Disclamer: Saint Seiya e seus personagens obviamente não me pertencem. Esta fic obviamente também não tem fins lucrativos.

Comentários da Autora: Esta fic vai contar um pouco da vida de um casal, Camus e Milo, desde o momento que se conheceram. Cada capítulo vai ter uma história, porém como acontecem em ordem cronológica, acho legal ler todos. Caso vocês gostem, lógico! A sim... o casal está em UA. E, gente, comentários são sempre bem vindos, mesmo que sejam para apedrejar uma pobre autora. E, Jeane é criação minha e NÃO é o meu alter-ego! Até o próximo.


Milo e Camus – Retratos de uma vida

Prólogo

Esta história começa da maneira mais óbvia possível, porém não existe outra forma, principalmente nesse caso.

-Peraí, que história é essa de "maneira óbvia"? Desde quando minha história, a história da MINHA vida vai ser óbvia.

- Peraí você! Trata de ficar ai quietinho e não reclama. Não foi você que me pediu para escrever? Então eu vou fazer da maneira que eu quiser. E se eu me aborrecer...

- Ta me ameaçando?

- Estou! Se continuar a me aborrecer eu conto a história da calcinha amarela!

- Essa não! Amorzinho, querida, bem amada, você me jurou que não ia contar essa história.

- E você jurou que não ia me atrapalhar...

- Cada dia mais descubro como detesto trabalhar com escritoras...

- O que você tem contra as mulheres? Hein, hein? – a escritora fala sacudindo a caneta...

- Eu? Nadinha... nadinha...

Enquanto este pequeno entrave ocorria, o outro interessado nesta história encontrava-se sentado calmamente no sofá, saboreando uma taça de vinho e se divertindo muito. Desde que conhecera Milo, sua vida podia ser descrita com qualquer adjetivo, menos monótona. Adorava cada minuto passado ao lado dele, por mais que muitas vezes tivesse vontade e matá-lo ou de matar-se.

- Agora você vai ficar falando dele? – e aponta o dedo para Camus. – E de mim, não vai falar nada?

- E eu preciso? Você já se apresentou, com esse seu showzinho particular. Além do mais, isso aqui ta ficando uma porcaria com você interrompendo a toda hora. Não acha, Camus?

- Eu? Não acho absolutamente nada chérri. A idéia foi de vocês, então... não me metam nesse rolo.

- Querido, sinto informar, mas você já está metido nesse rolo, afinal você faz parte da vida desse traste ai... te admiro muito Camus, mas muitas vezes me pergunto o que exatamente você tem na cabeça.

- Traste! Traste! Como você me chama de traste na frente do meu marido! Eu vou embora! Esquece essa história toda de livro, biografia, o cassete que seja! Dessa vez você passou dos limites! Vamos Camus! – e começa a arrastar o francês pelo braço.

- Vá, vá, grego dos infernos... Mas volta quando tiver mais calminho para terminarmos aquela garrafa de Mozart que está lá no armário.., - fala a escritora piscando para o grego, que já saia arrastando Camus pelo braço...

- Eu ouvi você falar algo a respeito de uma garrafa de Mozart?

- Ouviu. Surdez não é um dos seus defeitos...

- Bom... Já estou começando a ficar mais calmo...

- Énfant... Vocês dois! Tratem de trabalhar em paz e me deixem terminar meu vinho em paz! – Camus fala com voz um pouco mais alterada, mas depois não agüentou e caiu na gargalhada. Os dois pararam de discutir e ficaram olhando para ele com cara de pateta. Ele já estava ficando vermelho de tanto rir.

- Camus, pelo amor dos deuses, pare de rir desse jeito, você vai ter um treco.

- Não se preocupe, querida, daqui a pouco ele melhora. Uma das minhas qualidades é ser uma das poucas pessoas no universo que consegue fazer meu marido gargalhar desse jeito.

- Isso é verdade. Só mesmo você, mon ange, para fazer com que eu me divirta tanto. Na verdade, vocês deviam trabalhar juntos em algum siticom de comédia. São simplesmente hilários. Chérri, pode desfazer essa cara de apatetada e sentar ai. Trabalhem!

Camus sentou-se e retomou a agradável função de fiscal de loucos, enquanto continuava a bebericar o vinho. A Jeanne – escritora que durante todo tempo discutia com Milo – sentou-se defronte ao teclado e começou a escrever alucinada e furiosamente. Milo pegou a garrafa de Mozart e passou a apreciar, de forma um pouquinho voraz – o licor de chocolate meio-amargo.

Creio que agora eu possa começar a contar a história. Bom como meu começo genial já foi devidamente estragado, eu vou logo de cara dizer o que vim fazer aqui.

Fui contratada por esse maluco ai de cima, que por um desses acasos da vida, é meu primo, para escrever crônicas que contassem a história de sua vida desde o momento que conheceu Camus. E é isso que eu vou fazer, quer ele queira, quer não. Muitas vezes, vocês vão me ver participando das histórias que conto, afinal, para sorte minha, ou azar, ainda não decidi por um dos dois, eu convivo bastante com esse casal.

Milo, meu primo, é grego de nascimento, porém parte da família é francesa, e com a morte dos pais dele, quando ele tinha 8 anos, veio morar conosco na França, mas nunca deixou de ser Grego, e maluco.

- Caracoles, priminha, será que você não tem nada de bom para falar do garotão aqui?

Como eu is dizendo. Ele é maluco sim, tão maluco que é um dos maquiadores mais requisitados dos teatros franceses e mesmo assim, na horas vagas, faz uns "bicos" de dublê em filmes de ação. Eu até hoje me pergunto porque, se ele gosta e sabe ser dublê, ainda não foi para a América... Mas deixa pra lá, cada um faz as suas escolhas, como eu ia dizendo, meu priminho é maquiador, dublê e quando dá na telha, animador de festas infantis. Ele é simplesmente lindo!

- Até que enfim uma coisa boa!

- Ora, eu posso ser qualquer coisa, menos cega. Você é simplesmente lindo, pena que não gosta de mulher...

- Mesmo que gostasse querida, família não pode!

- Primo não é família!

- Primo é sim! Cunhado que não! – e ainda tem a cara de pau de me dar uma piscadela.

Não vou dar atenção! Camus que cuide do marido dele! E eu cuido do meu! Milo, é alto, com um tom moreno na pele, que mesmo morando a muitos anos em Paris, nunca perdeu, longos cabelos azuis cacheados e olhos mais azuis que o céu ensolarado de verão.

- Chérri, não precisa de tanta poesia para descrevê-lo. Ele é bonito sim. Se não fosse, dificilmente eu estaria com ele, afinal tenho um mínimo de senso estético, mas também não precisa se derreter, não acha?

- Que foi, fofo, ta com ciuminho?

- Não vou me dignar a te responder, Jeane!

- Que bonitinho... Camus com ciúme... O arquiteto gelado de Paris tem sentimentos! Surpreendente! Priminho, você é o máximo mesmo! Ninguém consegue fazer o Cubo de Gelo ai rir ou esboçar qualquer sentimento, e em dez minutos, você já o fez gargalhar e agora ter um crise de ciúme! Gostosão!

- Estou começando a achar que essa história de livro não vai a lugar nenhum. Vou embora. Você fica, Milo? – Camus apara a taça vazia sobre a mesa e levanta-se indo em direção a porta.

- O que houve amor meu? Estou começando a achar que a priminha aqui vai dar conta do recado.

- Só por que ela disse que você é lindo?

- Não, só porque ela já conseguiu te fazer rir e te irritar. Se, o que ela está escrevendo, conseguiu arrancar alguma reação de você, provavelmente vai arrancar de quem está lendo.

- Por mim tudo bem, se vocês querem continuar, que seja, mas continuo achando que a sua descrição ficou brega e exagerada.

- Jen, querida, dá um desconto, suaviza um pouco vai...

- Com você me pedindo assim, tão bonitinho... Lá vai...

Continuando. Nossos personagens são: Milo, grego, criado na França com os tios após a morte dos pais, alto, moreno, olhos azuis, cabelos azuis cacheados até o meio das costas, maquiador, dublê, animador de festas, casado com Camus, francês, alto, branco, cabelos azuis petróleo, mais escuro que os de Milo, lisos e compridos, olhos azuis escuros, arquiteto de madame, conhecido como Cubo de Gelo, Pingüim, Iceberg, Iceman, etc... só porque não demonstra sentimentos, principalmente em público – a não ser quando alguma coisa diga respeito ao seu maridinho.

- Jen... deixa de ser venenosa... mas ficou bom assim!

- Que bom que gostou, querido!

- Agora ficou seco demais...

- Camus! Você disse que não estava no meio do nosso "rolo" então não se meta agora mon cherr.

- Está bem, não está mais aqui quem opinou.

Mais um detalhe a respeito de Camus... Sabem por que ele é arquiteto? Contam as más línguas que Camus fez arquitetura por não ser macho suficiente para fazer Engenharia, nem viado o suficiente para fazer Design de Interiores ou Moda.

- Que baixaria... Você tem certeza que vai deixar outras pessoas lerem isso, Milo?

- Claro, me diga onde está a mentira...

- Que eu não fui macho para fazer engenharia, não fiz porque não quis e pronto.

- Ta, tudo bem, mas desde quando você é macho?

- Por Zeus, o que foi que eu vi nesse homem? Devo estar sob algum tipo de feitiço, não é possível...

- A dez anos. Na boa Camus, me apresenta esse feiticeiro que eu estou precisando.

- Jen, não se meta! – os dois falam ao mesmo tempo.

Eu só pude rir e continuar a escrever enquanto eles discutiam mais um pouquinho.

Bem eu já apresentei os dois. E, eles mesmo já se apresentaram. Eu pretendia começar essa história contando como eles se conheceram, mas já me alonguei demais aqui com toda essa confusão. Então vou chamar esse capítulo de prólogo. E vou adiantar que no próximo, quer eles queiram, quer não, eu conto como eles se conheceram.

Só para adiantar um pouquinho e deixar vocês com água na boca, eles se conheceram no primeiro jantar chique que Milo foi na vida dele. Pelo pouco que vocês puderam ver do meu priminho, imaginem como foi essa festa...

Cenas do próximo capítulo..

- Como se veste essa fantasia de pingüim? Tem certeza que vou ter que ficar com isso a noite inteira?

- Calma Milucho, a noite passa rápido. Quem mandou ficar famoso? Será que agora você se manda de vez para a América.

- Nunca... Merda!

- Que... – HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH

- Em vez de ficar rindo ai, me ajuda...

Ele havia amarrado a gravata borboleta com o dedo junto...