Disclaimer:
Os personagens de CSI não me pertencem. São criação de Anthony E. Zuicker e propriedade da CBS e suas afiliadas.
O filme "Pretty Woman" e seus personagens também são de propriedade de seus criadores e produtores. Todos os direitos reservados
Pretty Woman
O toque da campainha fez o corpo de Sara estremecer. Ela nem precisava do olho-mágico para saber quem estava do outro lado da porta. Era ELE! Grissom havia se tornado presença constante em seu apartamento desde que Ecklie sugeriu sua demissão. Ele começou vindo de quando em quando, mas agora as visitas já faziam falta quando falhavam. Ela ponderou se deveria ou não vestir o roupão para cobrir a camisola estampada de cetim azul-celeste que estava usando, mas um novo toque na campainha a fez se dirigir de uma vez para a porta.
- Boa noite, Sara. Posso entrar?
Ele parecia um menino carente com aquele tom de voz e uma carinha indescritível. Ela, que havia posto apenas o rosto para fora , abriu a porta com um sorriso. Ele passou tão encostado que ela pôde sentir o calor do corpo dele. Pôde sentir também o olhar desbravador enquanto estava de costas, fechando a porta.
- Estou atrapalhando? - Ele perguntou, sondando.
- De maneira alguma. - Ela falou, desligando a luz e voltando a se deitar no sofá, controle remoto em punho.
Sara acionou a tecla "play" e fingiu indiferença quando ele discerniu o filme.
- "Uma linda mulher"? Nunca pensei que você fosse dada a romances. - Ele falou, intrigado.
- Eu queria rir. - Ela respondeu sem tirar os olhos da tela. Ele franziu a testa.
- O que está bebendo?
- Água. Aceita?
- Sim.
- Pode se servir, você já sabe onde fica.
Grissom franziu a testa novamente e rumou para a cozinha. Ela estava estranha, muito estranha. Parecia indiferente à presença dele. Não tirou os olhos do filme, não o serviu – como sempre fazia. E a maldita camisola! Nunca havia visto ela assim: cabelos soltos, pés descalços e uma folgada camisola azul de cetim. Ao lembrar da visão, decidiu pegar água gelada. Ela seria útil para aplacar seu ânimo.
- Grissom? Perdido? - Sara perguntou, brincalhona.
- Não. - Falou ele, indo ao encontro dela. - Um lugarzinho pra mim no sofá?
- Uh, uh... quente demais! Vai ter que se contentar com o tapete.
Aquela definitivamente não era a mesma Sara! Ele fez um biquinho e se deitou no tapete, com as costas próximas ao sofá, uma mão apoiando a cabeça. De onde estava, bastava uma olhada para cima para ter a visão completa do corpo curvilíneo dela. [iA noite vai ser dura