oooooooooi gente! achei esse bebê guardadinho aqui na minha pasta de fanfics. escrevi essa short fic tem uns bons seis meses, decidi dividí-la com vocês (:
Inspirada na musica "Breath Me", da Sia. espero que gostem.
enjoy it!
Capitulo 1
Eu respirei fundo, sequei as lágrimas pela milésima vez ao que parecia naquela noite, e mordendo os lábios com força impedi que uma nova rodada de choro irrompesse, me fazendo perder as forças.
Alice estava certa; cá estava eu chorando mais uma vez por alguém que nem deveria mais lembrar que eu existo. Mas meu coração, ou o que sobrou dele, se recusava a parar de doer e minha insistia em relembrar imagens de dias que já foram felizes e que hoje não passavam de uma lembrança dolorida.
Sacudi a cabeça tentando clarear as ideias. Jacob foi o maior babaca da história da terra. E eu fui mais idiota ainda por confiar em alguém tão baixo, cruel e egoísta. Eu me perguntei mais uma vez porque eu chorava; depois de um longo mês enfiada em minhas cobertas sem falar com ninguém, afundada em minha própria tristeza, tudo que eu sentia por ele era ódio. Ódio por ter acreditado nas palavras dele, ódio por ter me deixado enganar quando a verdade estava na minha cara. E uma mágoa por ter perdido meu melhor amigo para uma vagabunda que teve a cara de pau de admitir que só queria usá-lo.
Levantei da cama, prendendo meu cabelo e esfregando o rosto no meu pijama favorito do ursinho Pooh. Fui até o banheiro e joguei uma agua no rosto tentando amenizar os olhos vermelhos e inchados do choro desnecessário. A imagem no espelho refletia uma Bella pálida, com olhar vazio e olheiras profundas. Alice estava certa mais uma vez, isso não estava me fazendo bem! Eu precisava dar um jeito na minha vida e seguir em frente, mesmo que fosse difícil. Voltei para o quarto um pouco melhor, mais aliviada depois de chorar por horas. O relógio marcava 02:45 a.m., mas não o sono não vinha – não era novidade; a insônia já se tornara minha companheira mais próxima. Mas ainda não se comparava a solidão, o que mais me machucava. Eu não era uma pessoa de muitos amigos e amava os poucos que tinha, eram como minha família.
Jacob era meu melhor amigo, meu confidente, companheiro de bagunça, segredos, e tudo que você pudesse imaginar. Com toda convivência, acabei me apaixonando por ele. Não é que eu não soubesse como Jacob era; adorava bancar o bad boy pegador, encantando todas as garotas por onde passava. Mas eu insisti em manter uma esperança idiota de acreditar que ele seria fiel enquanto estivéssemos juntos. E ele me fazia acreditar que era exatamente assim.
Como se não fosse possível perceber o quanto aquelas vadias davam em cima dele descaradamente. Eu sabia quem era e não precisava ser muito inteligente pra ver como Jéssica, Lauren, Irina e a pior de todas, Tanya, se jogavam para cima dele. Eu fingia não me importar pra evitar brigas e discussões, mas estava cada vez mais impossível me fazer de idiota quando o próprio Jacob retribuía as investidas delas.
Argh. Eu não queria mais pensar nele nem em suas amiguinhas vagabundas. Esperava que todos fossem para o inferno e me esquecessem do mesmo modo que eu os esqueceria. Já tinham se passado mais de cinco meses que Jacob simplesmente sumira de minha vida, sem me deixar qualquer recado ou lembrança, me deixando inconsolável por todo mês frio de dezembro.
Tudo o que eu queria agora era esquecer e me distrair; cuidar de mim, me valorizar e dar um tempo a meu coração. Hoje, 2 de junho de 2011, eu iria deixar New York e passar um tempo em Forks, minha cidade natal, junto com meu pai.
Bom, só as férias de verão, já que em setembro eu enfim começaria a cursar Publicidade na NYU; meu sonho era abrir minha própria agência de publicidade, ser a chefe de um trabalho que eu sonho desde os 10 anos de idade.
Remexendo na bagunça de lençóis e travesseiros que eu chamava de cama, achei meu celular e liguei para o primeiro numero na discagem rápida.
- Eu realmente espero que você não tenha me acordado às três da manhã chorando por aquele filho da puta mais uma vez. – Alice atendeu no segundo toque.
- Ei, Allie, eu, er... Eu decidi que vou viajar. – falei ainda meio incerta da minha decisão.
- O QUÊ? – ela gritou insuportavelmente, me fazendo afastar o celular do ouvido. – COMO ASSIM ISABELLA MARIE SWAN? VIAJAR PRA ONDE? SÃO TRÊS DA MANHÃ! VOCÊ PIROU, NÃO FOI?
- Alice, será que dá pra me ouvir? – tentei interromper o chilique do outro lado da linha.
Alice respirava tentando se acalmar e eu tentei controlar a risada.
- Você tem dois minutos pra se explicar antes que eu saia do jeito que estou com baby doll da Marie e tudo e vá até sua casa te dar uns tapas.
- Alice, tenha calma ok? – continuei quando ela decidiu não me interromper mais. – eu pensei que seria... Saudável viajar um pouco, respirar outros ares, espairecer um pouco. Então vou aproveitar as férias de verão e passarei um tempo com meu pai, em Forks.
- Em outra ocasião eu choraria e imploraria para minha melhor amiga passar as férias junto comigo, mas acho que vai te fazer bem ir pra longe daqui. Só me prometa que vamos nos falar todos os dias?
- Allie, eu não vou agora correndo tá? Eu ainda tenho que ligar para meus pais, reservar passagens, enfim. Devo viajar lá pelo fim da tarde, vem me levar até o aeroporto?
- Eu não vou te responder isso. Vá arrumar suas malas que eu vou voltar a meu soninho de beleza. Até mais tarde lovely, eu te amo.
- Tchau duende cor de rosa – eu ri e desliguei o celular.
A próxima coisa a se fazer era ligar para meus pais.
Minha mãe Renné morava com o namorado Phil em um apartamento perto do meu. Foi uma das razões pelas quais eu decidi vir morar em New York; a outra foi Alice, claro. Meu pai Charlie era o chefe de polícia de Forks, uma pacata cidadezinha no noroeste de Washington. Uma cidade tão pequena em que absolutamente todos se conhecem e novidades são motivos de cochichos. Eu passei minhas férias lá até os quinze anos, quando então me mudei para New York. Antes disso morei em Phoenix com a minha mãe. Quando ela conheceu Phil e ele foi transferido de empresa nós nos mudamos para NYC.
Em setembro passado no meu aniversario de 18 anos, minha mãe e Phil me deram esse apartamento de presente. Era lindo, com dois quartos, vista para o Central Park e decorado do jeito que eu gosto. E desde então eu moro só. Jacob costumava dormir aqui comigo, mas isso faz tempo.
Ainda era madrugada e ligar para meus pais essa hora iria alarmá-los – deus sabe o quão dramática Renné podia ser, uma verdadeira DramaQueen. Nessas horas eu agradecia por ser parecida com Charlie; puxei a meu pai com o jeito mais tranquilo, menos impulsivo, totalmente contraria a minha adorável mãe. Decidi então comer alguma coisa e ver um pouco de TV, fazia tempo que eu não assistia minhas séries favoritas, estava completamente desatualizada.
Preparei um Cup Noodles e peguei uma latinha de suco de pêssego na geladeira; mais uma vez tinha que agradecer a Alice por não me deixar morrer de inanição naquele mês tenso. Era ela quem me forçava a enfiar alguma coisa goela abaixo. Joguei-me no enorme sofá, ligando a TV e procurando alguma coisa decente para assistir enquanto comia meu macarrão. Encontrei um terror daqueles bem ridículos e resolvi me divertir um pouco. Dei muitas risadas e tomei vários sustos, no fim até que foi legal. Quando o filme acabou coloquei em Grey's Anatomy, já havia assistido aquele episódio, mas resolvi me aconchegar no sofá e assistir assim mesmo.
Quando acordei a luz do sol batia em meu rosto, ofuscando minha visão. Uau. Eu tinha conseguido dormir direito depois de todo esse tempo. Um estranho sorriso brotou em meu rosto com a sensação de descanso que me invadiu, fazia séculos que não me sentia bem. Bom, não totalmente bem, mas melhor do que antes. Catei as coisas espalhadas na sala e rumei ao banheiro para um bom banho revigorante. A Bella do espelho parecia bem menos abatida, as olheiras menos marcadas, o rosto menos inchado do choro, mas ainda sim com um olhar apagado.
"um dia de cada vez.", suspirei comigo mesma.
Uma ducha morninha, meu shampoo de morangos e óleos pós-banho me fizeram sair do banheiro um pouco melhor. Ainda enrolada na toalha, dei uma ajeitada na cama e pus meu celular para carregar.
Uma lingerie básica de algodão, jeans e camiseta leve para enfrentar o longo dia que seria hoje. Hora de ligar para mamãe.
Quase uma hora inteira para convencer dona Renné, que tentou usar do argumento das minhas ultimas férias de verão antes de faculdade, e que eu as deveria passar com ela. Acabei tendo de apelar dizendo que não via o papai há três anos e que ela estava sendo egoísta, e então ela cedeu. Charlie mal conseguia disfarçar a alegria na voz quando eu perguntei se podia passar alguns dias com ele e quando perguntei se poderia ir hoje mesmo a noite, ele quase bateu o telefone em minha cara para arrumar a casa. Eu ri comigo mesma, Charlie mesmo distante era um pai muito atencioso.
Liguei meu iPod na caixinha de som que ganhara de Alice no Natal – eu era uma péssima amiga, Alice ficou o tempo todo do meu lado e eu jamais havia feito nada para retribuir – e cantei todo cd da Katy Perry enquanto arrumava as malas.
Alice chegou com a comida chinesa para o almoço e me ajudou a arrumar o resto das coisas. Tentei convencê-la a ir comigo, mas ela já tinha outros planos – que se recusou a me contar – mas me fez prometer de novo que nos falaríamos todos os dias e contar todas as novidades que acontecessem por lá.
Eu tive que rir com essa; novidades em Forks? Mas provável chover no deserto.
Ás 05:15 p.m. eu embarca num avião rumo a Seattle, já que Forks nem aeroporto tinha. Minha mãe, Phil e Alice vieram me trazer no aeroporto e depois de rios de lagrimas das duas pessoas mais dramáticas que já conheci, entrei no avião pedindo a deus para que minha vida melhorassem um pouco.
-xx-
Bella muito tristinha, tadinha. esse Jacob é um pnc (vocês sabem o que eu quis dizer rs), mas não se preocupem, ele não vai atazanar mais ela.
como eu disse, é uma short fic, já está completa e eu vou postar um capitulo por dia. são seis capitulos e um epílogo. então é isso. comentem muito e me deixem saber o que vocês estão achando. beijos!
Ah, e pra quem acompanha One More Night In New York, essa semana tem capitulo com PDV Tyler!
