Twilight e todos os personagens dessa fiction não me pertencem.
São todinhos da tia Steph!
.
Sinopse: O que você faria?
Se amasse alguém impossível...
Isabella Swan volta para casa depois de passar oito anos na Inglaterra, estudando em um conceituado colégio de música.
Só não esperava encontrar o amor nessa pequena e pacata cidade depois de tanto tempo esperando por ele.
Edward Cullen não tem muitos sonhos...
Logo na infância, ele percebeu que não era igual as outras crianças e desde então seu melhor e único amigo era o seu piano.
Ele nunca ousou sonhar com qualquer tipo de relacionamento, com amores e desamores. Para ele, aquilo era impossível.
O que você faria?
Se contra todas as possibilidades, o amor batesse a sua porta...
.
Sem mais delongas, o Prólogo de Melody.
Eu sempre dei aulas de piano, desde que estava no conservatório. Passar para outra pessoa o que eu sabia era realmente gratificante, principalmente quando eu percebia quanto amor determinado aluno ou aluna tinham pela música.
Não vou dizer que em todos esses anos, não me decepcionei com nenhum estudante porque seria uma grande mentira. Na verdade nos primeiros anos em que dei aula, tive todo tipo de alunos. Os que eram forçados pelos pais, os que queriam aprender para impressionar alguém, os que apreciavam boa música, e finalmente os que amavam verdadeiramente aquilo que faziam como eu. Percebi então que esse era o tipo de aluno que eu queria ensinar: aquele que desse tudo de si, aquele que não tão somente tocasse, mas tocasse com sentimento, com o coração.
Bom, atualmente eu morava em Londres na Inglaterra, foi onde eu fiz meu conservatório. Mudei-me para cá logo depois de completar os dezesseis e ser aceita no Royal College of Music*. Faz dois anos que terminei meu curso e leciono aqui. Ensinar música em uma cidade culta como Londres é gratificante, economicamente falando, eu ganhava tão bem que já tinha dinheiro suficiente para tirar umas férias de alguns anos. Foi então que pensei que poderia realizar meu sonho.
Eu gostaria de estar em um lugar tranqüilo, uma cidadezinha de interior onde eu pudesse compor livremente, sem interrupções, sem barulhos de madrugada, sem a agitação de uma cidade grande.
Foi então que Charlie me ligou, eu disse a ele o que estava pensando em fazer e ele me deu o maior apoio, e fez a proposta. Eu sabia que ele era louco para que eu voltasse para casa, afinal eram oito anos sem um natal ou uma ação de graças em família, e ele estava tão sozinho, não tinha ninguém além de mim, já que minha mãe morreu quando eu nasci. Foi uma gravidez de risco e mesmo assim ela quis me ter. Eu a amava mais que tudo por isso, e sentia uma falta tremenda de algo que eu nunca tive. Mas essa é outra história.
No final das contas ele me convenceu a voltar para casa, para Forks. Charlie me conhecia tão bem, ele sabia exatamente que armas usar para me manipular...
"Querida, eu já tenho até um aluno para você aqui."
"Mas pai, eu não estou querendo..." Ele continuou falando como se eu não tivesse interrompido o seu monólogo.
"Ele me lembra tanto você... Ama a música tanto quanto ou mais do que você e está precisando de um professor a altura, já que os que tem por aqui estão começando a passar vergonha com o garoto."
E sim, essa conversa foi o suficiente para que enfim eu tomasse a minha decisão.
.
Fazia quase um mês que decidi voltar para casa e Charlie desde aquele dia não me deixava em paz, me ligava todos os dias perguntando se eu já tinha comprado à passagem 'só de ida', palavras dele, para casa. Por incrível que pareça isso não me incomodava, me deixava até feliz.
Nós nos amávamos, com toda certeza, mas não tínhamos o costume de demonstrar muito, por isso esse lado dele era quase estranho para mim e eu, definitivamente estava gostando disso.
Bom, nesse mês, tinha conseguido organizar tudo para minha partida e nesse exato momento meu avião estava aterrissando no aeroporto de Seattle.
.
Meu encontro com Charlie no aeroporto foi memorável, quase vergonhoso. Nos abraçamos e começamos a chorar, e até esse momento eu não tinha percebido o quanto senti a falta do meu pai e da minha cidadezinha do interior.
Era magnífico estar de volta.
A viagem na viatura de Charlie - ele é chefe de polícia aqui em Forks - até em casa foi tranqüila, tudo era muito verde e eu não deixava de olhar pela janela lembrando do meu passado ali... Eu sempre fui uma garota meio retraída, meu melhor amigo sempre foi o meu piano e até hoje é assim. Isso fazia com que as pessoas da minha idade não tivessem muito interesse em me conhecer, o que naquela época me deixava mal. Mas hoje até aprendi a lidar com a minha solidão.
Eu sempre soube que não teria nenhuma história arrebatadora de amor como nos livros que eu costumo ler. Eu não tinha nascido para aquilo, era pedir de mais que uma pessoa me amasse daquele jeito. Então acabei me conformando, e meu contato mais próximo com as pessoas era aquele que eu tinha com meus alunos, pois tínhamos algo em comum. O amor pela música.
Exatamente por isso eu estava desesperada para conhecer o único aluno que eu teria em Forks. Meu pai já tinha me falado algumas coisas sobre ele no jantar logo depois que nós chegamos em casa e me disse que amanhã eu daria minha primeira aula para ele.
Deitada na minha cama de solteiro no meu pequeno quarto que, diga-se de passagem, não tinha mudado nada, eu lembrava da conversa no jantar.
"E então pai, quais são as novidades da cidade mais badalada de Washington?"
Meu pai riu e disse o que eu já esperava ouvir.
"Qual é Bella? Você sabe que não existem novidades por aqui." E eu ri junto com ele, mas ele continuou falando. "Se bem que há uma." Ele disse pensativo. "Para mim, não é tão novidade assim porque eles se mudaram para cá tem quase sete anos, mas para você sim é uma novidade."
"Quem se mudou?" Perguntei com interesse, já que nessa cidade nunca tinha ninguém novo.
"O Doutor Carlisle e a família dele, ele é diretor do hospital aqui. Depois que ele chegou, as condições do hospital melhoraram muito. Ele é totalmente dedicado."
"Que bom pai." É bom mesmo saber que as coisas estavam mudando para melhor por aqui.
"Ele tem uma ótima família, aliás, o filho dele é o seu aluno. Aquele de quem eu te falei." Sim, eu me lembro bem. Esse foi um dos fatores que me impulsionou a vir, eu teria pelo menos um aluno.
"Hum... E como se chama meu futuro aluno?"
"Edward. Edward Cullen. Ele toca muitíssimo bem Bella, tenho certeza de que você vai adorá-lo." Muitíssimo bem?
"Quantos anos ele tem pai?"
"Acho que ele acabou de completar os dezesseis." Dezesseis. Esses são os piores, estão na puberdade e com os hormônios a flor da pele. Sempre tinha problemas com alunos dessa idade e não entendia por que. Eu realmente não via nada de atrativo em mim, sem contar que eu era mais velha do que eles.
Espero sinceramente que Edward Cullen não seja um problema para mim.
Já estava quase adormecendo em minha cama quando me lembrei que antes de eu começar a subir as escadas para o meu quarto Charlie me chamou e disse algo que me deixou um pouco ensimesmada.
"Bella, hum... Tenha paciência amanhã sim? Edward é um garoto um pouco... Como eu posso dizer?" Ele pareceu pensar um pouco procurando a palavra certa.
"Tímido?" Arrisquei.
Ele me olhou e assentiu com a cabeça enquanto completava a descrição do rapaz. "Ele é um garoto especial Bella, logo você saberá por quê."
Fiquei um tempo ainda na escada olhando Charlie sentar-se em sua confortável poltrona em frente à TV e começar a assistir um jogo de beisebol. Ri para mim mesma seguindo para o meu quarto. Charlie nunca mudaria e eu adorava isso.
Suspirei no meu quase sono profundo. Então amanhã seria o dia que conheceria o mistério que estava em torno do meu novo aluno. Edward.
*Uma das faculdades de música mais respeitadas da Europa, foi fundada em 1882 em Londres, Inglaterra.
.
Olá twilighters.
Espero que vocês tenham gostado do prólogo.
Logo postarei o primeiro cap. e vocês poderão entender melhor o enredo, já que não ficou tão claro assim nessa pequena introdução, propositalmente.
Beijos e até o próximo capítulo.
.
Monica D.
