E aí, beleza?

Então, estou aqui com mais uma one-shot, dessa vez respondendo uma das perguntas que mais importantes no Retorno. Aviso de spoiler para quem ainda não leu a fanfic Beyblade: O Retorno. Se tu leu, inclusive a partir do capítulo 86, então... divirta-se.

É sobre como o Voltaire vai sair da prisão? Não!

É sobre desde quando a Dayse é como é? Não!

É sobre o que aconteceu com o Hiro? Quem liga para ele?

Não, é sobre o que caralhos aconteceu no Brasil, logo depois da luta do Charles, quando os Bladebreakers ligaram para o Kai e descobriam que o amigo estava bêbado. Bem, aqui está a resposta.

Avisos: Beyblade não me pertence. Apenas os personagens Carter e Ana foram feitos por mim, então são meus. Menção sobre bebida alcoólica, ou seja, crianças não tentem imitar isso em casa.

Fanfic dedicada a querida Nêssa Hiwatari/Niziye Rammsteiner, por tudo!

O que aconteceu afinal?

Na sede da ALB nos Estados Unidos, Carter olhava várias folhas de papel, a cada coisa que lia era uma bufada irritada e/ou um aceno negativo com a cabeça. Não demora muito, ouve umas batidas na porta.

– Entre. – diz em um tom de voz sério, pois imaginava quem era. Ao abrir a porta, era Kai quem havia chegado.

– Quer falar comigo?

– Sim, sente-se! Já falo com você. – dizia em um tom meio ríspido. Kai estranha, mas nem questiona nada e vai até a cadeira.

Carter andava de um lado para o outro, ainda segurando um papel na mão. Quando ouve outra batida na porta, dessa vez ele abre.

– Entra! – dizia sério para Ana que estava na porta.

– Eita, bom dia pra você também. – adentra no escritório, mas paralisa ao ver Kai ali. – O que tu tá fazendo aqui?

– Te faço a mesma pergunta. – o garoto responde meio curioso.

Carter puxa uma cadeira para Ana, para que pudesse ficar de frente a mesa dele.

– Sente-se, precisamos conversar. – assim que a garota se ajeita, Carter larga as folhas na mesa e olha de jeito sério para o dois.

– Que cara é essa? – Ana pergunta assustada.

– Vocês passaram por problemas no Brasil certo? Por causa do Charles.

– Porque vamos relembrar disso? – a garota fica incomodada com a pergunta.

– Eu sei que foi difícil, mas como vocês dois estão bem, acho que já posso perguntar uma coisa.

Kai olha estranho, pois suspeitava que as folhas que o homem olhava era uma conta.

– O que aconteceu no Brasil?

– Ein? – Ana se faz de desentendida.

– Recebi a conta do hotel hoje. – mostra as folhas, só confirmando as suspeitas do Kai. – O que vocês fizeram que causou um dano de quase 25 mil dólares no hotel em que estavam hospedados?

Os jovens se entreolharam e o nervosismo ficou espantado na cara deles.

– Estou esperando! – Carter olhava os dois de jeito sério.

Kai se endireita na cadeira, até para manter uma postura adequada.

– Por onde começo?

Carter só faz um sinal com a mão como se fosse "por onde quiser".

-X-

Após o final da fase do campeonato do Brasil, a maioria das equipes já haviam deixado o país, mas ainda restavam dois lutadores lá. Depois de uma conversa sobre seu principal algoz, Charles, Kai toma uma atitude inesperada.

– Eu vou me arrepender disso. – Kai se aproxima de Ana. – Vamos.

– Pra onde? – estranha a atitude do outro

– Vamos. – estende a mão.

– Não preciso de ajuda não. – bate a na mão dele e se levanta sozinha. – Vamos fazer o que?

– Não sei, vamos.

Ao saírem da área do hotel, Kai olha para os lados.

– Não conheço nada aqui, sabe algum lugar?

– Sei... – termina o resto da garrafa e joga no lixo próximo.

Não muito tempo depois, eles vão até um bar qualquer, não era muito badalado, na verdade estava um tanto vazio, pelo fato de ser dia de semana. O garçom chega, ambos mostram a identidade e já fazem um pedido, apenas dois copos de cerveja.

– Não precisava fazer isso. – Ana dizia, enquanto olhava fixamente para o copo de cerveja.

– Se te conforta, estou começando a me arrepender. – Kai retruca em um tom sério, arrancando uma bufada irritada da garota.

– Obrigada. – fala em tom de sarcasmo.

– Não é por você, é que... – respira fundo. – Ainda me lembro de tudo o que aconteceu na torre. E te falo disse que nós dois tínhamos culpa, mas não. – toma um pequeno gole. – No final das contas, a culpa é minha.

Ana olha para o Kai.

– Porra! – bate na mesa com força. – Estamos mesmo tentando justificar os atos daquele idiota?

– Como assim?

– Andei pensando, tivemos escolha? Até quando somos os errados nessa história? – pergunta irritada. – Se não fizéssemos nada, ele iria acabar com todos.

– Eu sei.

– Já acabou. – ela respira fundo, enquanto brincava com o copo. – Nada vai mudar e eu não faria diferente.

– É difícil admitir, mas você tem razão. – também olhava para o copo de cerveja a sua frente.

– No final das contas, o filho da puta foi ele! – Ana brada de jeito irritado.

– Verdade. – Kai realmente concordava com as palavras da outra.

Ana pega o copo com mais firmeza e levanta.

– Aproveite o inferno, Charles. – diz como se fosse um brinde.

Kai abre um sorriso, quase invisível, de canto de boca, mas completa o brinde e toma um gole, já Ana toma tudo em apenas uma virada.

– Que isso? – o garoto olha assustado.

– Seja homem, porra. – bate o copo na mesa. Kai só bufa, mas toma o resto da cerveja.

– Que horrível. – diz por causa da temperatura da bebida.

– Não vamos deixar a próxima esquentar. – Ana faz um sinal para o garçom.

-X-

Carter não deixou de se sentir comovido ao ouvir a história dos jovens. Afinal, depois de tudo, lidar com alguém que os ameaçava constantemente não era brincadeira.

– Entendi que vocês ficaram abalados, sinto muito que tenham passado por isso. – mas logo volta a usar um tom de voz mais sério. – Mas e aí?

Enquanto Kai olhava para o teto, Ana olhava para a porta de saída.

-X-

Depois de muitos copos de cerveja e uma cesta de torradas amanhecidas. Ana e Kai saíram do bar e resolveram voltar caminhando até o hotel.

– Posso te fazer uma pergunta? - Ana pergunta em tom meio arrastado. – Qual é o seu problema contra ruivos?

– Como? – Kai não entende a pergunta.

– Primeiro o Alexander, agora o Brooklyn. Eu notei o jeito que ele ficava te encarando.

– Posso confessar uma coisa? – o garoto pergunta para a outra que só faz um sinal de positivo. – O Alexander foi um desafio legal, ele é um babaca... Mas gostei da luta. Agora o Brooklyn, é diferente.

– Como assim? Quem terminou com quem?

– Vai à merda! – fala irritado. – É que, odeio muito aquele filho da puta.

– Isso! – Ana comemora. – Finalmente saiu um palavrão!

– Prefiro enfiar minha cara em um monte de merda do que lutar com aquele desgraçado de novo. – fala em tom irritado. – Ele se achava o melhor, o "talento natural", o escolhido, além do Hiro que batia palmas para o maluco, quando o incentivava.

Ana olha para o Kai, mas sua feição era de que acabasse de descobrir algo chocante.

– O que foi? – Kai pergunta estranhando o jeito da outra.

– É exatamente isso que o porco falava da Sakura!

– Sério?

– Juro pra você! – fica assustada. – To com medo agora.

– Um conselho: saia dessa equipe! – Kai alerta. – Se ela é um "Brooklyn", sai logo.

– Não! – Ana diz irritada. – Elas são minhas amigas e mesmo assim... – quando ia começar a explicar, acha algo mais interessante. – Uh! Um prédio em construção. – esquece do que ia falar e entra no terreno.

Assim que eles entram, Kai fica olhando em volta como se tentasse descobrir onde estava.

– Tá ouvindo? – Kai pergunta olhando em volta, mas o lugar estava um silêncio hospitalar.

– Pensa rápido! – Ana grita em um canto, enquanto joga uma lata de tinta no Kai.

Ao segurar a tampa abre e o banho de tinta é inevitável.

– Seu burro! – Ana grita de raiva. – Era para segurar.

– Você é louca? – limpa a tinta da cara. – Porque quer isso?

– Adorei a cor! – diz empolgada enquanto recolhia o resto de tinta azul que tinha no chão e colocava no balde de novo.

– Isso é roubo.

– Não se eu deixar o dinheiro aqui. – tira algumas notas e deixa no lugar onde tinha ferramentas. – Vamos embora.

Ao chegarem ao hotel, notam que haviam alguns materiais de construção e de paisagismo sendo descarregado.

– Olha lá, mais tinta! – Kai aponta para as latas. – Acho que tem mais azul.

– Mas não é esse azul... – olha para os materiais, ela vê uma escultura de tamanho médio no formato de uma bailarina. – Vou levar para o quarto, vai combinar com o azul.

– Você é acumuladora, mais um pouco vai recolher lixo! – Kai se deita no chão. – Estou com calor.

– Você vai recolher lixo! – abre a lata de tinta e joga nele como se tivesse regando uma planta. – Pronto, a cor é azul água! – abre um sorriso. – Melhorou?

Kai limpou a tinta da cara e respirou fundo.

– Não, vou pra piscina. – se levanta e vai andando. Ana, que levava a bailarina de gesso, vai atrás dele.

– Que vacilo! – Ana olha a piscina fechada e o horário dizendo o horário de funcionamento da mesma.

– Ninguém me diz o que fazer. – Kai pula o muro e sem pensar duas vezes, pula na piscina com roupa e tudo, que imediatamente mancha a água com a tinta que tinha no corpo, que não era pouca.

– Eu já volto. – diz enquanto coloca a escultura no chão e pula o muro. Ao chegar à piscina, se empolga com a cor que estava a agua. – Água azul! – grita animada. Rapidamente tira a camisa e o short e pula na piscina.

– To quase me enforcando. – Kai se apoia na borda e tira o cachecol e o coloca dentro de um buraco que havia ali, onde ficava um dos filtros da piscina. – Depois eu pego. – após colocar o cachecol, colocou a camiseta e a calça também, ignorando o barulho de entupimento que o filtro fazia.

Ana sai da piscina e vai em direção ao muro.

– Me ajuda a buscar a Julieta. – pula de novo.

– Por quê? – Kai pergunta, ainda estranhando a atitude da outra.

– Ela deve estar com calor. – pega a estatua e levanta, claro que lascando partes da peça, pois não tinha cuidado nenhum. Kai sobe no muro e puxa o objeto de gesso e a deixa na piscina infantil. Assim que se vira olha Ana desenhando algo na parede com um pedaço de gesso que havia caído.

– O que está fazendo?

– Um cocozinho. – termina o desenho, torto por sinal.

– Umpf, isso não vai chocar as pessoas. – dizia com desdém.

– Cocô sempre choca as pessoas.

– Não. – pega um pedaço de gesso, se aproxima da parede e desenha algo na parede, tão torto quanto o da garota, mas ainda dava para entende o que era. – Isso choca as pessoas.

– Meeeeeu... – dá risada.

-X-

Carter estava cada vez mais chocado com o que ouvia.

– O que deu na cabeça de vocês de colocarem uma estátua de gesso dentro de uma piscina?

Ana dá risada e Kai só olhava para o lado, tentando disfarçar a risada. Carter só os olha com uma feição séria.

– E o resto? Sem falar nos materiais de construção que vocês pegaram.

- X -

Após alguns mergulhos e o gesso para fazer alguns desenhos obscenos nas paredes. Eles estavam voltando para o hotel, claro que por onde passavam geravam comentários, não só pelo fato de que estavam visivelmente bêbados, mas também de estarem molhados, usando apenas as roupas debaixo e o corpo coberto de tinta azul.

– Deixei a Julieta lá. – Ana olha para trás.

– Tá calor, deixa lá! – pega um outro enfeite de gesso que tinha junto com os materiais de construção e dá pra ela. – Fica com essa.

– Vou chama-la de Carmem.

Ana pega a outra bailarina de gesso, provavelmente era uma coleção que iriam servir para alguma reforma que haveria, mas ao chegarem ao saguão, Ana deixa a estátua de lado.

– Posso confessar uma coisa? – Ana olhava para o chão.

– Fala.

– Deve ser legal escorregar aqui.

Um olha para o outro e correm, aproveitando que ainda estavam molhados, pulam estilo peixinho no chão, só não contavam que a falta de direção os levassem direto para uma mesa de centro e duas cadeiras, fazendo um strike nos móveis. Quebrando a mesa de vidro, vasos e derrubando duas cadeiras lá.

– Que ideia idiota. – Kai reclama enquanto tirava uma cadeira de cima dele.

– Eu achei que seria divertido. – se levanta. – Precisamos beber mais.

– Essa é uma boa ideia. – se levanta também e ambos vão em direção ao elevador.

– Espera. – corre até a porta do hotel e pega a bailarina. – Tava esquecendo dela.

– Sabe o que eu queria experimentar? – Kai falava enquanto segurava a porta do elevador para a outra.

– O que?

– Tequila.

Ana sorri de jeito alegre.

– Boa!

Continua...

Então é isso, acabou a parte um, espero que tenham gostado. Foi feito com carinho! Não pretendia contar nada sobre isso, mas né... a ocasião pediu uma fanfic dessa.

Mas é isso, beijos e até mais! o/

PS: Desculpem-me pelos erros tentei tirar todos.