› Fic baseada no clipe Please don't leave da Pink, musica fodinha hein. /mershan-q
› Contém um draminha básico, rs.
› A história é narrada pelos dois.
› E Reviews, por favor. *-*
-
-
Não sei se eu posso gritar mais alto
Quantas vezes te mandei embora daqui?
ou disse alguma coisa que te insultou?
Eu posso ser tão má quando eu quero
Eu sou realmente capaz de alguma coisa
Posso te cortar em pedaços
Mas meu coração está... partido
-
- Sakura acabou, chega! – ele falava enquanto arrumava a mala dele.
- Sasuke, não faz isso comigo, por favor – eu pegava as roupas que ele guardava na mala média preta dele. Ele não podia me deixar.
- Deixa de ser criança, me dê isso – ele estendeu a mão impaciente.
- NÃO! – gritei.
Ele avançou em mim pra tomar as roupas dele da minha mão, estávamos perto da porta, e com isso acabei-o empurrando sem querer e ele rolou escada abaixo.
- SASUKE!
Corri as escadas e fui ver se tinha acontecido algo de grave com meu Sasuke-kun, afinal, eu era médica. Analisei o corte da cabeça nada muito grave, alguns remedinhos e ele estaria novinho de novo. Enfaixei a cabeça dele e deixei-o descansando na nossa cama. E depois que ele acordasse ele teria uma grande surpresa.
Sasuke narrando:
- Ai minha cabeça – coloquei minha mão na testa. Parecia que meu cérebro queria sair do meu crânio, era uma dor imensa. Minha cabeça latejava demais.
- Sasuke-kun esta melhor? – olhei em direção da porta, aonde a voz doce e melosa de Sakura vinha e meus olhos se arregalaram com o que viram – você precisa de muito repouso e cuidado agora – ela sorriu.
Eu simplesmente fiquei pasmo. Ela esta vestida de enfermeira, maquiagem pesada e provocante junto com um vestido branco com algumas cruzes em vermelho, o vestido era curto e apertado, na cabeça ela tinha uma espécie de cartola vermelha com uma cruz branca, e nas mãos estava com o meu taco de golfe.
- Sakura, o que você esta fazendo? – a encarei com os olhos semi-cerrados enquanto ela fazia poses sensuais.
- Você não pode me deixar – ela sorriu e foi fechar as cortinas.
Olhei o telefone no criado mudo a minha esquerda. Era a hora perfeita pra eu ligar para alguém e pedir ajuda. Eu estava meio desnorteado com os remédios que com certeza ela teria me feito ingerir. Tateei o criado, meus dedos quase chegando perto, quando eles estavam roçando ela fez um carinho no meu abdômen e depois me deu um soco. Gemi com a dor.
- Ah Sasuke-kun malvadinho – ela ficou na minha frente – você tem que descansar – ela pegou o meu taco de golfe e passou ele sobre meu pescoço, meu abdômen, minhas coxas... Até que vi um sorriso doentio na face dela. Não, ela não podia fazer isso.
- SAKURA NÃO! – berrei. E só o que eu senti depois, só foi uma grande dor na minha perna.
Sakura narrando:
Ora, quem Sasuke-kun pensa que é pra sair de casa daquele estado? Ele não pode sair por ai. Eu o amo tanto, e ele nem percebe. Ele não vai me deixar. Não vai mesmo!
Com esse pensamento quase que cortei o dedo enquanto cortava os legumes para fazer uma sopinha para ele. Já fazia um dia que ele estava dormindo, talvez eu tivesse exagerado um pouco nos remédios dele.
Parei de cortar e coloquei minha mão no queixo. Pelo menos não tem como ele sair. Sorri e voltei a cortar os legumes.
Sasuke narrando:
Acordei e fiquei olhando o teto por um estante, depois que a minha vista aceitou a pouca claridade do quarto e minha cabeça já estava melhor procurei no quarto a maluca da Sakura. Dei graças a Deus que ela não estava no quarto. Procurei o telefone no criado sem sucesso.
- Vaca – olhei o fio cortado e o telefone estraçalhado em um canto do quarto – Deus, o que eu fiz para merecer isso – fechei os olhos com força e depois o abri. Até esse simples gesto doía.
Levantei de vagar da cama me apoiando em qualquer coisa que encontrasse em minha frente. Abri a porta e fui andando de vagar no corredor. Apoiei-me no corrimão da escada e inclinei um pouco o meu corpo para frente, ela estava na cozinha.
Tentava fazer passos calmos e não emitir som algum, mas era meio impossível já que minha perna estava toda arrebentada por causa daquela maluca. Passei pelo outro lado da cozinha e fui andando para a grande porta.
- Sasuke-kun? – olhei para trás e vi Sakura com uma bacia de cristal com alguns legumes cortados. Ela fazia uma cara estranha.
Mas não consegui reprimir um sorriso, eu estaria livre dela e não tinha como ela me alcançar, eu estava com a mão na maçaneta da porta. Movi meus lábios dizendo um adeus e abri a porta.
- Se eu fosse você fecharia – ela sorria.
- Não mesmo – abri mais um pouco, quando dei o meu primeiro passo pra ir embora um pastor alemão pulou em mim mordendo meu braço. E depois senti uma sonolência conhecida de novo.
- Eu te disse Sasuke-kun – e tudo ficou escuro outra vez.
Sakura narrando:
Sasuke-kun sempre me desobedecendo. Não sei o que seria dele sem mim, o levei até a sala da nossa casa e coloquei algumas cadeiras com bonecas sentadas, seria um grande espetáculo que eu iria fazer agora.
O coloquei em uma cadeira de rodas, e o endireitei. Passava blush, rimel, pó e um pouco de batom nos lábios dele. Ele seria o meu bonequinho mais fofo e perfeito.
Sasuke narrando:
Senti alguém mexendo nos meus lábios, como se dessem pinceladas de alguma coisa. Abri meus olhos meio sonolentos e dei de cara com uma Sakura boneca.
- Ah, até que enfim Sasuke-kun – ela terminou o que estava fazendo e sorriu para mim – vamos começar logo – ela deu um pequeno soco no meu ombro e foi para trás da cadeira de rodas me virando.
- Sakura o que é isso? – disse meio apavorado olhando as bonecas.
- Um showzinho para elas – ela sorriu e me deu um beijo demorado no rosto.
Ela me virou mais uma vez e foi correndo andando para frente.
- NÃO SAKURA, NÃO! – e ela me jogou.
Senti meu corpo dando um impacto enorme no chão e os bonecos caindo em cima da minha cabeça.
- Ai – gemi com a dor.
- Por favor, não me deixe, eu preciso de você – e ela começou a dar beijos pelo meu rosto e descendo para o meu pescoço.
Sakura narrando:
Hum, acho que nunca dei um cochilo tão gostoso na minha vida. Sasuke-kun é muito bom com as mãos, com as pernas, tudo ai, ai. Levantei e abri meus olhos procurando por ele.
- Sasuke-kun? – olhei em volta e não o achei – droga – levantei depressa indo pro banheiro no andar de baixo da casa e trocando de roupa rápido.
Fui até a sala de novo e peguei o machado que deixei ali.
- Sasuke-kun? – o chamei pelo corredor. Ouvi passos no andar superior da casa, sorri e comecei a subir pulando o degrau da escada de dois em dois – ah te achei! – sorri para ele.
Sasuke narrando:
Droga, devo ter feito barulho demais.
- Ah te achei! – olhei pra ela, aquele sorriso maníaco de novo na face dela – adoro suas brincadeiras sabia? – e ela me mostrou o machado.
- Merda – murmurei e fui mancando pelo corredor.
Para uma pessoa que estava com uma perna arrebentada e meio zonzo me surpreendi com minha velocidade. Entrei no banheiro e me tranquei lá.
- Saaasuke – ela cantava meu nome enquanto dava machadas na porta.
- SAKURA VOCÊ FICOU LOUCA! – gritei e comecei a olhar em pânico qualquer coisa ao redor no banheiro. Achei minha latinha de spray de barbear e a peguei.
- Ah meu neném – ela fez um buraco na porta com o machado e colocou a cabeça lá. Peguei meu spray e espirrei na cara dela.
- AI! – ela fechou os olhos e ouvi o barulho do machado caindo no chão.
Sakura narrando:
- AI! – meus olhos estavam ardendo muito, aquele...
Fechei meus olhos esfregando com as minhas mãos. E fui andando para trás, senti uma coisa um pouco abaixo das minhas costas e depois um vento de como eu estivesse caindo, e depois de tudo isso senti um impacto com algo duro e muito sólido, que com certeza deveria ser o chão.
Fiquei olhando para cima e vi Sasuke me olhando. O olhar meio preocupado, mas meio aliviado. Por que ele não desce para me ver?
-
-
Sasuke narrando:
Era bem tarde da noite, a policia com uma ambulância apareceu na casa. Com certeza os vizinhos ouviram os barulhos e os chamaram. Colocaram-me em uma maca e meu corpo ainda doía demais.
Vi um policial chegar perto de Sakura com uma cardeneta pequena preta, anotando tudo o que ele perguntava e esperando a resposta, o que era meio em vão, a única coisa que ela fazia era olhar para frente e ficar em silêncio. Por fim o policial desistiu e se levantou. Foi ai que ela virou a cabeça e me olhou.
- Por favor, por favor, não me deixe – ela disse com uma expressão triste, angustiada.
Balancei a cabeça na negativa. O que tinha acontecido com ela? Levaram-me para dentro da ambulância e eu não a vi mais depois.
Sakura narrando:
O policial falava demais, eu não iria responder nenhuma das perguntas dele, isso era claro. Por fim o vi se levantando esgotado, assim que ele se foi olhei na direção do Sasuke-kun. Ele estava em cima da maca me olhando de um jeito de dó.
- Por favor, por favor, não me deixe – sussurrei. Depois de tudo... Ele não podia me deixar.
Ele balançou a cabeça de um lado para o outro e o levaram para dentro da ambulância. Por fim, fechei os olhos esgotada. Ele tinha me deixado.
-
-
Eu sempre digo como eu não preciso de você
Mas sempre vai voltar a esse ponto
Por favor, não me deixe.
Por favor, não me deixe.
