A Teoria do Caos
Há coisas na vida que são impossíveis de entender. Uma delas é a razão de Tiago Potter ter entrado na minha vida.
Tudo por causa de um maldito par meias.
-Me deixa ver se eu entendi: você, com toda essa sua suposta inteligência, acredita que eu roubei o seu par de meias para que você não vá jogar o campeonato hoje?
-Não é óbvio, Evans?
-Desculpa, mas eu ainda não enxerguei o óbvio Potter, e tira a sua mão da minha cintura.
É engraçado como coisas banais parecem ter um efeito catastrófico comigo. A teoria do caos parece perfeitamente adequada á minha vida.
-Eu não peguei o seu par de meias, Potter. Se você esqueceu, eu sou da mesma casa que você. Sabe o que isso significa?
-Mais facilidade para entrar no meu dormitório e roubar o meu par de meias da sorte?
-Não, seu jumento, a minha vontade de ganhar aquela taça de quadribol é igual a sua. Eu não iria atrapalhar a sua performance.
A teoria do caos diz: o bater das asas de uma borboleta pode se transformar em um furacão do outro lado do mundo.
-Sua ironia não me deixa constrangido, Evans.
-Isso é realmente decepcionante, talvez eu comece a ser sarcástica...
-Você poderia devolver as minhas meias, assim eu te deixaria em paz.
-Nada me deixaria mais feliz, acredite. Mas o problema é que eu não roubei as suas ridículas meias da sorte, capiche?
Era ridículo o motivo daquela discussão. Mais ridículo ainda era eu ter notado que seus olhos não eram totalmente castanhos.
-Até mais, Potter.
Tiago segurou seu pulso, não a deixando sair. Lílian o olhou furiosa.
-O que pensa que está fazendo?
-Eu te vi sair do meu dormitório hoje de manhã. O que estava fazendo lá?
O que mais me deixava irritada era o olhar dele: como se fosse minha obrigação dar aquela resposta. Não, o que mais me deixava irritada era ele ter agarrado o meu pulso e me mandado responder, como se eu fosse dele.
Lílian puxou o braço, soltando-se. Tiago ainda a olhava desconfiado.
-Nunca mais toque em mim sem a minha permissão, entendeu?
-O que você estava fazendo no meu dormitório hoje de manhã?
-Você ouviu alguma coisa do que disse até agora? Eu não roubei seu par de meias idiota!
Tiago soltou um suspiro irritado, os músculos de seu braço pulsavam.
-Lílian...
-Evans!
-Ok, Evans... Esse par de meias não é apenas um par de meias idiota. É um par de meias muito importante, eu sempre uso nos jogos e, como você sabe, eu nunca perdi nenhum jogo desde que eu entrei para o time da grifinória.
Convencido, prepotente, egocêntrico, inteligente, despreocupado, bonito, carismático. E o pior, ele sabe muito bem o efeito que ele tem nas outras pessoas: elas gostam dele. Mas eu não ia cair nessa. Eu sabia muito bem o quão mau, metido e cruel ele conseguia ser quando queria. Ele não ia conseguir me enganar. Nunca.
-Isso não é problema meu.
Tiago a olhou ofendido.
-E te aconselho a cuidar melhor das suas coisas antes de vir acusar alguém. Principalmente se essa pessoa for eu.
Lílian lhe deu as costas e saiu pisando duro em direção ao campo de quadribol.
N/a: Olá! Estou de volta, com mais uma fic para passar o tempo. Incrível, mas isso está se tornando um hábito, algo realmente viciante. Eu não consigo parar de escrever, hahaha.
Então, o que acharam do primeiro capítulo? Pequeno, não é? Eu sei, mas não consigo escrever capítulos muito grandes, é impossível para mim. Então, todos os capítulos serão mais ou menos desse tamanho, a não ser que eu tenha um surto de criatividade e consiga fazer capítulos tão grandes quanto os da Bíblia. Eu já tenho uma parte dos capítulos prontos, o que me dá a opção de postar um por semana. Enfim, espero os comentários de vocês!
O próximo capítulo chamará "A Teoria da Relatividade".
Beijos e até o próximo capítulo!
Pimente, 09/12/2008
