PAREDES –

Naruto, SaiTemari

30COOKIES – SET: PRIMAVERA – TEMA: 23, APARTAMENTO.

Paredes

"A cor é uma percepção visual provocada pela ação de um feixe de fótons sobre células especializadas da retina, que transmitem através de informação pré-processada no nervo óptico, impressões para o sistema nervoso. Mas ele mal podia imaginar que uma palavra adicionada a essa explicação científica poderia trazer uma vida nova. Literalmente."

Eles estavam casados há alguns meses. Sete, para ser mais exata.

Ela, a empresária de umas das bandas de maior sucesso no momento. 23 anos e 10 meses, Temari.

Ele, um artista acreditando no poder das cores de mudar o mundo ou "algo-do-gênero". Sai, 24 anos.

Sai resolveu comprar um apartamento maior, não depois do casamento –onde ainda moravam na casa da mãe de Temari- mas sim antes. Ele recusava enxergar o fato de que morava da casa da sogra, ou qualquer outro parente ou amigo.

- AMÉM! – Sai se sentou no sofá depois de colocar uma última caixa no apartamento desorganizado.

Recebeu um olhar de desaprovação da esposa que tirava algumas revistas e livros de uma das caixas.

- Fala sério, você não pode manter essa pose de durona o tempo todo! A gente e mudou festeje comigo! – ele reclamou.

- Não era você que estava emburrado até ontem de manhã, com aquela crise de não-vou-me-mudar-porque-minha-esposa-não-me-deixa-pintar-a-parede-do-quarto-vazio-de-vermelho? – Temari ironizou.

- Ah, mas fala sério. Pintamos o apartamento todo Temari. As cores têm um significado.

- Lá vem você de novo com esse papo. – ela se sentou cansada ao lado dele.

- É olha só, seu escritório foi pintando de elegância, humildade, respeito, reverência, sutileza. Totalmente a sua cara.



- Não vamos pintar o quarto extra de vermelho.

- Ah, porque não!? O apartamento fica bem melhor com um oque de vermelho! É MASCULINIDADE TEMARI –Sai por fim gritou enquanto a esposa ia até o tal "quarto extra".

Ficou parada logo na entrada, encarado a cor branca e gélida do quarto sem móveis.

- Branco: Pureza, inocência, simplicidade. –Sai por fim falou, abraçando a noiva.

- Eu sei. Estou pensando numa or Sai, tenho planos para esse quart, ok. – ela disse por fim, se encostando na janela. Tinha bela vista dali. Por fim resmungou: -precisamos por telas nessa janela.

- Ciano. É uma cor legal. – Sai remoçou a discussão. – Tranquilidade, sossego.

- Frescura. – ela disse por fim – Li no seu livrinho.

- Violeta, Teamari. Critatividade, realeza. – ele fazia poses estranhas pelo quarto.

- Dor. – ela completou novamente.

- Magenta?

- Luxúria.

- Verde?

- Ganânica, Sai.

- Você decorou o livro todo?

- Um pouco.

- Como você consegue?

- Memória fotográfica esqueceu?

E assim ela voltou para a sala se sentando no sofá e encarando a parede alaranjada na sua frente: "lá vai ficar a TV" pensou antes de olhar para a aliança dourada em seu dedo.

- Como sera que ele... – Temari pensei em voz alta.

- Ele quem, Temari? – Sai chegou com um pedaço de pão na boca.

- Sai. O que acha se pintarmos o quarto de azul-bebê? – ela disse dando ênfase no "bebê".

- Porquê.

- Ah...

- Ainda apóio a idéia do ciano.

- Sai, não quero que o bebê ande num quarto CIANO!

- Bebê? Que bebê Temari? 'Tá ficando doida?

nosso bebê. – ela concordou com a cabeça. – 'Tá andando muito com o Naruto hein.

Ele olhou para a esposa e encarou a barriga dela.

- HÁ, EU VOU SER PAPAI!



E isso deu início a uma Temari resmungando algo e Sai fazendo uma dancinha ridícula, aceitando gritos: "eu sou pai, eu sou pai!" e uma ida a loja de tintas, onde decidiram que a cor seria azul-bebê.