SETE MESES, QUINZE DIAS, E VINTE HORAS

Pansy parecia uma fantasma de si mesma. Tudo por sentir tanto a falta dele. Ela já tinha terminado outros namoros, mas agora é diferente. Ela realmente amava Potter e o pior era saber que tudo era sua culpa, e mesmo tentando se convencer que agora era uma pessoa melhor, a dor continuava a mesma.

Pensando bem, foi por Harry que ela se transformara em uma pessoa melhor. Quando estava com ele o melhor dela aparecia e ela sentia motivos para ter orgulho de si mesma. Porém, parece que ela tinha o dom de sempre acabar com as suas chances de ser feliz,o que ela fez o traindo da pior forma possível, sem chances de perdão.

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- Pansy!- a morena se assusta ao ouvir a voz dele a chamando

- Harry, o que você esta fazendo aqui?

- Eu estava precisando de um lugar pra pensar e acabei aqui... - ele diz apontando para a praça que eles estavam.

Aquela praça foi o lugar que eles se encontraram pela primeira vez após a guerra e Harry sabia que ela não tinha esquecido-se disso. Um silêncio constrangedor permaneceu no ar até Harry quebrá-lo:

- Você nunca respondeu minha carta.

- E o que você queria que eu respondesse? Que eu sinto sua falta todos os dias? Que eu queria ser menos egoísta, menos impulsiva, mas essa sou eu e por mais que eu queira não consigo mudar. - As palavras jorraram de Pansy e quase instantaneamente ela se arrependeu.

- É o que você realmente acha?- perguntou Harry, os lábios levemente curvados em um sorriso divertido.

- Olha, Potter, eu não vou ficar aqui se é pra você debochar de mim, porque pode não parecer, mas tenho coisa muito melhor pra faz-

- Eu não quero debochar de você- Harry cortou a fala da mulher- Eu quero você de volta.

- O quê? O que você está dizendo?

- Estou falando sério Pansy. Você vai me fazer repetir?

E Pansy percebeu que ele estava sendo sincero, ele sempre fora um mentiroso terrível. Mas isso não significava que essa era a decisão certa.

- Harry, você ouviu a parte que eu sou a mesma, né? Eu não vou me transformar numa santa grifinoria e fazer tortas de aboboras pro filho do George, e nos vamos brigar pelas mesmas coisas.. - ela respirou fundo como se para ganhar forças- E como você pôde me perdoar?

- Eu não sei. Eu senti raiva de você por muito tempo, mas uma vez me falaram que eu deveria ter pena daqueles que vivem sem amor..E sem você, Pansy, é assim que eu fico. Eu preciso ter você de novo. - e Pansy consegue sentir a saudade na voz dele.

Então, ela simplesmente sorri e o abraça forte.

- Você deve me amar muito para vir assim atrás de mim, não é? Mas eu não posso te culpar por isso, sempre soube que eu sou irresistível ...- Os dois riem e foi como se os dez meses, quinze dias, e vinte horas em que estiveram afastados nunca tivessem acontecido.

Observação: Fic escrita para o projeto Mae West, que tive o prazer de ser o chapeleiro louco!