Título : JIHAD NO MAR
Por : Ricardo e Rita
Data : 18/08/2004 - 12:45 h
NOTAS:
JAG e seus personagens são propriedade da CBS, Paramount e Bellisarius Productions.
Não há nenhuma intenção de violação de direitos autorais.
Reproduções ou publicações desta estória só com autorização dos autores.
Categoria: AÇÃO ? INVESTIGAÇÃO ? DRAMA ? ROMANCE ? SEXO
Resumo:
Ataques terroristas simultâneos, sem vítimas ou prejuízos iniciais desviam a atenção
das autoridades e agências de inteligência. Mais uma vez a segurança do país parece
ser o divertimento preferido de mentes perturbadas. Os agentes secretos americanos
estão frenéticos pelo mundo inteiro.
No meio do caos incompreensível, Harm e Mac são obrigados a interromper a merecida
folga depois dos eventos na ilha maldita.
0515 HORA LOCAL
USS DEFIANT
PRÓXIMO A MIAMI BEACH - FLORIDA
O veloz cruzador navegava pelo mar calmo em uma rota próxima ao litoral, em direção a
sua base, onde faria sua revisão anual. A noite ainda dominava o horizonte e todo o
pessoal dormia, exceto os homens na Ponte e os que guarneciam postos internos. O
Capitão Nerys estava sonhando, ou melhor, tendo um pesadelo. Seu navio encalhava na
praia durante a noite, um pesadelo recorrente entre oficiais das marinhas de todo o
mundo. De repente o Capitão acordou com um forte solavanco, levantando e batendo a
cabeça contra o teto do beliche. Levantando-se e olhando pela vigia, o susto se
transformou em perplexidade: não era mais um sonho, seu navio estava mesmo encalhado!
1145 HORA LOCAL
MIAMI HIGH RESORT
MIAMI - FLORIDA
Nunca tomei tanto sorvete na vida como hoje. Passei horas me deliciando sobre o corpo
da Mac, lambendo cada centímetro onde eu colocara bolas de sorvete. A "tortura" do
gelo logo era compensada pelo calor dos meus lábios e pela impetuosidade da minha
língua.
Lambi demoradamente até tirar todo o sorvete espalhado na barriga e nos seios,
passando a seguir para as pernas, que se abriram ansiosas para serem invadidas pela
sensação que a faz gemer e se contorcer. Quando meus lábios subiram por entre as suas
pernas, ela não agüentou mais e puxou-me para si, forçando a minha cabeça para manter
a minha língua no centro do seu prazer.
E quanto prazer essa mulher sente! Adoro fazê-la gemer usando só meus lábios. No auge
do seu orgasmo, pude ver as pequenas contrações do seu "triângulo" maravilhoso. E
isso me excitou ainda mais. Intumescido. Dolorido. Cego de desejo, eu parti pra cima
dela sem medidas. Em algumas partes, lambi, suguei e mordi com total descontrole,
enquanto penetrava nela com instinto animal, violento. Com seus gemidos e gritos, de
dor e de prazer gozei. Quase desmaiado sobre o seu corpo, ao me jogar para o lado
pude ver que acabei deixando marcas da minha volúpia e Mac vai ter que usar blusa de
gola alta por alguns dias. E vai ficar brava com isso. Mas a culpa É SÓ dela. Quem
manda ser tão gostosa?
Agora estou olhando seu corpo exausto, perfeito, num sono profundo. Essa mulher sabe
do meu tesão, do meu carinho e do meu respeito por ela. Mas não sabe da minha
devoção. Eu passaria o resto dia contemplando essa maravilha, mas o telefone fez o
favor de interromper meus devaneios.
- Alô. - uma pausa - entendido. Sim, senhor. Sim, senhor.
Eu desligo o telefone muito contrariado e viro-me para Mac.
- Droga! Melhor ver uma coisa, Mac.
Aproximando-nos da janela, levamos um susto. Bem na praia em frente ao nosso ninho de
amor temporário, um cruzador encontra-se encalhado na areia. Dois rebocadores da
marinha já estão próximos, preparando-se para puxá-lo de volta ao mar.
- Como ele chegou aqui? - ela perguntou enquanto saía para a varanda, esquecendo-
se de que estava nua.
- Com as máquinas a toda força. Veja como a proa subiu na praia. - respondi,
cobrindo-a com um robe.
- Quem era no telefone?
- O almirante Chegwidden. Nossa licença acaba de ser cancelada. Temos de ir a
bordo investigar o que houve.
- Quando aconteceu isso? Os rebocadores não chegariam tão depressa.
- Hoje ao amanhecer, mas estamos dentro deste quarto, com as cortinas fechadas
desde ontem, brincando com sorvete, lembra?
Um riso do safado para o tímido abriu caminho para alguns beijos antes do nosso banho
urgente. Em meio a nosso descanso, de repente estávamos atrasados para uma missão
quem nem tínhamos há menos de cinco minutos. Esse era o serviço "monótono" da
Procuradoria.
1345 HORA LOCAL
USS DEFIANT
MIAMI BEACH - FLORIDA
O Capitão Odo Nerys está muito contrariado. Não esperava gente do JAG a bordo. Muito
menos 2 oficiais à paisana.
- Comandante Rabb e Coronel Mackenzie, onde estão seus uniformes?
- Capitão, nós estamos de licença, ou estávamos, por isso nossos uniformes estão
em Washington. Acontece que o seu navio encalhou bem em frente ao nosso hotel e
o Almirante Chegwidden nos telefonou e ordenou que viéssemos a bordo, mesmo sem
uniformes. Pedimos desculpas pelo inconveniente, senhor.
- Inconveniente, Comandante? Pelo amor de Deus. Inconveniência é ter meu navio
encalhado nesta maldita praia. Detesto advogados. Só pensam em suas
conveniências.
- Como aconteceu, senhor?
- Foi antes de amanhecer. Só o pessoal de serviço estava acordado. Devíamos
passar a cinco milhas daqui. Mas os marinheiros Garak e Dukat renderam o
pessoal da Ponte e mantiveram todos sob a mira de armas enquanto desviavam o
navio para a praia. Bloquearam o controle automatizado e avançaram a toda
velocidade. Em poucos minutos estávamos na areia. E bem na maré cheia. Agora
que ela baixou, estamos quase fora d'água. Eu acordei ao sentir o solavanco
quando o navio subiu na praia.
- Quando vai tentar desencalhar, Capitão?
- A preamar é daqui a 55 minutos. Aí sairemos.
- E onde estão os dois amotinados?
- Na detenção. Recusam-se a falar ou explicar porque fizeram isto. Ficam só
repetindo frases em árabe que ninguém entende. Alistaram-se há poucos meses.
Pouco depois, um helicóptero pousa na popa do navio. Dois homens desembarcam. Pelo
rádio, o Mestre-Chefe informa:
- Capitão, aqui estão dois agentes do NCIS.
- Traga-os aqui, Chefe.
Em seguida, o oficial de comunicações também chama o Capitão.
- Capitão, outro helicóptero pedindo autorização para pouso.
- Quem são eles, Tenente?
- O FBI, Capitão.
- FBI? Algo está acontecendo aqui, senhores. Desconfio que nossos marinheiros são
um pouco mais do que aparentam.
Na sala de reuniões estamos eu, Mac, dois agentes do FBI, dois do NCIS, o Capitão
Nerys e seu Imediato, o Comandante Rand. O clima não está muito agradável. Na verdade
o clima está sinistro, para dizer o mínimo.
- O NCIS deve ter a custódia dos prisioneiros. Crimes foram cometidos por
marinheiros americanos: motim, seqüestro e dano a propriedade naval. - o agente
do NCIS defende firmemente seu ponto de vista. Mas o FBI também tem suas
razões.
- Recebemos uma denúncia anônima, de que estes homens são membros de uma célula
terrorista em território americano. Por isso devem ser entregues ao FBI.
O Capitão olha para mim e resolve pedir um conselho legal.
- O que a Procuradoria tem a dizer, Comandante?
- Capitão, a custódia deve ficar com a marinha, sem dúvida. O FBI não tem
jurisdição a bordo. Mesmo que uma investigação prove suas alegações, os
prisioneiros ainda devem ficar sob custódia da marinha, e serem processados
pela Procuradoria Naval. Se o Capitão preferir, podem ir para a base naval mais
próxima, onde devem ficar a disposição da justiça militar, sob responsabilidade
da Procuradoria. De qualquer forma, a decisão é sua, Capitão.
- Muito bem. Adoro vocês advogados. Pensam em tudo! - O Capitão ficou satisfeito
em ter a custódia dos prisioneiros, mas logo recebeu outro aviso de que não
gostou.
Muito contrariado, o Capitão autoriza mais um pouso de helicóptero. Até eu já estava
achando essa chuva de helicópteros fora de propósito. E, a julgar pelo olhar da Mac,
tenho certeza de que ela também está estranhando esse movimento todo.
- E quanto ao NCIS? - o Capitão continua querendo explorar todas as
possibilidades.
- Não tem qualquer jurisdição aqui também, senhor. A decisão é sua,
Capitão. Minha recomendação legal é que sejam entregues à custódia da
Procuradoria.
- E porque não da CIA? - pergunta uma voz que acaba de chegar.
Todos se viram para a porta e deparam-se com o recém-chegado, também à "paisana",
como se tivesse saído de um clube de golfe. Eu podia "ler" o pensamento do
comandante.
- Webb! Que diabos você faz aqui? - Mac pergunta eufórica, o que me irrita
levemente.
- Bom dia a todos. Capitão Nerys. Meu nome é Clayton Webb, e represento a Contra-
Inteligência da CIA. Eu des...
- Antes de mais nada, pode me explicar, senhor Webb, o que a CIA tem a ver com
este caso? E também porque todos estão interessados nestes dois marujos? - o
Capitão está interessadíssimo nas explicações de Webb - que parece ser o único
a ter alguma explicação.
- Bem, Capitão, há alguns detalhes confidenciais e...
- Confidenciais uma ova! Vá abrindo a boca.
- Capitão, a CIA tem normas de sigilo que devem ...
- À merda com a CIA e seu sigilo, senhor Webb!!! Este é o meu navio e vou jogá-
los todos ao mar se as respostas não começarem a sair da sua boca neste
segundo!!
Webb suspira, enfia as mãos nos bolsos e resolve contar o que pode.
- Gul Dukat e Matt Garak não são verdadeiros cidadãos americanos. Alistaram-se
com documentos falsos. Na verdade, os dois são palestinos, membros da Al Qaeda,
e estão aqui por um motivo ainda ignorado. Não faz sentido encalharem um navio
americano em Miami, a não ser para envergonhar a marinha ou, quem sabe, chamar
atenção para a causa palestina.
- Está especulando, sr. "CIA".
- Mas vamos descobrir a verdade. Pretendo levá-los para Langley ainda hoje, com a
permissão do Capitão Nerys.
Nerys volta-se para mim. E todos fazem o mesmo. Todos esperam por uma resposta legal.
- E então, Comandante? Qual é o seu conselho legal, diante dos novos fatos?
- Capitão, em vista das circunstâncias, e do fato de que os prisioneiros são, na
verdade, espiões, eu recomendo que os entregue à custódia da CIA.
- Muito bem, então - diz o Capitão Nerys, após pensar por alguns instantes - pode
levá-los senhor Webb. E o resto de vocês, trate de chamar seus helicópteros
para virem retirá-los daqui logo que ele decolar. Tenho um navio a desencalhar.
Depois de baixada a temperatura, Webb se volta para nós:
- Todos de férias interrompidas então? Se eu soubesse que estariam aqui, eu teria
trazido o seu presente Mac.
- Que presente?
- Rabb não lhe disse que eu lhe traria um presente da minha viagem?
- Webb quer fazer o favor de ir atrás dos seus terroristas e nos deixar em paz?
- Não vai ser tão fácil, Rabb. Vocês devem retornar comigo as Washington, ordens
do almirante.
- Ainda hoje. Na verdade, agora mesmo. Vamos direto para o aeroporto, onde um
transporte nos aguarda.
- Mas precisamos fechar a conta no hotel e... - Mac lembrando das questões
práticas.
- Não se preocupe. A conta foi paga e suas malas já estão no avião, assim como os
cinco potes de sorvete. - acrescentou Webb de forma aparentemente inocente, mas
observando o rubor no rosto de Mac.
- Como o Almirante nos chamou tão rápido, Webb? E como ele sabia que estávamos em
um hotel bem em frente ao local do encalhe? - perguntei, já desconfiado da
resposta.
- Ora, eu informei a ele.
Não foi a primeira vez que tive vontade de estrangular Clayton Webb.
1825 LOCAL
QUARTEL-GENERAL DA CIA
LANGLEY - VIRGÍNIA
Dukat e Garak estavam em celas separadas na CIA. Estavam sendo interrogados por
especialistas, mas não revelaram nada nos minutos iniciais, até que Garak começou a
se contorcer em espasmos musculares fortíssimos, e ainda conseguiu falar antes de
morrer: "Amanhã a América infiel verá novamente a mão de Alá". Na outra cela
revistaram Dukat a procura de veneno, mas já era tarde. Ele também morreu
rapidamente. Sem mais a fazer, encaminharam-nos para a autópsia.
1830 LOCAL
SS EINSTEIN
ENTRADA DO PORTO DE NOVA IORQUE
Enquanto os corpos dos espiões ainda estão em Langley, um enorme petroleiro acaba de
entrar no porto de Nova Iorque. Pouco depois, foi chamado pelo controle da Guarda
Costeira.
- SS Einstein. Aqui Controle do Porto. Câmbio.
- Controle do Porto, aqui Einstein. Câmbio.
- Einstein, você não está sendo esperado no porto. Algum problema a relatar.
- Afirmativo. Este navio foi tomado por Alá. Vou ler uma declaração oficial.
Ao ouvir isso, o Oficial do controle do porto aperta um botão de alerta. Aquilo
parecia o prenúncio de uma crise.
"- A coalizão Jihad na América, com o apoio dos combatentes da Al Qaeda, e sob a
proteção de Alá, declara que tem a custódia deste navio e que, caso nossas exigências
não sejam atendidas, o navio investirá contra a Ponte do Brooklin, derrubando a
ponte, explodindo e espalhando o restante de sua carga no mar. Temos explosivos
suficientes para tal na proa do navio. Qualquer tentativa de resgate ou invasão a
bordo acarretará na destruição imediata do navio e da tripulação. Qualquer
interrupção no tráfego da ponte acarretará sua imediata destruição.
Nossas exigências serão apresentadas na próxima transmissão, às 2100 horas. Esta
transmissão se encerra agora."
2358 local
Salão Oval da Casa Branca
Washington, DC
O presidente estava a sós com o Secretário da Marinha e com o Diretor da CIA.
- Os terroristas exigiram que dois negociadores fossem a bordo do navio, sendo um
conselheiro legal e um homem do serviço de inteligência. Enviamos o Comandante Rabb e
o Diretor-Adjunto Webb, e os terroristas deixaram que dois tripulantes fossem
retirados de bordo no mesmo helicóptero, estão agora ambos internados, tratando de
seus ferimentos.
- Certo, chame os demais.
Poucos depois, estavam reunidos em volta do presidente todos os membros do conselho
de segurança nacional, os chefes das agências de inteligência e os principais
secretários do primeiro escalão.
- Senhor Presidente, a sala de imprensa está atulhada de jornalistas. Já sabem de
tudo e estão esperando seu pronunciamento.
- Merda! Como isso vazou?
- Todas as redes receberam ligações anônimas informando. Neste momento, o espaço
aéreo sobre o navio está restrito, mas vários helicópteros voam ao largo. Precisamos
...
- Espere. Vai começar a transmissão.
Em volta do transceptor de rádio sobre a mesa, todos se calaram à espera da
transmissão. Nos aparelhos de TV, imagens do navio no porto alternavam-se com imagens
dos atentados de 11 de setembro.
"- Aqui é o Comandante Harmon Rabb Junior falando. Fui instruído a ler o seguinte
comunicado: A coalizão Jihad na América, com o apoio dos combatentes da Al Qaeda, e
sob a proteção de Alá, apresenta suas exigências: Todos os filhos do Islã que se
encontram ilegalmente aprisionados na base de Guantanamo devem ser imediatamente
libertados e devolvidos a seus países. Cada um deles deverá receber uma indenização
de cem mil dólares em dinheiro, a título de compensação pela afronta de que foram
vítimas.
A partir das seis horas de amanhã, um membro da tripulação do navio será executado a
cada seis horas, até que se cumpram nossos termos. Não haverá mais transmissões até
que as exigências sejam cumpridas. Final da transmissão."
Após o final da transmissão, todos permaneceram calados por algum tempo, até que
alguém lembrou de perguntar de quantas pessoas se tratavam.
- Ainda temos cerca de seiscentos presos na base. Isso dá sessenta milhões de
dólares, caso resolvamos pagar.
- Bem, só o navio vale 80 milhões de dólares.
- Não podemos desperdiçar aquele bom petróleo. - lembrou o vice-presidente, homem da
indústria petrolífera.
- Mas a Ponte do Brooklin não tem preço. Nós devíamos ...
- Calem-se! - o grito do presidente se fez ouvir irado.
- Não se trata de patrimônio, meio ambiente ou monumentos nacionais, mas de vidas
humanas e da soberania desta nação! E esta nação não negocia com terroristas.
Olhando em volta, o presidente mandou que todos saíssem da sala, menos o secretário
da marinha. Quando se viram a sós, ele perguntou:
- Como estamos?
- Prontos, senhor presidente. Tenho dois esquadrões de SEALS prontos a invadir o
navio. Podem controlar a situação em poucos minutos.
- E os nossos negociadores?
- Sem contato. Achamos que foram feitos prisioneiros também. Aparentemente queriam
mais reféns, e sendo gente do governo acharam que nos pressionariam mais.
- Então vamos agir.
- Sim, senhor.
0215 LOCAL
SS EINSTEIN
INTERIOR DO PORTO DE NOVA IORQUE
Quatro homens dormiam e quatro montavam guarda, um na proa, um na popa, um na Ponte e
um fazendo ronda no convés. Nenhum deles sabia, mas a maioria não sobreviveria aos
próximos minutos. Saindo de um mini-submarino, oito mergulhadores colaram-se ao casco
do navio. Dois subiram pela popa, e usando armas com silenciadores, mataram a
sentinela dali. Um subiu pela proa e também matou o homem que ali estava. O que fazia
a ronda, ao se aproximar da popa, foi igualmente abatido. Entrando na parte interna,
subiram as escadas direto para a Ponte, onde o vigia dali foi facilmente eliminado.
O controle dos explosivos não foi encontrado entre os homens mortos. Os SEALS
passaram então a procurar em cada camarote do navio, encontrando três homens
dormindo, que foram dominados e presos, entre eles o líder, conforme se descobriu
mais tarde. Ao invadirem uma das cabines, surpreenderam o responsável pelos
explosivos, que estendeu a mão para o detonador, sendo abatido antes que conseguisse
utilizá-lo. Os reféns foram resgatados e retirados de bordo por um helicóptero que
pousou no convés. Webb também saiu, carregado, é claro, pois tinha sido espancado
pelos árabes, que só o queriam lá para ter o prazer de bater num espião da CIA e
matá-lo na última hora. Toda a ação de resgate não durou mais de dez minutos. Mas o
Comandante Plinsoll, líder dos SEALS tinha mais uma preocupação: Onde estariam os
explosivos? Dividiu os homens em grupos e iniciou a busca. Não havia mais perigo de
lançarem o navio contra a ponte do Brooklin, mas pairava no ar a ameaça de explosão
do navio e do derrame de óleo.
Contrariando os SEALS, Harm permaneceu a bordo para ajudar a procurar pelas bombas.
Plinsoll, que não gostava de advogados mais do que gostava de espiões e terroristas,
olhou-o ameaçadoramente.
- Rabb, se você nos atrapalhar, vai se ver comigo! Devia ter ido junto com seu amigo
da CIA. - rosnou enquanto espalhava os homens.
0227 local
Manhattan Tourist Hotel
New York
A cerca de cinco milhas do navio, em um quarto de hotel em Manhattan, um homem olhava
para o mar através de binóculos. Seu foco de atenção era o petroleiro ancorado
próximo a ponte. Mas naquele momento tinha outra coisa em seus pensamentos: Ajoelhada
em frente a ele, uma garota de programa lhe fazia sexo oral. Contratar prostitutas
era um pecado perante o Corão, mas ele não resistira a oferta do conciérge do hotel
de arrumar companhia feminina, afinal, estava muito longe de seu país, e aquilo tinha
um significado político: provava a decadência americana e que todas as suas mulheres
eram meretrizes. Em transe com o que a mulher estava fazendo, o homem fechou os olhos
e se deixou levar para o chão. Alguns minutos depois, ao voltar sua atenção para o
navio, levou um susto: um helicóptero estava levantando vôo do navio. Praguejou
contra os americanos, levou sua mão ao controle transmissor que tinha a freqüência
exata para armar as bombas a bordo, e apertou o botão, em nome de Alá. Verificou o
relógio: seus companheiros, se ainda estivessem vivos, pensou, teriam três minutos
para escapar do navio, antes que fosse tudo pelos ares. Culpando a mulher por
atrapalhar sua vigilância, sacou de sua faca e a silenciou para sempre.
0230 LOCAL
SS EINSTEIN
PORTO DE NOVA IORQUE
Eu e o Tenente Harris acabávamos de chegar ao controle de bombeamento principal do
navio quando avistamos os explosivos em volta da tubulação principal do navio, em
quantidade suficiente para um estrago gigantesco. Mas o que nos deixou sem esperanças
foi olhar para o painel do detonador que se acendeu, marcando 2:59.
- Oh, meu Deus. Alerta. Explosão iminente! Abandonar o navio! - Harris deu o alerta e
começamos a correr.
De todos os lugares em que estavam, os SEALS pularam no mar e começaram a nadar para
longe do navio. Sabendo que não poderíamos desarmar a bomba, eu e Harris corremos
para as escadas, mas estávamos cerca de 30 metros abaixo do convés. Eu pulei no mar
um minuto antes da explosão e nadei o mais rápido que pude, o que não foi muita
coisa, pois estava sem fôlego após subir tantos degraus. Quando o impacto das
explosões subseqüentes me atingiu, eu estava a cerca menos de cinqüenta metros do
navio, e só o que me salvou foi um bote dos SEALS que estava recolhendo os homens. E
era logo o bote de Plinsoll.
- Merda, Rabb! Por que não nadou logo para longe? Arriscamos demais nos aproximando
tanto para pegá-lo aqui. Eu devia te quebrar a cara! Malditos advogados!
Infelizmente Harris e dois de seus companheiros não sobreviveram. As explosões
puderam ser vistas a quilômetros de distância. As bolas de fogo iluminavam Manhattan,
e o óleo que não estava queimando derramava-se pelos rombos no casco para o mar.
A Guarda Costeira acionou o esquema de emergência ambiental, pois as conseqüências de
um grande derrame de óleo em Manhattan seriam desastrosas.
Menos de uma hora depois havia um enxame de embarcações e helicópteros em volta do
navio. Bombeiros, Guarda Costeira, Polícia, Marinha, órgãos ambientais, ONG's
histéricas e cobertura total da mídia. Companhias de petróleo enviaram navios e
equipes especializadas em conter derrames, em um esforço para minimizar os danos.
Afastados de tudo aquilo, os três terroristas eram transferidos para a detenção em
Norfolk.
1455 local
NORFOLK NAVAL STATION
Na Detenção da base os três prisioneiros aguardavam para serem interrogados. Mac, foi
designada como defensora, encargo que aceitou a contragosto, tendo a mim como
assistente. Sturgis e Mattoni seriam os promotores.
Eu e Mac entramos na cela de Mohammed Aziz, líder do grupo, para informá-los dos seus
direitos. Nem preciso dizer que não fomos bem recebidos.
- Senhor Aziz, sou o Comandante Harmmon Rabb Jr, da Procuradoria Naval dos Estados
Unidos, e esta é a Coronel Mackenzie. Devemos informá-lo de seus direitos legais e
providenciar sua defesa no tribunal.
- Desculpe, Comandante. Acho que está enganado. Não preciso de defensor. Não cometi
crime algum. Sou um combatente de Alá.
- Não me interessa o que se considera, senhor Aziz, e sim o que os Estados Unidos o
consideram: um terrorista.
- Sinto muito, Comandante, mas não poderei ficar aqui ouvindo suas doces palavras.
Naquele momento eu não entendi o que ele quis dizer, mas uma semana depois eu pude
compreender perfeitamente.
Uma semana depois
0835 local
Pendleton Street
Washington, DC
O furgão que transferia os três terroristas entrou por uma rua lateral de um bairro
residencial para se desviar de um congestionamento provocado por um acidente entre um
ônibus e um caminhão descontrolado. Eu estava no carro da frente, logo atrás da
viatura de escolta. Atrás do furgão, outra viatura policial fechava o comboio. Não
era muito agradável passar por ruas residenciais conduzindo terroristas, mas não
havia jeito. Apreciando distraidamente a paisagem, não percebi nada estranho até que
o carro da frente foi violentamente atingido por um caminhão que saiu não se sabe de
onde. Todo o comboio parou por causa do acidente, mas quando ia sair para ajudar o
pessoal, surpreendi-me com a chegada rápida de cinco motos e um carro, que já
chegaram atirando com submetralhadoras. Os homens do carro da frente não tiveram a
menor chance, sendo executados ao tentarem sair do veículo, assim como os de trás.
Contra nosso carro não atiraram, apenas apontaram as metralhadoras e ficamos imóveis.
O furgão teve sua porta traseira explodida, o guarda e o motorista foram mortos na
hora. Segundos depois, os terroristas subiram nas garupas de três das motos e
desapareceram. Mac foi arrancada de nosso carro e levada para o carro dos atacantes.
O último atacante virou-se então para mim e deixou sua mensagem.
- Muito bem, Comandante, agora vá dizer aos seus malditos chefes que não tentem nos
encontrar, ou a sua Coronel prostituta vai sofrer e morrer. Se der tudo certo, talvez
ela seja libertada quando estivermos fora do país.
O homem fez menção de atirar em minhas pernas, mas por um golpe de sorte, sua arma
pipocou, o que o fez olhar para ela por um segundo. Aquilo foi suficiente para que eu
me jogasse contra ele e o derrubasse. Travamos então uma luta de morte pela posse da
arma e por nossas vidas. Ele era forte e determinado, mas não iam levar minha mulher
assim tão fácil. A briga foi interrompida pela chegada da polícia, que imobilizou o
homem. Alarmes foram soados, e em poucos minutos um caçada estava em andamento.
1145 local
Sede da Procuradoria Naval
Falls Church, Virginia
A tensão era grande no ambiente. Bud entrou e fez um relatório para o almirante.
- Senhor, as motos foram encontradas em vários locais da cidade, próximas a estações
de trem, rodoviárias, shopping centers, sem qualquer pista. Estão sendo periciadas
pela polícia. A van foi achada no estacionamento de um supermercado, também sem
pistas, por enquanto. Estão verificando gravações de câmeras de segurança. Por
enquanto é só.
O telefone tocou. AJ pareceu se animar.
- Nada das câmeras, mas um fuzileiro de folga viu a troca de carro dos seqüestradores
e percebeu uma mulher de uniforme dos fuzileiros com o rosto coberto por um capuz ser
levada de um carro para o outro.
- Ele anotou a placa do carro, senhor? - Eu estava esperançoso.
- Melhor que isso, Comandante. Ele seguiu o carro. Eles foram na direção do porto de
Baltimore. Ele parou de seguí-los na entrada do porto, pois seria visto se
continuasse. Mas parece óbvio que tentarão escapar a bordo de algum navio cargueiro.
A Guarda Costeira já foi alertada e estão investigando quais navios poderiam abrigar
os terroristas.
- E o que vamos fazer, Almirante?
- Esperar, Comandante.
- Senhor, podemos ir até o porto e nos prepararm...
- Vamos ficar aqui mesmo, Comandante! - Disse o almirante enfaticamente, para a
seguir acrescentar - pelo menos oficialmente.
- Sim, senhor, eu preciso ir resolver alguns assuntos burocráticos, Almirante.
- Muito bem, Rabb, mas leve o Gunny com você. Burocracia é com ele mesmo.
- Sim, senhor. - e saí correndo, chamando o Gunny.
1855 local
Navio Naijb Kaled
Porto de Baltimore
Mac estava presa em um camarote lateral do navio. Olhando pela vigia, tentou avaliar
se poderia fugir por ali, mas a queda era de mais de dez metros, e do lado do cais, o
que não pareceu uma boa perspectiva, pois ela poderia cair entre o cais e o navio,
com grande risco. Outra alternativa seria fugir pelo ar condicionado, mas o duto era
estreito demais. Finalmente decidiu-se pela porta, que tinha uma abertura para escape
de emergência. O problema era que ela não podia ver quem estava do lado de fora, e
com certeza, haveria um guarda. Mac resolveu que teria que usar um pouco de seus
"atributos especiais". Tirou a camisa do uniforme, a camiseta e o sutiã. Depois
vestiu novamente apenas a camiseta. Foi ao banheiro, lavou o rosto e deixou respingar
bastante água na camiseta, até quase delinear o contorno exato dos seios no tecido. A
seguir, foi até a porta e chamou.
- Por favor, tem alguém aí? Preciso de ajuda aqui.
Pouco depois a porta foi aberta e um guarda entrou, apontando uma pistola para Mac.
Seu olhar desconfiado logo se encantou ao olhar para Mac, que sorria enquanto seus
seios pareciam querer saltar fora da camisa.
- Será que você pode me ajudar? Tem um vazamento na torneira, já me molhei toda e não
consegui consertar.
Hipnotizado pela visão do corpo de Mac e por sua voz doce, o guarda abaixou a arma e
virou-se para trancar a porta externa da cabine, de modo a poder ir ver o banheiro,
mas aquela foi sua última ação. Aproveitando o momento, Mac desferiu um rápido golpe
na nuca do homem, que caiu desacordado. Usando o lençol do beliche, Mac o amarrou
firmemente, e entupiu sua boca com uma fronha. Quando acordasse, o homem não se
moveria.
Vestindo-se novamente, Mac pegou a arma e saiu cautelosamente da cabine, esgueirando-
se pelo corredor, tentando alcançar uma porta para o convés e, com sorte, pular no
mar sem ser vista, ou ainda melhor, descer pela prancha direto para o cais.
Chegando a uma saída no convés superior, Mac viu que a prancha seria impossível, pois
estava guarnecida por dois homens. Retornou então, em busca de uma saída pelo lado do
mar.
1900 local
Cais número 22
Porto de Baltimore
Quem olhasse para mim e para o Gunny veria apenas dois estivadores caminhando
distraidamente pelo cais, possivelmente indo em direção a algum navio. Na verdade
estávamos mais atentos do que nunca. Atentos a qualquer indício suspeito em um navio.
Enquanto a Guarda Costeira avaliava os navios através de manifestos de carga,
bandeiras, nacionalidades das tripulações, e os punha sob vigilância ao largo, nós
nos concentrávamos nos rostos do pessoal no cais e nas pranchas dos navios, passando
o mais perto possível deles.
Havíamos visto a lista dos navios com saída marcada para aquela noite, e três deles
nos chamaram a atenção: um egípcio, um saudita e um cipriota, todos com tripulações
muçulmanas. Aquilo era um bom indício, pois poderiam abrigar radicais a bordo. Mas já
passáramos pelos dois primeiros, mas pareciam normais. No entanto, este último tinha
algo diferente: além do marinheiro de plantão, havia mais dois homens na prancha de
bordo, decididamente cães-de-guarda. Aproximando-nos um pouco mais, pude ver o rosto
de um deles, ou melhor, seus olhos. Eu reconheceria aqueles olhos facilmente.
- Gunny, vamos entrar naquele armazém. Tenho de telefonar agora mesmo. Avistei um dos
terroristas.
- Vamos esperar pelos SEALS, Comandante?
- De jeito nenhum. O navio deve sair em menos de uma hora. Você vai subir pela
prancha como se fosse trabalhar mesmo na estiva. Eu não posso, ele vai me reconhecer.
Vou ficar aqui fora e dar cobertura para a sua saída. Verifique se a Mac está a
bordo. Se puder tira-la de lá, vá em frente. Senão, saia sozinho e volte pra cá. Aí
esperaremos a cavalaria.
Gunny entrou enquanto eu me escondi em um armazém bem em frente ao portaló do navio.
Vigiando de longe, meu coração quase parou: Lá estava ela, se esgueirando por um dos
conveses altos. Meu ímpeto de correr e gritar seu nome foi abafado pelo bom senso.
Ela escapara do cativeiro, mas ainda estava no covil do lobo, correndo sério risco de
ser recapturada. Não havia mais dúvida. Aquele era o navio. Telefonei para o centro
de operações e avisei. Recebi ordens de deixar os SEALS e o FBI agirem, com apoio da
Guarda Costeira pelo lado do mar, mas não podia ficar ali parado. Mac estava em
perigo. Tinha de fazer alguma coisa! Então, naquele momento, a sorte me sorriu. O
homem de vigia foi rendido por outro, desconhecido, e voltou para dentro do navio.
Resolvi entrar também. Passei pelo guarda sem problemas, dizendo que ia render um
colega da estiva.
Dentro do navio, Mac procurava um lugar para descer e pular no mar quando foi
violentamente derrubada por um empurrão nas costas. Logo que caiu, levou um chute nos
rins, seguido de outro na barriga. Foi então forçada a se levantar, puxada pelos
cabelos.
- Sua cadela ianque, pensou que iria fugir de nós? Mas só vai desembarcar em alto
mar, depois que nos divertirmos com você, meretriz americana!
O homem foi conduzindo Mac pelos cabelos, enquanto empurrava suas costas com o cano
da arma. Ao entrarem no corredor interno do navio, o homem foi derrubado com uma
coronhada na cabeça. Mac virou-se e deu de cara com Harm. Abraçaram-se emocionados.
- Meu amor, sempre me salvando. Só falta o Gunny, meu anjo da guarda.
- Estou aqui, Coronel - disse Gunny, aparecendo na ponta do corredor. Atrás dele,
dois homens jaziam desacordados.
Eu ia perguntar a Gunny se tinha sido visto quando soou o alarme do navio. Agora
estávamos todos em um grau de risco maior. Corremos de volta para fora do navio, para
tentar pular no mar e nadar para junto do costado de outro navio, evitando ser
atingidos. Mas havia homens no convés e dispararam contra nós. Seguiu-se um tiroteio
intenso. Mac pegou a arma de um dos terroristas desacordados e nos ajudou a abrir
caminho, mas eles eram muitos e logo estávamos apenas mantendo nossa posição, sem
conseguir avançar para a saída.
1910 Local
Centro de Comando Móvel
Próximo ao Cais 22
Dentro do caminhão de carga o Comandante Plinsoll dava instruções finais a seus
homens quando começaram a ouvir tiros.
- Informe!
- Senhor, há um tiroteio em andamento a bordo do navio, mas do lado oposto ao cais.
- Merda! É aquele maldito advogado metido a herói. Avise a Guarda Costeira para não
deixar ninguém pular e fugir do navio pelo mar. Nós vamos invadir com tudo pelo cais.
E me lembrem de não matar o Rabb quando encontrá-lo!
O caminhão, agora sem qualquer reserva, parou próximo ao navio, e os comandos já
desceram atirando. Menos de um minuto depois, dez homens estavam a bordo, espalhando-
se pelas cobertas do navio saudita.
Com as forças terroristas divididas pelo ataque dos SEALS, eu, Mac e Gunny
conseguimos avançar, e vendo que uma lancha da Guarda Costeira já se aproximava,
aproximamo-nos da borda para encurralar três terroristas que ainda estavam sob uma
baleeira.
Mas naquele instante, aconteceu algo com que não contávamos: Aziz, vendo que estava
perdido, apareceu por trás de nós e empurrou Mac com toda força pela borda do navio,
jogando-se junto com ela. O fanático não queria ser capturado vivo, e iria matar Mac
também.
Com Gunny dando cobertura, pulei atrás dos dois. Mac se debatia enquanto Aziz tentava
a todo custo afogá-la. Agarrei-o pelo pescoço e passamos a lutar por nossas vidas, um
contra o outro, enquanto Mac mal se agüentava, tossindo muito e engolindo água. Após
um interminável minuto de luta sob a superfície, dominei o terrorista, deixando-o
praticamente desacordado. Refreei ao máximo meu ímpeto de matá-lo, pois teria o
máximo de prazer em acusá-lo no tribunal. Por isso salvei a vida do canalha, quase me
afogando, pois Mac também se apoiava em mim. Finalmente a Guarda Costeira nos salvou
a todos, içando-nos para seu barco e nos dando um café forte e quente. No último
instante, antes de ser içado para bordo, Aziz mergulhou e não foi mais visto. Tenho
certeza que o safado ainda está vivo.
Os demais terroristas lutaram até a morte. Investigando o que havia no navio,
descobriram um carregamento de armamentos ilegais destinados a guerrilheiros no
Oriente Médio. Fuzis, granadas, mísseis, minas, um verdadeiro arsenal, mas ficou no
ar a pergunta: Qual seria o destino de tudo aquilo? Que ligação haveria entre o
encalhe do cruzador, o seqüestro do petroleiro e as armas naquele cargueiro?
- A CIA vai se ocupar da questão, pois esta história ainda não acabou. - disse Webb,
antes de começar a telefonar para seus contatos.
Não sabíamos ainda, mas perto dali, um homem observava a ação com binóculos. Seu
semblante impassível não demonstrava o ódio que sentia. Sua carga perdida, seus
homens eliminados. Muhamadd Khaleb não gostava de perder, e iria por em curso uma
vingança contra os que o prejudicaram.
2345 local
Apartamento do Harm
Norte da Union Station
Depois de tudo eu e Mac só pensávamos em ir para casa e terminar de aproveitar nossa
licença dentro do quarto, sem sair da cama... Na verdade, demoramos muito a chegar
lá.
Mal entramos, Mac, foi logo tomar um banho quente no chuveiro. Fui levar a toalha e
não agüentei: entrei no chuveiro junto com ela e comecei a ensaboá-la, mas não fui
muito longe, pois nossas mãos e bocas começaram a se procurar com muita vontade, e
após tantas tensões, tínhamos um senso de urgência em nos amar. Mac com as costas na
parede e as pernas em volta de mim, subia e descia a medida em que eu a possuía, o
desejo nos consumia.
Saindo do banho, cada um enxugou o corpo do outro, e fomos para o quarto, mas no
caminho, nos agarramos de novo, o desejo voltando com muita força. Agarrei Mac por
trás e a fiz debruçar sobre a mesa, seus pés apenas tocando o chão, as mãos segurando
as bordas da mesa, que chagava a balançar com nossos movimentos. Mac gemia e pedia
mais, enquanto eu a segurava e puxava pelos quadris. Seus gritos de prazer
despertaram a síndica no andar de baixo, que bateu no teto com uma vassoura, mas
estávamos tão inflamados que só tínhamos olhos e ouvidos um para o outro.
Quando finalmente chegamos ao quarto, corpos exaustos, mas plenamente satisfeitos,
apenas nos deitamos e adormecemos em meio a um terno e longo beijo de boa noite...
Fim
