Prólogo
Eu estava pronta, olhando pra baixo eu via o escuro. Seria fácil assim? A escuridão? Somente isso? Eu vi então um brilho, talvez fosse um pedaço de metal, me encurvei mais e senti minhas pernas tremerem. Valia ou não pena? Mais do que a minha vida estava valendo agora com certeza valeria. Tomei coragem, respirei, mas antes de me largar no precipício senti uma mão segurando meu braço.
-Você não vai querer fazer isso – era uma voz masculina, já havia sofrido demais por causa desse sexo desprezível. Ѽ
-Você não sabe o que eu quero – senti uma lagrima escorrer dos meus olhos, minha respiração estava pesada – Me largue!
-Suicídio é crime, você sabia? – ele perguntou me puxando mais pra terra, eu queria que ele me largasse, eu não olhava pra ele, e na verdade pouco me importava quem fosse, só sei que estava adiando algo que estava resolvido.
-Não se você conseguir morrer, se até nisso eu não conseguir eu vou para um sanatório – senti mais uma lagrima escorrer e a mão me puxava.
-Deixe disso, você é muito nova pra ter tantos problemas ao ponto de acabar com a sua vida – ele me puxou mais uma vez e de olhos fechado eu dei um passo para trás – Muito bem, está indo muito bem.
Eu abri meus olhos já estava longe da ponta do precipício, quando finalmente vi meu "salvador". Ele era alto, branco, quase pálido, cabelos cor de bronze e lindos olhos verdes.
-Obrigada eu acho – falei abaixando a cabeça.
-Vai ficar tudo bem – ele disse me puxando mais uma vez só para ter certeza que eu não ia me jogar.
-Não se preocupe mais, eu não vou me jogar – falei andando para longe dele.
-Por que você ia fazer isso? – ele perguntou tentando me alcançar.
-Não é da sua conta – falei baixo – Obrigada por me salvar, mas é só isso.
-É foi uma falta de senso perguntar isso – ele falou estendendo sua mão pra mim -Eu prometo que não vou lhe fazer nada.
-Por que fez isso? – perguntei confusa –Você nem me conhece.
-Mas eu vi você ai – ele apontou para a ponta do precipício –E não iria deixar uma jovem tão bela se jogar. Isso não é certo, eu sabia que no fundo você não queria isso.
-Como sabe? – perguntei irritada.
-Por que se não você já teria se jogado – ele me chamou com a mão de novo, ele queria que eu me afastasse do precipício.
Eu peguei na sua mão e senti que ele tremia, mas eu tremia muito mais. Ele me puxou pra mais perto dele e começou a caminhar me puxando para perto da estrada.
-Meu nome é Edward Cullen – ele falou finalmente se apresentando.
-Isabella Swan – respondi – Ou, o que restou dela!
-Isabella, por favor não fale assim – ele parou de andar e me encarou – Não sei o que aconteceu a você, mas tenho certeza que há uma solução.
-Me chame de Bella, por favor – falei abaixando a cabeça – Como foi que me achou?
-Está vendo aquele carro? – ele apontou um Volvo prateado estacionado na beira da estrada próximo de onde nós estávamos – Eu estava indo para Seattle quando vi você caminhando de cabeça baixa até perto do precipício. Quando vi onde você estava e o que iria fazer desci do carro correndo e me aproximei, tive medo de assusta-la e você caísse, mas eu não tive opção a não ser segura-la.
