Olá ! Outra vez ! Nova história! Isto é uma torneira de ideias, e é um bocado aborrecido, especialmente quando tenho tantas outras para acabar. Mas não se preocupem. Irão todas ser terminadas, mesmo que seja muito lenta a fazê-lo.
^-^ há umas semanas mandei uma ajuda aí ao pessoal com varias (Duas) ideias. No final gostei delas as duas. (Ya, sou uma imbecil), então decidi escreve-las as duas. Mas a primeira vai ter que esperar, pois via conselho de uma leitora de "A cor do fogo" (Espero que ela continue a ler T3T) vou fazê-la com o trio ItaHinaSasu. O problema é que histórias com esse tipo de Menáge é difícil de construir, especialmente quando á tanto pecado lá inserido (Uchihacest… *Nose Bleed*)
Então comecei por esta ^-^ que não vai ser tão dramática, como é evidente, e vai ser escrita da maneira que eu gosto. Ou seja, tem muita estupidez e comparações idiotas. (Além disso queria fazer um fic em que parte dele representasse uma cenas numa escola estilo americana. Aquilo é que é locura, pelo menos, é o que a televisão mostra)
Miuto bem, fofuras, vamos ao mesmo de sempre.
Naruto não me pertence. Se assim fosse, Sasuke não seria tão emo e não usaria roupas tão gay, mais de metade da Akatsuki estaria viva e roubaria os seus casacos foleiros, Sai estaria vestido de uma maneira mais máscula e ItaHinaSasu menáge seria uma realidade…. Ah o paraíso.
Pares:
SasuHina.
NejiIno
Parcial ItaHina/ItaSasu
Muito parcial (Mas mesmo muito, tanto que quase não se nota) SaiHina
SaiNaru (Não é tão giro como ItaSasu, mas pronto)
Avisos: Hentai, mortes, sangue, taradice, pensamentos profanos e humor estúpido quase sem piada nenhuma. (O mesmo de sempre) Ah, claro, menções de Yaoi… desculpem, meus amores, mas eu gosto desse tipo de coisas (Creepy…)
E aqui está ^-^
Espero que gostem, meus queridos. Digam a vossa opinião e podem também dar-me ideias construtivas.
Obrigado e boa leitura!
(Há, sim, o meu Word já funciona outra vez ^-^, já não há quase erro ortográfico nenhum ^\\\^ quase)
Uchiha Sasuke.
U-chi-ha Sa-su-ke.
Hinata observava-o milhares de vezes, tal como todo o resto da população feminina da escola, mas, ao contrário das outras raparigas sonhadoras, ela não o fazia por amor impossível ou porque o rapaz tinha uma cara jeitosa.
Sim... ele era bonito. A sua pele era pálida, praticamente sem qualquer falha, ponto negro, borbulha ou qualquer outra horrível desgraça de adolescente. Lábios perfeitos, tão pálidos e suaves como qualquer outra parte do seu corpo. Nariz fino e liso, arrebitado. Maxilares fortes mas algo femininos, mas mesmo assim não lhe davam um ar de menina, apenas mais charme. Cabelos negros, tão pretos que quase ficavam estranhos com aquela pele pálida (Mesmo assim não era comparado a Sai, o melhor amigo de Hinata). Eram desalinhados, num estranho e complexo penteado que os puxava para cima, ainda que algumas madeixas caíssem para o seu rosto escultural. Ela perguntava-se constantemente de quantas horas passaria aquele rapaz em frente do espelho apenas para tratar do seu magnifico cabelo.
Mas os seus olhos eram a peça naquele aspecto de Anjo demoníaco que a fascinavam. Tão negros e profundos, penetrantes e misteriosos. Aqueles olhos pareciam captar tudo, cada minúsculo pormenor, cada pequeno detalhe. Aqueles olhos hipnotizavam, deixavam uma pessoa sem respiração, levam uma mulher á loucura (No seu caso, claro. Ás vezes Hinata batia com a cabeça nas mesas, castigando-se por ficar excitada pelo olhos de um rapaz... os olhos! O tipo era lindo, tinha um corpo de sonho e ela excitava-se com o quê? A cara? Não. Os peitorais bem definidos? Nem pensar. Eram com os olhos! Ninguém normal ficaria com pensamentos depravados por causa daqueles estúpidos olhos negros! pelos vistos ela não era normal.
Mas não era aquele rosto bonito, nem aquele corpo bem construído e muito menos aqueles olhos negros (que a deixavam tão excitada que se alguém olhasse para o meio das suas pernas pensaria que ela sofria de incontinência urinária), que lhe atraíam a atenção e faziam com que ela o observasse constantemente durante a maior parte do dia.
O seu cadastro. Os rumores á sua volta. As testemunhas. A sua vida criminosa.
Aqueles eram os motivos que ela tinha para o observar á distância. Para o vigiar. Para descobrir o que ele fazia e as suas manhas e crimes. (Qual rapaz sexy, qual quê. Hinata não se deixava levar por rapazinhos bonitinhos.... sim claro.)
Era por isso que ela tinha o olhar fixo nele naquele momento, situada no outro extremo da cantina (Não iria ficar muito próxima, não era? Assim ele iria desconfiar) enquanto comia o seu almoço lentamente. Ele estava acompanhado por muitas pessoas, apesar de não lhes ligar peva, enquanto se mantinha sentado de braços cruzados e olhos fechados. Se não fosse o leve respirar, Hinata juraria que o rapaz estava morto.... ou em coma.
Apesar de o observar com fervura, Hinata nunca se aproximou menos de três metros de distância do Uchiha. Primeiro, iria trazer suspeitas para a sua pessoa. Segundo, o homenzinho era um bocado esquisito e sombrio, parecia ter uma nuvem de depressão sempre em cima. Terceiro, ele tinha mais fãs do que o Brad Pitt e o Jonnhy Deep juntos, ainda acabaria estripada numa valeta. E em quarto, ele era popular... muito popular, enquanto ela era mais uma croma, nerd, totó, whatever you call it. Chegar-se perto de tal Deus do liceu seria como tirar uma senha para a fila da sentença de morte.
Não seria boa ideia.
Franziu o sobrolho, tentando bloquear os barulhos infernais dos outros alunos que comiam e falavam na cantina. Pareciam pássaros a palrar de forma estridente e repetitiva, quase furando os seus pobres tímpanos sensíveis. Oh, como ela gostaria de os calar a todos com um simples gesto, ser respeitada e admirada, praticamente venerada como se fosse uma bela divindade.
Mal qual quê.... ela não era Uchiha Sasuke. Ela nunca teria toda a população escolar aos seus pés. Ela não era bonita. Não era faladora. Não era rica. Não era amiga de Haruno Sakura, a grandiosa namorada do rei da escola, também capitã cheerleader e a rapariga mais desejada daquelas bandas. Não fora comida, no sentido sexual da coisa, por Sasuke.
Não... ela era apenas aquela miúda chanfrada que se vestia sempre de escuro, utilizando aqueles enormes e grossos casacos negros, no inverno ou no verão, de cabelos longos sempre á frente da cara e a escrever nos seus caderninhos. Ela era apenas a miúda que raramente falava, a não ser para Sai. Ela era apenas a miúda que gaguejava muito. Ela era apenas aquela pessoa que ninguém ligava, a perfeita mulher invisível.
Mesmo assim, preferia ser como era, a ser popular.
Aquelas miúdas eram demasiado fúteis, demasiado chatas e estridentes. Pareciam ter tantos miolos como uma avelã. Para todas aquelas imbecis, saber quem tinha os seios mais redondos e espetados era tão excelente como saber que a forma química da água era H2o... oh, esperem... elas não sabiam disso... vamos utilizar outro exemplo, então... para elas, saber que o batom vermelho realçava os seus lábios e a sombra azul fazia com que os seus olhos ficassem mas "bonitos" eram mais importante do que saber que Salvador Dali tinha sido um pintor surrealista.
Além disso pareciam palitos. A Anorexia poderia ser mortal, sabiam! Hinata achava incrível como aquelas "coisas" conseguiam passar um dia inteiro apenas com uma folha de alface no estômago.
Era tudo uma questão de capacidades.
Capacidades que Hyuga Hinata não tinha.
Ser mais estúpida que uma galinha, usar maquilhagem, vestir-se da mesma forma que uma prostituta reles que trabalhava na esquina e ser tão magra que quase desaparecia da atmosfera não eram capacidades que a nossa rapariguinha queria ter.
Não. Hinata queria ter outras capacidades.
Há sua frente estava um jornal dobrado. Grandes letras anunciavam um grande feito... não... um enorme e maravilhoso feito. Algo que a deixava completamente sonhadora e na expectativa confiante de algum dia vencer;
"Uchiha Itachi apanha o misterioso Assassino de Suna."
Suspiro....
Uchiha Itachi, Uchiha Itachi, Uchiha Itachi.
Todas as raparigas tinham os seus ídolos. Umas gostavam do Jude Law. Outras gostavam de um crominho mal actor, mas que aparecia numa novela qualquer rasca. Outras gostavam dos Tokio Hotel ou dos Jonas Brother. Bem... ela era diferente. Nenhum desses pobres seres da natureza a fascinava (Com excepção a Jude Law... ele era bastante atraente e representava muito bem). O seu ídolo era aquele maravilhoso detective, tão novo mas tão genial;
Uchiha Itachi.
Irónico, não era? O irmão mais velho do rapaz que ela perseguia por suspeitas de crimes era um dos mais prestigiados detectives de Konoha.
E ela apenas queria ser como ele. E o primeiro passo era apanhar as tramas de Sasuke.
Se não o olhasse muito nos olhos até poderia ser bem sucedida.
_ Deste ponto de vista pareces que estas a pensar se o vais violar ou não.
Hinata pestanejou, admirada por ouvir aquela voz familiar e monótona. Olhou para o lado, fixando-se no rapaz mais pálido e esquisito que existia á face da terra.
Sai.
O rapaz era conhecido pelos totós da escola como o justiceiro. Porquê? Porque de todos os alunos desprezados naquele local, Sai era o único com tomates o suficiente para fazer frente aos populares.
Tais feitos faziam com que não tivesse muitos amigos e fosse alvo constante da violência dos reis da escola. No entanto, Hinata não queria saber. Aquele rapaz chanfrado, que parecia ter tantos sentimentos como uma colher de chá era o seu melhor amigo, estava sempre lá quando ela necessitava, tal como ela estava quando ele precisava.
Tinham uma relação estranha…
_ Ele está a tramar qualquer coisa… eu sei que está. – Fez a Hyuga entre dentes, lançando um olhar desconfiado ao Deus da Escola que se situava no outro estremo da cantina.
_ Para ti ele está sempre a tramar alguma coisa. – Sai bebeu um pouco de sumo de laranja, olhando sem qualquer interesse Sasuke – Já pensaste que ele pode ter tido uma noite atarefada e agora está simplesmente cansado?
_ Homens como aquele nunca estão cansados. Olha para aquilo! É mais que obvio que está a pensar no seu próximo crime.
_ Hinata, nem sequer o irmão dele consegue arranjar provas que ele anda metido em actividades criminosas… talvez estejas a ficar paranóica. Deixa-o em paz.
A rapariga bufou, ligeiramente ofendida por Sai ter indicado uma das poucas falhas do seu ídolo. Cruzou os braços e agora lançava um olhar de puro ódio ao rapaz que parecia ter adormecido lá ao fundo.
_ É claro que não. Ele sabe todas as técnicas do detective Uchiha, seria muito bem capaz de escapar sem problemas. É por isso que eu o vou apanhar. Ele não conhece as minhas técnicas ou a minha maneira de persuasão.
_ Qual maneira de persuasão? Nem sequer te aproximas mais de três metros. Se queres saber, a melhor maneira de descobrires tudo sobre Uchiha Sasuke é ires para a cama com ele.
Hinata deve ter adquirido uma cor semelhante a um tomate maduro, retirando os seus olhos brancos de cima de Sasuke para os colocar em Sai, que comia calmamente.
_ Porque raio haveria eu de fazer isso? – Fez ela num tom de voz que parecia uma broca de dentista. – Primeiro, nunca na minha vida quereria eu dormir com aquela coisa…
_ Eu sei, estás mais virada para o irmão dele.
_ Segundo… - Continuou, ignorando o comentário – Ele só "come" cheerleaders. E terceiro… eu não sou, nem tenho qualquer intenção de ser, uma cheerleader… até porque é uma posição absolutamente degradante. E nem pensar que iria perder a minha virgindade com um rapaz como aquele, que deita fora as raparigas como se fossem camisas. Hump! Devia ser violado, isso sim.
_ Não por Naruto… esse não tem pila, não faria qualquer estrago.
_ Afinal qual é a tua obsessão pela pila do Naruto?
_ Oh sim! Sim! Ah! AH! AAAH!
Hinata grunhiu de descontentamento, cobrindo a cabeça com a sua almofada. Enrolou-se nos seus cobertores, suspirando de desespero enquanto os seus lábios se curvavam em pura tristeza.
Qualquer pessoa ficaria assim se também estivessem a ouvir a sua vizinha a ter uma boa sessão de sexo com o seu primo enquanto ela não tinha nenhum á pelo menos dois anos.
Bem… em parte a culpa até era dela… disparate! Não era nada! Se havia uma vítima naquele jogo, seria ela!
_ Oh! Sim! Siiiim!
Hinata perguntava-se constantemente se ela guinchava tanto durante o acto como a sua vizinha, Ino. Esperava que não. Parecia um porco a ser esventrado. Os sons inconfundíveis do colchão a ranger acompanhavam os gemidos e gritos constantes da mulher que vivia no apartamento de cima. Pelo menos Neji não fazia grande alarido, ou então já o tinha morto há muito tempo.
A Hyuga já se tinha conformado que nunca mais na sua vida iria ter uma boa noite de sono. Desde que se arranjara um emprego no departamento da policia, que vivia ali… e desde essa altura que ouvia os barulhentos encontros sexuais entre Neji e Ino. Já lá iam seis anos.
Houve uma altura em que os guinchos de Ino não a incomodavam. Quando estivera casada, o seu marido mantinha-a ocupada o suficiente para ela dormir como um bebé a noite inteira. Com vizinhas barulhentas ou não.
Mas agora estava sozinha outra vez, ninguém lhe contava uma história para adormecer (Era o termo que o seu ex-marido utilizava para descrever o sexo entre eles) e o seu sono tinha, mais uma vez, se tornado leve como uma pena. Ou seja, o mais pequeno barulho acordava-a.
E os barulhos de Ino não eram pequenos…
_ Aaaahhh!
Sim! Tinha terminado. O raio da loura que vivia no apartamento a cima do dela tinha chegado ao orgasmo! Hinata quase chorou de alegria, aninhando-se nos seus cobertores. Deu uma olhadela ao relógio. 3:38… recorde. Geralmente as brincadeiras de Ino acabavam por de volta das 2:49…
Suspirou, abraçando a sua almofada enquanto se preparava para fechar os olhos mais uma vez. Ah… o silencio… a maravilhosa atmosfera sem qualquer som a não ser o seu leve respirar… era o puro paraíso…
Até ouvir o colchão lá de cima a ranger outra vez.
Raios! Quem é que tinha inventado a segunda ronda?
Oito da manhã. Hinata rastejava os pés pela sua minúscula cozinha, bocejando abertamente. Mais uma noite pobremente dormida.
Os seus olhos estavam envolvidos por círculos meio roxos, mostrando o seu evidente cansaço. Só Deus sabia como ela precisava de dormir.
Preparou um café numa tentativa de se manter acordada. Colocou os olhos no seu telemóvel, que colocava sempre no balcão para não ser incomodada durante a noite (Já bastava ouvir Ino). Pegando na maquineta com uma mão, enquanto a outra segurava a chávena que tinha as palavras "Melhor cunhadinha do mundo", Hinata abriu a tampa do telemóvel, pestanejando.
Tinha duas mensagens. Curiosa, carregou em alguns botões, bebericando um pouco mais de café.
"Estás livre hoje? Pilinhas…."
A sobrancelha de Hinata estremeceu ao ler a mensagem. Aquele Sai. Nunca mudava.
Suspirando, Hinata rapidamente respondeu:
"Não sei, tenho que falar com o chefe"
Após ter enviado a resposta, Hinata rapidamente leu a outra mensagem que lhe tinham enviado, franzindo o sobrolho.
"Urgente. Vem para o bordel Rogue assim que puderes. E despacha-te, ou enfio-te algo não muito agradável pela goela abaixo"
Aquele homem mandava-lhe sempre mensagens enormes e com ameaças estranhas com significados porcos escondidos. Suspirando, Hinata colocou o telemóvel de novo em cima do balcão e bebeu todo o seu café de uma só vez, antes de caminhar para o quarto para se vestir.
_ Onde é que pensas que vais, puta!
Hinata paralisou a uma esquina, antes de espreitar sorrateiramente. Haruno Sakura e a sua elite de Cheerleaders rodeavam uma pobre rapariguinha morena, que abraçava os seus livros fortemente, tremendo de uma forma bastante visível enquanto os seus olhos mostravam medo por detrás dos seus óculos redondos.
_ Responde, sua pega reles e nojenta. – A voz de Sakura poderia ser agradável se não tivesse tanto veneno e malícia.
_ Eu… eu…
_ Ias outra vez babar-te para o meu Sasuke, não é verdade? – Os olhos verdes da capitã brilharam com ciúme e malícia - Hump… achas mesmo que poderias colocar uma patinha que seja naquele corpo? Pois bem, esquece! Ele é meu.
Hinata franziu o sobrolho ao ver a rapariga possessiva praticamente rosnar para a outra. Chee… qual era o trauma. Era só um estúpido rapaz. Um estúpido rapaz sexy, mas mesmo assim um rapaz.
_ Hei, Sakura!
A Hyuga engoliu em seco, rapidamente sentindo pena pela pobre rapariguinha. Agora os rapazes também vinham aí. Meia dúzia de belos garotos aproximaram-se das Cheerleader, uma deles era Sasuke, que parecia estar tão interessado naquilo tudo como um calhau estaria.
Naruto, o rapaz louro, alto, barulhento e burro, aproximou-se de Sakura, que não lhe prestava qualquer atenção. Notando na rapariguinha horrorizada, o louro semicerrou os olhos de maneira ameaçadora.
_ O que é que esta "coisa" te fez, Sakura?
Hinata odiava-os. Eles tratavam os outros por "coisas" como se não fossem humanos. Meramente objectos. Rugiu levemente, rangendo os dentes.
_ Esta criatura acha que consegue roubar-me o Sasuke. – Aproximou-se mais da rapariguinha, que deu um passo a trás – Que ingénua. Como se alguém tão feio e desprezível como tu conseguisse conquistar o que quer que seja.
A Hyuga colocou os olhos em Sasuke, na expectativa de o ver a ajudar a rapariguinha. Ele observava-as, um óbvio laivo de culpa nos seus olhos, que rapidamente foi escondido pela máscara de indiferença. Então Hinata percebeu. Se ele ajudasse a rapariga, seria pior para ela.
_ Eu… eu não…!
Slap!
_ Não me mintas, sua cabra inútil!
_ Hei! Deixa-a em paz!
Ok… ou Hinata tinha, de repente, ganho um coração heróico, ou tinha simplesmente aparecido um desejo suicida. Respirando fundo, a Hyuga caminhou até onde o grupo estava, agarrando a rapariguinha por uma braço e puxando-a para trás do seu corpo que, por sinal, não era muito grande.
Sakura, e o resto do grupo, pestanejou incrédula por uma coisa tão insignificante lhe ter dado uma ordem, quanto mais intromete-se nos seus assuntos.
_ Desculpa?
_ Eu disse, deixa-a em paz. – Fez Hinata mais uma vez com toda a frieza que ela desconhecia possuir – Gaguejei, foi?
Um leve "uuu" encheu o corredor, enquanto Cheerleaders e os respectivos jogadores de futebol e reis da escola observavam-nas atentamente. A sobrancelha rosada de Sakura estremeceu e ela olhou Hinata com puro ódio, estalando os dedos de forma ameaçadora.
_ Olha lá, seu monte de esterco, quem é que pensas que és para me falares dessa maneira?
_ Quem que pensas que és para tratares esta rapariga dessa maneira? Oh! Desculpa, tinha-me esquecido. És Haruno Sakura, a puta da escola que abre as pernas a tudo o que tem pila, mas que faz um drama quando outra rapariga abre a s pernas para a pila do seu queridinho Sasuke, que, por acaso, não tem nada de especial a não ser o facto de parecer um robot a falar. Realmente mereces todo o respeito do universo, perdoa a minha insolência.
E sorriu maliciosamente ao ver a cara de Sakura ganhar um tom parecido ao seu cabelo rosa. Sentiu a mão da outra rapariguinha apertar-lhe a camisa do seu uniforme escolar, obviamente medrosa por ver a rainha da escola tão furiosa.
_ Hei! Não fales assim da Sakura! – Rosnou Naruto – Tu tens mas é inveja de não seres tão bonita, rica e inteligente que ela!
_ Inteligente? Da última vez que verifiquei, Hinata é a rapariga que tem melhores notas em toda a escola… apenas é batida por o nosso grandioso Sasuke. – Sai aproximava-se lentamente, o seu sorriso falso e mesquinho estampado no seu rosto bonito, demasiado pálido – Bonita? Sem ofensa, Naruto, mas a minha querida amiga é dez vezes mais bela do que essa criatura que pinta o cabelo de uma cor tão feia. – Sakura rugiu – Além disso ela tem dotes maiores que a Sakura. – E apontou para o peito de Hinata, que corou violentamente. Não que tal facto se verifica-se, o seu casaco grosso aniquilava qualquer curva feminina – Bem… tenho que admitir que Sakura é mais rica que Hinata, mas tenho a certeza que é só temporário. Da maneira como essa rapariga gasta dinheiro, vai viver para debaixo da ponte não tarda nada.
_ Seu filho da puta!
_ Menina Haruno! Senhor Sai! Gabinete do director, já! O resto de vocês… não têm aulas!?
Todos sabiam que tinham que obedecer ás ordens da professora Anko, ou seriam gravemente castigados.
Sai e Sakura trocaram mais um olhar de ódio antes de caminharem em direcção do gabinete da directora Tsunade, prontos a ouvir um raspanete. Os outros alunos lançaram lamentos, dispersando-se para várias direcções.
Hinata suspirou de forma cansada, virando-se para trás para olhar para a rapariga. A pele pálida do rosto da jovem estava marcada pela palmada que Sakura lhe tinha dado. Com um minúsculo sorriso, a Hyuga colocou-lhe uma mão no ombro.
_ Hei… vai tudo ficar bem, vais ver. – A rapariga olhou-a com os seus olhos repletos de lágrimas – Daqui a uns anos estás tu em sucesso e aquela bruxa maníaca vai praticamente lamber-te os pés. Vais ver.
Conseguiu trazer um minúsculo sorriso ao rosto molhado da rapariga.
_ Obrigado. – Fez ela enquanto se dobrava numa vénia.
Hinata bufou enquanto a observava a correr dali para fora. Óptimo. Agora estava sozinha outra vez. Nem sequer Sai ali estava para a acompanhar no que quer que seja. Suspirou, virando-se mais uma vez. Tinha que ir para a aula. Bufou e, de repente, parou ao ver uma coisa azul á sua frente.
Lenta e cuidadosamente, Hinata foi virando a cabeça para cima, tremendo da cabeça aos pés.
Não. Não. Por favor que não seja quem eu estou a pensar que é!
Os olhos negros de Uchiha Sasuke observavam-na atentamente, apenas dez centímetros de distancia da sua cara.
Raios.
Hinata corou. E não foi pouco. Eram os olhos dele. Os OLHOS dele. Aquele calor não muito confortável inundou-lhe a sua intimidade e ela mexeu-se ligeiramente, apenas para aliviar a pressão. Clareando a garganta, decidiu falar para o seu alvo.
_ Hum… aaah… – Sem parecer uma retardada, por favor! – Eu estava a falar a sério á pouco. Pareces um robot a falar.
Ele ergueu uma sobrancelha e Hinata amaldiçoou-se pelas suas palavras. Era a primeira fez que tinha uma conversa com aquele rapaz e aquela era a primeira coisa que lhe escapava pela boca? Que raio de estupidez!
_ Hum… - Ela pestanejou, admirada por o rei da escola ainda lhe dar trela – Ai sim? – Sim… parecia. Então ele aproximou-se um pouco e Hinata sentiu os lábios quentes encostados á sua orelha. – Enquanto tu gaguejas.
O seu tom monótono e absolutamente robótico tinha mudado para uma voz tão sedutora que ela quase ia desmaiando ali mesmo. O seu hálito aqueceu-lhe o ouvido e ela corou violentamente.
_ I-isso não é v-verdade! – Ups… afinal era. Porra, estava em maus lençóis.
De repente o seu corpo foi esborrachado contra do dele e Hinata prendeu a respiração, ciente de que sentia todos os músculos duros encostados ao seu peito. Uma coisa molhada tocou-lhe na orelha e a Hyuga estremeceu.
Ah… mais um pouco e acabaria sem sentidos ali mesmo.
_ Devias para com o que fazes. – Ela paralisou a ouvir o timbre baixo dos sussurros do rapaz, enquanto os lábios desciam da orelha para o pescoço – Seguir-me e observar-me não te irá levar a lado nenhum a não ser a morte. Segue a tua vidinha e deixa a minha. É um aviso, devias levá-lo a sério. Como é que um ratinho como tu poderia apanhar-me?
Ela sentia o sorriso de malícia que ele esboçava encostado á sua pele. Reprimiu um guincho quando a língua dele passou mais uma vez pela sua pele antes de ser liberta daquele abraço. Estava consciente que o seu rosto deveria estar em chamas.
Aquele sorriso malicioso continuava lá. Como é que ele sabia? Hinata sempre fora tão cuidadosa quando o espiava e o estudava. Sempre tinha mantido todo o cuidado para não ser detectada.
Lançou-lhe um ar de desafio.
Não poderia apanha-lo, hein? Isso é o que iriam ver!
_ O teu amigo tem razão. Os teus dotes são maiores que os da Sakura.
Com aquilo ele virou-se, colocando as mãos nos bolsos e Hinata levou os braços ao peito, corando ainda mais. Filho da mãe! Era um tarado de primeira!
_ Adeus ratinho.
E deixou-a ali sozinha, corada e á beira do desmaio.
Que raio de primeira conversa.
Ela parou o carro em frente de uma enorme e bela mansão. Vários policias e curiosos rodeavam o edifício, falando entre si. Hinata franziu o sobrolho, calculando que algo grande tinha acontecido.
O bordel Rogue era o mais famoso e prestigiado do ramo. Hinata sabia bem que as meninas que lá trabalhavam eram as de melhor qualidade, não aquelas rascas cheias de doenças que andavam pelas esquinas. Pelo menos tinha sido o que Sai lhe dissera um dia qualquer.
Suspirando sonoramente, Hinata abriu a porta, acabando por bater com a cabeça ao sair do carro visto que a sua atenção não era muita. Estava cheia de sono.
Praguejando contra tudo e todos, a Hyuga fechou a porta do carro, massajando a testa dorida. Começou a caminhar, mostrando o seu distintivo a todos os imbecis presentes que lhe lançavam olhares de dúvida.
Reconheceu um belo e elegante carro preto que estava estacionado ao lado de outros da polícia, que eram pobrezinhos ao lado daquela maravilha da tecnologia humana. Mas também, qualquer homem parecia de fraca qualidade quando era comparado com o dono daquela máquina.
Com um minúsculo sorriso, Hinata aproximou-se do carro preto, batendo no vidro do condutor com suavidade.
A porta do maravilhoso carro abriu-se e outro ser maravilhoso saiu de lá de dentro.
Hinata ás vezes perguntava-se se o seu parceiro não deveria ter envergado uma carreira de modelo ou actor. Faria sucesso.
Pois ali estava ele, belo, misterioso e frio. O seu antigo ídolo (E continuava a ser, secretamente) Uchiha Itachi.
O detective tirou os óculos do seu rosto, revelando os seus dois olhos negros, que a observavam com desaprovação.
_ Finalmente. – Disse num tom aborrecido, antes de a analisar bem – Estás uma merda.
_ Bom dia para ti também. – Começaram a caminhar em direcção do bordel lado a lado – "Despacha-te, ou enfio-te algo não muito agradável pela goela abaixo" hum… não me parecem palavras ou gestos apropriados para um homem do teu estatuto. – Resmungou a Hyuga, absolutamente mal humorada pela noite mal dormida – E que objecto seria esse, se me á permitido saber.
Pelo canto do olho, ela viu-o sorrir maliciosamente. Por momentos ficou hipnotizada pelo longo e brilhante cabelo escuro do homem cinco anos mais velho. Era uma vergonha, mas ela tinha uma paixoneta por aquele cabelo… era tão liso e sedoso. Apetecia-lhe arrancar-lho e colocá-lo na sua cabeça. Coisa que seria ligeiramente nojenta…
_ É melhor não saberes. – Disse Itachi num tom matreiro e Hinata franziu o sobrolho – Uchiha Itachi e Hyuga Hinata, Anbu. – O seu tom tinha ficado autoritário enquanto ele mostrava o distintivo a um novato qualquer.
_ Afinal qual é o caso? – Perguntou Hinata enquanto eles caminhavam pelos corredores brilhantes e simpáticos do bordel.
_ Uma das melhores prostitutas da cidade foi morta brutalmente ontem á noite. – Itachi mostrou o seu distintivo a mais uns quantos polícias de níveis mais baixos – Ontem era o seu dia de folga, não tinha clientes. – Olhou-a para ver se ela absorvia toda a informação – Como sabes elas vivem aqui.
A Hyuga anuiu seriamente, franzindo as suas sobrancelhas escuras.
_ Pelos vistos a nossa querida Sasame trabalhava em dois locais. Prostituía-se aqui e era empregada de mesa no bar das Serpentes. Temos muitos suspeitos, minha querida amiga.
_ Mas porque haveria ela de trabalhar num bar? As mulheres neste local ganham mais numa hora do que eu em três meses.
_ É verdade. Mas segundo as suas amigas ela estava a ajudar um amigo qualquer lá no bar.
_ O bar das serpentes é muito famoso.
_ Pois é. Queres ir lá beber um copo um dia destes?
_ Depois. Temos um corpo para observar, não é?
Ele sorriu-lhe ligeiramente antes de tomar novamente aquela mascara fria e autoritária. Caminharam por entre mais corredores e portas, ouvindo choros tristes de mulheres que lamentavam a perda da sua amiga. Hinata sentiu um laivo de pena, olhando para o chão.
Algumas daquelas mulheres eram apenas raparigas com idade para ainda andarem a estudar. Porque se metiam em tal vida? Que problemas poderiam causar a necessidade de arranjar dinheiro em tais condições e maneiras? Elas eram só miúdas. Mal começaram a viver a vida.
Suspirou, passando as mãos pelo seu cabelo curto. Sentia o cheiro da morte, estava cada vez mais perto á medida que ela caminhava até a uma porta guardada por um jovem policia de ar adoentado.
Itachi mostrou-lhe o distintivo e o jovem anuiu, abrindo a porta mas sem olhar para o quanrto, como se tal visão o enojasse.
Hinata respirou fundo e entrou, apenas para esbugalhar os olhos, horrorizada.
Santa mãe de Deus.
Wee! História nova!
Não sei qual das minhas histórias é a mais tarada. Se esta, se a "Cor do Gelo", se "A nona Peça", se é "Scar"… ^-^ seja qual delas for, aprecio escreve-las todas.
Desculpem lá estas coisas fracotas de polícia. Não estou dentro do assunto e policiais nunca foram o meu género.
^3^ Obrigado pelas ajudas que me deram, fico muito agradecida e espero que continuem a ajudar.
Bjs!
Evil
P.s Se forem leitores de Lacrimosa, é para afirmar que aquilo já está em acção outra vez. O sexto capítulo foi reescrito e reposto e o sétimo vai a caminho. Vão notar que as diferenças são consideráveis, por isso não deixem andar, sim?
Obrigado pela atenção.
