Diclaimer: Naruto não me pertece e o parágrafo 20 foi tirado do livro "Bad Twin" de Gary Troup.

N/A: Minha primeira fic de Naruto.


Você sempre disse não

A noite estava fria e chuvosa, a lua estava coberta pelas nuvens e não se viam estrelas no céu.

No final daquela tarde havia ocorrido uma cerimônia em homenagem à Jiraiya. Uma lápide fora posta sobre seu túmulo vazio, eles sabiam que era improvável que seu corpo fosse recuperado.

Durante toda a cerimônia Tsudane não derramou uma única lágrima. Ao olhos de todos a Hokage não podia se mostrar frágil, mas agora, sozinha em seu quarto, ela se permitiu desmoronar devido à dor.

Assim que fechou a porta, deixou seu corpo escorregar em direção ao chão. Já não podia impedir suas lágrimas de cairem, quando uma subita raiva a invadiu.

- Seu idiota arrogante! Por que você tinha que ir sozinho? - uma raiva imensurável transbordava de seu coração, sentia raiva de Jiraya por ter ido sozinho, raiva de Pain por tê-lo matado, raiva de si mesma por ter permitido que ele partisse, raiva de todos que não fizeram nada para impedir este terrível desfecho.

Ela não saberia dizer quanto tempo se passara desde que entrou no quarto, mas sabia que não importava quanto tempo passasse, a manhã jamais chegaria para ela.

- Tsudane... - ao ouvir seu nome ser chamado por uma voz familiar, seu rosto se moveu buscando a origem do som, mas logo se arrependeu. Olhando para ela estava Jiraiya, todo o seu corpo possuia um tom perolado transparente, mas ele sorria como se nada tivesse acontecido.

- Você não é real. - disse Tsudane sem convicГЦo.

- Depende do que você considera real. Eu estou morto e não tenho mais um corpo, ainda assim, estou aqui.

- P-por que? - por mais que tentasse nЦo conseguia compreender o que prendia o espírito de Jiraiya à terra.

- Eu só achei que não era bom você guardar mais dor neste seu peitão, afinal, 106 cm já é grande o bastante. - disse rindo com um tom igualmente sedutor e pervertido.

- Eu apostei que você não iria voltar. Por que eu tive que ganhar esta aposta? Eu nunca ganho nenhuma aposta!

- Se você desejar o azar, e ele vier, seré sorte. - ele se ajoelhou e olhou em seus olhos, pensando no que diria a seguir. - Você andou bebendo.

- Não mais do que normalmente.

- Não chore por mim Tsudane, não sofra por mim. Eu tive uma vida boa e morri lutando, como deve ocorrer com um ninja. Eu só tenho um arrependimento. - disse ele tocando-lhe a face.

- Qual? - perguntou mesmo sabendo a resposta.

- Você sempre disse não. - e dizendo isto a beijou.

Ao contrário do que se podia imaginar, seus lábios não eram frios e distantes como os de um fantasma, mas quentes e acolhedores.

- Até morto você é assim. - e dizendo isto voltou a chorar.

- A culpa não foi sua, mesmo se você tivesse tentado me deter eu teria ido. - ele abraçou-a e conduziu-a para a cama. - O que eu sinto por você sempre foi diferente, verdadeiro.

A pele dela era macia, sua carne, sinuosa e firme. Passeava suas mãos, frias e confiantes, nas costas dele. E quando ela ergueu as pernas para encontrá-lo, arqueou as costas e apertou as coxas formando um berço no qual ele foi embalado, acariciado, virado, provocado, combatido e, finalmente, subjulgado.

Quando a manhã chegou, Jiraiya não estava lá. Tsudane não saberia dizer se aquilo ocorrera de verdade ou foi meramente uma alucinação provocada pelo álcool, mas uma coisa ela sabia: Já era hora de para de se culpar. E com esta certeza em mente, foi se arrumar para o trabalho, afinal, a Hokage não poderia demonstrar nenhuma fraqueza.


N/A: Eu sei que não está muito bom, mas eu queria escrever algo sobre o Jiraiya e quando li aquele parágrafo de "Bad Twin" (página 198, 1ª edição brasileira) eu pensei nesses dois.

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