O poder sempre fascinou os humanos, e os que o detinham, sempre fizeram qualquer coisa para mantê-lo. Não importando quando, humanos são assim, cada um tem seu caminho, mas todos no fim, são iguais, não por terem o mesmo destino, mas por serem a mesma coisa, independente de suas ações.
Organizações dominam o mundo, enquanto a maioria das pessoas pensa que isto é coisa de história, talvez seja para você, mas para mim, é real.
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Londres, 02/04/2010
No topo da Clock Tower de Londres, sentado ao telhado estava um jovem de cabelos brancos longos que cobriam parcialmente o lado esquerdo de sua face, os cabelos chegavam até seus lábios e dos lados, até os ombros.
Ele usava uma roupa estranha, botas e calça de couro pretas, a calça não era colada, ele parecia preferir assim. Ele usava um cinto com uma fivela que tinha o formato de um floco de neve, era linda. Por fim, um casaco, parecia ser um sobretudo, mas ele tinha apenas dois botões, que deixavam expostos a camisa que o jovem usava, ela era preta, simples. O casaco cobria o rapaz até os tornozelos, e era aberto, exceto pelos dois botões.
Em mãos, uma estava coberta por uma luva. A outra, tinha uma flor-de-lótus desenhada.
-Ei, rapaz, parabéns, você foi aceito.
-Nossa, eu nunca pensei que uma criança dessa idade pudesse entrar em uma organização como a nossa, você é aquele prodígio de quem andam falando, é?
-Garoto, não nos decepcione, contamos com você.
-Ei, você não é o garoto que tem dois Path? Bem vindo á Rosae Crucis.
Ele lembrava-se do dia em que entrou na Organização conhecida como Rosae Crucis. Uma organização mafiosa das mais poderosas, recrutava apenas a elite, e desta vez, tinham um garoto entre eles.
Ele sabia muito bem o porque, e sentia-se orgulhoso de si mesmo, sabia da sorte que tinha por ter nascido com dois Pathes. Ninguém sabia ao certo porque existiam esses Pathes, haviam várias teorias.
O menino acreditava na que dizia que cada pessoa possuia um Path que determinava seu destino, habilidades e até características. Ao chegar em seus 12 anos, na mão de cada pessoa surgia uma marca em forma de flor e conforme a pessoa fosse crescendo e se desenvolvendo, seu Path também faria. Com ele, não havia sido diferente.
Aquele local o acalmava, o deixava distante de todos, em silêncio, longe de treinamentos ou missões.
-Ei, Big Ben, vou para casa por hoje, se cuide, hein? – Com sua voz rouca, ele despediu-se do Sino guardado dentro da Clock Tower.
Então, o rapaz pulou lá de cima e no instante seguinte, desapareceu...
