Ela estava digirindo em alta velocidade em uma estrada deserta rodeada por uma floresta densa de noite e na chuva, sabia do perigo que estava correndo mas não se importava, e naquele momento o que mais queria era explodir aquele carro de qualquer forma. Estava indo em direção a casa de sua mãe, pela única estrada que existia naquelas bandas isoladas entre algumas montanhas, e o pior era que a estrada não recebia uma manuteção a muito tempo e as luzes já nem existiam mais pra avisar os buracos.

Ela ficava murmurando com uma voz de falsete e raiva:

- Mas é um Land Rover... Já transei com você... Não precisamos casar...

E de repente sentiu o carro começar a desacelerar, mas carro dela parou não por que ela bateu, nem por que ela passou em algum buraco, mas sim por que havia acabado a gasolina. Tinha saido com tanta presa que tinha esquecido que precisava abastecer o carro. Quando o carro parou completamente e ela deu algumas pancadas no volante, com raiva, saiu do carro e deixou a forte tempestade se misturar com as sua lagrimas. Foi até o porta-malas na esperança de achar alguma coisa que pudesse ajuda-la e enquanto estava mexendo lá ouviu um forte barulho, com medo, voltou pro carro.

Algum tempo depois ouviu batidas na janela e se sobressaltou, olhou para janela e viu que tinha um homem nela sinalizando pra ela abaixar o vidro, sem escolha ela abaixou o vidro enquanto colocava a mão na bolsa e localizava o spray de pimenta. O homem perguntou:

- Precisa de ajuda?

Ela ficou aliviada que não era um assasino ou qualquer coisa desse tipo e respondeu:

- Preciso de gasolina

O homem respondeu:

- Bom, gasolina eu não posso arrumar... Mas posso te rebocar e tirar da chuva.

E pela segunda vez em menos de 2 minutos ele parecia um psicopata. Mas ficar com o carro no meio da estrada na chuva e no escuro não era uma boa opção. Então ela respondeu:

- Seria de grande ajuda.

Ele acenou e sumiu pela floresta voltando alguns minutos depois com um carro 4x4 com luzes por todos os lados. Manobrou o carro dele pra que ele ficasse na frente do dela e prendeu um cabo no carro dela. Foi até ela novamente e conduziu-a até o banco de passageiros. Ele acelerou e subiu um morro por uma estradinha de terra e quando ela olhou pra traz a estrada sumiu por entre as árvores.

Eles demoraram uns 20 minutos pra subir todo o morro e no final dele havia um lago com um Chalé bem grande com um carro de passeio na garagem. Ele estacionou o carro na frente da porta do chalé e disse:

- Você pode entrar e se acomodar como quiser, eu vou estacionar o carro e já vou pra dentro.

Ela não se moveu e então ele disse:

- Vamos entre, eu duvido que você possa bagunçar mais do que já esta.

Ela soltou um risinho e saiu do carro, em passos apressados segurando sua maleta fui até a porta e a abriu.

Ela entrou no chalé e se surpreendeu como ele parecia bem menor por fora do que era por dentro. E ficou ali parada observando do canto da porta tudo que podia observar sem molhar demais o chão. Algum tempo depois sentiu uma pancada de leve nas costas, era o tal cara do carro 4x4 tentando entrar, ela se afastou e abriu passagem pra ele. Que entrou dizendo:

- Eu tinha dito pra se sentir a vontade e se acomodar do jeito que quisesse, e não pra ficar na porta esperando morrer de frio. Vamos tire essa roupa molhada que vou pegar uma roupa seca pra você.

Ela ainda não se mexeu e nem disse nada, então ele respirou fundo e disse:

- Você pensa que sou algum tipo de assasino psicopata?

Ela acenou um sim

- Pois não sou, por que se fosse teria deixado você morrer lá enquanto tirava fotos da sua morte. Só não quero que ninguém morra aqui. O banheiro é bem ali, vou pegar uma roupa seca pra você.

Ele terminou apotando pra uma porta que deveria ser o banheiro e sumiu por uma escada, ela lentamente pegou a sua maleta e foi pro banheiro sem fazer nenhum barulho. Dentro do banheiro tirou toda roupa e se secou como pode com a toalha que havia pego do toalheiro. E quando estava quase terminando ouviu duas batidas leves na porta e uma voz abafada do outro lado:

- Aqui está, foi o melhor que consegui encontrar espero que sirva.

Ele colocou a mão pela porta segurando um bolo do que deveriam ser as roupas, ela pegou. E é claro que não serviria, era uma calça de homem de um moletom grosso e escuro e que era bem mais larga que ela, mas ela acertou o aperto como pôde. E a camiseta mais lhe parecia uma camisola mas era quente e acochegante e estava seca, ela podia pegar uma das muitas roupas da sua maleta, que na verdade era magicamente aumentada, mas não queria fazer desfeita então ficou com as que ele tinha lhe dado. Quando saiu do banheiro ele estava na cozinha mexendo em algumas panelas e lhe perguntou:

- Quer um chá preto ?

Por um segundo ela pensou que haveria um sonifero se bebesse alguma coisa mas se ele realmente quisesse fazer alguma coisa já teria feito então disse:

- Seria muio bom, obrigada.

E se sentou em uma poltrona na frente da lareira que já estava acesa.

Ele se sentou na poltrona ao lado da dela depois de lhe dar a xícara de chá e disse:

- Bom,não quero ser impertinente mas o que uma mulher fazia na estrada essa hora, nessa tempestade?

Continua...

N/A: Hey pessoal! olha eu aqui :3 Com uma história nova! (Podem me amar, eu deixo.) Bom, essa história está na minha cabeça faz um tempo e então eu decidi digita-la e pensei por que não? Ai está e espero que gostem! :3