Título: Tudo Será Pra Sempre,
Autora: Layê.
Betagem: Kah e Nane.
Categoria: AU - Sétima Temporada. (Música: Tudo Será Pra Sempre - .com/watch?v=kl3nEpxS6JE&feature=player_embedded).
Advertências: -x- .
Classificação: PG-13.
Capítulos: One-shot.
Completa: [X] Yes [ ] No.
Resumo: Lisa Cuddy assumiu um compromisso com House. Estariam felizes mesmo com o tempo?
A/N: Os personagens não me pertencem.
Como prova que não esqueci de você, Thay, esta fic é para me desculpar pelo MEGA atraso da outra e lembrar: eu vou terminá-la sim. Ah, agradeço as meninas pela paciência em betarem. Amo todas vocês.
Tudo Será Pra Sempre
Tímidas notas são dedilhadas na sua guitarra, preenchendo o local. Sua atenção estava focada no instrumento, não repara a chegada de uma pessoa - agora o fitando ao longe. E a visão obtida pela visita foi, no mínimo, peculiar.
O ambiente estava levemente escuro, havia apenas uma escassa iluminação advinda de outro cômodo, possivelmente da cozinha. Logo ao atravessar a brecha da porta, fechou os olhos sentindo um aroma agradável. Porém não foi suficiente para esquecer-se de tomar nota do desleixo do homem que se encontrava jogado no sofá e que não tinha sequer se dado ao trabalho de fechá-la ao chegar em casa.
Mais um passo e observou melhor a aparência do homem. Estava sentado com as pernas pelo estofado do sofá, enquanto permanecia escorado no braço do mesmo. Tinha o instrumento colado ao seu corpo, sua cabeça estava levemente jogada para trás e seus olhos permaneciam fechados enquanto focava-se no som das notas repetidas.
Cerrando suas pálpebras, repetindo o gesto do homem, focou nos trechos, quase conseguira reconhecer. Só mais um pouco, faltava realmente pouco, talvez mais alguns acordes.
- Eu falei que iria conseguir tirá-la na guitarra. - O médico falou sem sequer abrir os olhos ou parar de tocar, quebrando a atenção da pessoa. - Não sabia desse seu novo dom de chegar de mansinho. Você é realmente gay, Wilson! Agora passa para cá o dinheiro, venci.
- Você não apostou com ele isso! - Uma voz feminina retrucou com muita convicção.
- Uh. Imaginei ainda estar no trabalho. - Virou- se para fitá-la, saltando levemente seu corpo do estofado como se tivesse levado um susto.
House apoiou a guitarra na mesinha no centro da sala e ficou de pé, enquanto Lisa encostava a porta e ia ao seu encontro. Ao contrário da arrumação do lugar, eles não pareciam vestidos para qualquer comemoração, menos ainda de um ano juntos.
Um ano. Durante esse tempo, se acostumaram a toda dificuldade de viverem juntos, em especial, das consequências no trabalho. Mantiveram seus lares, não como segurança em caso de brigas e uma possível separação, mas só para terem seus espaços.
- Saí mais cedo e quis fazer só uma visita antes de ir em casa. Isso tudo é para mais tarde? Velas, boa comida e música? - Sorrio maliciosamente se aproximando e dando um demorado beijo nele.
- Presunçosa! - Espalmou suas nádegas trazendo-a mais perto.
- Mentiroso! Você apostou nada. Essa música é para mim. - Abraçou seu pescoço.
- Como você não pode saber se eu não quero me declarar para o Wilson? Ainda é outra opção.
- Toca...
- Uh?
- Eu quero que você toque e cante agora.
- Por que eu mostraria a você antes do Wilson? - Em resposta a mulher estapeou seu braço. - Certo, mas você não pode contar a ele. - Piscou antes de sentar, pegar de volta o instrumento e bater no sofá convidando-a para sentar ao seu lado.
"Nunca, nunca
Nunca imaginei querer alguém assim
Como um sonho você vive dentro de mim
Leve, Breve
Claro como a lua que te faz dormir
Quero ser teus sonhos e te invadir
Hoje tudo será pra sempre
Congelamos nosso tempo sem notar
Não importa saber de onde isso vem
Nem o quanto vai durar
E é tão fácil entender
Quando o sol encontra o mar
Sem querer fui encontrar você
Perto, perto
Foi como se você estivesse sempre aqui
Conhecendo cada passo, morando em mim
Hoje vejo que as noites são completas como eu sempre quis
Cada instante, uma promessa de ser feliz
Hoje tudo será pra sempre
Congelamos nosso tempo sem notar
Não importa saber de onde isso vem
Nem o quanto vai durar
E é tão fácil entender
Quando o sol encontra o mar
Sem querer fui encontrar você"
Sem mais esperar, Lisa - visivelmente emocionada - segura a guitarra e apóia no móvel próximo, deitando-se sobre o médico.
- Você falou algo sobre Wilson? - Sussurrou com seus lábios perto aos dele.
- Uh? Exatamente agora, minha mente não está funcionando bem. - Passou sua mão pelas costas dela ajustando a posição sobre si. - Mais que mania a sua de falar dele nesses momentos!
Ela tomou sua boca para si, calando o homem. Sua mão direita afagou carinhosamente seu curto cabelo enquanto a outra apertava seu braço másculo. Em resposta, House desceu as pernas da endocrinologista para a lateral externa das dele, sentando-a e aumentando o contato com sua pelve. Um curto gemido é emitido por ela.
Não soube o momento certo, só sentiu sua blusa levantada, sua barriga estava exposta e sendo alisada pelo infectologista que beijava seu pescoço descendo para o colo. Ela o parou segurando sua cabeça contra o sofá para olhá-lo, baixou seu rosto e levou sua boca para o ouvido dele.
- Obrigada. Gostei muito. - Mordiscou o lóbulo da orelha e dedicou beijos molhados pela extensão do pescoço dele.
Segurou a gola da camisa branca e, depois, pousou seus dedos sobre o segundo botão que ainda prendia a vestimenta. Tirou três dos gomos da peça do médico, sempre beijando a cada espaço aberto, parando no quinto. Levantou a cabeça para encará-lo - estava perdidamente distraído com àqueles carinhos.
Afastou-se um pouco dele e desceu sua roupa rapidamente, cobrindo-se novamente.
- Nos vemos logo mais. Vou só trocar de roupa. - Beijou-o de leve e fez menção de se levantar quando foi puxada de volta para outro ósculo, mais demorado.
- Não demore. Ou chamo Wilson!
Gargalhadas ecoaram, eram estranhamente felizes. Isso bastava. E, assim, seguiam seus dias e noites de amor. Sendo eles mesmos - cada um com seu jeito, seu defeito -, mas ainda assim juntos em uma nova vida, agora dedicada ao outro.
Fim.
