para o saiyajin.
Alguns minutos depois, outros alienígenas usando roupas estranhas se aproximam do local onde a nave estava e começam a articular entre si, quando a mesma parte a toda velocidade do planeta.
Eles usavam roupas e uma espécie de armadura, similar ao do jovem e nisso, o líder aperta o seu escouter e fala, enquanto os demais se afastavam do local, voando velozmente:
- Torre, mandei os meus homens e eles irão interceptar a nave com as deles e reforce aos mesmos, que eles precisam capturar o ocupante vivo para interrogatório!
- Sim, senhor. Já mandei naves atrás dele. - a voz do outro lado do escouter, fala prontamente.
- Não contate Freeza-sama, ainda, entendeu?
- Não posso. Precisamos avisar Freeza-sama. Essas são as nossas ordens.
- Espere até termos boas notícias. Ou por acaso, quer provocar a ira dele com uma provável incompetência? Ele não perdoa erros.
- O erro foi seu, de não interceptar a nave quando ela pousou.
- Devo lembrá-lo, que você não conseguiu destruí-la, assim que a mesma entrou na atmosfera desse planeta? Acha mesmo que Freeza não punirá nos dois?
- Mas, e quanto aos demais? - a voz estava preocupada.
- Não se preocupe. Vou pegar a minha nave. Se eles falharem, irei eliminá-los e com isso, tais erros nunca irão chegar aos ouvidos do honorável príncipe, Freeza-sama. E se ousar me derrubar, irá junto comigo, entendeu?
- Entendi... Irei ordenar que a sua nave seja abastecida para partir do planeta.
- Ótimo.
Nisso, ele sai voando dali, enquanto que o alienígena escondido comemorava a façanha, para depois voltar aonde deixou o jovem, levando-o em seguida para seu esconderijo, distante dali.
