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Como vão vcs. Essa é a minha primeira fic e eu adorei fazer ela. Boa leitura.

Espero que gostem.

Há muito tempo atrás, antes de o Imperador unificar nossa terra, os humanos viviam em guerra com os youkais. Entre os youkais existia aquele que era o mais forte de todos, aquele que nenhum youkai se atrevia a enfrentar. Ele era chamado de Grande Youkai Lobo e era quem comandava todos os youkais. Por causa dele os youkais estavam organizados em um grande exército enquanto os humanos estavam divididos. Era unânime entre os comandantes humanos que se o inimigo estivesse espalhado como já estivera antes seria mais fácil exterminá-lo.

O braço direito do Grande Youkai, e seu tenente, era um youkai gato. Diziam que a força dele e de seu general eram iguais, e que ele conseguia se infiltrar em fortalezas que eram impenetráveis.

Entretanto um dia o Grande Youkai apaixona-se por uma humana, uma aldeã. Os comandantes humanos pensaram então em se aproveitar dessa situação, usando a menina como pretexto para criar um acordo de paz. O Grande Youkai aceitou o acordo e com ele grande parte dos youkais, mas seu tenente não concordava com esse acordo. Então depois de várias discussões o youkai gato se separa do Grande Youkai levando consigo metade do exercito, eles se isolaram numa parte de terra expulsando todos os humanos de lá.

Com exceção da área tomado pelo youkai gato, a paz se instaurou sobre nossas terras e pela primeira vez humanos e youkais começaram a viver em conjunto. Mas os humanos começaram a temer que isso em breve terminasse afinal os youkai vivem milhares de anos a mais que os humanos, então o que aconteceria quando ela morresse? Eles tinham medo que depois da morte da menina o Grande Youkai voltasse a reunir seu exercito continuasse a matar humanos.

Os comandantes humanos se reuniram e arquitetaram um plano para derrotar os youkais agora que estavam dispersos e divididos. Eles sabiam que teriam que primeiro dar um jeito nos dois comandantes, pois sem eles os youkais perderiam sua unidade já fragilizada.

Porém eles sabiam que não conseguiriam vencer os dois se lutassem justamente por isso, primeiro eles juntaram um pequeno exercito de sacerdotes, pequeno o suficiente para manter em segredo, mas grande o bastante para selar os dois lideres um de cada vez. Assim eles moveram esse exercito para perto da área dominada por youkais e encurralaram o youkai gato quando estava sozinho. Não conseguiram lacrá-lo por completo, mas conseguiram lacrar a maior parte de seu poder.

Eles então usaram a pobre e ingênua menina para atrair o Grande Youkai Lobo para uma armadilha em um antigo templo. A tola menina faz exatamente o que os comandantes mandam e os sacerdotes conseguem lacrar o Grande Youkai para sempre no templo, e os youkais começam a ser exterminados de nossa terra. Aqueles youkais de nível mais baixo conseguem se esconder entre os humanos, mas os outros que não são mortos têm que se esconder nas terras não habitadas.

Depois disso nossa terra entrou em um período de mudanças e foi nesse período de mudanças que um homem chamado Yamato unifica os vários estados da nossa terra sob um único Imperador. Por causa disso a historia dos youkais foi esquecida ou tratada como lenda.

Dizem que os dois youkais lacrados ainda procuram um jeito de acabar com seus lacres, o youkai gato vagando pelo mundo e o Grande Youkai trancado em seu templo.

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Guerra de demônios. Cap. 1: A desconhecida historia.

-MARIE!!- a menina de cabelos loiros que iam até a cintura, pele bem branca com sarnas nas maçãs do rosto, levou um susto tão grande que saltou da cadeira em que estava e deixou cair o livro que estava lendo. - Mas será que você pode me escutar pelo menos uma vez?

Marie se abaixou para pegar seu livro, tinha dez anos, mas quem quer que visse ela diria que tem seis anos. Quando voltou a se levantar o homem que a tinha chamado pode olhar diretamente em seus incomuns olhos, o direito era de um azul gélido quase cinza, mas o esquerdo era um verde tão vivo que parecia ser de uma folha de árvore.

Ela olhou o homem que a interrompeu de cima a baixo, ele tinha um cabelo repicado bem preto o que realçava os poucos fios brancos que ele tinha. Tinha os olhos azuis igual ao seu olho direito, tinha uma aparência bem jovem apesar de já ter dito que tinha mais de oitenta anos.

- Porque eu deveria ouvi-lo?- ela se senta de novo e começa a folhear o livro procurando a parte que tinha parado. – Passei dez anos da minha vida sem parente nenhum e vivendo na França, quando eu já tinha desistido aparece um cara qualquer se dizendo meu avô. Depois me traz para uma ilha na ponta do mundo e quer que eu agradeça é?

-Escute... não quero que me ame como se eu fosse sempre o seu avô, mas pelo menos me ouça - ele fala pegando o livro das mãos dela. Ele olha a capa e lê o titulo – "Contos das guerras youkais" deve estar muito entediada para ler essas besteiras.

-hunp – Marie começa a mexer no cabelo, ela começa mexendo nas pontas e vai subindo até que chega ao seu prendedor de cabelo. Ele tem a forma de uma grande rosa negra e no meio tem uma safira bem escura dando um brilho azulado ao prendedor inteiro. Ela tira o prendedor que estava preso do lado esquerdo da cabeça dela, assim que ela o tira uma franja cai cobrindo seu olho verde.

-Olhe só isso... – Ele passou os olhos vagarosamente pela sala em que estavam, seria bem espaçoso se não fosse pela montanha de caixas que estava no meio da sala. Tinha apenas uma caixa afastada dessa montanha: a caixa de livros que estava do lado deles. – Já se passou uma semana e você nem arrumou suas coisas ainda.

-É por que eu não vou ficar aqui por muito tempo. Logo o monsieur Jean vai me levar de volta para a França. – Ela falou com alegria

-Será mesmo?

- Quoi?(o quê?)

-Acontece que o 'monsieur Jean' me deu permissão para trazê-la aqui. Isso significa que agora eu sou seu tutor legal.

-Non! Monsieur Jean nunca faria isso comigo!! Ele é um gentleman!- Ela arranca o livro das mãos dele e anda até uma porta de vidro que dá a um jardim que está muito mal cuidado e cheio de ervas daninhas. Marie olha para seu reflexo no vidro sujo enquanto fica abraçada com o livro e seu prendedor.

-Bom, pois eu acho que ele fez isso de muito bom grado! Sinceramente parecia até que tinha ficado feliz com a sua partida. – Ele falou com um sorriso no canto da boca, como se divertisse com a reação da menina.

-IDIOT!(idiota – acho que esse não precisa de tradução XD)- ela joga o livro nele e acerta bem na cabeça, depois se vira, abre a porta de vidro com violência e já com lagrimas escorrendo pelo rosto corre para fora.

-Que criança problemática!- o velho fala massageando a cabeça enquanto pega o livro no chão. Quando ele ergue o livro cai uma antiga fotografia. Quando a ele pega vê uma bela mulher em seus vinte anos, tinha cabelos soltos e dourados do mesmo tom de Marie, ela estava usando o mesmo prendedor de cabelo do lado esquerdo da cabeça para prender a franja, do mesmo jeito que Marie o estava usando. Ela sorri para o fotografo com seus olhos verdes brilhantes de alegria, ao fundo da paisagem se encontra a torre Eiffel. - Ela é realmente sua filha Anne! Herdou seu temperamento. – ele suspira indo em direção a porta de vidro – Queria que estivesse aqui. Não sei se consigo cuidar dessa criança sozinho. – ele sai e olhando para o jardim percebe que ela pulou a cerca viva ao ver um pequeno buraco na cerca mal cuidada. – Yuki, meu caro, você já está muito velho para caçar crianças pelas árvores. – Ele pensa um pouco. - Mas acho que se eu não for é capaz de ela não voltar.

Ele começa a andar entre as árvores que sobem o pequeno morro que tem detrás da casa seguindo o caminho que Marie abriu entre os arbustos.

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-Jean ne serait pas le faire pour moi! Jamais!(Jean não faria isso comigo! Nunca!) – Marie corre abrindo caminho por entre os arbustos até que chega a uma escadaria. Ela para e se senta nos degraus e olha para o céu entre as árvores. Sua vista está embaçada por causa das lágrimas então ela pega um pequeno lenço azul no bolso de seu vestido para enxugá-las. Ela olha para a barra de seu vestido, esse é seu vestido preferido. É um vestido de alça com um pequeno decote, ele era azul bebê com pequenas ondas desenhadas na barra. Muito parecido com o vestido da mulher na foto que ela sempre carrega consigo.

"Pensando bem, onde está aquela foto?" ela pensa enquanto esvazia os bolsos. Ela tira um relógio de bolso prata com um cavalo desenhado em alto relevo, grampos de cabelo, uma liga de cabelo azul, um saquinho com erva de gato, e um pequeno espelhinho. De repente ela se lembra de algo.

-Droga! Eu estava usando como marca pagina. - Ela se levanta recolocando tudo de qualquer jeito nos bolsos e voltando pelo mesmo caminho que chegou. – Se aquele velho fizer algo com a foto da minha mãe eu...

-Você, o que? – Marie toma um susto quando vê Yuki sair de trás de uma árvore. – Não ensinaram a senhorita a dobrar a língua lá na França?

A loira simplesmente encara o velho mantendo seus olhos bicolores fixos nos olhos dele. O contato visual só é interrompido quando a menina ouve um pequeno miado.

-Gatinhooooo!! – A fisionomia antes séria da menina se transforma completamente assim que ela olha para o filhote de gato que soltou o miado. Ela tira o pequeno saquinho de erva de gato, e tira apenas um pouquinho. Yuki apenas olhava intrigado enquanto Marie estendia a mão com a erva em direção ao gato.

Hesitante o gato se aproxima da mão dela cheirando o conteúdo e devagar ele começa a se esfregar na mão dela. Marie tranquilamente pega o gato no colo e passando direto por Yuki ela vai em direção a casa.

Yuki não conseguia explicar a mudança repentina de humor da menina, ela estava saltitando com o gatinho enquanto no momento anterior estava amaldiçoando o mundo.

-Isso vai me dar muito trabalho. – ele olha para a foto em sua mão. – Me diga Anne, porque essas coisas sempre caem na minha mão. – Ele fica em silêncio enquanto anda e encara a foto. – Tem razão. Eu sou o maior culpado aqui.

-Ei! Não pense que pode ficar com a foto da minha mãe! – Marie fala sentada no chão do jardim com alguns pedaços de peixe seco na mão, uma parte dos pedaços estavam no chão onde o gato comia muito satisfeito.

-Não faça isso! Se der comida a esse gato ele vai voltar mais vezes!

-Quem disse que vou mandá-lo embora? Não é Pietro? – Nessa hora o gato dá um miado como que concordasse.

-Pietro?

-oui (sim)! É o nome dele! – Marie parecia muito satisfeita consigo mesma.

-Espere não dei permição para criar um gato aqui!

-Eu não pedi mesmo. Afinal você nem vai morar aqui. Se não posso voltar para a França então que eu tenha pelo menos alguma companhia. – Ela ouve Pietro miar um pouco e dá o resto do peixe para ele. – Pietro, amanhã vamos comprar uma cestinha para você dormir.

-Ei! Amanhã é seu primeiro dia de aula!

-Não sei! Talvez eu nem vá. Disseram-me que as escolas japonesas são chatas.

-Haa! – Yuki se deixa cair na grama. – Mas será que você é igualzinha a sua mãe? – Os olhos de Marie brilham com esse ultimo comentário.

-É mesmo? E como era ela? – Yuki sente que pela primeira vez tem a completa atenção da menina. "Isso é um avanço." Ele pensa esperançoso.

-Ela era uma mulher incrível! Tinha um temperamento muito forte tenho que dizer. Sempre que queria alguma coisa ela ia pra cima com tudo, não tinha muro que a impedisse. Sua mãe vivia discutindo com seu pai, ela não gosta que digam que ela estava errada e seu pai vivia dizendo que ela estava errada. Na maioria das vezes ela estava certa, mas seu pai gostava de desafiar sua mãe, achava divertido as reações dela. Os dois viviam brigando. – Ele fez uma pausa para olhar nos olhos dela. Marie estava imóvel e respirava o mais silenciosamente para não perder uma palavra. – Eu me lembro de uma vez que sua mãe brigou com seu pai porque ela dizia que tinha devolvido o livro para a biblioteca, mas seu pai dizia que ela não tinha devolvido ainda e se não devolvesse logo teria que pagar multa. Hehe! Ela achou o livro em cima da mesa no dia seguinte. Seu pai colocou o livro lá para que ela não se esquecesse de devolvê-lo. – Ele parou um pouco para tomar fôlego.

-E então? O que a mamãe fez? – Marie perguntou impaciente.

-Ela fez o que sempre fazia para pedir desculpas para seu pai. Ela sentou em silencio do lado dele e esperou ele dizer "eu não disse?" e então ela falava "desculpe" e eles ficavam em silêncio o resto da noite. – Ele olha para o céu e vê que já está escurecendo. – Bem, acho que está na hora de você entrar. Eu tenho que ir para a cidade, vou trabalhar amanhã cedo. – O rosto da menina volta à expressão fria e indiferente de antes. "Talvez com o tempo." Ele pensa. – Vá para a escola amanhã. – Ele não recebe resposta da loira que agora brinca distraída com Pietro. – Vá para escola amanhã e mando você para a França nas férias. Um brilho passou pelos olhos dela, mas a expressão não se modificou. Significava que ele estava quase lá. Levantou-se deixando a foto na frente dela e saindo do jardim pela mesma porta que Marie saíra correndo antes. Quando ele começa a entrar na casa a ouve falando.

-Meu pai. – Por um momento ele não entende do quê ela está falando. – Quando você voltar próxima semana, você fala do meu pai. – Ele sorri de canto.

-Se você quiser... – ela levanta um pouco a cabeça. - ...Mas acho perda de tempo falar de covardes imprestáveis.

-Entendo. – Foi a ultima coisa que Yuki ouviu Marie falar antes de ir embora.

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Primeiro capitulo ON (pulando de alegria)

Gente nem acredito que é primeiro capitulo da minha primeira fic.

Está meio curto (2514 palavras XD) mas é porque é só uma introdução.

Como podem ver colocarei algumas frases na língua natal de nossa linda Marie (adorei esse nome) e de vez enquanto pode haver saltos temporais mas serão devidamente explicados ao longo da historia.

Sejam bonzinhos com essa escritora novata e deixem reviewns, uma critica construtiva (ou não XD) é sempre bem vinda.