Nome: Pure Morning

Autor: Doomsday

Tipo: Drabble

Gênero: Drama

Classificação: K+

Foco: Sirius/Luna

Capa da Fic: -

Projeto Rascunho

Item: Pulseira de Conchas

Projeto Cores - Azul

Item: Óculos

II Challenge Ships Inusitados

Itens: 1. Finais Não Felizes, Ao Menos Para Um Personagem, 15. Item Livre. (Praia)

N.A.: Essa fic participa dos Projetos Cores e Rascunho. Assim como do II Challenge Ships Inusitados, todos do fórum Marauder's Map. O nome da fic é o nome de uma música do Placebo que eu nunca conseguia baixar, agora que conseguia, só a ouço. Não tem ligação com a música em si, mas o nome me pareceu tão perfeito pra essa fic!

A Trice betou a fic, e a Miih fez a capa foda!

Bom, se gosta, aproveite.

Se não gosta, boa sorte e clique em Voltar ou X.

Se vai se arriscar, valeu!

Não ganho nada com essa fanfic e por escrever com esses personagens. Nenhum deles me pertence, pois se me pertencessem tudo seria muito diferente.

Boa Leitura.



Pure Morning

por Fla Cane

Observou o sol por detrás dos óculos escuros, respirando fundo, sentindo aquele cheiro. O cheiro que lhe lembrava os dias quentes dentro do castelo. Os dias em que sentia o vento vindo quente da Floresta, e achava que algo realmente estava errado. Sorriu, as lentes escuras de seus óculos permitindo que fitasse a imensidão azul acima de si.

Era o sol que brilhava e o azul que parecia penetrar em sua pele. A areia clara por debaixo de seus pés, o sol que esquentava seu corpo, o azul do céu que parecia acalmar, agitar e deixar tudo triste ao mesmo tempo. Estava há horas parada no mesmo lugar. A praia estendia-se à sua frente, ao seu lado, às suas costas. Mais ninguém estava ali, mais ninguém conseguia ver o azul do mar fundir-se ao azul do céu. E ambos, fundiam-se em sua alma.

Mexeu no óculos em seu rosto, apenas para sentir outra mão o segurando pela parte direita. Respirou fundo, observando o azul do céu. Um barulho de chocalho a seu lado, retirando o som calmo do vento da praia de seus ouvidos. Observou a mão de Sirius, algo parecia reluzir.

Retirou os óculos dela, querendo ver os olhos azuis que brilhavam por detrás das lentes. Ela sorriu, aquele azul que Sirius amava mais do que o azul da praia, mais do que o azul do céu, mais do que qualquer outro azul que já vira na vida. Mas ela sempre estava de óculos, sempre escondendo-os. Observou-a com atenção, entregando a pulseira que trazia entre os dedos. Conchas presas por fios de um azul que eram do tom dos olhos de Luna.

-Obrigada. – Luna agradeceu, colocando a pulseira, mexendo-a em seu braço, ouvindo outra vez o som da praia calma a quebrar ondas na areia, o vento que vinha do meio do oceano, os pássaros a aproveitarem o sol assim como eles.

Sirius sorriu, sua boca alargando-se em um sorriso bobo quando ouvia a voz dela. Luna apenas fitou novamente o céu, o azul, o braço mexendo-se as vezes, o silêncio da praia deserta sendo quebrado pelo chocalho das conchas. Os óculos de volta em seu rosto, o sol e o azul do céu permitindo que Sirius sorrisse.

-Quando volta? – ela perguntou, vendo o azul tornar-se negro. O sol desparecer. As conchas quebrarem e caírem da pulseira. As lentes de seus óculos escuros se tornarem ainda mais escuras. A praia ter chuva e ondas assustadoras.

-Sabe que não volto.

-Volta. Volta por mim.

Seu rosto virou-se para o lado, o vento calmo mais uma vez, os óculos escuros normais, o sol brilhando, as ondas quebrando, a areia esquentando, as conchas a fazerem barulho e o azul a penetrar seu corpo. Sirius não estava ali, mas Luna poderia esperar.

Antes era nada, apenas vazio. E começou com o céu azul, depois Sirius lhe trouxe a praia, o sol, os óculos e agora a pulseira. Da próxima vez, Sirius traria algo mais que pudesse fazer esse espaço entre o céu e o inferno, que Luna estava desde que morrera.

Fim