Introdução

Sinopse: Fanfic CATWIN. (Catelyn e Tywin. Sim, isso mesmo.)

Após a morte de Brandon, Catelyn ainda precisa cumprir seus deveres e aceita casar-se com o pretendente que representa uma melhor vantagem para sua Casa e para a Rebelião.
Tywin Lannister não é exatamente o mais doce dos homens, longe disso. Ele apenas aprecia cuidar bem daquilo que lhe pertence, e neste caso, Catelyn se aplica à regra.
É apenas impensável que eles consigam, tão destoante como são, estabelecer um verdadeiro vínculo sem jamais esquecer quem de fato nasceram para ser.

Disclaimer: Tudo pertence a GRMM. Todo mundo sabe. Estou apenas distorcendo as coisas.

Notas da História: Essa é a mesma Cat de sempre, ela apenas foi enviada para a toca do leão e precisa se adaptar a tudo isso, conviver com seu marido que fugindo à regra ditada por todos, se mostra muito mais humano do que ela esperava, tolerar Cersei e conseguir ser amada pelas pessoas de Casterly Rock. Vejam que a vida dela não será fácil.
Teremos cerca de quinze capítulos, oito já escritos e prontos para postagem. Todos os dias, por pelo menos essa semana inicial, haverá um capítulo.
Eu entendo se ninguém ler, o shipper é bastante inusitado. '-'
Mas me deem uma chance (: pleeeeeease!

.

Capítulo Primeiro

Era um entardecer em Riverrun e Catelyn Tully ainda amargava-se em luto, pela morte de seu noivo. Bran Stark entrara em sua vida muito cedo e a deixara abruptamente. Ele estava irremediavelmente morto, não havia nada que ninguém pudesse fazer. E como se não bastasse, Eddard Stark e Robert Baratheon iniciaram e lutaram uma guerra contra a familia real.

Catelyn observou o papel que tinha em suas mãos. Era uma carta, recebida meses antes, ainda lacrada com um Tordo afixado na cera, enviada por Petyr Baelish, seu melhor amigo de toda uma vida, mas que soube como ser inapropriado o suficiente pra obrigar Lorde Tully a expulsá-lo de Riverrun, onde crescera como protegido. O grande crime de Petyr: amar Catelyn.

Ela não via sentido em ler nenhuma das palavras que ali estariam escritas, e cada dia em que esteve na posse daquelas palavras, algo nela se apertava e fazia com que ela desejasse apenas voltar no tempo e reviver épocas mais calmas. Mas hoje deixaria de ser assim e ela calmamente entrou no quarto, deixando a varanda e sua brisa para trás, e colocou o pergaminho muito bem erolado dentro da lareira. Observou o papel queimar-se quase que por completo, quando batidas em sua porta a fizeram despertar.

-Entre. –ela disse, já tendo identificado as batidas como sendo de seu pai.

-Querida? –ele abriu a porta e espreitou o interior.

-Pode entrar, meu pai.

-O que você fazia tão proxima da lareira?

-Apenas me livrando de uma carta indesejada.

Lorde Hoster lhe ofereceu a mão, e ela ergueu-se do chão. Ele parecia sério e inseguro, mas obrigou-se a dizer as palavras que precisavam ser ditas.

-Eu acredito não precisar, de modo algum, dizer quanto eu a amo e quanto eu desejo sua felicidade, minha filha.

-Esse é seu discurso de todas as manhãs, papai. –ela sorriu, ainda que o sorriso não tocasse os olhos.

-Eu entendo seu luto e sua dor. Eu entendo que você e Bran construiram um amor e que tinham planos e mais planos. Eu juro a você que eu posso entender cada uma dessas coisas. Mas minha filha... Nós estamos vivendo a época decisiva de uma guerra. Jon Arryn se casou com Lysa e Lorde Stark finalmente parece estar próximo de encontrar o cativeiro de Lyanna. E o reinado dos Targeryan está muito enfraquecido.

-E eu acredito que você continuará a apoiá-los. Ainda que não exista mais união entre Tully e Stark.

-Eu continuarei, não apenas pela memória de Brandon ou por minha intensa simpatia por todos os membros da Casa Stark. Ou porque Jon foi chamado para a morte. Mas porque, acima de tudo, não podemos permitir que Westeros continue sendo governada dessa forma. A crueldade desse Rei está se tornando lendária, e ele ainda vive.

-No que eu posso ser útil, meu pai?

-Você é uma linda donzela. Desde a morte de Brandon, tenho recebido vários corvos pretendendo sua mão, agora que você já não está mais noiva. Nenhum dos corvos recebidos trazia um pretendente a sua altura. Talvez o único que ainda tenha demonstrado algo mais de afeto por você foi Roose Bolton, e eu juro que me enforcaria antes de permitir que você termisasse seus dias em Forte do Pavor.

-Minha pretensão não deve etar muito boa. Não há muita gente que ainda acredite que eu seja donzela depois de um noivado como o meu.

-Mas eu acredito que seja . –ele disse- Eu tenho certeza de que você não foi desonrada. –ele acrescentou quando viu o semblante de Catelyn parecer ofendido- Em todo caso, um desses inumeros corvos veio em resposta a um que enviei a Casterly Rock.

-Jaime Lannister?!

-Jaime Lannister seria o mais apropriado dos homens a casar-se com você. Mas Jaime prestou juramento e agora é um membro da Guarda Real.

-Então ele não poderá se casar? Jamais? –ela perguntou, desinteressada e apática. Tinha consciência de que seu pai lhe encontraria um noivo. Não alguém que subtituisse Brandon Stark, mas alguém que fosse apropriado para ela, e que naquele momento, fosse importante para a Rebelião.

-Não. Mas pelo mesmo corvo que trouxe essa negativa, havia também uma proposta.

-O anão? –Catelyn se assustou.

-Não, meu amor, não o anão. –Lorde Hoster riu- Lorde Tywin Lannister ficou viuvo após o nascimento do, já citado, anão.

-Ele está buscando casar-se novamente?

-Não, em verdade. Mas pareceu achar vantajoso unir o Oeste às Terras Fluviais. E pediu, muito delicadamente e cheio de mesuras, que sua mão lhe fosse concedida.

-Meu pai, isso é um pouco estranho. –Catelyn disse após pensar por algum tempo.

-Eu até já imagino o que você vai dizer.

-Lorde Tywin Lannister é Mão do Rei.

-Ele foi Mão do Rei. Você jamais iria a Porto Real, sua vida se passaria em Rochedo Casterly.

-Ele tem sua idade, meu pai.

-Um pouco mais, em verdade. –Lorde Hoster respondeu- Seus gêmeos tem exatamente sua idade, nasceram durante o mesmo outono que você nasceu. Eu não aceitarei o pedido se você não concordar. Você pode escolher não se casar por enquanto, ainda é jovem e sua beleza irá perdurar por muitos anos...

-Quão vantajosa seria essa união? Para a guerra e para nossa Casa?

-É a melhor forma que eu vejo para garantir sua segurança caso algo aconteça comigo enquanto eu estiver em campo aberto. E eu preciso voltar rapidamente. Lorde Tywin é um grande cavaleiro, mas suas tropas não necessitam de seu comando ou presença. Ele tem os dois gigantescos frutos da Casa Clegane para liderar. Há Cersei Lannister, ela tem sua idade, você jamais estaria sozinha.

-Meu pai... –Catelyn suspirou, observando o rosto esperançoso de Hoster Tully- Eu agirei conforme o senhor me ordenar. Nada mais faz diferença pra mim desde a morte de Brandon, então... Deixe-me ser útil nessa guerra da única forma que mulheres podem ser.

-Então eu enviarei o corvo, sem demoras. –ele disse de modo ameno, talvez para testar a resolução da filha naquele aspecto.

-Deve ser o mais sensato a se fazer.

Quando ele se retirou, Catelyn caminhou até o baú onde havia guardado o belo vestido cinza que havia bordado para seu casamento com Brandon. Havia o lobo dos Stark gravado em toda a barra da saia. Enrolou o vestido nos braços, e caminhou até a lareira. Observou o tecido queimar rapidamente, se dando conta de que pela primeira vez ela não sentia nada quando pensava em seu casamento. Ela apenas já não podia sentir mais nada.