Hetalia © Himaruya Hidekaz, mas eu exijo Portugal pra mim.
Brasil abriu os olhos lentamente, observando os traços claros que se mexiam no teto do quarto.
A luz pouco entrava no recinto, tapada pelas persianas escuras, mas era perceptível que, no mínimo, a manhã já ia alta. Passou a mão pelo rosto, numa tentativa de ficar mais desperto. Não que precisasse, de fato, pois sabia que era domingo. Provavelmente iria passar a tarde comendo um churrasco e assistindo a qualquer jogo do Brasileirão que estivesse passando na Globo, ou...
Olhou para o lado, procurando pelo relógio em seu pulso, mas lembrou-se de que havia tirado-o na noite anterior ao dar com o emaranhado de cabelos loiros que se encontrava sobre o travesseiro à sua direita.
Sorriu.
Ver a expressão despreocupada e quase, quase de inocência no rosto adormecido do argentino sempre era, para ele, um bom lembrete de que este não era tão rabugento e cheio de respostas prontas como freqüentemente costumava ser.
O moreno então afastou os lençóis e levantou-se, a fim de abrir as cortinas. Antes que pudesse alcançá-las, no entanto, ouviu barulho de pano sendo remexido e sentiu uma mão agarrá-lo pelo pulso.
Argentina estava encarando-o, recém-acordado, olhos verdes semicerrados.
– Ai de você se abrir essa cortina – falou, a voz falhando em sair autoritária devido à óbvia sonolência.
– Bom dia, hermano – o brasileiro respondeu, abrindo um sorriso mais uma vez. – Não que eu queira ser estraga-prazeres, mas apesar de ser domingo, já passa das onze.
O loiro apenas continuou a olhar para ele, dessa vez com uma expressão azeda, e estreitou ainda mais os olhos.
– Ah, por favor, Brasil. Não venha me dar uma de pontual, si? – afastou alguns fios de cabelo do rosto e resmungou baixinho alguma coisa em espanhol que o outro não conseguiu compreender. – Ahora, venha logo para cá antes que eu me arrependa de insistir nisso.
Ele apenas sorriu, dessa vez mais ternamente, e não tardou a fazer o que lhe havia sido dito. Acomodou-se na cama, cobriu-se com o lençol fino e deitou virado para a direita, tocando o rosto levemente corado do outro.
– Você podia ser mais carinhoso, sabia? – murmurou, agora acariciando-lhe os cabelos desgrenhados.
– E você devia aprender a hora de ficar quieto – Argentina respondeu, antes de esconder o rosto no espaço entre o pescoço do moreno e o travesseiro.
Não demorou muito para que Brasil sentisse o argentino adormecer contra si, assim como acontecera algumas horas antes. E ao que ele próprio também fechou os olhos, não pôde evitar pensar que aquela, com certeza, era uma maneira melhor de passar o domingo do que assistindo ao Domingão do Faustão.
[N/A] Old stuff is old, sério. Fluff Br/Arg básico e... só.
Reviews e eu te amarei pra sempre. Ou não. :D
