Disclaimer : todo mundo ja sabe, Naruto não me pertence, pertence ao Kishimoto-sensei, somente o Kakashi-sensei me pertence.

fic Rate M: por conter cenas de sexo ( sim vai ter hentai)

Por favor, antes de lerem a fic, ou até mesmo para esclarecr algumas coisas, leiam uma nota que eu deixei no final desse texto! Muito obrigada!

Boa leitura!

Ele deixou que a brisa marítima lhe fustigasse o rosto. Os olhos fechados, o rosto sem expressão, as mãos no bolso da calça jeans preta.

O mar estava agitado, notou ele. As ondas arrebentavam sobre a areia branca da praia, num eterno ir e vir, a lua crescente exibia um tom azulado, enquanto as estrelas brilhavam no céu em prata.

Mas, o que realmente prendia o olhar daquele homem, o que sempre hipnotizava Uchiha Sasuke: era o mar. O som contínuo do mar, como se fosse o coração de tudo pulsando num ritmo constante e interminável. Solidão e poder era aquilo que o mar representava para Sasuke, duas coisas da qual aquele homem se orgulhava de possuir.

Despertando do transe momentâneo, Sasuke deu as costas ao mar, percorrendo o mesmo trajeto que fizera até ali. Não havia ninguém na praia, mesmo sendo uma noite agradável de primavera. As avenidas que ladeavam a orla da praia estavam iluminadas e cheias de movimentos pelo ir e vir, dos carros em alta velocidade.

Chegando a calçada, Sasuke sacudiu os sapatos de grife, tentando eliminar um pouco da areia. Ele detestava areia, principalmente quando ela estava debaixo da sola de seus pés. Irritado com o próprio descuido, Sasuke ajeitou o paletó preto que usava sobre uma camiseta também simples e preta. Sasuke era o tipo de homem que gostava de se vestir com cores sóbrias. Tendo um gosto apurado para roupas, e um corpo admirável, ele era o tipo de pessoa que dificilmente passaria despercebido em qualquer lugar.

Atravessando cuidadosamente, sobre a faixa de pedestres, Sasuke alcançou a calçada do hotel que tinha vista diretamente para o mar, onde ele estava hospedado.

Passando pela porta giratória, e sem se impressionar com a decoração em estilo clássico do lugar, com seu lustre de cristal, e cadeiras e estofadas em dourado e vermelho carmim, Sasuke caminhou para o salão de festas tendo os passos abafados pelo tapete, luxuosamente bordado.

Em frente ao bar tender, o moreno pediu um Martini, vendo a bebida lhe ser preparada rapidamente, pelo empregado do hotel.

Com o copo baixo feito de vidro muito fino, preenchido pela bebida, de cor âmbar, Sasuke levou-o aos lábios apreciando, o gosto forte e amargo.

Relaxou sentando em uma das cadeiras vazias do lugar, onde apenas alguns hóspedes se encontravam. O som baixo do jazz preenchia o lugar, emprestando um clima ainda mais sofisticado. Batendo o pé no ritmo da musica, Sasuke viu quando sua convidada entrou no salão atraindo para si todos os olhares.

Ana About usava um vestido colado ao corpo que lhe descia até os joelhos, o decote profundo era insinuante e sexy. As sandálias de salto finíssimo andavam com firmeza acompanhadas por um par de pernas, bronzeadas e torneadas. Os cabelos cor de chocolate caiam ondulados sob um rosto estreito, os olhos amendoados, eram proporcionais ao nariz, fino e levemente arrebitado. Realmente ela era, uma mulher deslumbrante, pensou Sasuke consigo mesmo mais uma vez.

- Vejo que começou a festa sem mim – comentou Ana aproximando-se do moreno, e tomando-lhe o copo das mãos.

- Estava ansioso para que você chegasse.

A mulher sorriu, de forma graciosa mostrando dentes muito retos.

- Pensei que não tivesse mais tempo pra mim – disse Ana.

- Sempre tento tempo, para as coisas que realmente me importam.

- Quanto tempo pretende ficar aqui na Califórnia? – perguntou Ana bebericando o Martini de Sasuke.

- Ainda não sei, pelo menos mais uma semana, gosto muito daqui – respondeu o moreno pegando sua bebida de volta.

- E como vai o trabalho?

- Pensei que não fossemos falar de trabalho hoje.

- Desculpe – sorriu Ana – é força do habito sempre falar de trabalho.

- Vamos falar de você essa noite.

- Você já sabe quase tudo sobre mim meu bem, e nunca é bom um homem saber demais sobre uma mulher.

Sasuke sorriu para a mulher a sua frente, admirando-a.

- Podemos fazer o que você quiser então.

- Que tal um bom vinho, depois um ótimo restaurante... Bem veremos depois como a noite termina.

- Podemos ter um bom vinho, e um ótimo jantar aqui mesmo, na minha suíte.

- Você realmente nunca perde tempo, não é Sasuke?

- Nunca – respondeu o homem roubando os lábios da mulher, apreciando o gosto adocicado, misturado com o amargo da bebida.

Foi com certa irritação, que Sasuke percebeu o toque de um celular.

- Acho que é o seu – resmungou Sasuke, com os lábios colados aos de Ana.

- Só um minuto – murmurou a moça, abrindo a bolsa de mão e colocando no ouvido o aparelho prateado.

Enquanto falava ao celular, Sasuke aproveitou para pedir mais um Martini. Ele estava tomando um pequeno gole, quando percebeu Ana guardando o celular na bolsa.

- Sasuke – disse Ana, com a voz aflita – lamento, de verdade, mas, teremos de cancelar nosso encontro.

- Aconteceu alguma coisa?

- Sim, a babá que cuida do meu filho acabou de me ligar, infelizmente vou ter que voltar agora.

- Claro – respondeu Sasuke interiormente contrariado.

- Não fique chateado – disse Ana sorrindo – teremos até você ter de ir embora.

Sem responder, Sasuke sorriu tentando disfarçar o desapontamento.

- Nos vemos depois querido – e dizendo isso Ana depositou um beijo de leve, sob os lábios do moreno e saiu do salão rapidamente.

Irritado e deprimido, Sasuke não viu mais motivo nenhum de ficar no salão, deixando o Martini quase intocado sobre o bar tender, Sasuke subiu de elevador para sua suíte. Os planos de terminar a noite com uma mulher linda e fogosa na cama tinham ido por água abaixo. E ele se encontrava sem animo nenhum de procurar outra mulher atraente para lhe fazer companhia.

Se sentido frustrado e contrariado, o rapaz abriu a porta de seu quarto, atirando o paletó sobre a primeira poltrona que encontrou, ainda não havia jantado, e nunca sentia fome quando estava sozinho. Parando em frete a sacada, que dava de vista para o mar, o rapaz sentiu os ânimos irem voltando ao normal. Era um homem simples, que presava poucas coisas na vida, entre elas a companhia feminina vinha num dos primeiros lugares, logo abaixo de trabalho.

Sasuke era o típico homem que nascera para trabalhar, não porque aquilo lhe traria fortuna, já que ele não precisava disso, vinha de uma família rica, que sempre lhe dera tudo o que quisera, mas porque simplesmente adorava o que fazia. Achar rostos bonitos para Sasuke era um dom.

Agenciador de uma das mais famosas agencia de modelo da Europa, Sasuke viajava o mundo em busca de rostos exóticos, extremamente lindos e deslumbrantes, e os tornava-os conhecidos em todo mundo.

Era um trabalho extremamente compensador para Sasuke, nunca ter que ficar muito tempo em algum lugar, estar rodeado de mulheres lindas e atraentes, participar das festas mais badaladas do planeta, circular entre os famosos e desejados, e ainda por cima ganhar uma pequena fortuna por isso. O homem de cabelos negros poderia se aposentar, e viveria extremamente bem até o fim da sua vida, graças ao seu pequeno pé de meia.

Mas, Sasuke não pensava em se aposentar, ainda era novo e o mundo muito grande, queria viajar conhecer lugares novos, experimentar novos sabores, conhecer novas e lindas mulheres, e viver em total liberdade, até que a própria liberdade começasse a enjoá-lo. Realmente ele era um homem de sorte.

Deixando de lado mais uma vez, o mar, Sasuke arrancou a própria roupa ficando a apenas de cueca. Mesmo sob o frio mais rígido aquele sempre seria seu único traje de dormir.

Ligou o pequeno e moderno lap top deixando-o sobre a mesinha de centro do quarto, lembrou-se que estava com o celular desligado, ligou o aparelho deixando de qualquer jeito ao lado do computador. Deu uma olhada na caixa de seus e-mails apenas para constatar que não havia nada de novo.

Levantou-se e desarrumou a cama em estilo colonial do quarto, entrando sobre os lençóis de seda e cetim, o atual livro preferido estava com a pagina marcada, em cima da mesinha de cabeceira da cama. Abrindo-o onde parara, Sasuke deixou-se se envolver por mais um de seus prazeres: a leitura.

OoOoOoOoOOOoOoO

Aquele barulho realmente o estava incomodando, mas ele não fazia idéia de onde vinha. Era algo extremamente familiar e irritante. Sentindo-se completamente enraivecido, Sasuke abriu um olho apenas para constatar que adormecera de qualquer forma sobre o livro que estava lendo. O celular estava tocando, continuamente tremulando sobre a mesinha de centro onde o deixara. Praguejando em voz alta, o moreno levantou-se da cama. Quem seria o maldito para estar lhe telefonando às três da manhã?

Esfregando um dos olhos, tentando espantar o sono, Sasuke abriu o aparelho, não reconheceu o numero o que o deixou ainda mais irritado.

- Alô – falou ele com voz de poucos amigos.

- Me responde uma coisa – disse uma voz muito conhecida, que fez o estomago de Sasuke despencar dentro de seu corpo – por que você tem um celular, já que o mantém desligado ou nunca o atende?

- Kakashi? – perguntou o moreno pensando que talvez aquilo pudesse ser um sonho.

- Ainda lembra-se do nome do seu irmão, isso é quase um milagre.

- O que foi? Por que está me ligando as três da manhã?

- Onde você está? – perguntou Kakashi, do outro lado da linha telefônica.

- Califórnia.

- Preciso que volte pra casa, Sasuke – respondeu a voz de Kakashi, muito seria – preciso que volte agora mesmo.

- Você só pode ta brincando! Eu to trabalhando, não posso pegar um avião e voar para a Escócia.

- Pode sim, e tem que fazer isso o mais rápido possível.

- Algum motivo em especial? – perguntou Sasuke ironicamente.

- O nosso pai está morto.

Ouvir aquilo, daquela forma, teve o mesmo impacto que levar um soco na boca do estomago. Sasuke segurou com força o encosto do sofá que estava do seu lado direito. Não era possível que ele estivesse morto, tinha que ser uma brincadeira de mal gosto de Kakashi.

- Olha se isso é uma brincadeira, eu num to achando graça nenhuma – disse Sasuke irritado.

- Não estou brincando. Ele morreu hoje de manhã, ataque cardíaco. Foi fatal.

- E onde você estava Kakashi? Onde estava que não levou ao medico?

- Eu também trabalho irmãozinho, se já se esqueceu. Pelo menos eu estou aqui e não na Califórnia.

Sasuke segurou a imensa vontade de mandar o irmão a um lugar não muito civilizado.

O silencio entre os dois era incomodo.

- Você já avisou o Gaara? – perguntou Sasuke

- Ainda não, aquele desgraçado não deu o telefone dele pra mim. Eu nem sei onde ele está Sasuke, não sei como avisa-lo.

- Eu tenho o telefone dele.

- Realmente pensei que nosso querido irmãozinho caçula, deixaria o telefone dele com você.

- Não é hora para ironias Kakashi.

- OK – respondeu o outro homem do lado da linha.

- Vou passar o telefone do Gaara pra você – respondeu Sasuke – tente acha-lo, amanhã de manhã vou pegar o primeiro avião para a Escócia.

- O enterro vai ser daqui dois dias – avisou Kakashi, pelo telefone – estou acertando tudo, ele deixou um testamente, vai ser lido quando nos três estivermos reunidos.

Sasuke não achou palavras para responder.

- Ele falou alguma coisa pra você Kakashi – perguntou Sasuke – antes de morrer?

- Nada. Nenhum de nós estava aqui.

Mais uma vez o silencio foi à resposta.

- Te vejo amanhã então a noite, eu acho – disse Kakashi.

- Até amanhã.

E sem dizer mais nada Sasuke desligou o celular.

O mundo parecia ter ficado cinza notou Sasuke. Era como se de repente um buraco tivesse sido aberto bem no meio de seu peito.

O grande Jiraya, o lendário Jiraya de longos cabelos brancos estava morto. Parecia uma piada de extremo mau gosto.

Quando fora mesmo a ultima vez que eles haviam se falado? Quando foi mesmo a ultima vez que haviam se visto? Sasuke não se lembrava, e aquilo era extremamente incomodo.

Jiraya não era seu pai de biológico. Ele sempre soubera aquilo. Mas Jiraya havia sido o homem que lhe ajudara no momento em que ele mais precisara, havia sido o único que lhe estendera a mão. E agora ele estava morto. Simples assim.

Tentando espantar a imagem do cadáver do pai da mente, Sasuke passou a mão nos cabelos rebeldes e extremamente negros para se acalmar.

Ele sabia que não ia mais conseguir dormir. Então era melhor fazer alguma coisa, ocupar o mente com algo, ou ia acabar enlouquecendo.

Levantou-se e num segundo havia arrumado a mala. Sasuke fizera tanto aquilo, que já tinha uma certa pratica.

Do telefone do hotel, discou o numero da recepção e pediu para a atendente noturna, que lhe reservasse uma passagem para a Escócia no primeiro vôo da manhã seguinte.

Em seguida começou a fazer o que precisava ser feito, deixou e-mails para alguns contatos importantes cancelando tudo. Ele estaria ocupado, durante a próxima semana. Coisas de família. Ele estava viajando para a Escócia.

Olhou o relógio sobre a mesinha ao lado da cama apenas para constatar, que o tempo estava passando de forma lenta, apenas meia hora, só haviam se passado meia hora desde que soubera que o pai estava morto.

Sasuke se lembrava perfeitamente do dia em que o conhecera...

OoOoOoOoOoOoOoOoOoOoO

Um garotinho de cara emburrada se balançava preguiçosamente no balanço feito de um velho pneu de borracha pendurado por uma corda naquela arvore.

Ele detestava aquele lugar. Detestava todas aquelas pessoas, detestava principalmente o irmão. O irmão era o culpado de tudo. O irmão tinha que pagar.

Eram esses os pensamentos que permeavam a cabeça do pequeno Sasuke, naquela época com oito anos de idade.

Sentado no balanço de borracha, o garotinho olhava para os próprios pés, não viu quando aquele homem se aproximou.

A primeira impressão que Sasuke teve de Jiraya era que ele realmente era um homem alto. Vestindo uma calça jeans despojada e uma simples camiseta branca, ele parecia um hippie fora de época, com aquele cabelo absurdamente longo preso num rabo de cavalo baixo.

- Belo dia pra se balançar – disse Jiraya de uma forma muito empolgada.

O garotinho não respondeu.

- Você, não sabe falar, ou prefere não falar comigo?

Sasuke ergueu os pequenos olhos, tão negros quanto seu cabelo, olhando o estranho em desafio.

- Você não é parecido com seu pai, Sasuke.

Aquilo chamou a atenção do pequeno Sasuke que pulou do balanço.

- O que você quer? – gritou o garoto – Como conhece o meu pai?

- Eu e seu pai fomos amigos, há muito tempo atrás.

- Meu pai ta morto, morto! Meu irmão matou ele, matou todo mundo! Eu vou matar o meu irmão!

A historia da chacina do clã Uchiha estava estampada na primeira pagina de todos os jornais do Japão. O fato de o próprio irmão ter sido o autor da tragédia chocara o país inteiro, o único sobrevivente era o irmão caçula.

- Eu sei que seu pai está morto. E sei também que você, não vai matar seu irmão.

- QUEM DISSE QUE EU NÃO VOU? – gritou dessa vez um Sasuke ainda mais irritado – QUEM É VOCÊ PRA ME DIZER O QUE EU VOU OU NÃO FAZER?

-Prazer – respondeu Jiraya estendendo uma mão enorme para o garoto – meu nome é Jiraya, e eu vou ser o seu tutor a partir de agora.

A frase soou de forma tão simples que a única reação de Sasuke foi arregalar os olhos.

- Eu não vou embora com você. Vou ficar aqui esperando o meu irmão voltar, e quando ele voltar eu vou matá-lo!

- Você quer realmente continuar a morar nesse orfanato?

O menino não respondeu apenas abaixou a cabeça e continuou a olhar os tênis enlameados.

- Você deve estar se sentindo muito ódio, para querer estar querendo matar a única pessoa que lhe resta da família. Isso é muito triste – disse Jiraya.

- Cala a boca! – gritou Sasuke.

O homem de cabelos brancos como algodão, apenas sorriu na direção dele.

- Não vou obrigá-lo a vir comigo Sasuke, isso não seria algo muito legal de se fazer, mas, caso queira sair desse lugar eu tenho uma casa muito legal, e você pode ir morar lá comigo.

- Eu não quero!

- Mas, você nem, viu a casa. Tem um grande espaço verde e se você andar um pouco vai chegar até uma pequena enseada que da para o mar.

O garotinho virou o rosto, tentando não demonstrar interesse.

- Você já viu o mar Sasuke?

- Não.

- E quantos anos têm? – perguntou Jiraya.

- Oito.

- Pois então já está mais do que na hora de vê-lo rapazinho.

- Eu não quero ir embora com você! – exclamou Sasuke.

- Lamento Sasuke – respondeu Jiraya e ele realmente parecia estar chateado – mas há certas coisas que não queremos fazer, mas precisamos...

OoOoOoOoOoOoO

E foi assim que Sasuke acabou indo morar numa mansão do outro lado do mundo com Jiraya. Mais precisamente na Escócia, um país repleto de colinas, palácios medievais, igrejas antigas, chalés no meio do nada, charnecas até onde a vista alcançava, e o balido constante das ovelhas pastando. Tudo absolutamente tudo, diferente do Japão.

No começo Sasuke lembrou-se que detestou o lugar, a comida as pessoas aquela língua. Sentia-se rodeado de alienígenas, sendo obrigado a fazer coisas que ele detestava.

Ele detestou, quando Jiraya lhe disse que ele teria um irmão. E detestou mais ainda quando viu um Kakashi adolescente brincando com os cães no quintal da casa. Reparou que os cabelos do garoto eram grisalhos, que lhe dava um efeito muito chamativo, mas como se aquilo ainda não bastasse, ele usava um pano que lhe cobria o rosto deixando a mostra apenas os dois olhos castanhos visíveis.

Sasuke detestou-o por ser tão estranho.

Houve apenas duas coisas da qual ele gostou. Da casa, e do mar.

A casa era enorme, totalmente construída na pedra, uma pedra cinza escura antiga gasta pelo tempo e pela ação do vento. Lá dentro podia-se se perder nas infinidades de quartos que havia, todos com moveis em madeiras. Havia quadros, em quase todos os lugares, quadros de mulheres dançando com vestidos etéreos, com cenas de batalhas, com rostos muito brancos e de gente estranha, e outros quadros apenas com milhares de cores e sem lógica nenhuma.

Logo depois atrás da casa, havia uma sucessão de colinas sem fim, mas se você andasse, durante quinze minutos, sempre em frente você veria o começo da costa, e lá embaixo o mar de cor escura batendo na praia que não era feita de areia, mas de pedras. E ali, acima das colinas, onde o vento fustigava mais forte as ondas, e o cabelo revolto do garotinho de oito anos, foi que Sasuke realmente gostou de estar.

Então com o lento passar do tempo, ele aprendeu a língua, e se acostumou com a comida, muito mais calórica, aprendeu a conviver com o irmão adotivo, e não acha-lo tão estranho. E começou a gostar de Kakashi, quando o rapaz lhe presenteou com um cachorro no seu aniversario de 16 anos. Foi naquele ano que Gaara, o irmão caçula, e segundo filho adotivo de Jiraya chegou para morar na mansão de pedra. E Sasuke odiou-o somente no inicio.

E de repente para o rapaz com os cabelos negros como as asas de um corvo, o passado começou a ficar para trás, Itachi, a chacina de sua família, a vingança, tudo parecia parte de um passado distante, quase como um sonho ruim.

E sempre que o ódio voltava, então havia o vento, o mar... E Jiraya.

Jiraya sempre estava presente. Lembrou-se Sasuke sentado na cadeira daquele hotel na Califórnia vendo o sol nascer. Ele era como aquela casa, construída nas raízes das colinas da Escócia. Duro feito pedra, inabalável pelo vento, e com o passar do tempo ainda mais forte se tornava. Para Sasuke Jiraya iria viver pra sempre, naquelas colinas como aquela casa. Mas, ele lembrou-se que o pai adotivo estava morto. Ele nunca mais iria pisar naquele chão de madeira, ou olhar aqueles quadros estranhos, ou respirar o ar das colinas e nem mergulhar os pés naa água salgada e absurdamente gelada daquele mar. Jiraya estava morto. E não voltaria nunca mais.

Finalmente Sasuke começava a perceber, que havia perdido uma das únicas pessoas importantes em sua vida.

OoOoOoOoOoOoOoO

Era fato. Sasuke odiava ter de viajar de avião. Não porque a altura o incomodava ou algo do tipo, apenas porque o espaço era pouco, a viagens sempre pareciam longas, a comida era péssima, e todos os passageiros pareciam animados ou ansiosos; menos ele.

Tentando esquecer, do fato que havia ficado acordado a maior parte da noite, Sasuke tentou se acomodar na poltrona do avião, esperando que aquelas cinco horas de vôo, passassem o mais rápido possível.

Foi com certo alivio que ele sentiu o tão conhecido "frio no estomago" quando o avião ganhou altitude perfurando as nuvens mais baixas no céu.

Depois de algum tempo, quando os pensamentos de Sasuke estavam confusos e enevoados, quando a lógica já começava a lhe abandonar por completo, que ele finalmente conseguir adormecer exausto.

Sasuke acordou algumas horas depois sendo chacoalhado levemente, por uma das sempre simpáticas e sorridentes aeromoças. O rapaz sorriu em agradecimento e tratou de sair o mais rápido possível do avião.

No aeroporto de Edimburgo, o rapaz não parou para pensar no que fazer, conhecia muito bem aquela cidade, não reparou no sol que se punha calmamente no horizonte. Na saída do aeroporto pegou um táxi e foi até a estação de trem da capital, ainda estava no meio da viagem, seriam três horas de trem até chegar a Arbroath.

Sentado na confortável poltrona do trem, Sasuke sentia-se completamente zonzo devido, ao fuso horário, saíra da Califórnia bem cedo, e provavelmente estaria chegando em casa por volta das 8 da noite, aquilo era de pirar qualquer um.

Olhou a paisagem que se desenrolava rapidamente diante de seus olhos, há tão costumeira nevoa do por do sol, pairava por sobre as colinas que se erguiam misteriosamente recortadas no horizonte. Aqui e ali podia se ver alguns bosques de teixos e bétulas, um ou outro rebanho de carneiro pastava calmamente enquanto o trem dava as costas, para o movimento e agitação da capital e seguia em direção a região rural da Escócia.

As três horas de viagem passaram lentamente para Sasuke, que tentou evitar todos os pensamentos lendo o livro que trouxera consigo, no final da viagem ele já estava cansado, esgotado e muito irritado, o que realmente era um perigo.

Desembarcou na estação simples e singela de Arbroath, sem sequer reparar no lugar estava achando aquela volta muito repentina e assustadora, para conseguir sentir-se em casa.

Alugou um carro, numa agencia responsável por isso no centro da cidade. O carro era vagabundo e não valia o preço, mas era a única coisa que levaria o moreno até onde estava Kakashi, a casa que pertencera a Jiraya e onde ele morara durante toda uma parte da infância e da adolescência, que ficava a 5 km ao sul da cidade de Arbroath.

Lá fora a noite descera por completo, trazendo consigo uma bruma rala que se desenrolava pelo chão da estrada. Não se podia ver nada a não ser a estrada iluminada pelas faróis do carro.

Foi sentindo um grande alivio que Sasuke divisou, a silhueta da mansão sobre uma das maiores colinas daquela região. A casa parecia ainda mais impenetrável vista daquele ângulo, como um castelo medieval cercado, por um fosse e um grande e compacto muro.

Pisou ainda mais no acelerador forçando o carro ao máximo, para que pudesse chegar lá o quanto antes. Contornou de forma rápida, a pequena estrada de terra que dava acesso a mansão, não gostando de enxergar tudo apagado dentro da casa. Já era pra Kakashi estar ali.

Estacionando o carro, ao lado da mansão Sasuke contornou o jardim e tentou forçar a grande porta de carvalho. Quis chutá-la e coloca-la abaixo quando percebeu que ela estava trancada. Quando ele, encontrasse o irmão mais velho, ia estrangulá-lo de forma lenta e dolorosa.

Perdido e sem saber o que fazer no meio da zona rural da Escócia Sasuke sentou-se sobre o grande capacho que ficava sob a entrada da mansão e esperou que algo acontecesse. Ficou mais do que surpreso quando algo, realmente aconteceu.

Viu a silhueta de alguém se aproximar, contornando a mansão. Com a noite escura e sem lua no céu foi difícil saber quem era, até que a voz na escuridão identificou seu dono.

- Pretende ficar ai a noite toda, ou será que dá pra vir aqui? – perguntou Kakashi.

Sentindo-se novamente muito irritado, o moreno foi até o carro e tirou de lá uma mala media. Começou a acompanhar o irmão mais velho no escuro.

- Por que a casa ta trancada? – perguntou Sasuke tendo dificuldade em carregar a própria mala que estava pesada, e acompanhar o passo do irmão mais velho.

- Talvez seja porque ninguém mais viva lá.

- A casa era onde nosso pai vivia – respondeu o moreno ainda mais irritado.

- Não nos últimos anos.

A face de Kakashi foi iluminada subitamente pela luz de uma lâmpada colocada na frente de um pequeno chalé aos fundos da mansão. Aquilo não existia quando Sasuke tinha ido embora de casa.

- Nosso pai construiu – respondeu o grisalho – logo depois que nos três fomos embora, ele me disse que a mansão havia ficado grande demais só pra ele.

Sem saber o que responder, Sasuke passou pelo espaço deixado pelo irmão entrando numa pequena cozinha apertada e muito quente. A pia era de mármore vagabundo e os armários pendurados na parede eram de madeira, que tinha sido pintada de branco. A mesa não muito grande e quadrada, era também de madeira com cadeiras baixas e bem entalhadas, havia uma geladeira antiga e um fogão pequeno. Deixando a mala no caminho, Sasuke caminhou para o próximo cômodo, havia dois sofás de couro muito antigo, duas mantas de xale estavam jogadas sobre eles de qualquer forma, o tapete vermelho parecia muito velho e estava empoeirado, havia jornais, da semana passada, espalhados por toda a sala. Algumas folhas de papel estavam empilhadas sobre uma precária mesinha de centro, no meio do tapete. A letra, apreçada e dobrada ligeiramente para a esquerda, era com certeza de Jiraya, notou Sasuke.

- Eu não toquei em nada – anunciou Kakashi atrás do irmão – está tudo como ele deixou.

Virando-se o Sasuke encarou pela primeira vez, depois de quatro anos o irmão adotivo mais velho.

Ele estava diferente notou o moreno. Usava um terno cinza, que lhe caia perfeitamente por sobre o corpo alto e esguio, os cabelos tão exóticos e cinza continuavam da mesma forma, assim como a tão costumeira mascara negra sobre a face, revelando apenas dois olhos castanhos muito perspicazes. Ele parecia cansado. Esgotado achou Sasuke, o paletó um pouco amassado e a gravata quase que completamente desfeita.

- Você já avisou o Gaara? – perguntou o moreno parando de avaliar o irmão.

- Sim. Ele disse que vai chegar aqui amanhã bem cedo, adivinha onde ele estava?

- Não faço idéia.

- No Egito de novo.

- Por que isso mão me surpreende? – perguntou Sasuke puxando uma das cadeiras e sentando-se na precária mesinha da cozinha.

- Por que Kakashi? – disse Sasuke encarando o grisalho – sofás velhos de couros, chalés coloridos... Isso não faz o estilo dele... Por que ele não continuou a morar naquela mansão? Aquilo sim fazia o estilo dele.

- Nos últimos anos ele mudou Sasuke. Ficou mais reservado, estava ficando velho e não queria admitir isso. Acho que o fato de nos três termos ido embora e moramos tão longe afetou muito ele.

- Você continuou morando aqui – exclamou Sasuke.

- Mas eu não o via com freqüência. Raramente nos falávamos. Todos, nós nos distanciamos dele.

Sasuke não respondeu. Ainda não conseguia assimilar o fato de o pai estar morto.

Ambos ficaram em silencio, ouvindo apenas o vento correndo livremente pelas colinas.

- O enterro vai ser amanhã – anunciou Kakashi – por volta das 5 horas da tarde.

- Espero que o Gaara chegue a tempo.

- Ele vai chegar – confirmou Kakashi – acho melhor nos dois irmos dormir. Você fez uma longa viagem.

- Quantas quartos tem nesse chalé? – perguntou Sasuke interessado repentinamente.

- Um e um sofá.

- Isso significa que alguém vai ter que ficar com o sofá.

O grisalho ergueu uma sobrancelha.

- Você fica com o sofá Kakashi, eu não viajei da Califórnia até aqui, pra dormir no sofá.

- Pode ficar com a cama, pelo menos essa noite.

O moreno concordou com a cabeça, e se dirigiu para a porta que ficava ao lado da sala. Não quis pensar em nada, muito menos em reparar no lugar onde o pai vivera seus últimos dias, estava cansado e esgotado, e todo aquele pesadelo dava sinais de que não iria, acabar tão cedo.

Embrulhando-se numa coberta, Sasuke dormiu quase que instantaneamente.

OoOoOoOoOoOoOoOoO

O sol invadiu a janela do quarto de Sasuke, que teve dificuldades de se lembrar onde estava depois de abrir os olhos. Quando o quarto finalmente entrou em foco, todo o dia anterior voltou a sua mente. O moreno quis virar para o lado e continuar dormindo pelos dias indefinidamente.

Com o sol batendo-lhe diretamente no rosto, o rapaz constatou que não ia conseguir continuar a dormir. Olhou o relógio de pulso importado, constatando que já eram nove da manhã. Não adiantava continuar na cama.

Enrolando uma das cobertas nas costas, devido ao frio matinal, Sasuke olhou pela janela. O chalé dava para o sul da mansão, naquela hora da manhã tudo estava coberta pela densa neblina que iria se dissipar enquanto o sol fosse subindo no céu.

Abrindo a porta e tentando não tropeçar na coberta que cambaleava entre suas pernas, Sasuke foi até a cozinha, vestindo apenas a calça jeans e a blusa de frio preta. Como dormira na noite anterior.

- Bom dia – cumprimentou Kakashi, sem tirar os olhos do jornal.

- Eu preciso de café.

- Não tem café.

- Mas eu preciso de café! – anunciou Sasuke com mais ênfase.

- Faça, então – disse Kakashi ainda sem tirar os olhos do jornal – deve ter pó de café em algum lugar por aqui.

- Eu não sei fazer café Kakashi!

- Toma vergonha na sua cara e aprenda então.

- Kakashi eu não to brincando eu quero café!

- Nem eu to brincando, quando digo que se você quer, vai ter que fazer.

O moreno lançou um olhar mortal para o grisalho, e atirou a coberta por sobre uma das cadeiras da mesa. Começou a vasculhar os armários em busca de pó de café.

- Será que da pra da pelo menos uma dica de como se faz? – perguntou Sasuke segurando uma caneca em uma mão, e o pó de café em outra.

- Como você sobreviveu até os 23 sem saber fazer café? – perguntou Kakashi.

O moreno não respondeu.

- Coloque a água pra ferver.

Resolvido não discutir até ter tomado, o liquido precioso Sasuke seguiu todas as instruções do irmão grisalho, até colocar num copo a bebida, marrom, sentindo o calor passar por seus dedos. Deu o primeiro gole, e fez uma careta horrível.

- Isso ta péssimo! – exclamou Sasuke.

- É porque é café forte.

- Eu detesto café forte.

- Eu gosto – disse Kakashi.

Naquele momento Sasuke só não voou para o pescoço do irmão a fim de estrangulá-lo porque alguém abriu a porta com grande violência.

Os cabelos ruivos tinham sido balançados pelo vento matinal e pareciam ainda mais rebeldes. O tom de pele pálido continuava o mesmo. Sasuke achou que a única mudança em Sabaku no Gaara tinha sido o brilho nos olhos absurdamente verdes, que estava ainda mais intenso.

- Café. – foi à primeira coisa que Gaara disse largando a mala na entrada com a porta aberta.

Pegou o copo da mão de Sasuke e bebeu todo de uma vez. Soltou um suspiro de puro prazer, e olhou novamente pra os dois irmãos.

- O café ta bom quem foi que fez?

- O Sasuke – respondeu Kakashi.

O moreno continuou a olhar o ruivo incrédulo.

- Por que a mansão ta fechada? Por que construíram um chalé aqui atrás?

- Foi o nosso pai – anunciou Kakashi mais uma vez em tom neutro.

Gaara não respondeu. Ele nunca havia contrariado as idéias de Jiraya.

- Onde você tava? – perguntou Sasuke.

- No Egito.

- O que tava fazendo lá Gaara?

- Pintando oras.

- Pintando no Egito de novo? – perguntou o moreno incrédulo.

O ruivo não respondeu, apenas virou para Kakashi, e perguntou.

- Que horas vai ser o enterro?

- Às cinco da tarde.

- Preciso dormir. Alguém me chame às 4 da tarde.

- Ei Gaara volte aqui – exclamou Sasuke.

Mas, ruivo apenas ignorou o chamado do irmão adotivo, e fechou a porta do quarto. Deixando um Kakashi absorto na leitura do seu jornal, e um Sasuke completamente paralisado.

- Se você espera sobreviver ao dia de hoje – anunciou Sasuke para Kakashi – é bom me preparar uma garrafa de café bem doce.

OoOoOoOoOoOoOoOO

Às cinco horas o pequeno cemitério da cidade de Arbroath, estava lotado. Amigos próximos, amigos distantes, conhecidos, quase toda a cidade comparecera no enterro de alguém tão querido como Jiraya havia sido.

As pessoas usavam roupas pretas, e todos ali tinham expressões tristes nas faces.

Sasuke, Gaara e Kakashi ficaram parados ao lado direito do caixão, enquanto o padre, dizia as ultimas palavras.

O moreno achou que todas aquelas palavras, não faziam jus ao pai adotivo. Nada, nem ninguém poderiam explicar como aquele homem conseguira ser tão incrível. As palavras eram inúteis em momentos como aquele.

Nenhum dos irmãos procurou consolo em no outro. Muito menos disseram algo, cada um encarou aquilo de forma absolutamente particular.

Quando o caixão foi abaixado e a cova, preenchida pela terra marrom escura as pessoas começaram a levar suas condolências aos irmãos. No meio da multidão Sasuke viu uma mulher com olhos cor de perola e cabelos, longos lisos e negros. Tentou lembrar de seu nome, mas não conseguiu. Esperou que ela viesse lhe dar as condolências, mas ela não veio atiçando ainda mais a curiosidade do moreno.

Os devaneios de Sasuke foram interrompidos por Kakashi, enquanto acompanhavam as outras pessoas saindo do cemitério naquele fim de tarde de primavera.

No caminho de volta ao pequeno chalé atrás da mansão, Sasuke pode observar a paisagem da cidade. Tudo continuava da mesma forma que ele se lembrava, as casa de telhados de varias cores, num estilo clássico com janelas abertas para a rua. As arvores que estavam carregadas de flores. De um lado podia se ver uma pequena faixa do mar, azul escuro, e do outro as colinas altas e verdejantes no horizonte. Tudo ainda parecia mágico, como da primeira vez que ele colocara os olhos sobre Arbroath.

Era impossível pensar, que aquele não seria mais o lugar de Jiraya, como era impossível pra ele admitir que a mansão estivesse fechada. Tudo aquilo, parecia um interminável pesadelo, muito sem graça.

Tentando evitar esse tipo de pensamento, ou lembrar-se do enterro do pai adotivo. Sasuke largou-se no banco traseiro na Mercedes de Kakashi, admirando o luxo e a potencia do carro. Não ia demorar muito mais e os três estariam sentados, no chalé lendo o testamento de Jiraya e seus ultimo desejos.

Kakashi estacionou o próprio carro bem em frente ao chalé, desceu carregando um envelope pardo debaixo do braço. Sasuke desejou que o frio no estômago não fosse tão intenso.

Os irmãos sentaram-se na mesa precária de madeira do chalé, sem dizerem uma palavra sequer, até Gaara quebrar o silencio.

- Lê você Kakashi, você entende melhor esse negocio de leis.

- Concordo – apoiou Sasuke.

O grisalho tirou as varias folhas de papeis imaculadamente brancas de dentro do envelope e começou a lê-las. Com o passar do tempo, a expressão de Kakashi foi mudando até atingir a total perplexidade.

- O que foi? – perguntou Sasuke mais do que ansioso – mas, que droga Kakashi, fala logo.

- Vocês não vão gostar nem um pouco do que ta escrito aqui.

- Fala de uma vez - ordenou Gaara.

- Bem - começou Kakashi, - o nosso pai deixou toda a herança divida de forma igual pra nos três. Com exceção da casa, que continua sendo um patrimônio familiar, indissolúvel. Ou seja, não pode ser dividida, e nem vendia por nenhum de nós. Pertence somente aos três.

- E o que tem de ruim nisso? – perguntou o ruivo

- Acontece – continuou Kakashi, agora meio vacilante – que nós, só vamos poder usufruir do dinheiro da herança, se os três morarem um ano juntos dentro da mansão.

O frio da boca do estomago de Sasuke aumentou gradativamente. De onde quer que Jiraya estivesse o moreno teve certeza que ele estava dando boas gargalhadas, com aquilo tudo.

- Um ano – falou Sasuke em tom muito serio – Com vocês três aqui na zona rural da Escócia. Traduzindo no fim do mundo. Com vocês três. Isso só pode ser brincadeira.

- Concordo – exclamou Gaara – eu não posso ficar um ano aqui.

- Vocês que escolhem – respondeu Kakashi muito serio – ou a gente vive junto, durante um ano dentro daquela mansão, ou nem um centavo da herança. O testamento foi bem claro.

Sasuke revirou os olhos nas órbitas. O pesadelo parecia não ter mais fim.

Continua...

Nota Da autora 1 : taliana, Deby 20, e Sophia DiLUA eu queria me desculpar porque devido ha alguns problemas fui obrigada a deletar essa historia. Mas, estou aqui repostando ela e para agradecer as reviews que vcs me mandaram anteriormente. Muito obrigada de verdade, e me desculpem por ter tido que apaga-las... Obrigado por terem lido minha fic, e comentando obrigada de verdade. O capitulo 2 num vai demorar muito pra sair por isso esperem mais um pouquinhu. Enfim obrigado por terem comentado e me desculpem mais uma vez. Se for possivel gostaria de continuar recebendo comentarios de vcs. Enfim obrigada e desculpem de novo.

Nota Da autora 2: Mina-san começo aqui, mais um dos meus doidos projetos, essa sera uma fic trilogia, ou seja serão tres historias, com casais diferentes abordados de forma individuais.

A primeira parte vai ser a historia da Hinata com o Sasuke, tendo participações esporadicas dos outros personagens que tambem são muito necessarios para a trama, mas sera HInaxSasu. Vou publicar as fics separadamente e casa uma na categoria de seu casal principal. Mas para que se entenda a historia por completo vcs terão de ler esse primeiro capitulo enorme. :D

A ordem dos casais abordados sera a seguinte:

Primeiro : Hinata e Sasuke

Segundo:Ino e Gaara.

Terceiro : Kakashi e Sakura!

Espero que tenha dado para entender essa nota doida: qalquer duvida me pergutem... e eu respondo. Obrigada desde ja por lerem essa fic:D