Because you said yes

Because you said yes.

Draco & Ginny.

Romance & Comédia.

Capítulo I - Descobertas matrimoniais.

Ela sentia frio. Seu corpo tremeu levemente e ela estendeu o braço para pegar a coberta que, presumia, havia deixado cair enquanto se ajeitava ao dormir. Sua mão tateou a cama até segurar, com força, o tecido e puxá-lo para si.

Estava com muito frio.

Segundos depois sentiu braços e pernas enlaçando-a, aquecendo-a. Suspirou, estava bem melhor agora, abraçada àquele corpo quente e grande. Espera aí, ela morava sozinha, não é?

E ela não tinha namorado. Ninguém para abraçá-la daquele modo. Ninguém para enlaçar as pernas e os braços nela daquela forma. Ninguém para segurar sua cintura daquele jeito e respirar na sua nuca.

Ela soltou um braço no peito do ser agarrado a ela, arregalando os olhos, gritando, "QUEM, DIABOS, VOCÊ PENSA QUE É PARA ME AGARRAR ASSIM?".

Ginny sentou-se na cama num pulo e olhou ao seu redor. Aquela não era a sua casa, agora ela tinha quase certeza de que ele havia colocado algo na sua bebida na festa de Yara na noite passada, e a feito transar com ele a noite inteira e...

Ela sentiu vontade de vomitar.

"VIRGINIA WEASLEY MALFOY!", Ela ouviu o homem gritar, enquanto ela corria para fora do quarto, a fim de procurar um banheiro, mas aquele apartamento tinha tantas portas e tantas salas que ela sentia-se confusa.

Achando, por fim, um banheiro quase no fim do corredor, ela levantou a tampa do vaso sanitário e vomitou. E então ela parou para pensar... Ele, o cara que a estuprara na noite anterior, havia a chamado de Virginia Weasley-

"MALFOY?", ela berrou, quando observou o homem encostado à porta do banheiro. Ele vestia uma blusa branca regata e uma boxer preta, seu corpo era branco, e o peito musculoso apresentava uma marca vermelha na altura do local onde ela havia batido nele.

"Francamente, Ginny, o que deu em você?", ele perguntou, com cara de sono, aproximando-se dela, "Ontem mesmo você me disse que queria dormir até tarde hoje, porque é sábado"

"Eu... O que estou fazendo aqui? Essa não é a minha casa!", ela disse, brava.

"Eu sei que não, Virginia", ele aproximou-se com um sorriso sarcástico, "E o que você veio fazer aqui nesse banheiro? Esqueceu que dormimos em uma suíte?"

PELO AMOR DE MERLIM – Ginny pensou – 'Nós dormimos em uma suíte?'.

QUE PORRA É ESSA?

"Eu. Quero. Ir. Para. Minha. Casa", ela disse, mordaz, levantando-se do chão; olhando para ele sibilou: "E pode ter certeza que processarei você por essa brincadeirinha ridícula".

Draco Malfoy cruzou os braços e apoiou-se na porta. "'Brincadeirinha ridícula'?", disse, franzindo a testa. "'Sua casa'? Virginia, você poderia me fazer o favor de explicar-se?"

"EU NÃO TE DEVO EXPLICAÇÕES NENHUMA, SENHOR DRACO IDIOTA MALFOY!", Ginny gritou, tocando o peito dele, saindo do banheiro a passos rápidos e dirigindo-se a uma das portas, procurando a sala com uma lareira para sair de lá pela Rede de Flú.

"ESPERA AÍ, VIRGINIA", Ele disse, segurando o braço dela, "Eu EXIJO uma explicação descente por você: primeiro, ter me batido; segundo, querer voltar para sua antiga casa, que agora está vendida; terceiro, POR ESTAR GRITANDO DESSE JEITO COMIGO!"

"HAHAHAHA! Você 'exige'? E posso saber quem você é para exigir alguma coisa de mim? Ou melhor, eu posso saber QUEM EU SOU, PARA VOCÊ ESTAR EXIGINDO ALGO DE VOCÊ?!"

"Eu sou DRACO MALFOY, e você, VIRGINA WESLEY MALFOY, É A MINHA ESPOSA, desde o dia em que disse 'sim' para o padre!"

E então ela caiu. Tudo ficou preto e a única coisa que ouviu foi o eco da voz de Draco, "Minha esposa!".

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Foi tudo um sonho.

Ou melhor, um pesadelo. Eu me chamo Viginia Molly Weasley e moro na Rua Magnólia, Hestieman, Londres; trabalho no St Mungus e estou fazendo faculdade trouxa para lecionar para criancinhas pequenas. Não tenho ninguém para me abraçar de manhã e ninguém para me chamar de esposa. Fim.

"Virginia?", ela ouviu de longe. Merda. Alguém tocou seu braço levemente. "Virginia, acorde!", sentiu um copo em seus lábios e um gosto de chocolate quente em sua boca. Sentia-se quente agora.

"Malfoy...", ela disse, focando seu olhar, observando o homem a sua frente suspirar.

"Merlim, você quase me matou de susto", ele disse num sorriso de canto de lábio. Ela observou que estavam próximos e que ela podia ver os flocos azuis escuros e platinados que formavam a íris de Draco. Era lindo.

"Eu...", ela processou a informação, "Preciso de um tempo para descansar", disse por fim, fraca.

"Ótimo", ele deu a xícara com chocolate quente para ela e levantou-se, "Eu vou tomar um banho e me trocar, e depois nós poderemos almoçar em qualquer lugar. O que acha do Rey's?"

"Hm, eu, para mim está bom,", ela forçou um sorriso, "Malfoy"

Ele olhou estranhamente para ela e dirigiu-se até a suíte.

Ginny então pôde parar para pensar. Primeiro, olhou ao seu redor: era um grande apartamento, as paredes num tom bege e o chão de carpete preto deixava o clima quase frio; contraposto a isso, havia móveis coloridos e uma mesa de centro de frente para uma grande lareira, onde, em cima, vários porta-retratos estavam expostos; ao seu lado esquerdo (atrás do sofá em que estava sentada) havia uma porta dupla aberta, que dava para um corredor com várias outras portas – onde, ela descobrira alguns minutos atrás, havia quartos (uma suíte e um banheiro) -; à sua frente havia uma grande mesa de jantar e atrás dela uma bancada que separava a sala da cozinha, uma ampla e moderna cozinha.

Ela levantou-se, cambaleando pela fraqueza, e apoiou a xícara na mesa de centro, indo de encontro à lareira, observando os porta-retratos. Em um deles ela estava abraçada a Malfoy – ugth! – em frente à torre Eiffel, no outro encontravam-se todos os Weasley, Draco, Luna, Harry e Hermione, sorrindo; ela presumia que a foto havia sido tirada em um Natal, porque ela estava – juntamente com quase todos, com exceção a Draco – vestindo o mesmo suéter. Ele estava abraçado a ela, sussurrando algo em seu ouvido. Perto deles estavam Ron e Luna, sorrindo um para o outro, enquanto os gêmeos riam e soltavam fogos em forma de coraçõezinhos; e, não muito longe disso, Ginny observou Harry Potter com a mão na cintura (um tanto quanto arredondada) de Hermione Granger, que sorria e o repreendia por algo, sorrindo logo após de receber um beijinho na bochecha e uma carícia no ventre.

Hermione está grávida? – ela pensou alto, alto demais, tanto que Draco ouviu e soltou um grunhido.

"De novo? Potter não acha que um potteger são o suficiente?"

"Um?", ela perguntou com as sobrancelhas levantadas.

"Alô, Senhora Malfoy, bem vinda ao ano de 2012, você trabalha no The Leys School, alfabetizando pequenos demônios trouxas, tem dois sobrinhos e duas sobrinhas, vive em Glanteroow Palance e é esposa do homem eleito o mais sexy do mundo bruxo, três anos seguidos"

"Eu... O quê?"

Meu Deus, então ela estava com... VINTE E SETE ANOS! Quase trinta! E estava casada com Malfoy, Merlim-sabe-porque! E QUE MERDA ELA ESTAVA FAZENDO ALI?

Ela não queria aquilo. Ela queria acordar de manhã, colocar uma xícara de leite para sua gata, Felw, e voltar para a cama até o despertador tocar novamente e ser obrigada a pôr uma roupa branca qualquer e ir, pela Rede de Flú, até o St. Mungus!

Era pedir muito ter sua vida normal de volta? Era pedir muito não ter que dormir na mesma cama que Malfoy? Era pedir muito VOLTAR A SER APENAS VIRGINA MOLLY WEASLEY?

Ela receava que sim.

Mas ela precisava sair dali rápido, antes que Draco realmente a estuprasse; e para isso ela precisaria tirar algumas dúvidas.

1 – COMO EU VIM PARAR AQUI?

2 – POR QUE EU VIM PARAR AQUI?

3 – QUEM ME FEZ PARAR AQUI?

4 – COMO EU VOU SAIR DAQUI?

"Ah, pelo amor de Merlim, Virginia, não se comporte feito uma retardada", ele disse, abotoando a camisa que vestia.

5 – COMO EU VOU MATAR DRACO MALFOY?

"E vá se vestir, por favor! Eu estou morrendo de fome!", ele disse, indo até a cozinha.

Ela foi para o quarto e abriu a primeira porta do armário, descobrindo milhões de vestidos e sapatos e casacos e calcinhas... 'Bem, pelo menos eu estou melhor de vida', assim, colocou uma calça preta e uma blusa de lã verde, arrumou os cabelos e calçou sapatos de salto, colocando um sobretudo por cima da roupa. Quando estava fechando o armário, observou a aliança dourada em seu dedo anular na mão esquerda; então não era uma brincadeira, ela estava mesmo casada com Malfoy...

Olhou ao seu redor; era um quarto amplo, com uma grande cama de casal encostada a uma das paredes, com um quadro com as cores verde e vermelho pintadas – um moderno quadro –; na parede à direita havia grandes armários, que iam até o teto. Uma grande janela logo à frente da cama mostrava uma bela vista da cidade de Londres, os carros passando lentamente e os ônibus passando rápidos, para as pessoas não perderem os horários de seus compromissos; bem ao longe ela podia jurar que avistava uma ou duas cabines da grande London Eye, porque o rio Tâmisa não se encontrava muito longe. No lado esquerdo havia uma mesa com papéis, um abajur, bolsas e cachecóis...

Ela franziu a testa, eles não estavam no inverno, estavam em Julho, pelo que se lembrava... Mas isso não parecia mais o suficiente.

Continuando seu 'passeio' pela suíte, viu uma porta que dava para um amplo banheiro com uma grande banheira e um armário em que ela guardava toalhas brancas e pretas (as de Draco, pretas), felpudas e grandes, que quase a faziam tropeçar quando enrolava-se após o banho; mas, COMO ELA SABIA DE TUDO AQUILO?

Suspirava, passava as mãos pelo cabelo, roia as unhas, fazia tudo para lembrar-se do que era aquilo, que vida era aquela, quem, POR TODOS OS CÉUS, era ela e, principalmente, o que (ou QUEM) a fez casar-se com Draco Ego Malfoy.

"Shit", ela deixou sair, quando observou-se no espelho logo ao lado da porta do banheiro; Ginny estava estranha. Madura, eu diria – velha, ela constatou. Seus cabelos batiam nos ombros e algumas mechas temiam em ondular na frente, nada que uma boa escova não resolvesse, seus olhos chocolates continuavam no mesmo tom, a boca também, mas – ela observou – as rugas se acentuavam mais quando sorria – ou quando franzia a testa, isso, ela teria de lembrar para não franzir mais a testa, afinal, ela tinha (QUASE) trinta anos!

Então ela sentiu algo congelar no tempo e no espaço quando apareceu a pessoa que ela menos esperava encontrar, "Hermione!", ela quase gritou, virando-se rapidamente para o corpo não reflexo da amiga que agora estava à sua frente.

"Ginny! Meu Deus, você está ótima!", ela disse, piscando o olho. Hermione continuava a mesma, a não ser pelo cabelo (menos ondulado e um tanto mais curto) e sua forma de sorrir. Sim, a forma com que Hermione sorria era estranha, como se...

"Você, você... Sabe o que está acontecendo, certo? Você também acordou nessa estranha dimensão? Cinco anos mais velha? Hermione! NÓS TEMOS TRINTA ANOS".

"Não!", ela levantou o dedo, "Nós temos QUASE trinta anos, Ginny, e sim, eu acordei hoje abraçada com, ninguém mais, ninguém menos, que Harry Potter", ela disse enérgica, estendendo a mão esquerda; no dedo anular situava-se um anel de brilhantes e uma aliança talhada a ouro. "E eu tenho os meus palpites do 'por que' disso tudo"

"Senta, senta!", ela disse correndo para a cama, "E faça o favor de me explicar TUDO o que você sabe, Hermione Granger! Você não tem noção do que eu senti quando acordei com Draco MALFOY me abraçando, quando descobri que o meu sobrenome agora é MALFOY e que ele vai me levar para almoçar no Rey's!"

"Hey, o Harry me falou algo sobre o Rey's hoje...", Hermione comentou, pensativa.

"É ASSUSTADOR!"

"O Rey's?"

"NÃO! A IDÉIA DE ESTAR CASADA COM DRACO MALFOY"

Hermione anelou, e resolveu dizer; "Bem, agora não é uma idéia, é um fato, Ginny"

A ruiva soltou um gemido e um olhar estranho para Hermione, que resolveu começar a contar tudo o que sabia para a ruiva.

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"Conseguiram?"

"Sim, chefe, eles já estão situados no ano de 2012, as mudanças todas feitas e concretas"

"E agora é só aguardarmos os próximos 90 dias, certo? E depois ela resolverá, estou certo? Sinceramente, Charlotte, eu espero que ela faça a nossa escolha"

"Virginia é uma mulher esperta, chefe, ela pensará bem, você verá!", a mulher piscou para seu chefe, "E não esqueça que temos pessoas para auxiliá-la nesse novo Universo que arrumamos"

O homem nada pronunciou, apenas juntou as pontas dos dedos e reclinou sua cadeira para trás, esperando intimamente que o que a mulher proferiu de fato se tornasse realidade.

Fim do capítulo.

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N/Liza: Olá pessoal! Bom, essa é a minha primeira fic que eu coloco aqui, e espero que gostem; eu não vou publicar outras até ver o veredicto de vocês, se eu passo no 'teste'!

Caso não, não se preocupem, eu sumo do FF. Net!

Bom, essa fic explodiu na minha mente depois que eu li um livro qualquer e assisti uma batelada de filmes românticos e, logo após, a trilogia de 'De Volta para o Futuro'! xD.

Bem, isso foi o resultado e eu espero que vocês curtam, a idéia geral é bem simples e é quase que fácil escrever os capítulos, o difícil é arrumar tempo (e motivação) para tal coisa.

Review's são uma boa forma de motivação.

Então aperte o 'ok' aqui em baixo e deixe sua opinião.

Beijos and have fun sending reviews!;D

:Sim, agora sim a fic está decente E betada, eu colocarei os capítulos betados conforme eu for recebendo-os, ok? E para quem está achando esquisito é que a fic já foi publicada até o capítulo 4, mas só agora arrumei uma beta e estou postando-os de novo!:

N/B: Eu estou literalmente honrada em betar essa fic. O convite chegou em boa hora! Obrigada, Liza, pela oportunidade!

Tinha lido o primeiro capítulo de "Because you said yes" ano passado, eu acho. Mas por falta de tempo, não continuei. Foi uma grande surpresa quando recebi a PM da Liza para betar, e logo que abri o link da história me lembrei dela. Aí mãos à obra! (: Foi tão bom!!

Bem, não vou demorar aqui, espero que tenham aprovado a betagem (principalmente Lou Malfoy)

E não se esqueçam das REVIEWS!

Raquel Mello.