Disclaimer: Titia JK eu não ganho NADINHA com isso, pelamordemerlin não me processe. Eles continuam sendo seus, somente seus i.i!
Avisos: Essa fic contém Yaoi! Isso significa: Nomenclatura japonesa dada aos relacionamentos homossexuais entre dois (ou mais huhuhu ;x) homens. Se não gosta, NÃO LEIA!
Rating T: de 16 anos pra lá xD
Canela
Enrolado somente em um lençol,(1) já não sabia mais se era a chuva ou as lágrimas, o motivo que molhava o seu rosto. Os pés, de tanto andar depois de ter aparatado em um local qualquer, estavam sangrando e manchando o caminho por onde passava. A varinha, segura firmemente em algum lugar entre sua mão e o lençol, foi a única coisa que conseguiu salvar. Esperava apenas que ele não acordasse nem tão cedo.
– Imundo... – Sussurrou – Acabou com a minha vida.
Um ódio supremo dominou sua alma.(2) Anos de abuso em silêncio, aonde era forçado a responder sorrindo a seu pai um "tudo bem, papai" a cada "Tudo bem, filho?" que seu pai fazia ao voltar de uma de suas longas (até demais) viagens. Ser ameaçado pelo marido de seu pai, por ter amado o antigo inimigo, era o cúmulo. Só lhe restava deixar a casa.
Houve um tempo em que admirou Nott. Ele era refinado, sério e astuto... Um exemplo de como ele poderia ser.
Hoje quisera esquecer. A mente de Nott era obscura, obsessiva e egoísta. Lembrou-se com desgosto de uma das frases faladas nas torturas mentais: "Ainda mais belo que o seu pai". Só agora percebeu que estava machucando as mãos com as unhas.
- Espero ter posto sonífero o suficiente pra te matar, maldito! – Gritou, e logo percebeu o quão sem forças estava. Olhou pros pés e quase caiu, a tontura estava dominando. Olhou em frente e viu uma casa. 'Graças a Merlin, ajuda!'
'Talvez se eu correr...' Os pés logo o lembraram que não era uma boa idéia.
O cérebro começou a trabalhar lentamente, o corpo mole, os olhos embaçando.
'Tal... Vez... Se eu gri...'(3)
Breu.
O bom de andar na chuva é saber que em algum lugar, próximo ou não, alguém faz o mesmo.
Quando Harry levantou a cabeça, viu um anjo caindo. Só pode ser um anjo, certo?
Mas então ele chegou perto. Perto o suficiente pra ver o rosto mais aristocrático, delicado e belo de toda Hogwarts: Draco Malfoy. O coração bateu forte e o pensamento mais rápido foi que se ele nu e molhado daquele jeito ficasse na chuva por mais alguns minutos, poderia morrer.
Pegou-o no colo, e o levou pra dentro. Encheu a banheira de água quente e, com um movimento de varinha, retirou o lençol de Draco e o colocou lá dentro. Não gostou nada de ver aquele corpo, que já foi tão intacto, com marcas de contusões no pulso, unhas pelo corpo, cortes profundos e alguns até feitos por magia... Hematomas por todo o lugar. 'O que diabos aconteceu com você, Draco? Por que não me procurou? Por que não pediu minha ajuda? '
Lavou o cabelo dele, quase branco de tão loiro e curou seus machucados, incluindo os pés. Colocou uma de suas roupas nele, penteou seu cabelo o colocou na cama, cobriu-o e colocou um feitiço de aquecimento. 'Agora ele vai ficar quente.' (4)
Enquanto Draco dormia, Harry aproveitou pra tomar um banho e lembrar-se do motivo que seu coração falhou uma batida ao ver Draco tão abatido e machucado. Nada havia mudado ali dentro, por mais que ele insistira em tirá-lo de lá.
A guerra podia ter acabado, mas Harry ainda sabia usar os feitiços que aprendeu. Depois de ter perdido metade dos amigos de Hogwarts na guerra, mas finalmente acabou com Voldemort na última batalha. Última vez também que viu Draco. 'Faz dois anos, três meses e 17 dias'. (5)
Depois disso, começou a escrever pra tirar a guerra de sua mente. Mas não gostaria que seus livros fossem vendidos somente por que ele era o salvador do mundo bruxo. 'Ou o menino-que-não-morre-nunca, como Draco me chamava'...
Chamava... Nas frases em que Draco estava o verbo sempre tinha a terminação que indicava o passado. Triste realidade. Agora, em seus livros, usava um pseudônimo e ao que lhe parece ninguém tinha percebido isso ainda.
Talvez quando Draco acordar poderá saber o que de fato aconteceu. Isso é, se ele quiser falar.
Quando terminou o banho e se vestiu foi fazer o jantar. Cozinhar agora era um hobby.
'Espero que ainda goste do meu macarrão. '
Dizem que há uma primeira vez pra tudo. E é verdade.
Houve a primeira vez em anos que Draco acordou naquele conforto e sem as dores corporais de costume. Houve a primeira vez que Draco não viu as marcas de abuso por seu corpo, que Nott deixara lá como que para provar a quem ele pertencia. Era também a primeira vez que ele acordava naquele quarto. Mas não era a primeira vez que Draco via aquelas roupas, e com certeza, não era a primeira vez que Draco sentia aquele cheiro característico que fazia seu coração pular.
'Canela... ' Era cheiro de Harry.
Depois de perceber na cama de quem ele estava, ficou mais tranqüilo. Ao olhar pro quarto, já não tinha mais certeza se Harry ainda estava solteiro como antes. E aquilo lhe doeu o coração. Só de pensar em Harry com outra pessoa, sentia ganas de assassino. 'Esse quarto foi feito pra luxúria? ' (6)
A cama de dossel feito de Mogno. Edredom vermelho com a dobra branca, as cortinas do dossel também vermelhas. Os travesseiros brancos com detalhes dourados. 'Vermelho e dourado? Nossa, Harry... Que original. '
As paredes eram brancas, o teto era vinho. O chão era um mármore preto, com riscos brancos com um feitiço de aquecimento. Um tapete persa branco enorme tomava quase o quarto inteiro. Em frente à cama havia uma lareira enorme, quase em frente à lareira tinha uma poltrona preta confortável.
Na parede direita do lado da cama, logo após o criado mudo tinha uma sacada. A porta era de vidro, coberta com uma cortina vermelha aberta, por onde entrava a luz do luar. 'Já é tão tarde assim?'
Sentiu um cheiro delicioso e levantou. 'Aonde será a cozinha desse lugar?' Foi andando em direção à porta que tinha na parede esquerda, ali tinha um corredor pequeno, com três portas... Uma de cada lado e uma à frente. Abriu a da esquerda, um closet aonde o cheiro de canela era mais forte... Abriu a da direita, um banheiro vermelho com uma banheira trouxa logo depois de uma ducha. Antes da ducha estavam a pia e o sanitário. Fechou as duas portas e abriu a terceira, em frente, Um corredor, que dava numa cúpula, aonde ele parou. Uma escada surgiu (Merlin sabe de onde) e praticamente o convidou a descer.
Aparentemente tinha mais cômodos depois da escada, mas agora ele estava à procura da cozinha. Quando terminou de descer, se deparou na porta da cozinha, onde Harry estava cozinhando. (7)
O chão de madeira corrida, paredes de tijolos vermelhos, armários, e uma bancada com o fogão no final perto da parede, e cadeiras no começo dela. 'O fogão provavelmente é coisa de trouxa... Preto, e não tem fogo, é só uma luz... Até que esses trouxas são muito criativos. '
– Achei que não fosse acordar mais... – Disse uma voz conhecida.
'Ah, como senti falta dessa voz...'
E o cheiro de canela invadiu a sua mente outra vez.
Continua ;)
N/A:
Hey, people! Demorou mais saiu! Finalmente saiu. E sim, eu parei nessa parte por pura maldade xD Eu já tenho metade do outro Capítulo pronta. (: Em breve eu posto.
Mas, sabe o que me faz postar mais rápido? Review! xD Então... É só.
Beijão!
N/B: Aaaahhhh, betando a primeira fiquêêêêêê! Comentários de beta louca xD:
(1): Como assim, colega, só um lençol?
N/A: É pra matar um xD
(2): A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena.
N/A: Fala isso pro Dray!
(3): (YY)
(4): Que nem brasa... Tenho que parar com essa porra, Jad' vai me matar...
N/A: xD Ainda não.
(5): Meu Deus, ele contou. Que lindo! .
N/A: Homens apaixonados que contam a falta de amor -
(6): Cara, como assim? Beesha, de onde tu tira essas coisas? O.o
N/A: Nessa mente perva é mole achar essas coisas.
(7): Acho homem cozinhando MARA!
N/A: Eu também !!-
