Jogos e Desafios

Por Mukuroo

Obs 1: Saint Seiya não me pertence, como todos devem saber. Por ser um fic de Universo Alternativo os personagens deverão sofrer algumas alterações em suas personalidades.

Obs 2: Este é um fic dedicado especialmente à minha querida amiga Akane M.A.S.T., aquela que está presente sempre quando estou escrevendo um fic difícil. Àquela que me enche de porrada quando penso em matar um personagem e que me ajuda sempre com as idéias absurdas que tenho quando quero escrever uma história. O aniversário dela está longe, mas esse fic não é um presente de aniversário porque acredito que não precisamos de uma data especial para presentear alguém. É mais como um agradecimento pelo apoio e pela infinita paciência que ela tem comigo. Beijos, Akane. Te adoro

Obs 3: O casal principal dessa história é Shura e Aiolos. No entanto, não é uma continuação de Proposta Irresistível apesar de que eu recebi alguns pedidos para continuar aquele fic. Essa história é independente daquela, totalmente diferente inclusive se passa em uma outra época. Mas eu a escrevi justamente porque o casal é maravilhoso e eu amo esses dois juntos.

Prólogo

Silver City, Nevada

Março, 1894.

Aiolia Leon Sagitalius fitou as cartas que havia acabado de receber. Três damas e um par de dois. Passou a língua nos lábios e seus olhos cintilaram ante o monte de dinheiro no centro da mesa. Seguro e fácil. Primeiro apostara nas três damas, sem se incomodar com as outras duas cartas que deslizavam na sua direção. Sentiu o coração disparado ao ver a dupla que se aninhava ao lado do trio altivo de sangue azul.

- Acho que vou apostar – ele falou arrastado e empurrou sua última moeda de ouro, que se juntou às outras no amontoado que lhe despertava o desejo.

O homem moreno no lado oposto espiava, silencioso e com olhar semicerrado, e tornava a analisar as cartas que segurava. Depois escondeu as figuras sobre a mesa e empurrou três moedas de ouro em direção à pilha.

- Tem aí alguma coisa de valor que possa apostar, filho? – ele perguntou, com indiferença. – Entrar na rodada pode custar-lhe caro.

Aiolia fitou com desprezo o homem que falava. Era alto e vestia um traje usado de vaqueiro. Há duas horas chegara com ar arrogante naquele local. Depois de obsercar tudo com atenção, entrara no jogo já em andamento. Naquela altura, avaliava o oponente solitário com os olhos escuros. Os outros homens que rodeavam a mesa julgavam, sem comentários, a batalha que se travava entre aqueles dois.

- Não tenho mais dinheiro. – Aiolia confessou, relutante, e abaixou os olhos para o full hand, certo de que seria o vencedor. As cartas queimavam em suas mãos. As damas retribuíam o olhar, triunfantes, ladeadas pelo par.

- Então está fora? – o estranho perguntou sem se mover, ergueu as pálpebras e fixou-se no rosto de Aiolia.

- Tenho metade de uma fazenda em Wyoming. – Aiolia falou sem ao menos refletir e apontou para o bolo no centro da mesa. – Vale mais do que esta pilha toda.

- Paga para ver ou passa? – o desconhecido desdenhou.

O desafio não podia ser ignorado. – Aposto a fazenda. – Aiolia afirmou, antes que a imagem de Aiolos o forçasse a afastar-se da mesa e sair do bar enfumaçado.

- Deixe-me ver a escritura. – o estranho pediu com voz altiva.

- Eu não tenho. – Aiolia admitiu. – Mas assinarei um compromisso de propriedade.

- Existe algum advogado aqui em Silver City? – O homem moreno perscrutou as pessoas reunidas.

- Sou advogado. – Um homem de meia-idade, enérgico e bem vestido adiantou-se por entre a aglomeração e dirigiu-se a Aiolia. – Tem certeza de que deseja fazer isso, filho?

Aiolia anuiu, determinado, apesar das mãos suadas.

- Onde é a fazenda? – o causídico perguntou e tirou do bolso um bloco de anotações. Registrou tudo no papel, enquanto Aiolia escrevia a localização e o tamanho da fazenda A&A, herdada do pai. Depois deixou a agenda sobre a mesa. – Assine aqui. – o advogado ordenou, notando os dedos trêmulos de Aiolia ao pegar o lápis.

O homem que defendia a lei arrancou a folha do bloco. Balançou a página avulsa no ar e depositou-a em cima da pilha de moedas.

O homem do outro lado da mesa passou o dedo na aba do chapéu preto, inclinou-se para a frente e abriu uma quadra de valetes.

- Deixe-me ver o que você tem aí, rapaz...

Continua...

Enfim, é um prólogo afinal. E prólogos são como as introduções... bem curtinhas uhuhuhu. Ok, não me matem. O primeiro capítulo virá o mais breve possível. Estou avisando, se me matarem não tem primeiro capítulo e vocês ficarão só na vontade! Gostaria de agradecer a Akane pela betagem e à P-Shurete que todo dia jogo Olos e Shura comigo pelo msn huahua. Oh, sim, são nesses RPGs yaois que surgem as idéias mais malucas. Beijos a todos os leitores. Muk-chan \o/