- Todos pro chão! – gritou uma linda jovem, cabelos loiros e ondulados, usava uma máscara igual a de um bandido. – Agora por favor, coloque o dinheiro nessa pequena bolsa. – apontando uma arma para o caixa enquanto apontava uma outra para as poucas pessoas que se encontravam no banco. O caixa enche uma enorme bolsa rosa e a entrega para a ladra. Obrigada. Gostei muito atendimento desse banco. Ela chega mais perto do caixa – Gostei do atendimento daqui. – sussurrou no ouvido dele – Eu volto qualquer dia desses! Palavra da Fênix Negra!
Ela sai do local e entra em um conversível negro como a armadura que usava. Esse já era o décimo banco assaltado pela Fênix Negra, o terceiro daquela semana. Mais uma vez, a Fênix Negra voa em seu carro, fazendo os policiais comerem poeira.
Em um apartamento qualquer em Tókio, Seiya assistia TV e ouvia um de seus CDs no discman, quando Shun entra no quarto de Pégaso, que ao perceber a chegada do amigo, tira os fones do ouvido.
- Seiya, o que está fazendo?
- Assistindo o Miss Nua! – responde Seiya sem deixar de olhar a TV.
- E o discmam? Ou você escuta música não escuta o que elas dizem!
- E quem se importa com o que elas falam? – diz Seiya exibindo sorrizinho malicioso.
De repente, na televisão, a cena muda para um plantão jornalístico.
- Mais um banco é assaltado, - diz o jornalista na TV - já é o terceiro essa semana e o décimo em uma série de assaltos a banco cometidos por uma mulher identificada apenas como Fênix Negra! Os policiais procuram pistas, mas até agora não encontraram nada que pudesse ajudar nas investigações. E esse é o retrato falado da procurada, infelizmente, não se pode ver a sua verdadeira identidade, só se sabe, até agora, que se trata de uma moça loira, aproximadamente com dezenove anos, usando uma máscara e uma armadura negra e a maior ladra de todos os tempos deste país!
Ao verem um retrato da tal ladra, Seiya e Shun ficam atônitos. O telefone toca.
- É a armadura de Fênix negra! – fala Seiya, sem acreditar no que via.
Shun atende o telefone.
- Liguem a TV agora! – dizia Saori.
- Nós já vimos, Saori. – disse Shun.
- Quem está aí com você?
- Só o Seiya.
- Então reuna os outros cavaleiros e venha com eles pra minha casa, AGORA!
- Certo, mas, apenas me responda: COMO? Como pode existir essa armadura e quem é essa mulher?!
- Eu também não sei, quero que venham para descobrirmos.
- Ok, ok. – Disse Shun balançando a cabeça afirmativamente, Saori desliga o telefone.
Enquanto isso, Fênix Negra está deitada no capo do conversível. O primeiro passo para o seu retorno já havia sido dado, mesmo que quisesse, não poderia voltar, mas também não queria. Lembrou-se do lugar onde foi criada, das pessoas que amava e de como tudo ao que dava valor de dissolveu naquele dia. Mas já não fazia nenhuma importância tudo aquilo, nunca fora o lugar dela.
- Eu renasci no Império das Sombras, eu renasci no Reino em que não existe vida alguma!
Havia se libertado de todas as regras que a prendiam, já não servia a senhor nenhum! Era dona de si, e de um mundo inteiro. Já não sabia mais amar, nem odiar. Não havia renascido, pois não vivia.
Estava acima da vida e da morte. Mas o que se encontra acima disso? Não era um ser humano, pois não tinha um coração, apesar de ter a aparência de uma mulher, uma mulher muito bonita.
- Estamos muito atrasados, At – antes que Hyoga acabasse a frase, Shiryu lhe cutuca, há um homem estranho ao lado dela. – Saori?
- Não, chegaram na hora. E pode me chamar de Athena, este é o Sr. Crane, Victor Crane. E ele sabe de tudo, de Athena, do Santuário, as batalhas, tudo.
- Sou amigo da família de Saori e inspetor policial. Estou no caso da tal garota que tem essa armadura negra.
- Mas não pode ser! – disse Ikki. – A armadura de Fênix foi a única a não ser forjada em sua forma negra! Eu não entendo como uma desconhecida tem essa armadura!
- Acalme-se Ikki. – disse o inspetor num tom de serenidade. – Nervosismo não vai ajudar na investigação.
O Dr. Crane era um homem sério, com uns vinte e poucos anos. Pele branca, bem clara, cabelos negros, bem curtos e olhos castanhos, profundos. Estava todo vestido de preto, com certeza um homem atraente, antigo amigo de Saori que sabia sobre Athena e os cavaleiros. Dava pra ver a desconfiança na cara de Seiya.
Fênix Negra continuava ali, deitada no capo, olhando para o céu, no meio de nada, em lugar algum. Estava tão distraída que nem percebeu a presença de um jovem, parado ao seu lado também olhado o céu.
- Nunca vi alguém ficar tanto tempo olhando as nuvens... – disse ele assustando-a.
- Ah! – ela olha para ele e o reconhece. – Hermes! Que susto!
- No que estava pensando, Princesa...
- Sabe que não gosto que me chame por este nome aqui, neste mundo. – reclamou ela, interrompendo o que Hermes dizia.
- Desculpe. – ele faz uma longa pausa. – Só queria dizer que sei o que pretende fazer, e que assim como eu, os Deuses do Olimpo também iram reprovar essa sua atitude. Não permita que aconteça com você o mesmo que aconteceu com Hades.
- Não se preocupe comigo, Hermes! Posso ter cara de inocente, mas não sou nem um pouco. Não é a toa que sou uma Princesa!
- Eu já vou, com sua licença, Princesa... – falou Hermes abaixando-se perante a jovem.
- E pare com essa frescura! Até logo, Hermes!
Hermes desaparece, e a princesa fica sozinha mais uma vez, como sempre foi sua vida inteira.
- Não se preocupe, Hermes. Eu sou muito melhor que Hades, ou deveria dizer pior? – Fênix Negra cai na gargalhada, ri até ficar sem fôlego. – O jogo está apenas começando...
Gente, me inspirei na música Sympathy for the Devil, que tocava na novela Celebridade. O que vocês acharam da nossa princesa mascarada? Tentem adivinhar quem é ela.
Bjus e ateh o próximo capítulo!
