Rito de Passagem
Disclaimer: Supernatural não me pertence. Pertence a Eric Kripke e à Warner. Se fosse meu, with sure I'll be writing and talking in English,like now and certainly I won't be here writing this fanfic. (Tradução: Com certeza eu estaria falando e escrevendo em ingles, como agora, e certamente não estaria aqui escrevendo essa fanfic)
Esse texto não foi criado para fins lucrativos.
Nota: Caso não tenha visto, essa fic é sobre a personagem Ruby. Se passa séculos antes de o John sonhar em nascer, portanto se você não gosta de Ruby ou espera ver os Winchester aparecendo por aqui, pode tirar o cavalinho da chuva.
Prólogo: O julgamento da Feiticeira
Ela olhou pra trás por instante.
As labaredas subiam pelas paredes da cabana, o fogo devorando-a. Logo, seu lar seria somente cinzas.
Ela escutou o choramingar do menino ao seu lado enquanto apertava a mão dele com mais força. Fizera uma promessa para sua mãe, e para si mesma. Cuidaria dele.
Os gritos da mulher, as vozes ásperas dos padres, levando-a para longe.
Acusação: Bruxaria
Inquisição
As chamas crepitavam cada vez mais alto, enquanto as paredes da frágil casa, construída aos poucos ao longo dos anos, ruíam em menos de um minuto.
Lá se foi.
A última lembrança de sua antiga vida
Ela abriu os olhos e se sentou assustada.
Não era a primeira vez que sonhava com o que tinha acontecido há uma semana atrás.
Uma semana...
Era muito pouco tempo para esquecer que sua mãe tinha sido levada, arrancada dela e de seu irmão por aqueles malditos inquisidores, provavelmente torturada para que confessasse a falsa acusação de bruxaria.
"Ela não é bruxa..." Sussurrou para si mesma. Olhou então para o céu e a lua que banhava a clareira com uma luz fraca.
Sua barriga roncou de fome, ela estava com fome há muitos dias, mas não podia parar enquanto ambos não chegassem Paris. A comida que tinham era pouco, mas ainda era comida e devia ser racionada com cautela, para que terminassem a viagem e ainda sobrasse um pouco.
Olhou de esguelha para o garotinho que mal se cobria com o cobertor. Henry. Seu irmãozinho. Lembrava-se bem das últimas palavras da mãe, quando ela chegara assustada naquela fatídica noite.
"Ruby... Você sempre cuidou bem do seu irmão... Agora, por favor, prometa que irá cuidar dele, a partir de hoje, ele vai precisar de você mais que nunca! Peguem essas coisas e corram!"
Balançou a cabeça para afastar as lembranças e pensamentos. Precisava se concentrar em sua meta: Como chegar a Paris seguros, e com comida suficiente.
Acima dela, o céu começava a clarear.
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"Mary Anne de Lioncurt... Você é acusada dos crimes de heresia, pacto com o demônio, bruxaria, assassinato, infanticídio, entre outros crimes contra seus semelhantes, as leis e ao nosso Senhor" falou o padre, lendo o papel com sua voz tremida. "Sentença: Morte na fogueira" continua ele.
A multidão se avolumava ao redor do local, conhecido por ser onde feiticeiras eram queimadas. O chefe da inquisição local observava a cena indiferente, como se estivesse vendo trabalhadores fazendo suas obrigações à luz da alvorada, em vez de assistir a mais uma morte na fogueira. Deu um bocejo cansado enquanto o padre lia mais algumas informações e perguntava à acusada se ela iria se arrepender de seus pecados.
"Vamos logo com isso" sussurrou ele para seu auxiliar, que fez sinal para o portador da tocha. Com um sorriso maquiavélico nos lábios, a tocha foi jogada em maio a palha melada de óleo, que começou a queimar imediatamente.
Mary Anne riu. "Vocês verão... Vocês todos verão... Eu tenho duas garantias que vocês irão morrer em puro sofrimento...". "Cale-se, herege!" gritou o inquisidor-chefe levantando-se de seu trono de um salto, a expressão rígida como pedra. "A morte... É só o começo...".
E as chamas a envolveram, mas o crepitar não foi alto o suficiente para apagar seu último grito desesperado.
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Dias depois, a luz iluminava as apinhadas ruas de Paris. Madame Rousseau, na verdade Célestine Rousseau era uma senhora idosa que morava nos subúrbios da cidade. Recebia freqüentes visitas dos filhos e vizinhos, era conhecida e muito, muito querida.
Nesse específico dia, Madame Rousseau planejava comprar algumas fitas para fazer arranjos de flores. Pegou um pouco de seu dinheiro e o escondeu em seu vestido. Quando tinha acabado de sair de casa, viu duas crianças se arrastando pela rua, em direção a ela. Estavam maltrapilhas, sujas, visivelmente cansadas e famintas. Ela se aproximou, preocupada.
"Pàrdon Madame.Só queremos um abri..." a menina não chegou a terminar a frase sem desmaiar, de pura fome e cansaço. Sem nem pensar, ela chamou seus vizinhos, pedindo ajuda. Seja lá o que tivesse acontecido com aquelas crianças, não importava. A vida delas estava em perigo, e se não as salvasse, ela não seria Célestine Rousseau.
Oi!
Bem, é a minha primeira fic de Supernatural, então me dêem um desconto...
Para quem prestou atenção, devem ter visto o sobrenome do Lestat dos livros de Anne Rice e de Jean-Jacques Rousseau também.
Esse é só o prólogo, então está bem curto. O próximo capitulo será mais longo, eu prometo!
Bem então é só isso.
Bye!
