Se você ainda não leu O Mundo Como Nós O Conhecíamos, eu recomendo lê-lo antes de ler esta fic.
Nota da Tradutora: Sim! Estou traduzindo novamente. Percebi que faço mais sucesso como tradutora do que como escritora, embora ame minha próprias histórias xD. Portanto, galera, na hora de comentar, lembrem-se que eu não sou a autora. A autora é GinnyP0tter. Vocês podem encontrar a página dela com suas histórias originais no endereço abaixo (sem os espaços e sem os "(kkk)", evidentemente):
(kkk) (kkk) www. (kkk) fanfiction (kkk).net (kkk) /u/1289587/GinnyP0tter
Esta historia começa a partir do capítulo 22 de O Mundo Como Nós O Conhecíamos (também traduzida por mim). E, e não é puxa-saquismo de tradutora, é uma história realmente fantástica, mesmo para aqueles que já leram o último livro da série Harry Potter. É escrita (e traduzida, sem modéstia xD) com naturalidade, de uma forma gostosa e que embala o leitor. Eu recomendo.
CAP 01 Resgate
Sirius e Harry seguiram o homem descendo numerosos corredores e subindo um labirinto de escadarias.
-Aja como se vocês estivesse ficando mais fraco – Sirius sussurrou no ouvido de Harry. Era parte do plano.
Harry assentiu discretamente para mostrar que ele ouvira. Não era difícil fingir. Os corredores eram guardados por dementadores a cada curva, e cada vez que eles passavam por um, Harry sentia seus joelhos enfraquecerem enquanto os gritos cresciam em sua cabeça. Finalmente, seus joelhos cederam na vigésima escadaria, e Sirius teve que agarrar seu braço para evitar que caísse.
McNair olhou para trás.
-Qual o problema com seu sobrinho? – ele disse rudemente.
-Ele nunca esteve perto de um dementador antes – Sirius disse rapidamente. – Está tendo uma reação ruim, é tudo. Ele vai ficar bem.
McNair grunhiu e continuou a subir as escadas. Sirius suportou Harry, que estava achando difícil caminhar. Ele tentou memorizar cada curva que ele viravam, mas era difícil evitar que seus olhos rolassem dentro de sua cabeça. Os gritos persistiam. Bloqueie, ele disse para si mesmo. Pense em Rony e Hermione. Pense em Leila, em mamãe e papai. Algo feliz.
Agora eles estavam passando celas com prisioneiros nelas. Harry não podia realmente ver dentro das celas, uma vez que cada cela era fechada por uma grande e forte porta com uma pequena janela com barras no topo. O fedor de urina e fezes era oprimente; Harry sufocou, e mesmo Sirius parecia estar tentando não respirar.
-Aqui estamos – o Comensal da Morte rosnou, parando em uma das portas de cela. Ele puxou de seu bolso um grande anel de chaves e colocou uma na fechadura massiva. Com alguns puxões, a tramela virou, e a porta da cela abriu.
Harry viu de relance uma cela suja e árida, e um flash de vermelho antes que algo o atingisse com força na bochecha. Ele tropeçou para trás, cambaleando e piscando para afastar as luzes brilhantes que subitamente lhe haviam obscurecido a visão. Sirius o apoiou.
-Gina? Maldição, por que isso? – Harry exclamou, tateando o lugar de seu rosto onde ela havia batido.
-Por me deixar aqui por dois sórdidos meses, seu bastardo! Por que não veio antes? O que aconteceu? Por que eu estou aqui? – Gina exclamou, seu rosto furioso. – Abençoada mãe de Merlin... – ela se perdeu quando viu quem Harry havia trazido com ele. – É ele... Sirius?
A mente de Harry estava girando. Isto tudo estava acontecendo muito rápido... Ela estava agindo como se o conhecesse. E sua reação para com Sirius fora genuína... Não poderia ser... mas e se fosse verdade? E se ela fosse a terceira pessoa do Aperio?
Havia apenas uma maneira de descobrir.
-Gina, no meu quinto ano, nós formamos um grupo secreto de Defesa. Você sugeriu o nome. Como nós chamamos o nosso grupo?
-Armada de Dumbledore ou A.D. – ela disse, sua testa enrugando-se. – Mas o que isso tem haver com qualquer coisa?
Era ela. Era realmente Gina! Harry queria abraçá-la. Ela estava pálida e magra, mas viva, e seus olhos ainda brilhavam – diferentemente dos olhos de seu padrinho depois de seu longo aprisionamento.
Mas então, novamente, ela havia estado ali por apenas dois meses.
-Harry, o que raios está acontecendo?
A pergunta de Gina trouxe-o com um solavanco ao presente. Harry olhou para seu padrinho pedindo ajuda, mas Sirius estava sacudindo a cabeça, perplexo.
-Eu não tenho tempo para explicar – disse a ela. – Nós viemos para livrar você, mas você tem que fazer o que nós dizemos. Assim que você sair daqui, entre em contato com Remo Lupin. Ele vai lhe contar o que está acontecendo.
-Remo? O que está havendo? – Sirius perguntou, parecendo mais confuso que nunca. – Você contou a Remo sobre nosso plano de libertar Gina de Azkaban? Mas...
-Não contei a Remo sobre isso – Harry disse. – Estou falando sobre algo completamente diferente, alho que eu não lhe contei antes...
Ele se sentiu dividido – dividido entre um sentimento de pânico pelo tempo estar passando, e um desejo profundo de explicar tudo para eles aqui e agora.
Sirius pareceu repentinamente perceber onde eles estavam.
-Harry, a poção...
-Ah, certo. Beba isso, Gina.
-O que é? – ela disse, franzindo a testa para o frasco que ele lhe oferecia.
-Polissuco – Harry contou a ela. Ele puxou alguns cabelos e os alcançou para ela. – Ah, você poderia querer colocar um roupão antes de beber isso.
-Mas se eu me tornar você, então por que... – ela murmurou, então seus olhos se arregalaram. – Oh.
-Apenas se apresse... nós temos apenas dez minutos.
-Na verdade, são cinco minutos agora – Sirius disse, parecendo irritado.
-Onde está o roupão?
Harry lhe alcançou o roupão, e ela o escorregou pela cabeça, e colocou o cabelo no frasco. A poção chiou e mudou para vermelho brilhante.
-Aqui vai nada – ela virou o frasco e tomou a poção. – Você tem um gosto bom, Harry – ela comentou, então arfou quando a poção começou a fazer efeito. Um segundo depois, a transformação estava completa, e Harry estava olhando para ele mesmo.
-Eu não posso ver nada. Por que eu não posso ver? – disse Gina, parecendo irritada.
-Aqui – Harry disse, estendendo-lhe seus óculos. – Não vou precisar deles.
-Você tem uma visão horrível – Gina lhe disse. – Então, como eu estou?
-Não posso dizer – Harry falou, irritado. – Acabei de tirar os óculos.
-Escutem, vocês dois, eu não sei o que está acontecendo aqui, mas se queremos sair daqui vamos ter que nos mexer – Sirius disse, mexendo-se para frente e para trás inquieto.
-Certo – Harry disse. Ele alcançou outro frasco para Gina, que arrancou alguns de seus cabelos e os mergulhou no frasco. O líquido ferveu um pouco antes de mudar para um laranja claro. Cheirava a alfazema.
Harry engoliu aquilo, e imediatamente pôde sentir-se encolhendo.
-Nossa – Gina disse, analisando-o uma vez que a transformação estava completa. – Eu realmente pareço tão mal assim?
-Pior – Sirius disse. – Aqui, Harry, ponha isso sobre suas roupas.
Harry escorregou o roupão negro e maltrapilho da prisão pela cabeça.
-Agora, sem espiar, Harry – Gina disse, fazendo carranca para ele. – Eu ainda tenho um pouco modesto soco de esquerda.
-Ei – ele protestou. – Você está no meu corpo! Eu deveria estar lhe dizendo a mesma coisa. Olho por olho.
-Mas minha polissuco vai acabar em uma hora, e você parece ter suficiente para um mês – ela disse, olhando a caixa de frascos que Sirius havia tirado debaixo da capa. – Espera aí... Você vai ficar aqui por um mês?
-Não tanto – Harry lhe disse. – Esta polissuco vai durar três dias, no máximo.
-Mas... mas... nós vamos deixar você aqui?
-Este é o ponto – Harry disse com uma expressão torta. – Você pode sair disfarçada como sendo eu, e eu vou ficar disfarçado como sendo você. Vou precisar um pouco mais de seus cabelos, a propósito.
-Mas como você vai sair?
Harry sorriu.
-Esqueci de contar a você, não? Sou um animago. Sirius me ensinou.
Os olhos de Gina se arregalaram, e então pousaram no padrinho de Harry.
-Sirius lhe ensinou? Mas... eu achei… Harry, o que está acontecendo? Eu pensei… eu achava…
-Ele estava morto, eu sei – Harry disse cansadamente.
-O quê? – Sirius disse, recuando um passo. – Harry, o que está acontecendo?
-Não temos tempo para isso... Mas eu prometo, o professor Lup... quero dizer, Remo... apenas falem com ele. Ele vai contar tudo a vocês dois. Eu juro. E eu vou estar fora daqui em alguns dias, e então nós teremos tempo para resolver tudo isso. Sirius, a outra poção?
Sirius parecia estar lutando com algo por um momento, mas então ele assentiu e alcançou a Harry a poção de Imundície Instantânea. – Derrame isso na cabeça.
Harry o fez e estremeceu sentindo camadas de sujeira se acumulando em sua pele e seu cabelo. É apenas por um dia. Gina sobreviveu a isso por meses. Posso fazer isso por alguns dias.
Sirius recolheu a garrafa, e embrulhou os outros frascos vazios e os apetrechos extras. – Vocês dois deveriam trocar os sapatos – ele observou.
-Ah, certo – Gina disse. – Eu estava imaginando por que eles estariam tão apertados.
-Não posso acreditar que seus sapatos não arrebentaram – Harry disse, chutando seus próprios sapatos.
-Eu tenho pés grandes – disse Gina, suspirando. – É a minha provação.
Harry riu.
-Mesmo que seus sapatos arrebentassem, tenho certeza que você não iria querer mantê-los depois disso.
-Oh não, eles são uma lembrança – Gina disse, sorrindo. Ela lançou os sapatos para Harry, que fez o mesmo com seus tênis. – Não perca eles.
-Está bem, está bem – Harry bufou, colocando os sapatos de couro cinza-escuro nos pés. – Onde você os conseguiu, aliás? Eles não parecem ser do padrão de Azkaban.
Alguém tem mandado pacotes – Gina disse. – Não havia bilhete. Normalmente os pacotes contêm comida, mas o último tinha os sapatos e aquele cobertor ali.
Eles caíram em silêncio, e Harry subitamente ouviu o som de passos ecoando pelo corredor ali fora.
-Rápido – Sirius sussurrou.
Harry sentou-se no canto enquanto Sirius e Gina tomavam suas posições junto à porta.
-Obrigado, Harry – Gina disse baixo. – Você percebe que eu fico te devendo mais uma, certo? Essa é a segunda vez que você salvou minha vida.
Harry conseguiu dar um sorriso rápido antes que a porta da cela abrisse e ele tivesse que rearranjar suas feições no modelo "indiferente".
-O tempo acabou – o guarda rosnou, e com um último olhar, Sirius e Gina deixaram a cela.
A porta de metal bateu com estrondo, e com um sentimento de afundamento, Harry percebeu que ele estava trancafiado em Azkaban.
No próximo capítulo: Fuga
