Essa é uma pequena fic que eu fiz por que... Por que me deu na telha, fazer oque?! Bem... Espero que gostem! Ela é bem pequena, mas acho que ficou legalzinha! Comentem e me diga o que acharam!

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Era uma noite sem estrelas, a lua cheia emitia um brilho pálido, iluminando levemente o cenário. Kurama estava em pé, encarando o véu negro que cobria tudo.

-Uma noite sem estrelas...-Falou para si mesmo- É uma noite sem esperança.

Suspirou. Sua mente parecia ter parado. Normalmente ele sempre andava alerta, tinha herdado isso da sua época de Youko, mas agora... Bem, não iria se surpreender se tropeçasse no seu próprio pé.

Voltou seu olhar para o chão.

-Isso não pode estar acontecendo...- Se apoiou em uma árvore- Eu não posso estar... Amando .

Sabia que no fundo era exatamente isso, já havia experimentado o amor, conhecia aqueles momentos em que seu coração começava a bater mais rápido só com um simples olhar ou sorriso da pessoa amada, o desejo de vê-la feliz, o prazer de estar ao lado dela ...

Balançou a cabeça tentando desviar os seus pensamentos. Não podia amar, sabia disso, era o preço de ser forte. No momento em que uma pessoa disse-se que o amava estaria lhe entregando uma arma, e no momento em que ele falasse que sentia o mesmo, estaria puxando o gatilho. Durante anos evitou o amor, e teve sucesso em todos os casos... Pelo menos até agora.

Amor era um sentimento de duas faces, podia ser bonito e prazeroso, assim como podia ser terrível e agonizante. Kurama ás vezes se pegava tentando entende-lo, não tinha dúvidas de que era algo poderoso, mas essa era a única certeza que tinha a respeito desse entranho sentimento. Como uma coisa podia ser tão complexa e tão simples ao mesmo tempo? Poderia passar a vida tentando achar a resposta, mas sabia que provavelmente perderia a sanidade antes mesmo de chegar perto de algo que poderia ser uma conclusão. Bem... Tem coisas que não devem ser entendidas, mas simplesmente aceitas.

Começou a caminhar pelo belo jardim a sua volta e seu olhar parou em uma bela rosa vermelha. Com um simples gesto, fez a rosa crescer até ficar da sua altura.

-Você tem sorte minha cara...-Falou passando os dedos sobre as delicadas pétalas - Não precisa se preocupar com sentimentos como o que estou sentindo... Não é mesmo?

Parou por um momento e riu. Será que ele estava esperando que a rosa lhe disse-se o que fazer? As plantas eram ótimas ouvintes, mas em questões de respostas deixavam a desejar.

Teria que esquecer esse sentimento e se não conseguisse, teria que guarda-lo só para si, tinha prática nisso. No fundo não queria, mas também não queria que sua amada corresse perigo. Dizem que nenhuma dor se comparava a de um amor não correspondido, mas a dor de um amor perdido devia ser muito pior.

-Kurama, você não vêm?- Botan perguntou aproximando-se.

-O que?- Kurama falou se surpreendendo.

-Te assustei é?- Botan falou rindo.

-Hã... Não, não.

-Você vai ficar aqui sozinho?

-Eu... Já vou entrar.-Ele falou abaixando a cabeça tentando disfarçar seu rubor.

-Ok!Até!- A garota falou- Estão todos lhe esperando. Não demore!- Completou se dirigindo ao templo.

Kurama admirou-a por um tempo, queria protege-la, mas também queria ama-la e saber se seria retribuído.

-É sempre melhor se lamentar do que você fez, ao invéz do que você poderia ter feito...-Disse para si mesmo automaticamente.

Levantou-se e sorriu, quem sabe ainda não haveria uma esperança? Olhou para o céu e seus olhos pararam em uma única estrela que reluzia na imensidão negra.

-Quem sabe?- Falou se dirigindo ao templo.