Essa é a história de Isabella Swan. Isabella hoje com 17 anos sofre com os segredos de três anos atrás, quando sem querer, ou não, ela e sua prima Alice Cullen mataram sua melhor amiga Rosalie Hale.


Três horas da manhã.

Tic. Tac. Tic. Tac.

A droga do relógio não parava de fazer barulho. Isabella estava quase o pegando e jogando-o longe.

Hoje fazia exatamente três anos que Isabella havia matado Rosalie. Talvez fosse esse o motivo de não conseguir dormir. Talvez não, esse era o motivo da insônia. Será que Alice também sentia isso? Essa culpa que a assolava?

Suspirou.

Não dormiria. Era certo.

Levantou e foi até sua janela observar o céu. Quando seus olhos abaixaram-se por um momento e fitaram a escuridão das árvores, Isabella pensou ter visto cabelos loiros ali. Rapidamente. Apenas por um único momento.

"Estou ficando doida" pensou e saiu de perto da janela.

Suspirando novamente foi ao banheiro e abriu o armário. Pegou qualquer remédio que a fizesse dormir e engoliu.


Névoa cobria o chão. O céu era estrelado e a lua cheia tomava seu lugar. Ela estava a vendo. Ela viu quando Isabella a matou. Ela a viu matar a melhor amiga.

Ouvia barulhos de gotas caindo. O barulho vinha de sua mão direita.

Sangue escorria e pingava no chão. Um por um. Como um compasso de um músico. Em um ritmo as gotas caiam. O barulho dos pingos eram alto, talvez fosse para lembra-la que ainda estavam ali, talvez fosse para lembra-la que aquele sangue não era dela. Talvez fosse para lembra-la que em sua mão esquerda estava a pá que usara para mata-la.

Seu nome era ouvido ao longe. Quem a chamava? Sentia-se confusa.

Um vulto pequeno estava em sua frente e tentava chama-la.

- Bella. Rápido, precisamos sair daqui.

Então foi tudo automático. Em um piscar de olhos já estava nos fundos da casa da sua tia Ella Cullen, junto com sua prima Alice.

- Precisamos voltar. – Disse.

Alice a olhou como se estivesse louca, talvez ela estivesse.

- Você está louca? Não podemos, vão nos prender.

- Ela precisa de nossa ajuda. Se não for comigo eu não me importo. Vou sozinha. – Em um surto de coragem Isabella foi para a trilha que conhecia mesmo no escuro. Afinal era por ali que se escondia quando ouvia seus pais brigando, era por ali que corria para o colo de sua melhor amiga.

E agora ela está morta.

Isabella a matou.

Alice não poderia deixa-la ir sozinha. Foi atrás de sua prima mesmo a julgando louca.

Isabella esperava encontrar Rosalie ainda deitada no mesmo lugar em que a deixara ou então luzes de uma viatura de policia em seu quintal, mas não.

Não havia nenhuma luz de viatura.

Também não havia nenhum corpo ali.

Mas havia uma única coisa.

Um pedaço de papel branco.

Um bilhete.

Isabella com as mãos trêmulas o pegou.

Manchas de sangue em meio a mancha de caneta.

Seu corpo gelou ao ler as palavras ali.

"Da terra ela veio e para a terra ela voltara... Mas não sem você."

A lua cheia tomava seu lugar no céu. A lua era a testemunha do que havia acontecido ali.

Não só a lua.