Autora: Viola P. Black
Beta: Sem beta
Censura: 15 anos.
Título: Aula de Conhecimentos e Prática das Poções.
N.A: Fic concebida no chat das Sevmaníacs. Aproveitem!
Segunda feira de setembro. Aula de Conhecimentos e Prática de Poções, ou como meus colegas de escola abreviam: Poções. Quinto horário.
Eu poderia dizer que sou mais uma das alunas Corvinais na sala das masmorras, que tenho dezessete anos, ou que estou aqui porque preciso passar no NIEM de Poções; mas não...
Só o que posso dizer agora é que sou uma pessoa tensa.
Estou adiantada; mas em menos de cinco minutos Severo Snape, Profº. Mestre de Poções passará pela porta e nos induzirá a fazer (ou pelo menos tentar) fazer algo parecido com uma poção.
Qualquer que seja a dita cuja eu já sei o resultado; e também o suplício que será fazê-la.
Ele entra na sala, encara a todos da mesma maneira. Indiferença e superioridade é o que o olhar nos indica.
Não para minha pessoa, eu vejo olhos negros e profundos tal como o abismo, encarando todos que ousem atrapalhar sua aula.
Sou passiva, não pacífica! Repito: Passiva.
Observo suas mãos enquanto escrevem anotações e comentários nos trabalhos de outros alunos (sempre usando mais a tinta vermelha que a azul). Ou o nariz quando se aproxima e sente o cheiro das poções nos caldeirões na sala de aula...
O porte sempre ereto enquanto caminha pelas mesas, sempre atento... E eu sempre observando. Um olho no caldeirão e outro nele...
Chega o fim da aula e suspiro aliviada, a postura rígida relaxa, o folego contido se abranda. Sorrio satisfeita, sobrevivi a mais uma sessão de "tortura".
Pego a bolsa, todos já estão saindo da sala. Sorrio imaginando a sobremesa do jantar, me levanto e preparo para sair quando a voz (aquela voz grave) diz:
-Sente-se senhorita Black, precisamos conversar. –Novamente tensa, solto a bolsa sobre a mesa e sento-me rígida na cadeira.
Ele se aproxima, enquanto novamente passiva eu volto a admirar todos os adjetivos que já havia ressaltado: O olhar é profundo, o porte é correto e elegante enquanto move-se. As mãos estendem-se na mesa, muita proximidade, perco a linha de raciocínio que me aconselhava a correr e fugir como se um trasgo estivesse me perseguindo.
Mais perto, mais perto. Oh Merlin!
Ele roça o nariz no meu; um contato leve, mas não breve. E quando finalmente se afasta pergunta:
-É igual a tudo que anda passando por esta mente fértil, Srta. Black? – Sarcasmo, cinismo ou apenas uma pergunta pertinente? Não sei, minha mente está em branco e pensar analiticamente é difícil...
-Não sei. Ainda não tive mostras suficientes para formar uma opinião. –Respondo fraca, mas não mais passiva. Não quando são os meus lábios que procuram os dele...
# FIM #
N.A: Comentários? ^-^
