Né... Eu de novo... xD
E com uma fic nova.
Vocês conhecem essa frase do musical Chicago, e que foi às telonas com a Zeta-Jones, Richard Gere e Zelweger há alguns anos que não me arrisco a dizer quantos porque convenhamos, minha memória não é tão boa néam...
Mas assim, a fic non tem nada a ver com a historia do musical, ok¿ Escolhi esse nome pq super adoro essa frase e porque... Super adoro o Jazz...
Essa fic ta dando um pouquinho de trabalho pra sair no papel – apesar de na minha cabeça já estar super prontinha – por causa de alguns detalhes... mas acredito que isso não vá ser algo que vá me impedir de continuar escrevendo e levando pra vosso deleite...
E claro que também não me esqueci de "Você não sabe o efeito que causa nas pessoas"... E agradeço muito mesmo a compreensão de vocês quanto a demora na postagem do capitulo, mas tenho certeza absoluta de que algumas de vocês compreendem muito bem a loucura que é fazer, organizar, montar e apresentar um trabalho de conclusão de curso... Talvez demore mais um pouquinho também, visto que, essas duas semanas agora, pra mim, giram em torno da minha festa e da prova do concurso que eu vou presta esse fds... Mas depois disso, ta tudo tranks... auhaihaua...
Bom meninas, é isso... Espero muito que vocês gostem dessa fic também.
Disclaimer: As personagens de Twilight (Jasper, Alice, Edward, Bella, Rosalie e Emmet) são criação de Stephenie Meyer.
And all that Jazz...
Eu não sei exatamente a que horas eu havia chegado ali e nem o real motivo de estar me sentindo deprimido. Talvez a distância de casa ajudasse nesses momentos, mas isso é conseqüência da vida na caserna. Não que eu estivesse reclamando de fazer parte do serviço militar. Muito pelo contrário. Eu havia tomado a decisão de estar ali. Eu havia feito a escolha de defender meu país. Desde criança eu sempre quis ser um herói militar. E agora eu era. Não um herói – ainda, mas um militar.
Estava nessa junto com Edward Cullen, meu grande amigo. Nessa noite em especial, estávamos em algum desses cabarés da cidade, jogando cartas e enchendo a cara em uma de nossas noites de folga.
Pelo mundo afora tudo estava um caos. Mas eu estava tão entediado com tudo, que estava alheio a qualquer coisa. Não sei como o Cullen se sentia, mas tudo o que nós dois queríamos era distrair nossas cabeças com a bebida, mulheres e todo aquele jazz.
Eu até agora havia tido êxito somente com a bebida. Não que não houvesse mulheres bonitas ali. Longe disso. Só que nenhuma das que estavam ali haviam conseguido me despertar algum interesse especial. Nem mesmo as que dançavam quase seminuas no palco. Na verdade, havia uma, só que ela era meio estranha. Nem comentei nada com o Cullen. Vai que a vagabunda era estranha mesmo e ele tivesse conseguido perceber alguma outra coisa que eu não percebi. O filho da puta ia ficar tirando graça com a minha cara por muito tempo.
Eu sei lá que porcaria era aquela que nós jogávamos, sei só que eu tinha cinco cartas na mão e o Cullen tinha nove. Acho que eu estava ganhando.
- Jogue logo esse valete que você tem escondido na mão Whitlock!
- Se eu tivesse algum Edward, eu com certeza não jogaria.
- Como você é sem graça.
- Alguma carta de Bella¿ - Bella era a namorada do Cullen.
- Ela está terminando o curso de enfermeiras e disse que assim que puder, vai se incluir seu nome na cruz vermelha para cuidar de soldados feridos.
- E você vai deixar que ela faça isso¿
- Claro que não! Bella é muito sensível. Não agüentaria o horror de uma guerra. Não consigo nem acreditar que ela conseguiu chegar aonde chegou no curso. Parece que ela superou o horror que o sangue poderia lhe causar.
-Diga a verdade. Você não quer vê-la no meio de um monte de homens.
- Não Jasper. Isso é você com ciúmes da sua irmã.
- Rosalie já está noiva. E apesar de achar o tal de Royce King II um verdadeiro idiota, estou tranqüilo quanto a isso. Pelo menos estou longe e não vou ouvi-la falar milhares de vezes sobre esse casamento. – eu disse acendendo um novo cigarro.
Rosalie era minha irmã. Todos diziam que ela era linda. O bom disso era que esse fato era algo que indiretamente se aplicava a mim, graças àquela coisa de herdar características da família. O ruim era que ela sabia disso e seu ego se inflava de uma forma extremamente irritante. A única coisa que havia no mundo dela, era ela mesma.
- Imagino como você reagiria se eu houvesse atendido aos sinais da sua irmã. – Ah é, tinha isso também. Rosalie era meio que obcecada pelo Cullen e ficava se insinuando pra ele. Sorte que ele não enxerga ninguém além do anjo dele.
- Das duas uma Edward. Ou você estaria uma hora dessas, inconsciente num hospital, ou eu estaria aqui, ou em qualquer outro lugar, rindo da sua cara.
- Suas demonstrações de amizade me comovem.
- Você realmente teve sorte de encontrar a Bella.
- Nem me diga.
- O que você tem aí¿
- Eu não vou dizer Whitlock.
- Então acho que ganhei. – eu disse jogando as cartas na mesa.
- Filho da puta! Acho que deveríamos começar a apostar dinheiro.
- Não. A julgar pelo placar, não quero deixar você sem nada. Já respondeu a carta da Bella¿
- Esta tarde e vou enviar amanhã de manhã.
Eu realmente estava feliz pelo Cullen. Assim, o cara tinha encontrado a mulher da vida dele. Era legível, visível e compreensível nos olhos deles que ambos houvessem nascido um para o outro. Edward mudava completamente quando falava da senhorita Swan. Sei lá. Às vezes dava vontade de sentir a mesma coisa. Se o filho da puta não me chamasse pra ser o padrinho do casamento eu socaria a cara dele.
Pensando melhor, não socaria não. A idéia de subir no altar, ou melhor, de entrar em uma igreja me causa um pouco de aversão. Não que eu não acredite que exista alguém que julga o que é certo ou que é errado, ou que não tenha ninguém pra me apegar nos momentos mais tensos. Afinal de contas, eu também tenho medo. Apenas não acredito muito no que dizem as religiões. Apenas sou temente a Esse Alguém.
- E você¿ Quando vai arranjar uma garota para enviar cartas¿
- Quando houver alguém que valha a pena fazer isso.
- Você é crítico demais.
- Olha só quem fala. Pensa que não vi você se contorcendo ai por causa do piano martirizado¿ E o cara nem tá tocando tão mal assim.
- Você nem entende da coisa.
- Esse sax não me agrada. – eu disse jogando a cinza do cigarro em algum lugar da mesa onde estava o cinzeiro.
- A Jazz, vamos lá. Dê um crédito pro lugar.
É, eu até dava um crédito. A bebida era boa, tudo bem, vai, as mulheres eram bonitas, a música, ou melhor, os músicos deixavam um pouco a desejar. Eu estava bem ali, mesmo sem me sentir totalmente confortável. Ainda era difícil tentar entender alguma coisa dentro da minha própria cabeça, então eu esperava que da mesma forma que essa coisa toda veio, ela fosse embora.
Tentava me concentrar no gosto do whisky de segunda, no cheiro do tabaco queimando entre meus dedos, nas cartas entre minhas mãos e até no solo um pouco desafinado do saxofonista em todo aquele jazz. No palco as dançarinas faziam alguns malabarismos com as pernas e braços e pelo imenso salão as vagabundas procuravam aqueles que eram obviamente abastados daquilo que elas precisavam. Dinheiro. Obviamente Edward e eu não tínhamos dinheiro pra pagar uma vagabunda dessas. Na verdade, a coisa se focava somente em mim, já que o Cullen jamais trocaria a Bella por alguém que ficava a noite toda se esfregando no colo de algum cara só porque ele tinha mais dinheiro que ele. Nem mesmo nos momentos mais tensos. Volto a invejar a sorte dele, mas se eu tivesse dinheiro, eu faria.
Eu continuava a me perguntar que merda era aquela que jogávamos – mas dessa vez, parecia que eu estava levando a pior com oito cartas na mão contra apenas três na mão do Cullen – quando uma das garçonetes que trabalhava ali naquele furdúncio veio nos perguntar se queríamos mais whisky. Acho que ela se chamava Tanya, não sei. Quem devia lembrar era o Edward. A única coisa que eu lembrava era que ela tinha cabelos loiros meio acobreados e era até bonita. Mas eu nem ligava muito. Ela parecia toda amores pro lado do senhor-toco-piano-melhor-que-todo-mundo. Aliás, qualquer mulher que aparecesse por ali ou em qualquer outro lugar, logo se derretia por ele. O senhor-tenho-o-melhor-sorriso-do-mundo dizia que era porque eu era sério demais ou qualquer porcaria parecida. Eu discordava plenamente com aquilo. Eu tinha certeza de que poderia realmente me divertir como uma pessoa qualquer, ou ser divertido como qualquer outro. Acreditava apenas que não havia chegado o momento pra nem uma coisa e nem outra. Além do mais...
Eu era um militar.
Minha escolha e meu posto exigiam determinada postura.
E o Cullen dizia que eu levava isso a sério demais – e ele tinha a mesma patente que eu.
Muitas vezes eu tive vontade de socar a cara dele quando ele me dizia isso, mas ai eu lembrava que estávamos bêbados, no meio da rua, e dividindo uma garrafa de whisky vagabundo – como aquele que bebíamos agora – e a vontade passava. Eu podia considerar o Cullen como o irmão que Rosalie deveria ser. Ali, longe do Texas, longe da minha casa, Edward era o único apoio que eu tinha e ele me dissera uma vez – bêbado também – que eu era o seu, já que sua família havia morrido de gripe espanhola há pelo menos 10 anos. É claro que ele tinha a senhorita Swan também e que ela era muito mais importante do que eu, mas me sentia bem em saber que eu podia ajudá-lo dessa forma.
- Me pergunto o que Bella faria se visse a garçonete se derretendo toda por você. – eu disse jogando as cartas da minha mão na mesa, alegando minha derrota sem palavras.
- Você devia ver a forma que ela olha pra você, Jasper.
- Ah claro. Como se eu pudesse concorrer com você quando você resolve esticar a boca. Mas quer saber¿ Prefiro assim.
- Você devia derreter de vez em quando Jazz. Ou tem medo de deixar isso acontecer e não saber voltar ao estado sólido de novo¿ - o Cullen perguntou rindo da minha cara. Seria prudente enfiar a mão na cara dele ali¿ - Cara, você tem que dar uma relaxada. Tem que se distrair com alguma coisa, com alguém. A vida não é só a caserna.
A sorte dele foi que o solo de piano começou a ficar mais rápido e alguém começou a falar no palco.
- E por que não um pouco mais de boa música nessa noite¿ - perguntou a voz lá no meio.
- Com esse pianista está difícil... – Edward resmungou ao meu lado, servindo mais uma dose de whisky tanto pra mim quanto para ele.
- Sim. Ela. A jóia mais adorada dessa casa. A voz mais melodiosa que já passou por este palco. – o dono da voz ia aparecendo, tomando destaque graças ao holofote que focava nele e se movia junto a cada passo que ele dava – Aquela que muitos de vocês esperaram pela noite toda. Miss Alice Brandon! – e então ele sumiu de novo e o outro holofote se acendeu dessa vez no meio do palco, enquanto uma plataforma ia subindo e uma figura feminina aparecendo.
Edward ao meu lado me perguntou se eu conhecia a tal mulher e eu respondi a ele que não, balançando a cabeça, mas lembrei que ele nunca veria aquilo, graças as luzes do salão terem se apagado, então antes que ele me xingasse, respondi sonoramente.
- Há quanto tempo não vínhamos aqui¿
- Um mês¿
- Tanto tempo assim¿
- Cala a boca Edward.
Na plataforma no meio do palco a tal Alice movia o corpo de acordo com o ritmo do sax. Ela era completamente diferente de todas as mulheres que já haviam subido naquele mesmo palco aquela noite. A começar pelas roupas. Ou talvez o excesso delas. Ou não, porque quando ela tirou o casaco que acredito ser de pele, ela usava um vestido cheio de brilho ou sei lá o que era, sei que tinham franjas e que era... ahn... preto¿ Parecia preto pra mim. Não importa. Era algo que contrastava com o branco da pele dela. E ela não parecia alta também, a não ser pelos saltos. Não consegui entender o que ela usava na cabeça, mas diferente de algumas outras mulheres ali, os cabelos curtos, pretos e espetados lhe dava um graciosidade a mais. Ela era linda.
Ouvi de longe Edward comentar alguma coisa que eu não entendi e nem quis perguntar o que era. Provavelmente ele ia comentar do piano de novo, ou talvez nem estivesse falando comigo, já que eu vi a garçonete do cabelo loiro-morango passando por ali de novo. Lembrei de o Cullen ter dito que eu devia ver como ela me olhava, mas essas mesmas lembranças foram dispersas quando a voz da cantora no meio do palco se revelou. Era ainda mais perfeita.
Come here big boy, yeah.
You've been a bad bad boy
I'm gonna take my time so enjoy
There's no need to feel no shame
Relax and sip upon my champagne
'Cause I'm gonna give you a little taste
Of the sugar bellow my waist
You nasty boy
Como qualquer outro número naquele palco, claro que havia homens e mulheres se esfregando. Inclusive Alice. Mas ainda assim, seu número não era como os outros que passaram por ali. Parece que ela não era assim uma exímia dançarina. E parece que eu havia me enganado ao vê-la deslizar de um lado para o outro do palco.
Ela tinha uma graciosidade que as outras não tinham. Era ímpar. Essa era a sua diferença das outras. Sua voz era suave, mas ao mesmo tempo forte.
Hush now don't say a word
I'm gonna give you what you deserve
Now you better gimme a little taste
Put your icing on my cake
You nasty boy
Ooh there I go again
I need a spankin'
'Cause I've
Been
Bad
So let my body do the talkin'
I'll slip you that hot, sweet, sexy lovin'
Naquele tipo de intervalo entre as frases, ela desceu os degraus do palco que davam acesso ao salão, começando a cantar pelas mesas, puxando gravatas, cigarros, bebendo whisky, empurrando, dançando, bagunçando, até que veio sentar exatamente no meu colo.
Eu não esperava nada por aquilo, mas podia ouvir o filho da puta do Cullen rindo da minha cara. Acho que deveria preveni-lo de sair correndo quando puséssemos os pés fora daquele cabaré, porque eu ia quebrar a cara dele. Talvez devesse dizer pra que ele ficasse pelo menos uns sete dias longe também, só pra garantir.
E então me toquei de que Alice também ria com ele. Ótimo. Ela senta no meu colo, mas socializa com o sorriso do senhor-ninguém-pode-competir-comigo-e-meus-dentes-brancos-que-brevemente-serão-quebrados-pelo-Jasper. Acho que vou pedir transferência pra outra base onde não haja nenhum outro "Edward Cullen". Tentei virar meu rosto pra não ver aquela troca de olhares e nem aquela simpatia toda, mas pra minha surpresa, dedos finos tocaram meu rosto e o puseram na posição de antes. Também não esperava encontrar aqueles olhos amendoados tão próximos dos meus. Havia música, havia uma voz, mas eu não tomava consciência de nada, a não ser daqueles olhos.
Demorei a notar que a voz não era mais de Alice e que ela não ria de mim, mas sim para mim.
- O que pode haver de mais interessante no outro lado do que aquela que está sentada no senhor...¿
- Tenente Jasper... Whitlock. – respondi sentindo seu hálito doce tão perto quanto seus olhos.
- Uuhm... Tenente. Então o senhor é militar. – Ela disse ajeitando-se em meu colo – e me fazendo sentir coisas que eu não queria sentir naquele momento – e se apossando do meu copo.
- S-sim. – gaguejei desconcertado demais para qualquer coisa. Já foi um grande êxito conseguir proferir qualquer tipo de som naquele momento.
- Aposto que deve ser cheio de músculos por baixo dessa roupa.
Se eu conseguisse responder algo, teria dito que sim, eu tinha músculos e tinha orgulho da forma que os havia conseguido, graças ao treinamento árduo na caserna. Mas eu sequer conseguia pensar. Na verdade, eu não conseguia nem formular algum comando dentro da minha cabeça que pudesse me fazer movimentar qualquer parte do meu corpo. E o Cullen ainda rindo de mim. Consegui pensar por um instante que eu estava com sorte por ser Edward ali e não Emmet, o irmão mais velho dele. Caso contrário, a essa altura, eu estaria sendo motivo de risadas para todos ali dentro.
- E o seu amigo, quem é¿
- Sou o Tenente Edward Cullen. É um prazer senhorita.
- Ora, ora, militar também... e com um bonito sorriso... – ai que vontade de partir esse sorriso e o dono dele no meio.
- Obrigado senhorita.
- Não se ofenda, mas eu prefiro o sorriso do seu amigo. – Alice riu pulando mais uma vez no meu colo. Estava começando a ficar constrangedor. E é claro que Edward não iria ficar ofendido. Ele estava adorando aquilo! Se eu pudesse matá-lo somente com os olhos, acredito que nem no inferno ele iria parar.
- De forma alguma senhorita. Mas se conseguir fazer o Tenente Whitlock rir de verdade, aposto que vai gostar mais ainda.
- Não ouça o que o Tenente Cullen diz senhorita Brandon. Ele costuma ser piadista demais.
- Acredito cegamente que mesmo fazendo piada, o Tenente Cullen pode estar certo. – ela disse e jurei ouvir sinos pequeninos junto.
- Acredite, ele não está. – respondi sentindo meu rosto ferver. Por cima dos ombros dela, eu pude ver Edward tentando conter o riso. Ai se eu pudesse levantar dali.
- Eu não costumo me enganar senhor Jasper. Espero que nos encontremos com uma maior freqüência. Gostei da cor do seu rosto quando cora e dificilmente esquecerei o azul dos seus olhos. Até mais Tenente Cullen. – ela disse sem olhar pra ele. Levantou e saiu rebolando até sumir do salão.
Uma sensação de alívio me preencheu, mas logo senti falta de seu corpo miúdo sentado no meu.
- Até. – o filho da puta respondeu mesmo sabendo que ela não ia ouvir, só pra disfarçar o riso preso.
Olhei a cara vermelha do Cullen e fechei o punho, sentindo vontade de deixá-la mais vermelha ainda. Mas se fizesse isso, seríamos expulsos dali e nunca mais poderíamos voltar. Além do que, havia oficiais superiores ali. Eu não podia estragar meu nome dentro do quartel por causa do piadista do Cullen e nem queria que o mesmo acontecesse com ele porque eu não consegui conter meus impulsos – mesmo sabendo que ele merecia.
E também, se fosse expulso, como veria Alice de novo¿
E por que de repente eu sentia necessidade em vê-la novamente outras vezes¿
E por que Edward me olhava com cara de sacana¿
- Você precisava ver sua cara. – ele disse e eu lembrei que sentia raiva dele.
- E você não vai precisar ver a sua quando eu terminar de quebrá-la por completo.
- Ah Jazz, qual é¿ Vai dizer que não gostou dela ter sentado no seu colo e dizer que queria te encontrar de novo¿
- Edward, por que vou acreditar no que uma cantora de cabaré me disse sobre meus olhos ou sobre me encontrar de novo¿ Já viu quantos homens há aqui¿ Com certeza todos eles já ouviram a mesma coisa.
- Ouviram a mesma coisa pagando. Ela não cobrou nada de você.
- Já ouviu falar em cortesia¿
- Jasper! Você precisa derreter cara!
- E você precisa parar de querer me meter em contos de fadas só porque você encontrou o seu!
- Não se trata de contos de fadas. Se trata de você ter alguém ao seu lado, da mesma forma que eu tenho Bella do meu. Já viu a loucura que está esse mundo¿ Não me espanto se daqui a alguns anos tivermos outra guerra.
- Com guerra ou sem guerra Cullen, eu não vou me encher de esperanças por uma cantora de cabaré.
Continuamos ali, jogando, bebendo e ouvindo o jazz que vinha do palco. Em meu íntimo eu desejava que ela aparecesse ali, novamente, nem que fosse de relance. Ouvir de novo sua voz de fada. Mas não aconteceu. Nem me atrevi a perguntar àquela garçonete, que finalmente confirmei se chamar Tanya, alguma coisa sobre a senhorita Brandon. Aquilo fora somente um gracejo, normal em cabarés e não havia sido a primeira vez comigo. E com certeza não seria a última. E se eu perguntasse alguma coisa, o Cullen ia me encher mais ainda com aquela conversa de conto de fadas dele e sinceramente, não era algo que me agradava ouvir. Não que eu não gostasse de vê-lo comentar sobre qualquer coisa que acontecesse entre ele a senhorita Swan, ainda mais porque aquilo lhe fazia bem, já que ele não tinha quase ninguém, mas quando a história começava a virar para o meu lado, me irritava.
Ainda tive uma fagulha de esperança em vê-la, antes de sair, mas apenas uma fagulha não é suficiente para incendiar alguma coisa. Nem mesmo uma folha de papel.
Não estávamos bêbados. E nem perto disso. Mas aquilo foi o bastante para nos distrair, da maneira que queríamos. Edward foi pra sua casa e eu, passaria essa noite no quartel. Era onde eu estava morando aquela semana por pura opção.
Cheguei ao dormitório, que pra minha sorte era só meu aquela noite, e tirei a roupa. Quando desabotoava a camisa, percebi que o perfume dela estava ali. E me inebriou momentaneamente quando aproximei o tecido para sentir mais o cheiro, tão doce quanto ela. Me xinguei em pensamento e amaldiçoei aquela sorte por estar só naquele dormitório. Como conseguiria pensar em outra coisa sozinho ali¿ Aquela não seria uma noite em que eu pregaria os olhos.
Me lembrei de como me sentia no inicio da noite. Não passava nem perto de como eu me sentia agora. E era de certa forma, inexplicável.
Me sentei na beira do colchão e apoiei o peso do corpo nos joelhos, tendo como apoio os cotovelos.
Como podia aquela mulher, com aquele tamanho miúdo, com olhos tão encantadores, cheiro tão doce e tão inebriante, com tanta extroversão e diversão, aparecer do nada e... e me derrubar daquela forma¿
Como podia eu tão de repente querer tanto Alice Brandon daquela forma¿ Não estava certo. Eu não tinha aquele direito. E tinha prioridades. O quartel era minha prioridade. Eu não havia saído do Texas e ido para aquela cidade à toa.
Mas eu a queria. Queria sentir novamente seu cheiro, além do que havia ficado na minha camisa. Queria ouvir novamente sua voz de fada. Queria sentir outra vez sua pele macia e me divertir com sua extroversão excessiva.
Passei a mão pelo rosto, na vã tentativa de afastar aquelas coisas todas da minha cabeça enquanto terminava de me arrumar para dormir. O dia seguinte ainda era de folga, mas não era por isso que eu pareceria indisciplinado.
Coloquei as calças do pijama, me deitei e cobri somente minhas pernas com o lençol. Coloquei minhas mãos embaixo da cabeça e fiquei olhando o teto. Cair na cama foi fácil, mas tirar aqueles desejos da cabeça não. Precisava urgentemente me forçar a pensar em outra coisa. Então lá longe eu senti o entorpecimento que a bebida ia causando em meu corpo. Com dificuldades foquei os pensamentos nisso e finalmente consegui dormir.
Dormir não. Fechar os olhos.
Fechar os olhos e ver os dela, tão próximos dos meus.
Fechar os olhos e sentir seu perfume doce me deixando embevecido.
Fechar os olhos e sentir sua pele macia e seu corpo miúdo em meus braços.
Fechar os olhos e me perguntar por que Alice Brandon havia se tornado uma urgência para mim.
Fechar os olhos e deixar minha mente imaginar tudo aquilo que meu corpo sentia e desejava nesse momento.
Não tive dificuldades nenhuma para acordar no dia seguinte... porque simplesmente não dormi.
Tentei participar das atividades com os outros, mas meu superior me impediu de fazer isso, dizendo claramente que me expulsaria daquele quartel caso eu insistisse naquilo. E eu tinha que admitir para mim mesmo. Eu precisava descansar. A semana anterior havia sido árdua para mim. E eu começava a concordar com o Cullen com o fato de que eu precisava realmente de um tempo para mim. Talvez precisasse mesmo, já que estava concordando com ele.
Resolvi sair do quartel e dar uma volta pelas ruas. Estava bem mais calmo quanto às vontades em relação a Alice Brandon. Talvez se eu pagasse por uma vagabunda aqueles desejos todos parassem. E com certeza parariam. Havia pelo menos um mês e meio que eu não pagava por uma. Já estava virando castigo. Tudo bem, eu respeitava a minha escolha, respeitava a postura que eu deveria ter, meus deveres como militar, mas DIABOS! Eu era um homem! Tinha desejos e necessidades que precisavam ser supridas e nessas horas, eu realmente mandava minha patente e a força aérea pros infernos! E faria isso agora. Indubitavelmente. Era só procurar a vagabunda certa.
E quando eu ia ao local certo pra iniciar a minha procura, eu a vi. Ou melhor, eu a senti. Seu corpo miúdo se esbarrando ao meu e seu perfume me embevecendo de novo.
- Perdão eu... Tenente Whitlock! - ela disse animada, mostrando seu sorriso branco e encantador.
Eu deveria me mexer. Era o certo a se fazer. Sim, eu sabia que era o certo e sabia que era o que eu deveria fazer. Mas eu não conseguia. Deveria responder àquela voz suave e deliciosa, mas não conseguia formular nada. Não conseguia nem comandar meu próprio corpo. Essa mulher, Alice Brandon, tinha um controle sobre mim. E eu já me sentia totalmente dela.
Continua...
E então meus amores? Gostaram? Claro que eu não vou dizer nada por enquanto da historia... auhauhaa... NO SPOILERS! AHJAUHAI...
A música que a Alice canta é Nasty Naughty Boy, da Christina Aguilera. Faz parte do penúltimo cd dela, o Back To Basics, que por sinal, é super perfeito com toda as influências dos ritmos das décadas de 20, 30 e 40! Ou seja, muito Blues, muito Soul e claro... all that jazz!!! Talvez esse cd seja presença quase constante por aqui. T-A-L-V-E-Z... Lembrem-se que a boa música sempre tem boas fontes...
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