Disclaimer:
Shingeki no Kyojin não me pertence, todos os direitos autorais são de Hajime Isayama e às suas referentes revistas, nas quais a obra é publicada, Bessatsu Shōnen Magazine pertencente à editora japonesa Kōdansha.
Notas iniciais da autora:
Caros amigos leitores e amantes do meu trabalho: sejam muito bem vindos! Essa é a minha primeira fanfiction por aqui e também é a minha primeira de SnK. Espero agradar todos os eremikas shippers, desde já se sintam em casa! Como a boa aluna de Direito que sou não poderia dar outro nome para a fanfic a não ser em um belo, refinado, e, garanto que nada antiquado, latim! Meu nome é Isa, espero que aproveitem a leitura. E lá vamos nós!
Cap. 01 Nightmares
As árvores nunca foram tão atraentes como naquele dia, embora a sensação térmica lá fora fosse um tanto intimidadora, nada poderia ser pior do que aquele quarto sombrio e gélido. A meia luz do cômodo contrastava de um amarelo opaco a um cinza grafite. Dependendo do ângulo em que se observava a situação a cena poderia ser deveras romântica... Exceto o fato de o garoto que acabara de acordar estar sozinho e com medo. Seu peito subia e descia numa velocidade descompassada, sua respiração parecia pesada e o que se podia notar eram dois grandes orbes verdes-esmeralda incrivelmente sobrepostos.
A vida não era mais como quando era garoto, às vezes tudo que desejava era que toda aquela loucura acabasse, que todos os titãs fossem extintos e a humanidade vencesse. Que aquelas tardes de primavera banhadas por um sol muito gentil voltassem junto com a sua família e amigos que se foram, mas tudo o que recebia em troca era mais dor e solidão. Passou a mão pela sua testa, molhada por algumas horas de sono mal aproveitadas. Era de praxe que suas noites desde a tragédia seriam povoadas por lembranças dolorosas e um sentimento de impotência.
Foi tirado dos seus devaneios por fortes batidas na porta do seu quarto. Levantou-se, tentou se recompor da melhor maneira possível para não assustar quem quer que seja que o havia ido lhe ver. Já era tarde, na verdade já passava da hora de qualquer soldado ficar passeando pelos corredores do castelo, sabia que as ordens dos superiores eram rigorosamente seguidas e por isso teve cautela ao averiguar pela pequena fresta que havia a cima da maçaneta de ferro de quem se tratava. E ela estava lá, parada, os seus olhos que costumeiramente refletiam desprezo estavam marejados de lágrimas. Então entendeu a situação. A madeira velha do piso fez um pequeno grunhido quase como uma reclamação quando foi tomada por passos ávidos.
Sem muitas formalidades a mulher o abraçou de ímpeto com tamanha urgência que ele teve que recuar dois passos para trás para poder equilibrar o peso dos seus corpos, causado pelo impacto. Grossas lágrimas molhavam a sua camisa.
- Mikasa? – Estava surpreso em como ela estava ali, nos seus braços, tão frágil, tão humana. Onde se encontrava a dama de ferro que sempre conhecera? O fato de ter driblado todos os soldados que faziam ronda não o fizera esquecer-se de quem se tratava, porém isso levava a uma circunstância muito mais perigosa do que parecia. – Você está louca? Vir aqui a estas horas! Você ignorou completamente o toque de recolher!
Ela permaneceu estática, envolta em pensamentos, os seus demônios estavam a dominando esta noite. Com a ponta dos dedos apertou com mais impetuosidade, assemelhava-se a uma presa fugindo do predador. A frequência cardíaca de Eren estava tão próxima do seu peito. Soda energia emanava uma áurea de paz para ela se deleitar.
- E-Eren! Eu sonhei... Sonhei que você tinha sido morto. Pareceu tão real! E-eu, eu... Não pude fazer nada! Por favor, não me deixe aqui só! E-eu não saberia viver sem vo... – balbuciou em meio ao tecido da camisa do rapaz, o som abafado embora pouco limpo fora o suficiente para ativar alguma coisa quente que estava dentro do peito de Eren, e insistia em querer sair pela sua boca com urgência. Engoliu em seco, piscou três vezes. Finalmente entendeu a ocasião.
- Está tudo bem, Mikasa. Foi só um pesadelo, eu não morri. Estou aqui... – Passou os seus longos dedos pela sua pele, incrivelmente macia e delicada. Era curioso como ele se pegava pensando em como nunca notara tamanha beleza na garota em outras ocasiões mais oportunas do que essa. Acariciou os seus belos cabelos, tão negros quanto à noite que os envolvia.
Parecia imprudente fazer o que ele faria, entretanto tudo o que ele queria naquele momento era mandar todas aquelas regras e todos aqueles titãs para o quinto dos infernos. Era o que deveria ser feito nessas situações. Era o que ele queria. E também o que ambos precisavam no momento.
Notas finais: Caríssimos, deixem suas sugestões e críticas em formas de reviews que eu lerei atenciosamente todas, sem exceções. No mais, agradeço a vossa atenção e me despeço com um grande abraço. Até a próxima! Beijos da tia Isa!
